quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Começa hoje Seminário dos Servidores Públicos da UGT que amplia seu leque de participação em várias frentes

UGT participa de Simpósio Nacional Multiculturalismo, Preconceito e Racismo no Brasil

(Postado por Wagner José de Souza) Entre os dias 13 e 14 de setembro, por iniciativa Uniesp – Universidade do Estado de São Paulo, aconteceu o Simpósio Nacional Multiculturalismo, Preconceito e Racismo no Brasil. Em um dos temas “A Questão da Raça no Mercado de Trabalho”, o expositor Dr. Anselmo Nicolau dos Santos, Professor da Uniesp e Assessor da 1ª Secretaria de Relações Internacionais da UGT, explanou a matéria em debate com profundidade e conhecimento trazendo fatos históricos atravessando o mundo colonial e chegando ao tempo contemporâneo comparando com o século XXI, deixando para os presentes que filosofassem com o tema: “Se é questão política social, ou problema cultural”?. Convidou como debatedor do tema Wagner José de Souza, 1º Secretário Ajunto de Relações Internacionais da UGT e Presidente do Sindicato União, que tratou com a juventude universitária ali presente, como a OIT em suas conferencias discutem e aprovam as convenções internacionais de trabalho, com 183 países membros, para depois ratificarem e normatizarem em suas Nações, se assim entenderem.

O evento contou com a grande participação da juventude no evento, que passa pelo mercado de trabalho de hoje, reclamando o número de vagas bem reduzidas para aqueles que se preparam tantos anos nas Universidades, e ao final, o mercado laboral sem perspectiva de vagas, se mostra insuficiente para absorver essa mão de obra qualificada.

Durante o Seminário, Ivanilton Almeida dos Santos, professor da Uniesp defendeu a maior eficiência no tratamento com as mulheres no mercado de trabalho.

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Fiesp prevê criação de 120 mil vagas na indústria no ano

Caso a projeção se confirme, o emprego teria um aumento de 5% em 2010

O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, afirmou que o nível de emprego da indústria paulista deve crescer 5% este ano, o que representará uma geração líquida de 120 mil postos de trabalho.

"O emprego está apresentando bom desempenho, como ocorreu em agosto, com a expansão de 0,26% ante julho, com ajuste sazonal. A perspectiva é de que continuará a criação de postos de trabalho de agora até o final do ano", afirmou.

A previsão está dentro de um contexto de expansão da economia de 7,5% neste ano e de alta de 11% do Índice do Nível de Atividade (INA), informou o dirigente da entidade. Para 2011, Francini estimou que o nível de emprego da indústria paulista deve crescer entre 3,5% e 4%. Tais projeções são compatíveis com uma conjuntura de boa expansão da economia no próximo ano.

Segundo ele, o PIB deve apresentar um crescimento de 4,7% e o INA, um avanço de 7%. "O cenário para o próximo ano é positivo", afirmou. (Estado)

Emprego formal na construção civil é recorde no País

Número de empregados formais no setor atingiu 2,7 milhões em julho

O nível de emprego na construção civil brasileira cresceu 1,68% em julho ante junho, com a criação de 45,7 mil novos postos de trabalho formais, segundo pesquisa mensal do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 2010, o setor acumula aumento de 12,79%, com a inclusão de 314,2 mil trabalhadores. No acumulado de 12 meses, a alta é de 16,67%. O número de empregados formais na construção civil brasileira atingiu 2,771 milhões, novo recorde da série histórica.

No Estado de São Paulo foram registradas 7,1 mil contratações em julho, indicando acréscimo de 0,97% sobre junho. No acumulado em sete meses, o setor contratou 59.180 trabalhadores (alta de 8,67%), e em 12 meses, 78,7 mil (aumento de 11,86%). Ao final de julho, o setor empregava 742 mil empregados com carteira assinada no Estado, também um recorde na série histórica. Na capital paulista, foram contratados 2.217 trabalhadores em julho, o que representou um aumento de 0,65% no mês, de 7,34% no ano e de 11,49% em 12 meses. (Estado)

SP estuda fim de cobrador em ônibus metropolitano

O governo do Estado montou um grupo para analisar "a necessidade da existência de cobrador" nos ônibus metropolitanos.

