quarta-feira, 14 de abril de 2010

Em vez do veto é hora de fazer justiça aos ganhos dos aposentados

Hora do governo fazer justiça aos aposentados

Em vez das promessas de veto ao reajuste que o Congresso Nacional está votando é o momento histórico de o governo do presidente Lula resgatar a renda dos aposentados e pensionistas brasileiros. Chega de adiar uma solução que é possível, como o foi com a politica adotada com o salário mínimo. Chega de ter idosos humilhados depois de terem contribuído com suas vidas, por mais de 30 anos com o Brasil. Chega desta indiferença sustentada em números arbitrários quando sabemos que se existir determinação politica a solução surgirá. Os deputados e senadores já se sensibilizaram, em sua maioria. É hora de o governo do presidente Lula respeitar a vontade popular e dos trabalhadores que já sensibilizou o Congresso Nacional e em vez do veto fazer justiça aos ganhos dos aposentados. (Ricardo Patah, presidente nacional da UGT)

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Governo endurece negociação sobre reajuste de aposentados

As divergências entre a Câmara e o Senado levaram o governo a endurecer ontem a negociação sobre o reajuste das aposentadorias acima do salário mínimo. Os ministros Carlos Eduardo Gabas (Previdência) e Paulo Bernardo (Planejamento) afirmaram que o compromisso do governo se limita ao índice de reajuste já concedido: 6,14%.
Depois de acertar aumento de 7% com líderes da bancada governista na Câmara, o Executivo foi surpreendido pelos partidos aliados no Senado, que defendem aumento de 7,71%. A aplicação de qualquer um dos percentuais seria retroativa a janeiro.
Para pressionar os dissidentes, o governo adotou o discurso de que não se compromete com reajuste maior que o já previsto na medida provisória em discussão no Legislativo. Gabas declarou que o Executivo já fez sua parte e que não há endosso sequer ao aumento de 7%.
Segundo Bernardo, não há mudança. "Nossa posição é [pelo reajuste de] 6,14%. Mas não tenho condição de obrigar nenhum líder a fazer o que a gente acordou com as centrais. Acho que o presidente vai vetar, mas não posso dizer pelo presidente. Demos reajuste acima da inflação e não achamos razoável, simplesmente porque tem eleição, todo mundo querer fazer grandes bondades."
No entanto, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) rejeitou apenas aumento acima de 7% para os aposentados. "Não nos responsabilizamos com nenhuma outra proposta [mais que 7%], além daquilo que o governo suporta."
Os deputados da base disseram que querem votar o reajuste maior proposto pelos senadores. (Folha)

Central faz campanha para mudar correção do FGTS

Veja no link: http://diarionet.terra.com.br/integra.php?id=1153

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) está liderando uma campanha para alterar a correção dos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Hoje, o FGTS é remunerado em 3% ao ano mais taxa referencial de juros, que está em 0%. O objetivo é passar a corrigir o dinheiro dos trabalhadores pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no mínimo.

A perda acumulada dos depósitos chega a R$ 58 bilhões desde 2002, segundo o Instituto FGTS Fácil, informa a central. No ano passado o FGTS foi corrigido em 3,9%, enquanto a inflação medida pelo IPCA ficou em 4,31%.

O presidente da UGT, Ricardo Patah, diz que não é possível aceitar que o FGTS continue com um reajuste abaixo da inflação. “Nós iniciamos a luta para reduzir as perdas que o trabalhador vem acumulando diante da atual remuneração pela TR (taxa referencial), que hoje é zero, mais parcos 3%.” A central representa 750 entidades e mais de 5 milhões de trabalhadores em todo o País.

Tramitam no Congresso Nacional 75 projetos sobre o FGTS. Desses, 64 tratam de possibilidades de saques. O deputado federal Roberto Santiago (PV-SP), vice-presidente da UGT e relator da subcomissão que analisa o FGTS, defende uma ampla discussão sobre o tema para corrigir as distorções que reduzem a rentabilidade do fundo, a inclusão de mecanismos que incentivem o trabalhador a deixar os recursos por mais tempo investidos e a concentração de todas as demandas judiciais sobre o fundo na Justiça do Trabalho, entre outras mudanças. (Portal Terra)

Emprego na indústria de SP bate série de recordes

O emprego na indústria paulista teve em março a melhor performance em mais de três anos, encerrando o primeiro trimestre com o melhor resultado já registrado, em razão de maiores contratações no setor sucroalcooleiro.

