terça-feira, 20 de julho de 2010

Semana de definição da taxa Selic que a UGT quer que seja drasticamente reduzida para o bem da nossa economia e pela geração de empregos

Crédito imobiliário da Caixa cresce 95% e atinge R$ 34,1 bilhões no 1º semestre

Do total liberado, R$ 16,48 bilhões foram destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida

A Caixa fechou o primeiro semestre com um volume recorde de R$ 34,1 bilhões em crédito imobiliário, em mais de 5,75 mil contratos. O volume é equivalente a um crescimento em valor de 95,1% ante o mesmo período de 2009, informou a instituição nesta segunda-feira.

Segundo o vice-presidente de governo da Caixa, Jorge Hereda, do total liberado, R$ 16,48 bilhões foram destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida.

Ainda de acordo com o banco, o montante liberado no primeiro semestre superou todo o volume destinado a moradias no ano de 2008, quando foram emprestados R$ 23,3 bilhões.

Até o final deste ano, a Caixa estima que a aplicação de recursos em crédito imobiliário supere R$ 60 bilhões.

"O desempenho da Caixa em financiamento habitacional é compatível com o atual ciclo de desenvolvimento econômico e de inclusão social do país", explicou a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho.

No Estado de São Paulo foram financiados no 1o semestre 128.874 imóveis, em relação as 110.450 unidades em igual intervalo no ano passado.

Em termos de valores houve um aumento de 71,7% em São Paulo, passando de R$ 5,3 bilhões no primeiro semestre de 2009 para R$ 9,1 bilhões na primeira metade deste ano.

Segundo a Caixa, se este ritmo for mantido, até o final do ano o volume de financiamentos habitacionais em São Paulo ultrapassará os R$ 12 bilhões registrados em 2009. (Estado)

Abono salarial começa a cair na conta de 4,5 milhões de trabalhadores

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que aproximadamente 4,5 milhões de trabalhadores com conta na Caixa Econômica Federal vão receber a partir de segunda-feira o abono salarial de um salário mínimo (R$ 510). Serão pagos R$ 2,3 bilhões com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Quase um quarto dos cerca de 18,4 milhões de trabalhadores com direito a receber o benefício começam a receber o pagamento a partir da semana que vem. O abono representará, no total, um dispêndio estimado em R$ 9,4 bilhões ao FAT.
O pagamento dos demais identificados será feito entre 11 de agosto e 30 de junho de 2011 nas agências do Banco do Brasil (BB) e da Caixa.
Para receber o abono, os trabalhadores devem estar cadastrados no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos.
Também é necessário ter trabalhado pelo menos 30 dias no ano-base (2009) e ter recebido até dois salários mínimos de média nesse período, além de estar cadastrado corretamente na Relação Anual de Informações Sociais/ 2009 (Rais).

Magazine Luiza vai investir em Rio e Espírito Santo

O Magazine Luiza, terceira maior empresa do setor de varejo, espera chegar em 2015 com um faturamento de R$ 15 bilhões, quase duas vezes maior que o previsto para este ano: R$ 6 bilhões. A empresária Luiza Trajano, dona da rede, disse nesta segunda-feira que a meta é crescer e adquirir novas lojas, inclusive no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Para isso, não descarta a possibilidade de abrir capital em bolsa de valores e fechar uma parceria com um novo sócio. Atualmente, a Capital Group tem 12,4% de participação no Magazine Luiza.

Na semana passada, o Magazine Luiza fechou um contrato de compra da Lojas Maia, com sede em João Pessoa, na Paraíba. O negócio foi avaliado em mais de R$ 290 milhões. Segundo Luiza, a compra foi realizada com capital próprio. Ela disse que 40% foram pagos em dinheiro. Os outros 60% se referem a dívidas que os antigos controladores tinham e que serão agora renegociadas.

A empresária revela que não se sentiu pressionada a fechar um negócio rapidamente, depois de perder a disputa com o Pão de Açúcar pela compra do Ponto Frio. Ela explicou que teve oportunidade de adquirir outras empresas, mas acabou não concluindo os negócios porque estava interessada na compra de um grupo do Nordeste:

- Há dois anos eu tenho interesse na Lojas Maia. Só não fechei negócio antes porque estava entrando em São Paulo. É uma rede muito parecida com a nossa em valores e cultura.

