quarta-feira, 10 de março de 2010

Atasp, filiada à UGT, oferece sugestões para melhorar serviços de táxis em São Paulo

Atasp reforça preocupação com serviços de táxis de São Paulo

(Postado por Edson Sena, presidente da Associação dos Taxistas de São Paulo, Atasp) – Em 29 de janeiro a Atasp e o presidente da UGT se reuniram com o Secretario Municipal de Transportes, quando apresentamos a carta abaixo. Na ocasião já relatávamos a nossa preocupação com o serviço de táxi de São Paulo e oferecemos algumas sugestões, que vocês poderão ler abaixo. Ontem, dia 9 de Março, o jornal “O Estado de São Paulo” apresentou um descritivo da situação dos serviços de táxi de São Paulo que confirmam a preocupação da Atasp e a necessidade de adoção de melhorias urgentes. Que beneficiarão os trabalhadores do setor e, principalmente, a população usuária de táxis de São Paulo.

Eis o documento que repassamos ao Secretário Municipal de Transportes:

"À Secretaria Municipal de São Paulo

Ilmo. Senhor Secretário.

A Associação dos Taxistas de São Paulo – ATASP, filiada a União Geral dos Trabalhadores - UGT, vem mais uma vez, por meio desta, manifestar-se a cerca do serviço de TAXI na capital, com intuito de enriquecer o debate sobre o tema e encaminhar sugestões para melhorar as condições de trabalho dos profissionais deste seguimento, logo, a qualidade do serviço.

Levando em consideração pesquisas realizadas em âmbitos, nacional e internacional das quais demonstram as formas em que alguns países tratam as questões do sistema de taxis, tais como, praticas ilegais e problemas com a reposição de cotas anuais em relação ao aumento da população em que apontam que para cada 300 habitantes deve haver um taxi e qualidade do serviço.

Essas pesquisas mostram que o modelo mais adequado para uma cidade como São Paulo é o chamado “livre”, onde todos aqueles que preencherem os requisitos para ser taxista podem exercer função de modo que reduziria ao valor da tarifa, melhoraria a qualidade do serviço e ainda acabaria com os especuladores que se aproveitam dos travamentos que impõem a lei para explorar a esses profissionais, com a venda e alugueis de alvarás (que são ilegais, por se tratar de licença concedida a titulo gratuito pela prefeitura) e para agilizar certos procedimentos burocráticos e ainda nessa linha acabaria com empresas de locadoras de carros particulares que agem de forma desleais no que se refere concorrência.

A manutenção dos alvarás que são caducados e cassados que representando numero a menos de taxi na cidade, uma vez, que desde 1996, não é permitido à emissão de novas licenças por conta de um decreto. Vale ressaltar que na contra mão existe uma comissão de estudos para aumentar o número da frota de taxi da “categoria luxo” que hoje segundo os dados é de 131 veículos, essa que não esta na lei, ou seja, enquanto não se permite a adequação para a categoria comum, dar-se tratamento diferenciado para algumas categorias.

“Há, ainda, exemplos brasileiros nesse mesmo sentido: na cidade de São Paulo, por exemplo, a proporção é de 3,03 para 1.000 habitantes (frota de 33.000 táxis; população de 10.886.518 habitantes).” (Ministério da Justiça, 2007)

Foi decretado na gestão de 2004, que as empresas de taxis (“frota”) seriam fiscalizadas periodicamente no que se refere às instalações da sede, se estão de acordo com a lei. Considerando que houve vários relatos de motoristas de que as empresas não estariam estruturadas de acordo. Contudo o que vemos é que não esta sendo cumprida essa determinação.

Já é de nosso conhecimento, que a prefeitura não se envolve nas relações do taxista com as empresas “Frotas”, no entanto há necessidade de melhorar as condições, pois uma vez que se reduz a tarifa se faz necessário a redução das diárias já que o taxista que não tem alvará é obrigado à pagar para exercer sua função, que é de grande contribuição para o transporte na cidade.

Ressaltamos, que os 700 alvarás que foram tirados das empresas e sorteados em 2004, quase sua totalidade, já foram vendidos e transferidos, adivinhem onde estão? E os 80 que foram sorteados para atender aos portadores de necessidades especiais que hoje mais de 70% não estão ativos e os que estão ativos são de frotas.