A perspectiva é de manutenção do crescimento, mas a taxas um pouco mais modestas, encerrando 2010 com o melhor crescimento da série histórica.

O emprego subiu 1,37 por cento em março em relação a fevereiro, segundo dados com ajuste sazonal, com a abertura de 45 mil vagas, informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta terça-feira. Foi a maior variação percentual desde dezembro de 2006.

Sem ajuste sazonal, houve alta de 2,05 por cento em março, o maior dado desde abril de 2008.

"Há um crescimento natural, típico da época, de empregos em açúcar e álcool... mas vários setores registraram criação do emprego acima de mil vagas. O emprego está bem distribuído em toda a cadeia, que é a melhor forma (de crescer)", disse Paulo Francini, diretor de pesquisa econômica da Fiesp.

Em época de safra, o setor sucroalcooleiro foi responsável por cerca de 60 por cento das vagas abertas em março.

O emprego no setor de Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que inclui o álcool, teve salto de 20,7 por cento em março ante fevereiro, enquanto no de Produtos alimentícios, que engloba açúcar, aumentou 9,4 por cento.

Segundo Francini, o setor de açúcar e álcool continua contratando em abril e maio e estabiliza-se até novembro, quando sazonalmente começa a enfraquecer.

Outros segmentos com contratações importantes no mês foram Produtos de borracha e de material plástico, Confecção de artigos do vestuário e acessórios, e Móveis.

MAIS RECORDES — Dos 22 setores pesquisados, 20 tiveram contratações em março e 2 informaram estabilidade do emprego, no melhor resultado desde o início da série histórica, em julho de 2005.

"Sabemos que é muito difícil manter esse vigor (de março)... mas vamos ter um bom primeiro semestre de emprego", afirmou Francini, sem detalhar, no entanto, quando e em quanto o ritmo deve diminuir.

Esse arrefecimento não chega a ser uma notícia ruim. Francini manteve a previsão de uma expansão de 6,2 por cento em 2010, que seria o melhor resultado desde o começo dessa série histórica, em 2006.

O número do primeiro trimestre já foi recorde para o período, com a maior alta desde 2006, de 3,66 por cento, o que equivale a 79 mil novos postos.

Mesmo com tantos recordes, em março ainda faltavam 135 mil vagas para o emprego industrial paulista recuperar o patamar pré-crise, de setembro de 2008.

No primeiro trimestre, o setor sucroalcooleiro também foi o destaque de contratações. Em Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, o emprego aumentou 18,7 por cento no período, e Produtos alimentícios tiveram alta de 11,9 por cento. (O Globo)

FGTS

A UGT - União Geral dos Trabalhadores está liderando campanha, no Congresso Nacional, para revisão da legislação que regula o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. De acordo com Ricardo Patah, presidente da UGT, a perda acumulada chega a R$ 58 bilhões desde 2002. O fundo vem sendo corrigido sempre abaixo da inflação. (Jornal do Comercio/RS)

Melhora na economia diminui inadimplência do consumidor no ano

O aquecimento do mercado de trabalho e o crescimento da renda resultaram em uma queda de 6,7% na inadimplência do consumidor no primeiro trimestre do ano, em relação a igual período de 2009, revelou um estudo da Serasa Experian. Trata-se do recuo mais significativo para um primeiro trimestre, desde o início da série histórica, em 2000.
Vale notar, entretanto, que a base de comparação também favorece o resultado, uma vez que, no primeiro trimestre de 2009 o Brasil enfrentava os efeitos da crise mundial.
A perspectiva dos economistas da Serasa é de que a inadimplência do consumidor continue em queda no restante do primeiro semestre. Entretanto, no segundo semestre, o indicador que mede as dívidas do consumidor deve sofrer pressão, na opinião dos analistas, por conta do crescimento do endividamento da população e de um possível movimento de aperto monetário por parte do Banco Central.
De janeiro a março deste ano, 48,4% das dívidas dos brasileiros eram com bancos, ao passo que 32,6% se referiam a pendências com cartões de crédito. Por sua vez, os cheques sem fundos representaram 16,9% da inadimplência, no período. Já os títulos protestados eram 2,1% do total das dívidas.
O valor médio das dívidas com bancos é o mais alto dentre os tipos de dívida, com R$ 1.386,33, cifra que representa uma alta de 2,1% em relação ao primeiro trimestre de 2009.
Já o valor médio das dívidas com cheques subiu 43,7%, atingindo R$ 1.191,26, enquanto o valor médio das dívidas com títulos protestados teve alta de 10,7% e ficou em R$ 1.147,20. Por fim, o valor das dívidas com cartões de crédito e financeiras declinou 1,6%, de R$ 386,86 para R$ 380,70, na mesma base comparativa.
A pesquisa revelou ainda que a inadimplência do consumidor aumentou 13,9% em março, na comparação com fevereiro. Os economistas da Serasa explicam que a alta é típica para o período, quando muitos consumidores precisam pagar despesas como o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e gastos com material escolar.
O resultado foi influenciado ainda pelo fato de março ter tido cinco dias úteis a mais do que fevereiro, além do avanço nos preços de alguns alimentos, o que reduz os recursos disponíveis do consumidor para honrar suas dívidas.
Por fim, na comparação anual de março de 2010 com março de 2009, houve queda de 9,1% na inadimplência do consumidor, o maior recuo para um mês de março, nesta base comparativa, desde 2000. (Valor)