Luiza vai focar o atendimento das 141 lojas que adquiriu da família Maia nos públicos C e D. Em um ano, todas as lojas com bandeira Maia adotarão o nome Magazine Luiza. Nos próximos três meses, Maia e Magazine Luiza já aparecerão juntas nas fachadas das lojas. A previsão é que a rede encerre este ano com 611 lojas, distribuídas em 16 estados. A receita bruta da empresa cresceu 35% no primeiro semestre desse ano. A expansão anual ficará em torno de 30%. A ideia é que o faturamento avance 15% ao ano a partir de 2011. O superintendente do Magazine Luiza, Marcelo Silva, explicou que essa projeção leva em consideração um cenário de manutenção do crescimento da economia.

Luiza Trajano disse que não se importa de ficar em terceiro lugar no ranking de varejo, liderado pelo Pão de Açúcar. A rede perdeu o posto de segundo lugar com a união da Insinuante com a Ricardo Eletro. (O Globo)

Mercado passa a apostar em alta moderada para os juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne a partir de hoje para decidir se altera ou não a taxa básica de juros (Selic). Amanhã será anunciado o resultado. Enquanto isso, as divulgações recentes de importantes dados econômicos modificaram as previsões de alguns especialistas, o que favoreceu o abandono do consenso de qual será a elevação da taxa Selic pelos diretores do Banco Central (BC).
De acordo com o relatório Focus divulgado ontem, os consultados pelo BC prevêem que a taxa de juros termine 2010 a 12% ao ano. Porém, algumas informações recentemente divulgadas como o índice de atividade IBC-Br calculado pelo BC, que apresentou retração de 0,02% em maio, e a piora dos indicadores de atividade nas principais economias do mundo causaram a mudança das percepções.
O economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, divulgou ontem que sua nova previsão para a elevação da Selic é de 0,50 ponto percentual, de modo que a taxa fique a 10,75% e não mais a 11%, conforme previsão anterior. A explicação do economista é que os sinais de que não haverá um superaquecimento da economia e indicadores menos intensos das atividades da economia internacional colaboraram para a alteração da perspectiva.
Com as mesmas considerações, o Sindicato das Financeiras do Estado do Rio de Janeiro (Secif-RJ) também informou ontem que prevê elevação de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros. "Mesmo se o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) chegar aos 7% este ano, será reflexo do crescimento pífio de 2009", avalia o presidente do Secif José Arthur Assunção.
O economista-chefe do banco Schahin Silvio Campos Neto cita ainda que na nota de divulgação do resultado, caso revele divisão de votos, "o que tem grandes chances de acontecer", o Copom poderá dar sinais de que o ciclo de aperto poderá estar perto do fim.
Já a economista-chefe da Rosenberg Consultores Associados Thaís Zara afirma que as desacelerações dos índices econômicos já eram esperadas e, portanto, ela estima que não haverá surpresas na reunião do Copom desta semana. "A demanda continua aquecida e a postura do BC deve permanecer relacionada a um aperto monetário", explica. Para ela, nesta quarta-feira, os diretores da autoridade monetária devem aumentar a Selic em 0,75 ponto percentual. Na opinião de Thais, deve haver mais uma elevação de 0,75 ponto percentual, a alcançar 11,75% ao ano em 2010.
Da mesma forma projeta o economista da LCA Consultores Homero Gizzo. "Prevemos elevação de 0,75 ponto percentual nesta reunião e 0,75 ponto percentual na próxima. Não vemos que é necessário mudar isto porque já aguardávamos essas desacelerações há muitos meses", diz. Para ele, "é natural que ocorra mudanças nas previsões". "Os dados da atividade econômica e a inflação até nos surpreenderam, mas não o suficiente para reavaliarmos nossas expectativas. Até mesmo o ambiente externo não deve afetar a decisão do Copom neste primeiro momento", acrescenta.
O presidente do Conselho de Administração do Ibef-SP, Walter Machado de Barros, também avalia que a taxa Selic chegará ao fim do ano em 11,75%. "Segue muito forte a possibilidade de o BC manter o ritmo de elevação em 0,75 ponto percentual na reunião deste mês", analisa.
Diferentemente dos demais especialistas, o professor de finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), Fabio Gallo Garcia, acredita que a Selic se manterá estável. "Os dados anunciados mostraram a desaceleração da expansão da economia, o que leva à perspectiva de que o Copom, nesta reunião, deverá optar pela estabilidade da taxa em 10,25% ao ano".
No entanto, o consenso entre os especialistas é de que é muito prematuro afirmar que as desacelerações dos fatores econômicos podem indicar um desaquecimento da economia. A expectativa da maioria é de que o aumento da massa salarial, o crédito em ritmo de expansão e os investimentos em curso devem favorecer a continuidade da alta demanda interna e, assim, em mais elevações da taxa básica.
Inflação — A estimativa do mercado para a projeção de inflação (IPCA) deste ano foi reduzida de 5,45% para 5,42%, segundo o relatório Focus divulgado ontem. Para 2011, o mercado projeta a mesma alta do IPCA há 14 semanas (4,80%).
Com relação aos demais índices de preços, todas as previsões foram reduzidas para 2010. A estimativa para o IGP-DI passou de 8,68% para 8,58%, para o IGP-M, passou de 8,89% para 8,79% e o IPC-Fipe, de 5,15% para 5,12%.
A projeção do PIB em 2010 não sofreu alteração no relatório, ao se estabilizar em crescimento de 7,20% há duas semanas. (Valor)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Guerra fiscal entre estados prejudica industrialização e empregos no País