Por fim, há necessidade de atualizar a lei, dando atenção especial à realidade atual, uma vez, que a lei da época mesmo sofrendo modificações por decretos e portarias, ainda sim não foi suficiente para por fim as praticas ilegais, e ainda beneficia a alguns grupos que monopolizam o mercado, contrariando o principio constitucional da livre concorrência, já que os pontos de maiores movimentos estão sobre domínio de poucos, como exemplo aeroportos.

Vale lembrar, ainda, que objetivo da ATASP é trazer para discussão pontos que há muitos anos tem impedido que São Paulo alcance um padrão de qualidade na prestação desse serviço e que as vésperas de eventos de importância internacional não podem deixar passar a oportunidade e por isso segue algumas sugestões.

a) O fim da restrição de quantidade de taxis nas ruas porque o mercado é capaz de se auto-regular a quantidade de equilíbrio, inibindo assim o mercado paralelo de compra e vende, e alugueis de alvarás.

b) Tarifa máxima com possibilidade de descontos seja auferido diretamente no taxímetro pré-programado, permite a concorrência via preço, com a concessão de descontos, o que é possível em razão das economias de escala e dos diferentes custo experimentados pelas modalidades de táxi

c) Melhor visualização das tarifas e descontos praticados por meio de adesivos na lateral do taxi, assim possibilitará ao consumidor o poder de fiscalizar e denunciar abusos.

d) Previsão de que os taxistas possam recolher passageiros em qualquer ponto fixo da cidade. Isso porque depois de levar o passageiro ao seu destino, deve retornar ao seu ponto fixo sem passageiro (a não ser que consiga um passageiro na rua). Ao rodar mais tempo sem passageiros, o taxista de ponto tem mais custo (combustível, perda de tempo), gerando ineficiências econômicas que poderiam ser evitadas. Essa medida também ajudaria a intensidade de transito, principalmente nos horários de pico.

e) Aumento na fiscalização com o objetivo de garantir um serviço de qualidade e com segurança ao consumidor, gera benefícios ao consumidor ao garantir um sistema de transporte seguro e confiável, livre de táxis “geladeira” e outros aventureiros (empresa de locação de veículos particulares).

Colocamo-nos a disposição para chegarmos a uma solução e entendemos que é possível adaptar um modelo regulatório a fim de melhor atender ao principio constitucional da livre concorrência, propiciando grandes benefícios ao consumidor.

Aproveitamos para renovar nossos protestos de elevada estima e consideração.

Atenciosamente, Edson Sena, presidente"

Veja a matéria que foi publicada, ontem, 9 de março, no jornal o Estado de São Paulo:

Em SP, cresce mercado ilegal de alvarás para taxistas

O comércio ilegal de alvará de táxi em São Paulo é hoje bem mais comum do que parece à primeira vista, e os preços estão cada vez mais altos. Como a Prefeitura liberou há dez dias a emissão de novos cadastros de taxistas (chamados Condutáxi), há mais pessoas procurando o mercado negro de alvarás para comprar ou alugar a licença para exercer a profissão. Essa negociação é ilegal, mas taxistas e despachantes entrevistados pelo jornal O Estado de S. Paulo, na condição de serem mantidos em anonimato, afirmaram que o preço de um alvará no Aeroporto de Congonhas - o ponto mais valorizado da cidade -, na zona sul, pode ultrapassar R$ 150 mil.
Também são praticados valores mais baratos, o que varia segundo a lucratividade do ponto aos quais estão vinculados. Nos despachantes ao redor do Terminal Princesa Isabel, na Luz, região central, vendem-se e compram-se alvarás sem ponto fixo por cerca de R$ 60 mil. O negócio é feito abertamente e basta perguntar a qualquer comerciante da região para ser levado a um dos vários escritórios especializados. Outra maneira de obter ilegalmente o documento é perguntando em pontos de táxi pela cidade se há alguém interessado em vender o alvará. É raro encontrar um taxista que não reaja com naturalidade à pergunta.
A emissão de novos Condutáxi poderá ser positiva para os paulistanos que utilizam esse meio de transporte. Graças à possibilidade legal de dois taxistas dividirem o mesmo carro em turnos diferentes, espera-se que mais táxis estejam à disposição da população em horários alternativos - o Sindicato dos Taxistas de São Paulo (Sinditaxi) estima que 5 mil dos 37 mil taxistas da cidade dividam o carro. Mas, como reflexo da medida, há a inflação no preço dos alvarás, pois a Prefeitura não emite novas licenças desde 1996.
O Departamento de Transportes Públicos (DTP), responsável pela fiscalização dos táxis na cidade, afirmou que não emite novos alvarás porque a evolução do transporte público de São Paulo controlou a demanda por táxis. Segundo o DTP, a fiscalização do comércio de alvarás é difícil, pois só pode começar após denúncia, o que fez com que apenas 20 alvarás tenham sido cassados por esse motivo no ano passado.
Belo Horizonte e Rio -- Sem contar o valor do veículo e o preço de uma cota de uma cooperativa, um candidato a taxista em Belo Horizonte vai ter de investir entre R$ 90 mil e R$ 110 mil para "comprar" a plaquinha de táxi. Essa é a cotação média de uma transferência de permissão na capital mineira. Desde 1995, a BHTrans, empresa responsável pela engenharia de tráfego, acabou com a concessão transferível. As licenças atuais, distribuídas em licitações públicas, são intransferíveis. Se o permissionário desistir do trabalho, morrer ou se aposentar, devolve a licença.
A maior parte dos 5.981 taxistas de Belo Horizonte, no entanto, tem permissões que ainda podem ser vendidas. Apenas 298 concessões são intransferíveis. E não há previsão, segundo a BHTrans, de nova licitação porque a frota atual atende à demanda da cidade. Para quem não pode investir na compra da placa e do veículo, resta a alternativa de fazer cadastro na BHTrans para rodar com o táxi de terceiro e pagar uma diária de até R$ 130 ao permissionário.
No Rio, a preocupação da prefeitura e da Polícia Civil são os táxis ilegais ou irregulares. Os órgãos têm feito constantes operações para reprimir os veículos piratas. A estimativa do Sindicato dos Taxistas é de que existam mais de 4 mil carros sem licença. A prefeitura tem cadastrados mais de 31 mil táxis em situação regular. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

EXPURGOS: FGTS dá "perda" de R$ 2,84 bi a trabalhadores só neste mês

A forma de correção das contas do FGTS (TR mais juros de 3% ao ano) continua dando prejuízo aos trabalhadores. Hoje, quando será creditada a correção mensal, os trabalhadores perderão R$ 2,842 bilhões referentes a fevereiro. Desde 10 de dezembro de 2002, as perdas já somam R$ 61,54 bilhões.
O cálculo das perdas foi feito pela ONG Instituto FGTS Fácil com base na diferença entre a inflação de 0,78% pelo IPCA de fevereiro e a TR de janeiro (0%). Embora a correção das contas do FGTS seja feita conforme prevê a legislação, ela acarreta pesadas perdas aos trabalhadores uma vez que não há nem a reposição da inflação. Hoje, por exemplo, para que os trabalhadores não perdessem nada, a correção teria de ser de 1,0285% -a inflação de 0,78% mais os juros de 0,2466%.
Em 2009, o FGTS teve a menor rentabilidade da sua história -foram 3,90%, ante o IPCA de 4,31%. Segundo Mario Avelino, presidente do instituto, essas perdas são um "confisco legal", porque a correção segue a legislação. (Folha)

Brasil mantém 2ª maior expectativa de empregos em pesquisa global

Nas Américas, país é o que mais espera criar vagas no segundo trimestre.

Uma pesquisa feita pela empresa americana de recursos humanos Manpower colocou o Brasil como sendo o país com a segunda maior expectativa de criação de empregos para o segundo trimestre de 2010 entre os 36 países e territórios analisados.
Com isso, a posição brasileira na pesquisa feita trimestralmente pela empresa se manteve inalterada pelo terceiro trimestre consecutivo. Apenas a Índia apresenta uma expectativa maior de contratações nesse período.
No levantamento, a Manpower usa o índice de Expectativa Líquida de Emprego, que é a diferença entre as porcentagens relativas à expectativa de criação e de redução do número de vagas de trabalho.
Entre os quase mil empregadores brasileiros entrevistados, 43% acreditam que contratarão mais e 5% disseram esperar reduzir sua mão-de-obra no segundo trimestre de 2010.
Dessa forma, a Expectativa Líquida de Emprego no Brasil é de 38%, sete pontos a mais do que os números registrados no último trimestre.
Setores — Os setores que mais esperam contratar são os de Finanças/Seguros e o Imobiliário, com índice de 49% e aumento de seis pontos em relação ao primeiro trimestre.
Educação e Adminstração Pública apresentam índice de 48%, contra apenas 19% do período anterior.
Os índices nos outros setores pesquisados são: Construção (45%, mesmo número que no primeiro trimestre), Serviços (44% contra 40%), Indústria (36% contra 22%), Comércio (34% contra 31%), Transportes e Serviços Públicos (33% contra 31%) e Agricultura, Pesca e Mineração (23% contra 13%).
Atrás do Brasil, o país americano com o melhor resultado foi a Costa Rica, com índice de 23%, seguido da Argentina com 18%. Com resultado de 5% a expectativa dos Estados Unidos manteve-se estável, porém melhor do que a do mesmo período de 2009.
A pesquisa da Manpower aponta que dos 36 países e territórios pesquisados, 27 esperam contratar mais do que demitir no próximo trimestre.
A Manpower Employment Outlook Survey é feita a cada três meses há mais de 47 anos, inicialmente nos Estados Unidos e posteriormente englobando outros países. O estudo começou a incluir o Brasil em 2009. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. (Estadao)