terça-feira, 13 de abril de 2010

UGT mobiliza opinião pública para a recuperação dos valores do FGTS

FGTS é patrimônio dilapidado

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é patrimônio dos trabalhadores e a garantia de sobrevivência, de investimento na casa própria e até mesmo apoio na doença grave. É um patrimônio que é composto ao longo de décadas e ao mesmo tempo tem sido dilapidado ao longo dos anos numa indiferença assustadora dos órgãos públicos, que deveriam ter o dever de preservar os valores do FGTS. O que acompanhamos é uma politica sistemática e institucionalizada de remunerar com TR, que ninguém sabe ao certo quanto é, mais 3%, ou seja, a metade do que se repassa de ganhos para a poupança. No ano passado, o FGTS foi corrigido em 3,9% contra a inflação medida pelo IPCA de 4,31%. Perdemos para a inflação e perdemos patrimônio. Por isso, a UGT está mobilizada ao lado do deputado federal Roberto Santiago (PV-SP), nosso vice-presidente, para resgatar a constitucionalidade do FGTS, nas suas finalidades (investimeno em infra-estrutura e casa própria) e recuperar o valor do nosso patrimônio. (Ricardo Patah, presidente nacional da UGT)

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Garfada no FGTS

Desde 2002, o FGTS acumula perdas de R$ 58 bilhões em relação à inflação do período, segundo o Instituto FGTS Fácil. Apenas ano passado o FGTS foi corrigido em apenas 3,9%, contra inflação medida pelo IPCA de 4,31%. O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, diz não ser possível que o FGTS continue a ser reajustado abaixo da inflação. "Iniciamos a luta para reduzir as perdas que o trabalhador vem acumulando diante da atual remuneração pela TR (Taxa Referencial), que hoje é zero, mais parcos 3%. O FGTS é um patrimônio do trabalhador e tem que receber um retorno financeiro adequado ao investimento", defende Patah. 
(Monitor Mercantil)

Serasa: demanda do consumidor por crédito tem recorde

O número de consumidores que buscaram crédito aumentou 18,3% de fevereiro a março, mostra o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, divulgado hoje. O patamar é recorde, desde janeiro de 2007, quando o indicador passou a ser calculado. O resultado de março superou a melhor marca registrada até então, de maio de 2008.

De acordo com economistas da Serasa, os consumidores aproveitaram o último mês de desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre itens como automóveis para ir às compras e parcelar. O fato de março ter mais dias úteis do que fevereiro também contribuiu para o índice recorde. Segundo os economistas, o resultado é reflexo de uma conjuntura econômica favorável.

Na comparação anual, entre março de 2009 e o mês passado, a demanda do consumidor por crédito subiu 32,5%, outro recorde. Em março de 2009, em meio à crise econômica mundial, o indicador havia tido o pior desempenho para o mês. No acumulado do primeiro trimestre de 2010, a demanda aumentou 21,6%.