A medida é vista por líderes sindicais como ameaça à presença dos cobradores nos coletivos que fazem trajetos urbanos intermunicipais.

A necessidade desses profissionais será analisada junto com as alternativas de cobrança de bilhetagem eletrônica.

O grupo deverá apresentar os resultados em 90 dias.

Os ônibus afetados pelos estudos são gerenciados pela EMTU, que, somente na Grande SP, cuida de 650 linhas metropolitanas. Ela diz que "irá estudar as alternativas de cobrança automatizada das tarifas com ou sem cobrador".

"A ausência do cobrador dificulta a vida do motorista, que precisa manipular dinheiro. Isso provoca atrasos. E onde ele foi tirado não teve redução de tarifa", diz Francisco Mendes da Silva, do sindicato dos rodoviários no ABC paulista. SPTrans informou que não participa das avaliações. (Folha)

Fome global cai pela 1ª vez em 15 anos

Relatório de agência da ONU diz que, em 2010, menos de 1 bilhão de pessoas sofre de subnutrição no mundo. Resultado é atribuído em parte à redução dos preços dos alimentos, porém meta do milênio pode não ser atingida.

O número de pessoas em situação de fome no mundo caiu em 2010 pela primeira vez em 15 anos, graças em parte à redução dos preços dos alimentos. No entanto, o mundo ainda está longe de cumprir o objetivo estipulado nas Metas do Milênio.

Dados divulgados ontem pela agência da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO) revelam que o número de subnutridos caiu 9,6%, para abaixo do número simbólico de 1 bilhão de pessoas, atingindo 925 milhões.

Mas a agência não comemorou. "Trata-se de um número inaceitável", disse o diretor-geral da entidade, Jacques Diouf.

"A cada dez segundos, uma criança morre devido à desnutrição. A fome é a maior tragédia da humanidade, um escândalo", afirmou.

A FAO atribui parte desse resultado à queda no preço dos alimentos após o pico atingido em 2008 -o que gerou distúrbios em diversos países em desenvolvimento- e às boas colheitas de cereais e arroz neste ano.

O relatório relata progressos na batalha para acabar com a fome, apesar de problemas gerados pela seca deste ano na Rússia.

Esse fato e as enchentes que devastaram plantações no Paquistão são tidos por alguns como sinal de alarme de que os problemas ocorridos há dois anos podem ser reavivados.

À época, uma alta na demanda por biocombustíveis e o aumento no preço do petróleo receberam grande parte da culpa pelos problemas.

META -- Por outro lado, o relatório alerta que o mundo está longe de alcançar a primeira dentre as chamadas Metas do Milênio, que prevê a redução da subnutrição em países em desenvolvimento de 20% no período 1990-1992 para 10% em 2015.

Atualmente, esse índice está em 16%, em comparação aos 18% de 2009.

A agência diz que a queda no número de subnutridos reflete progressos feitos tanto pela China quanto pela Índia. Com suas enormes populações, ambos representam 40% do total de pessoas que passam fome no mundo.

Na verdade, cerca de dois terços dos subnutridos se encontram em China, Índia, Bangladesh, Indonésia, Paquistão, República Democrática do Congo e Etiópia.

Mas há progressos. Armênia, Mianmar e Vietnã, na Ásia, já atingiram essa meta do milênio.

Na América Latina e Caribe, Guiana, Jamaica e Nicarágua também, e o Brasil "está chegando perto", segundo o relatório da FAO.

Líderes de todo o mundo devem declarar, em reunião da ONU na próxima semana, que a série de metas estabelecidas para reduzir a pobreza e a fome em todo o mundo drasticamente até 2015 são alcançáveis, segundo um rascunho da declaração. (Folha)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Servidores Públicos da UGT realizam Seminário Nacional em São Paulo

Seminário Nacional das Entidades Sindicais de Servidores Públicos Filiadas à UGT

(Postado por Lineu Neves Mazano) A União Geral dos Trabalhadores – UGT, promove amanhã, dia 15 de setembro, o "Seminário Nacional das Entidades Sindicais de Servidores Públicos Filiadas à UGT – Propostas de Regulamentação da Convenção 151 da OIT", onde serão discutidas questões relativas a Organização Sindical, Negociação Coletiva e Direito de Greve do servidor público.