Faturamento de Micro e Pequena Empresa tem alta recorde em janeiro em SP

Após um 2009 difícil, as micro e pequenas empresas (MPE) paulistas começaram 2010 com crescimento recorde no faturamento. A pesquisa Indicadores Sebrae-SP, divulgada hoje e realizada mensalmente pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em colaboração com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), apontou em janeiro crescimento de 6,5% no faturamento médio real do setor, ante o mesmo mês do ano anterior. A variação é a maior da série histórica, calculada desde janeiro de 1999.
Em números absolutos, as MPE paulistas faturaram R$ 21,2 bilhões em janeiro, um incremento de R$ 1,3 bilhão em relação ao mesmo mês do ano passado. Este é o quarto mês consecutivo de alta no faturamento, na comparação anual.
O segmento que puxou a alta do mês passado foi o industrial, que apontou crescimento de 9,2% na mesma base de comparação, o melhor resultado desde o agravamento da crise internacional, em setembro de 2008. O segmento foi seguido por comércio e serviços, que tiveram crescimento de 7% e 3,5%, respectivamente.
O diretor-superintendente do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella, comemora o resultado de janeiro, embora ressalte que, por ter sido o segmento mais afetado pela crise, com retração de 16,7% ante 2009, a indústria tem a base de comparação mais achatada entre os setores pesquisados. "Os resultados indicam que os micro e pequenos negócios estão acompanhando a retomada do crescimento na economia", avalia.
Na análise por regiões do Estado, as micro e pequenas empresas do ABC foram as que apresentaram maior elevação em janeiro: 16,1% ante o mesmo mês do ano passado. Nas MPE da capital e da região metropolitana de São Paulo, o crescimento foi de 15,2% e 13,4%, respectivamente. No interior do Estado, por sua vez, houve queda de 2,2%.
Na variação mês a mês, a receita total dos micro e pequenos negócios registrou baixa de 13,3% ante dezembro de 2009, maior recuo desde janeiro de 2009, quando o faturamento real caiu 15,5% na relação com dezembro de 2008.
Pedro João Gonçalves, consultor do Sebrae-SP, atribui o resultado a um comportamento sazonal do mercado. "A retração na receita de janeiro já era esperada. Isso porque em dezembro as vendas das MPE costumam ser favorecidas pelo pagamento da segunda parcela do 13º salário e pelas vendas para o Natal", explica.
Em 2009, o faturamento médio real das MPE registrou perda de 5,5% em relação a 2008 - o que corresponde à retração de R$ 15,3 bilhões. Os três setores de atividade apresentaram fortes quedas: indústria (-10,2%), comércio (-4,2%) e serviços (-4,7%).
De acordo com Tortorella, os micro e pequenos negócios iniciaram 2009 com baixas próximas a 20% na receita. "A crise gerou redução nas vendas, paralisação das exportações e restrição à oferta de crédito. Mas, para 2010, as perspectivas são melhores e com previsão de aumento no faturamento", acredita.
Expectativa — Os analistas do Sebrae-SP apostam em crescimento do faturamento das MPE nos próximos meses, acompanhando o desenvolvimento do mercado interno. A entidade alerta, contudo, que alguns fatores merecem atenção.
"No cenário interno, deve-se ficar atento para os aumentos registrados nos índices de preços nos últimos meses. Já no âmbito internacional, a economia pode eventualmente sofrer reflexos do aumento da incerteza dos mercados, a partir da crise fiscal na Grécia", pondera Pedro João Gonçalves. (Estadao)

Crédito: Inadimplência do consumidor registra a maior queda em fevereiro desde 2004

A inadimplência do consumidor registrou queda de 2,2% em fevereiro de 2010, contra igual período do ano anterior, o maior recuo nesta comparação entre os meses de fevereiro, desde 2004. É o que mostra o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor divulgado nesta terça-feira.