O indicador registrou elevação nas seis faixas de renda analisadas pela Serasa. As maiores altas na demanda por crédito de fevereiro a março foram entre os consumidores com renda mensal abaixo de R$ 500 (32,9%), os com renda entre R$ 5 mil e R$ 10 mil (32,8%) e os com renda de mais de R$ 10 mil (32,2%). A região brasileira onde mais cresceu a procura por crédito foi o Nordeste (21%), seguido pelo Sul (20,8%), Norte (19,2%), Sudeste (18,5%) e Centro-Oeste (7,6%). (Estadão)

PT diz que Lula vetará reajuste a aposentado

Acordo na Câmara prevê 7% para benefícios superiores ao salário mínimo, mas Congresso quer 7,71%.
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) afirmou ontem que, caso o Congresso aprove reajuste maior do que 7% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai vetar o benefício.
Proposta nesse sentido tem grandes chances de ser aprovada nas próximas semanas, já que a maioria dos partidos aliados ao governo defende aumento de 7,71% para a categoria -o que equivale a repassar a inflação de 2009 mais 80% do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2008.
O índice, inclusive, chegou a ser acertado na semana passada por lideranças do Senado, mas Vaccarezza garante que o valor não tem amparo técnico do governo. Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, também afirmou que levaria a proposta para os ministros, mas, segundo sua assessoria, até agora ele não obteve resposta. Segundo o deputado petista, o máximo a que o governo pode chegar é 7%, ou a correção da inflação mais dois terços da variação do PIB.
Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), um dos intermediários do acordo, disse que chegou a conversar rapidamente sobre o assunto com Lula durante o final de semana. O deputado disse ter entendido que o presidente apoia um acordo com o Senado. "O Vaccarezza diz que não, mas entendo que o Lula quer o acordo. Não dá para eles [senadores] votarem uma coisa e a gente, na Câmara, outra", diz Silva.
Nas duas propostas, o aumento seria retroativo a janeiro deste ano e o reajuste de 2011 ficaria desvinculado da discussão atual, deixando o assunto para depois das eleições.
Vaccarezza é relator da medida provisória que prevê, originalmente, o reajuste de 6,14% e já está na pauta da Câmara. "Se seguirem o caminho da demagogia será uma tragédia para os aposentados. Só vai restar ao presidente da República, por responsabilidade fiscal, vetar", disse Vaccarezza, ressaltando que a categoria ficaria sem o aumento retroativo.
O deputado afirmou ontem que a medida provisória deve ser votada nesta semana na Câmara, mesmo sabendo das chances concretas de o governo sair derrotado.
De acordo com cálculos dos congressistas, o reajuste de 7% resultaria em pagamento de mais R$ 1,1 bilhão neste ano. Com 7,71%, o gasto adicional seria de cerca de R$ 1,8 bilhão. (Folha)

Depois de decisão do STJ, Arruda deixa Superintendência da PF

O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda deixou às 17h20, a Superintendência da Polícia Federal (PF), onde estava preso há dois meses.

Ele saiu numa Hyllux prata, mas não foi possível identificar o motorista. Sua mulher, Flávia Arruda, também foi à PF, num Fox vermelho e seu advogado Nelio Machado, num Mercedes prata. Eles seguiram em comboio para a casa do ex-governador no setor de Mansões Park Way.

Na saída do ex-governador da prisão, havia vários manifestantes pró-Arruda em frente à Superintendência da PF e alunos da Universidade de Brasília (UnB), integrantes do Movimento Fora Arruda. Os apoiadores de Arruda comemoram sua saída cantando.

O Superior Tribunal de Justiça se reuniu hoje para julgar o voto do ministro Fernando Gonçalves, pela soltura de Arruda. A decisão foi tomada por 8 votos a 5.

Outros cinco envolvidos no esquema de arrecadação de dinheiro e distribuição de propina envolvendo empresários e integrantes do alto escalão do governo do DF. O esquema foi desbaratado pela PF, na Operação Caixa de Pandora.(Agência Brasil)

Brasileiros aproveitam mais a chance de melhores empregos, diz pesquisa

Cerca de 11% dos executivos mudaram de emprego no ano passado.
Mais de um terço dos brasileiros mudaria de vaga se tivesse boa oferta.

Uma pesquisa de uma empresa internacional de recrutamento mostra que os brasileiros estão aproveitando o surgimento de melhores oportunidades de emprego. Dos trabalhadores de médio e alto escalão no Brasil, 11% mudaram de emprego no ano passado, segundo a consultoria Robert Half.

O número é o maior entre os 13 países pesquisados pela empresa. Na França, foram 10% que mudaram de emprego, mais que na Itália (7%) e na Alemanha (5%).

O Brasil também tem o maior percentual de executivos que mudariam de emprego se recebessem uma boa proposta - 36%. Para Fernando Mantovani, diretor da Robert Half, "quando tudo vai bem, quando a economia cresce, quando as empresas estão crescendo, você vê a mudança de emprego como uma oportunidade de alavancar sua carreira".