Na programação estão confirmadas as palestras do Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Da Secretária Nacional de Relações do Trabalho, Zilmara David de Alencar e do Desembargador Federal do Trabalho, Douglas Alencar.

O seminário será realizado das 9h às 16 horas, nas dependências do Teatro da Academia Paulista de Letras (Largo do Arouche, nº 312/324 – Centro, São Paulo/SP).

Informações do evento e confirmação de presença dos representantes de entidades sindicais de servidores públicos filiadas à UGT, poderá ser efetuada através dos contatos: UGT - e-mail servidor@ugt.org.br / fone/fax: (11) 2111-7300, da Secretaria Geral. Do Sisstesp - e-mail presidencia@sisstesp.org.br – fone/fax(11) 3242-4124, Secretaria Geral, ou (11) 8934-2623 com Lineu Mazano

Transmissão ao vivo — O seminário contará com transmissão simultânea e poderá ser acompanhado em tempo real pelos endereços: www.ugt.org.br/evento2.asp e www.sisstesp.org.br

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Investimentos no País devem chegar a R$ 2,9 trilhões até 2013, diz BNDES

Deste total, R$ 1,3 trilhão serão aplicados na indústria de transformação, no setor de petróleo e gás natural e em obras de infraestrutura, com destaque para a área de energia

O chefe do Departamento de Acompanhamento Econômico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fernando Puga, afirmou nesta segunda-feira,13, que os investimentos no País de 2010 a 2013 devem acumular um total de R$ 2,9 trilhões, valor próximo ao tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Deste total, R$ 1,3 trilhão serão aplicados na indústria de transformação, no setor de petróleo e gás natural e em obras de infraestrutura, com destaque para a área de energia. "Esse volume total de recursos no período deve ser suficiente para elevar de 20% neste ano para 22,2% em 2013 a participação dos investimentos em relação ao PIB", comentou.

De acordo com Puga, é até possível que esse montante volumoso de recursos possa gerar efeitos positivos ainda maiores na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no País, a ponto de atingir eventualmente 23% do PIB em 2013. Segundo ele, a ampliação de mecanismos de financiamento em longo prazo no Brasil junto ao setor privado, como o governo tem defendido, deve colaborar para que a participação do BNDES nos empréstimos desses empreendimentos passe de um montante pouco superior a 20%, que é registrado atualmente, para um patamar levemente acima de 10%.

Recentemente, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em palestra realizada em São Paulo, comentou que "é importante que diminua de forma gradual a participação relativa do BNDES nos financiamentos de projetos de longo prazo no Brasil, sobretudo em infraestrutura - e também que aumente a participação do setor financeiro privado, especialmente com o fortalecimento do mercado de capitais nos próximos anos".

Puga destacou dois polos de investimento dinâmicos que vão colaborar de forma expressiva na FBCF no Brasil até 2013. Um deles são os investimentos em petróleo e gás, realizados em boa parte no pré-sal, pela Petrobrás. O outro são obras de infraestrutura que, com avanço significativo da aplicação de recursos de longo prazo na área de energia, duplicaram em valores absolutos nos últimos cinco anos.

De acordo com estimativas do BNDES, o setor de petróleo e gás deve registrar investimentos de R$ 340 bilhões nos próximos quatro anos. "Além dos projetos relativos ao pré-sal, há uma agenda extensa de investimentos no Brasil nos próximos anos, que inclusive estão relacionados com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016", afirmou Puga, que fez as declarações em lançamento do relatório "Recursos Naturais na América Latina: Indo Além das Altas e Baixas", realizado pelo Banco Mundial, em parceria com a Fiesp, na capital paulista.

O PIB no Brasil atingiu, em 2009, R$ 3,143 trilhões, destacou o economista Cristiano Souza, do Santander. Para este ano, com a projeção de crescimento de 7,8%, o PIB deve subir para R$ 3,578 trilhões. (Estado)

ONU prevê 2,3 milhões de 'empregos verdes' até 2015

A chamada economia verde - modelo de negócio em que as atividades são realizadas de acordo com padrões de sustentabilidade, com baixo nível de impacto ambiental - vai empregar um total de 2,3 milhões de pessoas até 2015, de acordo com dados apresentados hoje em São Paulo por Pavan Sukhdev, assessor especial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Segundo ele, 500 mil vagas (21,7% do total) serão ocupadas somente no Brasil, no setor de energia de biomassa, cujo carro-chefe é o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.