Na comparação mensal, fevereiro contra janeiro de 2010, a inadimplência apresentou queda de 3,1%, de acordo com a pesquisa do Serasa. Segundo os economistas da instituição privada, o consumidor que ficou desempregado durante a crise e recuperou seu emprego no segundo semestre de 2009 buscou cautela em seus gastos. O retorno do crédito e a renegociação de dívidas também estão promovendo um fôlego no orçamento.

"Mesmo com as compras facilitadas do Natal e as pressões das despesas de início de ano, como IPVA e IPTU, o crescimento da economia está contribuindo para que os pagamentos dos consumidores sejam honrados", afirma o Serasa, em nota.

No acumulado do ano - primeiro bimestre de 2010 em comparação com o mesmo período do ano anterior -, a inadimplência caiu 5,3%, representando o maior percentual de queda nessa relação, desde 2000.

De acordo com o estudo, a queda da inadimplência do consumidor em fevereiro foi motivada principalmente pelo recuo de 4,6% na inadimplência nos cartões de crédito e financeiras, que contribuiu com 1,5 ponto percentual no declínio de 3,1% registrado pelo indicador.

Em seguida, ambas com contribuição negativa de 0,7 ponto percentual, estão as devoluções de cheques sem fundos e as dívidas não honradas junto aos bancos com quedas de 4,2% e 1,4%, respectivamente. Por último, os títulos protestados apresentaram recuo de 13%, o que representou contribuição de -0,3 ponto percentual na queda do indicador.

Entretanto, no primeiro bimestre de 2010, em comparação com o mesmo período do ano anterior, todas as modalidades de inadimplência registraram alta no valor médio das dívidas. Os cheques sem fundos tiveram crescimento de 44,9% a R$ 1.193,10, os títulos protestados de 6,7% a R$ 1.121,33, as dívidas com os bancos de 1,9% a R$ 1.396,98 e as dívidas com cartões de crédito e financeiras apresentaram alta de 0,4% a R$ 358,54.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a perspectiva é de que a inadimplência do consumidor continue em queda por, pelo menos, todo o primeiro semestre de 2010, coerente com o bom cenário econômico, a geração de empregos e a evolução da renda. (O Globo)

terça-feira, 9 de março de 2010

Mulheres avançam na discussão da dignidade e na busca de oportunidades salariais iguais

Siemaco-SP inova e mobiliza mulheres ao longo do ano

O Siemaco de São Paulo atingiu uma etapa das comemorações do Dia Internacional da Mulher neste fim de semana, com a final do Concurso Miss Siemaco apresentada no Programa da Eliana, do SBT, em rede nacional. Na segunda, dia 8 de Março, data em que se completou também os 100 anos da comemoração da data, mais de 600 mulheres compareceram à sede do Siemaco, na Barra Funda, para avaliar e comemorar os avanços conquistados ao longo do ano.

Márcia Adão, Secretária da Mulher do Siemaco (no detalhe, na foto), diz que desde agosto do ano passado o Siemaco mobilizou as mais de 60 mil mulheres da categoria de asseio e conservação. “Criamos o concurso Miss Siemaco na expectativa de sensibilizar a categoria para os valores de dignidade feminina, do valor que as mulheres têm na categoria e na sociedade e mobilizar, imaginávamos, umas cem companheiras e fomos surpreendidas com a inscrição de 310 mulheres”, diz. O concurso tinha a intenção de discutir a “invisibilidade” a que a categoria é sumetida, mesmo no exercício das funções mais próximas e necessárias na sociedade, como é o caso da limpeza das vias públicas, de servir café nos escritórios ou limpar agências bancárias. “A invisibilidade é uma forma de preconceito silencioso”, afirma Márcia Adão. Um preconceito que mantém as mulheres e os homens da categoria à margem da vivência social, do diálogo e da interação.