Segundo ele, os brasileiros em geral se sentem mais satisfeitos com o atual trabalho do que os franceses, por exemplo, mas mesmo assim iriam para um emprego novo.

Falta de profissionais — A pesquisa também aponta uma tedência para os próximos anos: Com a expansão da economia, podem faltar profissionais qualificados para ocupá-las. Com isso, quem se destacar nas empresas vai ser mais disputado pelas concorrentes, o que pode elevar a média de salários em certas categorias.

As áreas relacionais à infraestrutura, como a construção civil e o setor de gás, podem sofrer mais com a falta de profissionais. Mas, independentemente do ramo, quem se qualificou vai ter mais chance de dar um passo adiante.

O consultor de negócios Leonardo Bombachini mudou de emprego após cinco anos na mesma empresa. Foi para uma concorrente para ganhar 30% a mais. "Eu não esperava. Como o mercado aqueceu, eu fiquei mais antenado, e aí veio essa oportunidade e eu agarrei. Achei que valia a pena e resolvi arriscar", diz ele. (G1)

Artesanato gira R$ 52 bilhões por ano na economia nacional

Existem no Brasil 8,5 milhões de artesãos, que têm um faturamento médio mensal de um salário mínimo, o que gera uma arrecadação bruta nacional de R$ 52 bilhões ao ano. Esses dados são de pesquisa do Vox Populi, solicitada pelo Central Mãos de Minas/Instituto Centro Cape, com a intenção de medir o impacto do segmento artesanal na economia brasileira. Considerando que o artesanato brasileiro tem adquirido uma importância crescente na recuperação e preservação da cultura popular e principalmente no incentivo ao desenvolvimento econômico, torna-se importante conhecer um pouco mais sobre a realidade desses profissionais da arte.

Para Tânia Machado, presidente da Central Mãos de Minas/Instituto Centro Cape, o maior destaque da pesquisa é que, dessa movimentação nacional, R$ 24 bilhões, ou seja 47%, vêm da compra de matéria-prima da indústria. Desse total, R$ 3,6 bilhões, ou seja, 15%, são gastos na indústria têxtil, R$ 3,4 bilhões em material para acabamento e R$ 2,5 bilhões em gastos com metais.

Outro dado importante é o aumento do faturamento do artesão brasileiro em quase 30%, de 2008 para 2009, que demonstra a preocupação do artesão com custos e organização da produção, já que o valor da matéria prima recuou de 59% para 47%. Tendência também constatada nesses quatro anos é de que os artesãos brasileiros geram mais empregos a cada ano, empregando em média cinco pessoas, sendo que a maioria são parentes.

Ainda de acordo com a pesquisa, o universo artesanal brasileiro continua sendo predominantemente feminino, com 74% dos entrevistados em todo o país, e a idade média dos artesãos está acima dos 40 anos. Os artigos utilitários continuam sendo a maior opção de produção, vindo os de decoração em segundo lugar. E em um país onde não há significativo investimento em educação, destaca-se ainda o fato de 41% dos artesãos brasileiros terem o ensino médio completo, 39% terem finalizado o ensino superior e somente 19% terem até a 8ª série.

Um exemplo de destaque é a artesã mineira Flávia Lúcia Guimarães, 41. Ela é formada em Relações Públicas desde 1992 e, depois de trabalhar 12 anos em empresas de call center e recursos humanos, se enveredou pelo trabalho artesanal. “Trabalhava em uma área muito estressante. Meu trabalho me fazia mal, adoeci por causa da rotina que levava, e busquei uma nova ocupação. A produção de peças de cerâmica em alta temperatura é para mim uma arte terapia”. A artesã explica que sua renda diminuiu em relação à época que trabalhava em sua área de formação e tinha salário fixo, mas ressalta que a melhoria da qualidade de sua vida compensa.

Um número não muito favorável da pesquisa nacional, que está na contramão da realidade mineira, foi a queda de 10% no número de artesãos que exportam, de 23% para 13%. De acordo com Tânia Machado, isso não ocorreu em Minas. “A Central Mãos de Minas/Instituto Centro Cape não sentiu essa realidade nacional. Muito ao contrário, podemos falar em um crescimento de até 30% de exportações mineiras de 2005 a 2009”, afirma. (Uai)