Estados cortam imposto de importados e prejudicam indústria nacional

Seis Estados fazem guerra fiscal abatendo ICMS de produtos estrangeiros, o que afeta regiões industrializadas.

Pelo menos seis Estados brasileiros - Santa Catarina, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Goiás e Alagoas - estão oferecendo benefícios fiscais que incentivam as importações. O objetivo é elevar a arrecadação e desenvolver os portos locais. Mas, na prática, funciona como subsídio ao produto importado, prejudicando a indústria nacional.

A prática não é nova, mas se disseminou pelo País por causa do crescimento do comércio exterior. As importações batem recorde este ano, tornando esse tipo de benefício a principal modalidade de "guerra fiscal" e provocando perdas de arrecadação significativas para Estados com grandes parques produtivos como São Paulo e Minas Gerais.

Os dados de importação são uma prova do magnetismo dos benefícios fiscais para as empresas. No primeiro semestre deste ano, as importações de Santa Catarina, Pernambuco e Goiás cresceram cerca de 70% em relação a janeiro a junho de 2009 - muito acima da média do País, de 45%, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento).

Tarifas — O mecanismo de funcionamento da maioria dos programas é parecido. No passado, um importador de aço, por exemplo, desembaraçaria o produto pelo porto de Santos, pagando 18% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias), e venderia para as empresas instaladas em São Paulo.

Hoje o importador pode trazer o produto pelo porto de Itajaí (SC) ou de Suape (PE). Santa Catarina e Pernambuco não cobram o ICMS nos portos, mas só quando o produto cruza a fronteira para outro Estado e, na prática, a tarifa é bem mais baixa: 3% e 5%, respectivamente. Os fiscos estaduais ganham porque, caso contrário, não teriam essa arrecadação. O importador gasta mais com logística, mas embolsa a diferença entre as tarifas.

Por causa do sistema de compensação entre Estados, São Paulo é obrigado a dar um crédito, que pode ser usado no pagamento de outros impostos, de 12% do valor do produto. É uma maneira de evitar a cobrança do ICMS em cascata. O problema é que só 3% do imposto foi pago - o restante (9%) fica de "brinde". A indústria também perde, porque o produto importado ganha competitividade e pode ser vendido por um preço mais baixo.

"É um corredor de importação dentro do País. Expandimos a guerra fiscal para além das nossas fronteiras", disse Carlos Martins, secretário da Fazenda da Bahia e coordenador do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne os secretários de Fazenda estaduais. Segundo ele, o crescimento desses benefícios foi "avassalador" nos últimos cinco anos.

Para o sócio diretor da CP Associados e ex-coordenador tributário da Fazenda de São Paulo, Clóvis Panzarini, fazer guerra fiscal com os incentivos à importação é uma "maluquice". "Estamos subsidiando a produção do exterior e gerando empregos em outros países, como a China."

Os programas de Santa Catarina e de Pernambuco têm uma exceção curiosa: estão excluídos dos benefícios fiscais à importação produtos que possuam similares produzidos no território estadual. O objetivo é evitar a desindustrialização - mas apenas dentro do Estado.