Com a Miss Siemaco, o sucesso foi tanto que a dignidade se alastrou pela categoria. “Muitas companheiras aprenderam a se valorizar mais, muitas começaram a cuidar mais do corpo e até mesmo emagreceram”, diz Márcia Adão.

A partir desta mobilização, a Secretaria da Mulher do Siemaco-SP vai iniciar uma nova campanha de falar com os dois sexos. “Vamos envolver os homens na discussão da dignidade dentro de casa, nos locais de trabalho e na comunidade”, afirma Márcia Adão. Segundo ela, os objetivos da Secretaria da Mulher é ampliar a discussão para a comunidade. “Mas com uma caminhada cuidadosa a partir de casa, depois onde trabalhamos para, finalmente, sensibilizarmos a sociedade”. A apresentação da final do concurso Miss Siemaco no Programa da Eliana, em rede nacional, foi um grande passo neste sentido.

Leia o clipping do dia:

Economia brasileira deve crescer 5,50% em 2010, aponta Focus

Pela segunda semana consecutiva, o mercado financeiro espera um desempenho melhor para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste calendário. A expectativa é de expansão de 5,50% para a economia nacional em 2010, pouco acima da taxa prevista anteriormente, de 5,47%.
Os números constam do Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). Em 2011, o PIB brasileiro deve registrar crescimento de 4,50%, sem mudança há 11 semanas.
Os analistas financeiros não alteraram ainda os prognósticos para o saldo da balança comercial em 2010, de superávit de US$ 10 bilhões, e para a entrada de investimento estrangeiro direto, de US$ 38 bilhões,
Sobre a conta corrente, porém, houve pequena revisão do resultado aguardado: em vez de déficit de US$ 50,05 bilhões, deve apresentar déficit de US$ 50 bilhões neste exercício.
O levantamento do BC mostrou ainda que a produção industrial deve ter ampliação de 8,41% nos 12 meses até dezembro, contra os 8,55% previstos antes. (Valor)

Brasil precisa de profissionais capacitados em novas tecnologias, afirmam debatedores

O foco e o volume de dinheiro gasto no Brasil em Ciências Sociais mostra um desequilíbrio grande em relação a outras áreas de conhecimento em que há carência de profissionais, provocada, sobretudo, pela inserção do Brasil na economia global nos últimos anos.

A avaliação foi feita nesta segunda-feira (8) pelo presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Reginaldo Braga Arcuri, em painel promovido pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) sobre o tema "A política de formação e capacitação de recursos humanos frente à política de desenvolvimento produtivo".

Segundo Arcuri, o Brasil precisa investir em inovação tecnológica, tendo em vista que o país voltou a ter demanda por trabalho qualificado em alguns setores, como engenharia, que chega a ser maior que a capacidade do país em formar esses profissionais.

- À medida que as máquinas vão sendo incorporadas ao processo cotidiano de produção, o trabalhador tem que ter um nível mais especifico de qualificação, e isso acaba sendo feito pela própria indústria, dada a velocidade com que ela necessita desses trabalhadores - afirmou.

O Brasil, segundo o presidente da ABDI, tem que ser ainda mais competitivo e não apenas "detentor de riquezas naturais com mão-de-obra eventualmente barata".

- Só vamos efetivamente responder aos desafios que o resto do mundo nos propõe se tivermos gente capacitada tanto na pesquisa básica como na operação direta de máquinas - afirmou.

Arcuri observou ainda que o Brasil "conseguiu obviamente dar um salto importante no quantitativo de anos de estudo da população", mas que é preciso observar se as pessoas estão efetivamente absorvendo esses conhecimentos e sendo capazes de fazer com que eles se transformem em "algo útil" para o processo produtivo.

O presidente da ADBI registrou ainda que os operários são hoje "atores e partícipes" do processo de produção, com a utilização de máquinas complexas que demandam conhecimentos. Na indústria automobilística, segundo ele, já não ocorre um "mero ajuntamento passivo de peças", mas a presença dos operários em células de produção que exigem dos trabalhadores soluções cotidianas ou semanais de como aprimorar o próprio trabalho, o que implica ter noção de processo industrial.

Participantes — O painel também contou com a participação do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho; o deputado federal Alceni Guerra (DEM-PR); e o presidente do Grupo Ultra, Pedro Wongtschowski.