"Os ''empregos verdes'' já começaram a ser criados e são uma grande oportunidade, principalmente para países em desenvolvimento. É possível aprimorar o uso da economia para combater a pobreza", afirmou Sukhdev, que também coordena o estudo internacional Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (Teeb, na sigla em inglês), encomendado pelos grupo dos países desenvolvidos e emergentes (G8+5).

Outro país citado nesse levantamento como promissor para os empregos verdes é a China, onde 10% da população já utiliza aquecedores solares nas casas. Esse mercado da energia solar permitiu a criação de 600 mil empregos, além de reduzir as despesas residenciais com energia e a queima de combustíveis fósseis, uma das principais fontes de gases causadores do efeito estufa.

Segundo Sukhdev, os investimentos mundiais no campo da economia verde aumentaram US$ 119 bilhões entre 2004 e 2009, o que contradiz, na sua avaliação, o argumento de que não existem recursos para projetos sustentáveis. "O financiamento é essencial, mas também precisamos de uma fase pré-financeira. Muitos bancos, por exemplo, não conhecem os mecanismos existentes para financiar tecnologias sustentáveis", disse.

O assessor especial do Pnuma alertou sobre a necessidade de se preservar a biodiversidade e o meio ambiente, sob o risco de comprometer a subsistência de comunidades e atividades econômicas baseadas na exploração da natureza. Dados do Pnuma indicam que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil dependem dos "serviços ambientais", termo utilizado para designar os serviços oriundos do equilíbrio dos ecossistemas, como a fertilidade dos solos e a qualidade das águas, essenciais para a agricultura. Na Índia e na Indonésia, esses índices são de 16% e 21% respectivamente. (Estado)

Nova classe B deve consumir R$ 1 tri

Consumo de grupo com renda média de R$ 2.950 e R$ 5.350 deve crescer 30%; segmento é mais forte em Sudeste e Sul. Itens "não básicos", como carros, viagens e refeições fora de casa, detêm parte maior no orçamento das famílias.

Após o boom de consumo da classe C, o Brasil vive uma forte expansão das compras da classe B -é o que mostra estudo da consultoria IPC Marketing.
Segundo o levantamento, feito a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o potencial de consumo das classes B2 e B1 (renda média familiar de R$ 2.950 a R$ 5.350, respectivamente) soma, neste ano, R$ 970 bilhões, 30% mais do que em 2009.
Em relação à população total, o potencial de compras também cresceu, mas em ritmo menor. De 2009 para 2010 passou de R$ 1,8 trilhão para R$ 2,2 trilhões -expansão de 22%.
"Está ocorrendo uma segunda migração. Após o crescimento da classe C (renda média familiar de R$ 1.100 a R$ 1.650), agora pessoas desse grupo estão entrando na classe B2 (renda média de R$ 2.950)", afirma Marcos Pazzini, diretor da IPC.

"NÃO BÁSICOS" — O estudo mostra que, com o aumento da renda, gastos com itens "não básicos" ganham peso no orçamento doméstico neste ano.
Entre esses itens estão veículos, alimentação fora de casa, viagens e mesmo saúde (inclui planos e consultas médicas particulares).
"Com mais mulheres no mercado de trabalho e expansão dos gastos com lazer, cresce o número de refeições em restaurantes", observa Pazzini.
"Em relação à saúde, o envelhecimento da população também contribui para o consumo maior", completa.
Já os itens de consumo que são considerados básicos devem agregar uma parte menor da renda das famílias, aponta a consultoria IPC.
O percentual de despesas com transporte urbano, vestuário, refeições em casa e manutenção do lar deve cair neste ano.
Ainda segundo a consultoria, os gastos com higiene devem permanecer estáveis.
NORDESTE — A IPC destaca também que, justamente por causa da migração dos consumidores da classe C para a B, a participação do Nordeste no potencial de consumo total do país diminuiu de 18,8% (em 2009) para 17,7% neste ano.
Mesmo assim, a região continua sendo o segundo maior mercado consumidor do Brasil, atrás apenas do Sudeste.
Por outro lado, houve aumento do potencial nas regiões Sudeste (de 51,4% para 52,7%) e Sul (16,3% para 16,5%).
"Como a renda no Sul e no Sudeste é maior, essa mudança de classe dos consumidores ocorre primeiro nessas regiões. Em dois anos, devemos perceber esse movimento no Nordeste", analisa.
DESAFIO — Reynaldo Saad, sócio e responsável pela área de varejo da consultoria Deloitte, ressalta que, com o crescimento "consumado" do poder de compra da população, o desafio das empresas, agora, é fidelizar o consumidor.
"É preciso que as companhias entendam que o pós-venda [atendimento ao cliente em caso de problemas com o produto ou serviço, por exemplo] é essencial, assim como a inovação", diz.
"Só assim as companhias irão se diferenciar em meio à concorrência", completa. (Folha)