Perdedores — Insumos produzidos no País, como tecidos, cobre, aço e químicos, estão entre os produtos mais prejudicados pela nova guerra fiscal. O presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, disse que os benefícios "potencializam a atratividade" das importações, que já estão crescendo muito por causa da valorização do real e do excesso de oferta mundial. De janeiro a junho, as importações brasileiras de aço atingiram 2,7 milhões de toneladas, alta de 148%.

De acordo com o vice-presidente de relações institucionais da petroquímica Braskem, Marcelo Lyra, metade das resinas termoplásticas importadas chega ao País por portos que concedem algum tipo de benefício fiscal. No ano passado, foram importadas 450 mil toneladas de resinas nessa situação. Se o ritmo de crescimento dos últimos anos for mantido, serão 1 milhão de toneladas em 2013.

Instalada em Camaçari (BA), a Caraíba Metais, que pertence ao grupo Paranapanema, perdeu uma fatia importante do seu mercado para as tradings que trazem cobre importado por Itajaí. "Tivemos de conceder mais benefícios fiscais para a empresa voltar a ser competitiva", disse o secretário da Fazenda da Bahia. Procurada, a Paranapanema não retornou as ligações.

Em contrapartida, surgiu em Santa Catarina um polo laminador de cobre, com mais de 10 empresas, que utilizam a matéria-prima importada que chega pelos portos catarinenses.

"A guerra fiscal existe e o Estado que não se antecipar vai ficar para trás", disse o secretário da Fazenda de Santa Catarina, Cleverson Siewert. (Estado)

Enem 2009 revela que das mil piores escolas do país, 97,3% são estaduais

As escolas das redes estaduais de educação voltaram a apresentar o pior desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2009). O resultado, divulgado pelo Ministério da Educação, revela o tamanho do desafio que os governadores eleitos terão de enfrentar diante do ensino de péssima qualidade oferecido pelos estados. Quase sete mil escolas de todo o país tiraram média abaixo de 500, numa escala que vai de 0 a 1.000. Dessas, nada menos que 97,8% são das redes estaduais. Entre os estabelecimentos de ensino reprovados no Enem 2009 com média abaixo de 500, há apenas quatro escolas federais.

As notas do Enem por escola estão disponíveis no site do Ministério da Educação a partir desta segunda-feira. A situação também é dramática quando se avalia quem é quem entre as mil melhores escolas do país. Na relação, aparecem apenas 26 escolas estaduais, duas municipais e 85 federais. Há um predomínio absoluto das escolas privadas entre as melhores: 887 são particulares.

As redes estaduais de ensino médio respondem por 85,9% das matrículas no país e recebem 7,16 milhões de estudantes, do total de 8,33 milhões no país. As escolas privadas têm 973 mil alunos (11,6%). Outra avaliação do MEC, divulgada no início do mês - o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) -, revelou o abismo que separa a rede pública da privada: o Ideb do ensino médio nas redes estaduais ficou em 3,4, na escala até 10. O da rede particular, em 5,6.

A adesão ao Enem é voluntária. Estudantes da rede pública e privada se inscrevem individualmente. O MEC divulga nesta segunda-feira as notas médias de 24.157 escolas no Enem 2009. Outras 12.448 escolas ficaram sem nota porque menos de dez alunos fizeram a prova.

Joaquim Neto, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) - órgão responsável pelo exame, vinculado ao MEC -, diz que os resultados devem servir de base para análises sobre o que está surtindo efeito ou não em termos de aprendizagem. Ele ressalva, porém, que o Enem não é feito por todos os estudantes do terceiro ano do ensino médio, já que a inscrição é voluntária. Assim, a média de cada escola tem relação direta com os alunos que fizeram ou deixaram de fazer o exame.

- Os dados do Enem têm que ser olhados com cuidado, porque o exame é voluntário. A escola tem que olhar qual foi o perfil dos estudantes que participaram - diz ele.

No Rio, só São Bento entre as 10 mais — O Enem substitui ou complementa vestibulares em dezenas de universidades federais. O exame também seleciona bolsistas do ProUni (programa Universidade para Todos), dá certificado de conclusão do ensino médio a quem não cursou a rede regular de ensino e orienta pais e responsáveis sobre o nível de aprendizagem na instituição onde o filho estuda.