Carvalho Filho, do CNPq, disse que o Brasil forma anualmente cerca de 30 mil engenheiros, número bem abaixo do verificado em países como a Rússia (190 mil), Índia (220 mil) e China (650 mil). Embora o Brasil esteja em 13º lugar na produção de conhecimento global, à frente da Holanda e da Rússia, no caso de engenharia o país ocupa a 21ª posição.

As empresas brasileiras, segundo Carvalho Pinto, "inovam pouco e diferenciam pouco" seus produtos. Em 2015, afirmou, o Brasil já terá um déficit mais significativo de engenheiros, principalmente em áreas ligadas à província petrolífera da camada pré-sal, que exigirá tecnologias ainda a serem descobertas, além do setor espacial, aeronáutico e nuclear, "que hoje já se ressente da falta de profissionais qualificados".

Carvalho Pinto disse ainda que 11 mil doutores são formados anualmente no Brasil, mas que o país reponde por apenas 2% da produção cientifica publicada em revistas especializadas. O presidente do CNPq disse que o Brasil tem o pior desempenho em relação às patentes depositadas nos Estados Unidos, sendo também superado nesse setor pela Rússia, Índia e China.

Ex-prefeito de Pato Branco durante a implantação de um pólo tecnológico, Alceni Guerra lembrou que o município paranaense, que há alguns anos atraiu empresas de tecnologia e hoje detém um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) no país, agora sofre dificuldades na implantação de novos empreendimentos em razão da falta de cursos técnicos e tecnológicos.

- O sistema de impostos é o mesmo, os laboratórios são os mesmos, mas falta mão-de-obra porque o Cefet [centro de ensino tecnológico], que tinha cursos técnicos, se transformou em universidade e abandonou os cursos técnicos para investir em engenharia e graduação mais sofisticada - afirmou.

Por sua vez, Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra, que conta hoje com 10 mil funcionários no Brasil, sugeriu que as empresas atuem em conjunto com as universidades nos cursos de formação de tecnólogos, como forma de melhorar a formação inicial dos ingressantes no mercado de trabalho e de agilizar a adequação dos currículos.

Recomendou ainda a adoção de incentivo à pesquisa concentrada em áreas estratégicas, tendo em vista que as verbas encontram-se hoje muito pulverizadas e não favorecem o estudo de temas complexos e extensos; incentivo à pesquisa conjunta entre a empresa e a academia; criação de laboratórios nacionais geridos por organizações sociais para projetos de pesquisa da área acadêmica; e incentivo à pesquisa acadêmica com entidades internacionais.

E ainda a ampliação da atuação do Ministério da Educação (MEC) por meio de instituições privadas; aumento dos programas universitários de graduação em formato cooperativo, já existentes em algumas regiões do país; fomento aos exames de certificação, o que favoreceria a preocupação constante com atualização e aprimoramento; e o desenvolvimento de cursos ligados às novas tecnologias.

As sugestões contaram com o apoio do senador Gilberto Goellner (DEM-MT), sobretudo a que propõe a extensão de programas universitários em formato cooperativo nas regiões mais afastadas do país. Já o senador Mão Santa (PSC-PI) lembrou que o ensino no Brasil antigamente era mais "organizado".

Painéis — Esse foi o segundo painel realizado em março pela CI como parte de um novo ciclo de audiências públicas denominado Recursos Humanos para Inovação e Competitividade. O primeiro painel, realizado na última segunda-feira (1º), discutiu a formação e a capacitação de mão-de-obra necessária para enfrentar os desafios nos setores ligados à infraestrutura do país. Outros 12 painéis serão realizados às segundas-feiras até o dia 7 de junho, com inicio previsto para as 18h. (Agencia Senado)

Medicamentos terão reajuste médio de 4,60% a partir de 31 de março

Novos preços devem ser aplicados em cerca de 18 mil itens; reajuste não será obrigatório.

O reajuste anual para medicamentos, estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), será de 4,45% a 4,83% em 2010, com média de 4,60%. O aumento, que entra em vigor a partir de 31 de março, leva em consideração a categoria do produto, tendo como base a participação dos genéricos em cada segmento, conforme anunciado nesta segunda-feira, 8, pela Câmara, vinculada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os novos preços devem ser aplicados em aproximadamente 18 mil itens. A adoção dos novos valores, no entanto, não é obrigatória e pode inclusive ser inferior ao proposto, destaca o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma). "De fato, nos últimos anos, consumidores usufruíram preços anteriores ao reajuste, inclusive com descontos, durante meses, pois indústrias farmacêuticas e farmácias mantiveram os preços ou aplicaram aumentos inferiores aos índices autorizados", explicou a entidade em comunicado.