ONU critica trabalho escravo no Brasil

Documento destaca, porém, conhecimento do governo sobre o tema e elogia políticas públicas implantadas. Relatório afirma que punições previstas não intimidam e também lança suspeitas de conivência de políticos.

Falta de punições, número insuficiente de policiais e assassinatos de defensores dos direitos humanos são alguns dos obstáculos para a erradicação do trabalho análogo ao escravo no Brasil.
A informação é da relatora especial da ONU sobre formas contemporâneas de escravidão, Gulnara Shahinian, que veio ao país em maio. As críticas estão em relatório que será divulgado hoje no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra.
"O uso continuado do trabalho escravo, evidenciado pelo número dos libertados, sugere que as multas (pagas diretamente ao Estado) e as sanções criminais não são meios de intimidação suficientes", diz o documento.
Uma das recomendações do relatório é a aprovação da proposta de emenda constitucional que prevê a expropriação de terras onde for encontrado trabalho forçado.
O documento também sugere que há participação de políticos nessa prática, o que explicaria, segundo o relatório, o fato de a emenda ainda não ter sido aprovada.
O relatório também elogia o governo brasileiro por reconhecer o trabalho análogo à escravidão como um problema e pelas políticas públicas aplicadas, como os grupos móveis de fiscalização.
Procurado, o Ministério do Trabalho afirmou que só se manifestará após a divulgação oficial do relatório.
O governo avalia o relatório como positivo pelo destaque dado a programas de combate à prática. Parte das críticas recebidas, como o longo tempo de tramitação de processos, deverá ser encaminhada ao conhecimento do Judiciário. (Folha)

Governo estuda incentivo para crédito de longo prazo

Nelson Barbosa, secretário de Política Econômica da Fazenda, disse que isso depende de "espaço fiscal".
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse ontem que o governo estuda incentivos tributários para estimular o mercado a financiar investimentos de longo prazo -tarefa que tem sido exercida quase exclusivamente pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Ele afirmou que a discussão é complexa e depende de "espaço fiscal", mas explora uma combinação de duas vertentes: reduzir o Imposto de Renda sobre títulos de empresas segundo seu prazo de vencimento ou segundo seu direcionamento.
"É para fazer hidrelétrica, ponte, ferrovia? Está desonerado, não importa prazo, ou tem um prazo mínimo de dois anos", exemplificou.
A desoneração se juntaria a outras medidas, incluindo o lançamento, já iniciado, da Letra Financeira do sistema bancário, para captação em médio e longo prazo, e a criação da Agência Brasileira de Garantias, que vai operar dois fundos de cobertura de riscos -um para obras de infraestrutura e outro para comércio exterior.
O projeto da agência está pronto e depende da "decisão política" do governo de enviá-lo ao Congresso, o que deve ocorrer em outubro, disse Barbosa. A mesma medida inclui a criação do Exim, subsidiário do BNDES para as operações de financiamento às exportações.
Além disso, afirmou ele, o governo analisa estímulos à securitização do crédito imobiliário, isto é, à transformação de dívidas em títulos de investimento, que podem ser negociados.
Barbosa participou na sede do BNDES, no Rio, de homenagem à economista Maria da Conceição Tavares, que foi sua professora na UFRJ e completou 80 anos em abril passado.
Um dos temas em discussão no evento foi o desenvolvimento de um mercado de capitais que financie investimentos de longo prazo. (Folha)