O Vértice Colégio Unidade II, de São Paulo, aparece como a melhor escola em todo o país. Ao todo, 37 dos 62 alunos matriculados no terceiro ano da escola submeteram-se ao Enem. A média total do colégio, somando prova objetiva e redação, foi de 749,70. No Rio, a instituição mais bem classificada foi o Colégio São Bento, que ficou em terceiro lugar no ranking nacional.

Entre as dez escolas com melhor desempenho, a única que não é privada é o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (MG) - uma escola de ensino médio federal, que ocupa o sétimo lugar. Em 2009, os estabelecimentos federais tinham 90 mil alunos de ensino médio no país (1% do total).

As outras nove escolas do topo do ranking são privadas, na seguinte ordem de classificação: Colégio Vértice (SP), Instituto Dom Barreto (Teresina-PI), Colégio São Bento (Rio), Colégio de Educação Básica Alphaville (Campinas-SP), Colégio Alexander Fleming (Campo Grande-MS), Colégio Olimpo (Brasília-DF), Colégio Bernoulli (Belo Horizonte-MG), Colégio Hellyos (Feira de Santana-BA), Mobile Colégio (São Paulo-SP).

Quase a totalidade das mil piores escolas do país, segundo o Enem 2009, é da rede estadual. Apenas dez privadas (1%) estão nessa relação; 17 são municipais (1,7%), e 973 são estaduais (97,3%). A Escola Estadual Indígena Dom Pedro I, da área rural de Santo Antônio do Içá, no Amazonas, ocupa o último lugar. A nota média foi de 249,25 em 1.000. Ao todo, 40 dos 58 alunos do colégio em condições de prestar o Enem fizeram as provas. (O Globo)

Magazine Luiza compra a Lojas Maia por R$ 290 milhões e chega ao Nordeste

Novo mercado. Negócio, fechado na manhã de ontem, é a primeira reação do Magazine Luiza ao processo de consolidação que se acelerou no varejo brasileiro desde o ano passado; com acordo, faturamento da rede deve chegar a R$ 5,7 bilhões este ano.

Foi fechada na manhã de ontem a aquisição da rede de varejo nordestina Lojas Maia pelo Magazine Luiza. Segundo o "Estado" apurou, o valor do negócio foi de R$ 290 milhões, sendo a maior parte em assunção de dívida e cerca de R$ 100 milhões para o pagamento aos acionistas da Lojas Maia. Procurado, o Magazine Luiza não comentou o assunto - deve se pronunciar na próxima segunda-feira.

Com a compra, o Magazine Luiza deve faturar cerca de R$ 5, 7 bilhões em 2010, se aproximando da segunda colocada no varejo de eletroeletrônicos. Neste ano, a Máquina de Vendas, resultado da fusão de Insinuante e Ricardo Eletro - com a posterior integração da City Lar -, espera registrar uma receita de R$ 6,1 bilhões.

Sediada na Paraíba, a Lojas Maia tem cerca de 150 lojas nos nove Estados do Nordeste e faturou R$ 500 milhões no ano passado. No negócio, a rede foi assessorada pelo escritório de advocacia Demarest & Almeida. O Magazine Luiza teve assessoria do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga.

Conversas. Depois de cerca de dois meses de negociação, o contrato de venda começou a ser assinado na noite da última quinta-feira em um hotel na região da Avenida Paulista, em São Paulo. Estavam lá Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza, a fundadora da rede, Luiza Trajano Donato, e seu marido. Também estavam na reunião os acionistas da Lojas Maia Marcelo Maia, diretor da empresa, e Arnaldo Maia, presidente. Outros quatro acionistas da rede nordestina assinaram o documento na manhã de ontem, em João Pessoa. Luiza Helena emprestou seu jatinho para que o documento fosse levado rapidamente.

"A intervenção da Luiza Helena foi essencial para o fechamento do negócio. Ela é muito carismática", disse um executivo a par das negociações. As conversas entre as redes chegaram a ser suspensas durante a semana, com o vazamento das notícias da negociação e com as discussões de condições e prazo para o pagamento. Até esse momento, apenas executivos e assessores do Magazine Luiza participavam diretamente das conversas. Foi quando Luiza Helena interveio e deu segurança aos Maia de que o negócio seria fechado. No final, o prazo de pagamento foi reduzido e algumas condicionantes foram amenizadas.