Essa variação inferior ao permitido é justificada, segundo o Sindusfarma, pela "concorrência e por estratégias comerciais, resultando de negociações entre laboratórios, distribuidores e varejistas", destacou. O próximo reajuste entrará em vigor em março de 2011. (Estadao)

Mulheres são maioria em 2 das 3 camadas mais ricas

Segundo estudo da Serasa, no entanto, homens ainda dominam a camada de maior renda.

Estudo da Serasa Experian divulgado nesta segunda-feira, 8, mostra que as mulheres são maioria em dois dos três grupos sociais mais ricos da população. O trabalho redefine as tradicionais classes sociais em dez grupos (de A a J), que, por sua vez, são subdivididos em 39 segmentos. Elas lideram os grupos B e C (moradores urbanos prósperos e assalariados urbanos), de acordo com a Serasa Experian. Na camada de maior renda, a A (de ricos, sofisticados e influentes), os homens ainda são maioria.

A Serasa realizou a análise por meio do Mosaic Brasil, uma ferramenta de segmentação de mercado, e levou em conta uma base de dados de 135 milhões de brasileiros. As informações foram analisadas por professores da Universidade de São Paulo (USP). "Os dados estatísticos da pesquisa e a análise dos acadêmicos da USP revelam que a mulher não é apenas rica porque vive numa família com boas condições financeiras, mas sim porque é agente econômica desse clã", afirmou o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro.

Nos grupos ricos e prósperos (A e B), as mulheres são 4,9 milhões e, os homens, 4,7 milhões, informou a pesquisa. Elas também são maioria no subgrupo "aposentadoria dos sonhos" (B6), com 54% do total. São pessoas com boa situação financeira e que vivem confortavelmente com a família. "Trata-se do segmento na nona colocação nacional com maior proporção de mulheres", diz o presidente da Unidade de Negócios de Marketing Services da Serasa Experian, Juliano Marcílio.

No Rio, este grupo aparece em destaque como o segundo com mais componentes femininos do Estado (3,2% de mulheres). No País, o segmento tem a presença de cerca de 1,1 milhão de mulheres. Entre os jovens, a mulher lidera subgrupo de pessoas até 30 anos e com bons salários, com 57% do total. São pessoas com até 30 anos, na grande maioria solteiras, morando em regiões urbanas confortáveis e que investem na carreira e na profissionalização. (Estadao)

Greve nas escolas estaduais de SP começa com baixa adesão

Dos 20 colégios checados pela reportagem, 18 funcionaram normalmente.
A greve na rede estadual de ensino de SP começou ontem com adesão baixa dos professores. Para o governo, é um sinal de fracasso do movimento. Para o sindicato, a paralisação vai aumentar durante a semana.
A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Educação afirmou que o faltosos terão os dias descontados, o que acarretará descontos no salário e no bônus por desempenho.
A reportagem verificou ontem o funcionamento de 20 escolas da capital. Em 18 delas, as aulas estavam normais (90%).
O governo José Serra (PSDB) e a Apeoesp (sindicato dos professores, ligado à CUT e ao PT) também fizeram seus balanços: o primeiro apontou normalidade em 99% das escolas do Estado; o segundo, em 70%. Haverá nova assembleia na sexta-feira.
A categoria exige reajuste de 34,3%. Os salários hoje variam de R$ 1.834 a R$ 3.181 (fim de carreira), na jornada de 40 horas semanais. Programa lançado em 2009 eleva o teto a R$ 6.270, desde que o docente, ao final da carreira, tenha sido aprovado em quatro seleções.
O governo diz ser inviável conceder o reajuste, que traria gasto de R$ 3,5 bilhões. A pasta tem R$ 16,2 bilhões neste ano. A política atual é a de dar dinheiro extra ao que apresente bom desempenho em avaliações.
"A responsabilidade demonstrada pela quase totalidade dos 220 mil professores é mais uma prova de que a tentativa de greve é um movimento político, inimigo da educação de São Paulo", diz nota do governo.
"Já começamos com uma adesão satisfatória, que vai aumentar nos próximos dias. A greve foi decidida devido a um acúmulo de desrespeitos do governo com os professores", afirma a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha. (Folha)