As famílias Trajano e Maia se conhecem e se relacionam há anos. Nos negócios, houve uma aproximação em 2008, quando a Lojas Maia passou a avaliar as propostas de compra de concorrentes. Além do Magazine Luiza, a empresa chegou a conversar, na época, com a rede mexicana Elektra.

A compra da Lojas Maia marca a entrada do Magazine Luiza no Nordeste. A empresa tem 456 lojas em 7 Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O movimento também é a primeira reação da rede ao processo de consolidação do varejo que se acelerou em meados do ano passado. Desde então, o Pão de Açúcar comprou o Ponto Frio e depois se uniu à Casas Bahia. A Insinuante se juntou à Ricardo Eletro. Recentemente, ambas se fundiram com a rede City Lar, de Mato Grosso.

"O que descobri é que o Abilio Diniz foi muito audacioso. Muito mais do que imaginava e do que eu seria. Nunca passou pela minha cabeça, por exemplo, a possibilidade de a Casas Bahia vender mais de 50% de participação. Vi que preciso ter mais audácia", disse Luiza Helena em entrevista ao Estado no início deste ano. (Estado)

Mercado vê alta do juro de 0,5 ou 0,75 ponto

BC vai divulgar nova taxa na quarta-feira.

Em uma semana de poucos indicadores internacionais e decisão dos juros no Brasil, os dados internos vão predominar na pauta dos investidores.
A quarta-feira é o dia da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central. As expectativas ficam por conta de um mercado dividido nas apostas de elevação da Selic em 0,75 ponto percentual ou em 0,5 ponto percentual.
A segunda opção mostraria que os técnicos consideraram os últimos indicadores de atividade e inflação mais fracos, segundo analistas.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga amanhã o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15). Economistas acreditam em estabilidade nos preços.
A FGV (Fundação Getulio Vargas) divulga também amanhã a segunda prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado).
Na quinta-feira, sai a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, com previsão de desaceleração no ritmo de queda do desemprego.
No cenário internacional, os destaques são para os dados imobiliários norte-americanos e a apresentação do Relatório de Política Econômica no Congresso.
O Reino Unido também divulga o PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre. (Folha)

Internet faz despencar despesa de bancos, mas serviços sobem até 65%

A internet já é o principal caminho para as pessoas fazerem suas operações bancárias, mas seus benefícios nem sempre são repassados aos clientes, quando o assunto é a tarifa. É o que afirmam os órgãos de defesa do consumidor. Segundo essas instituições, apesar de o custo de uma transação ser até cem vezes mais caro em uma agência do que na rede mundial, os bancos elevaram os preços de parte de seus serviços. Entre abril de 2008 e junho de 2010, chegou-se a verificar reajustes de até 65,8% nos pacotes bancários, de acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Outro fator importante é o desconhecimento do próprio usuário sobre os benefícios da internet. Isso vale para o dia a dia: como evitar filas nas agências e fazer economia no pagamento de tarifas. Diversas não podem, por lei, ser cobradas se realizadas pela rede e pouca gente sabe disso.

- O consumidor desconhece boa parte dos serviços disponíveis para não pagar tarifas. Mas os bancos também não repassam os ganhos com a internet, porque ainda vemos aumentos em algumas tarifas - disse a economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Ione Amorim.

Segundo reportagem de O GLOBO deste domingo, um levantamento feito pela entidade, de abril de 2008 a junho passado, constatou uma elevação de até 65,8% nos preços de alguns pacotes bancários exclusivos. Ou seja, aqueles com perfil desenhado pela instituição para seus clientes. Em média, o reajuste foi de 16,9% no período.

Já nos pacotes padronizados, de oferta obrigatória imposta pela resolução 3.518 de 2008, dos dez bancos analisados, apenas um havia subido preços. Os demais fizeram reduções que chegaram a quase 61%. Na média, os preços caíram cerca de 18% nesta modalidade.

DOC custa quase o dobro na agência — Segundo Ione Amorim, 60% da população bancária estão vinculados a um pacote e, caso esse cliente use frequentemente a internet, ele poderia optar por tarifas avulsas. Isso porque a mesma resolução proíbe a cobrança de tarifas em alguns serviços feitos por meio da web, como consultas de saldos, pagamentos imediatos ou programados.

- Há pontos positivos (com a internet), como redução de filas, de tempo, de transporte. E, quando o usuário segue as instruções dos bancos, a internet é segura - acrescentou ela. (O Globo)