sexta-feira, 17 de setembro de 2010

UGT mobiliza sindicatos e centrais lationoamericanas no Seminário Internacional Migrações e Livre Circulação

Encontro latinoamericano na UGT traça metas contra trabalho escravo de imigrantes

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) recebeu em sua sede, em São Paulo, representantes de centrais sindicais da América Latina para traçar propostas sobre o futuro dos imigrantes, que ingressam em países do Mercosul para trabalhar e encontram dificuldades em obter a documentação.
Entre os dias 14 e 15 de setembro, o “Seminário Internacional Migrações e Livre Circulação: Estratégias Sindicais para assegurar as normas do Mercosul”, promovido pelo Instituto Internacional de Estudos e Capacitação do Sul (Incasur) e pela Confederação Sindical de Trabalhadores das Américas (CSA), expôs a realidade dos imigrantes que chegam a solos estrangeiros e ficam clandestinos, sem direito à cidadania e ao trabalho decente.
O encontro foi para que a Declaração Social Laboral (DSL), que reúne os direitos trabalhistas dos cidadãos pertencentes do Mercosul, passe a ter papel mais ativo e deixe de ser apenas um documento com normas e regras. Para Valdir Vicente de Barros, representante da UGT no Conselho Nacional de Imigração (CNIg), a declaração deve ser revista e adquirir um status jurídico, e não somente de conteúdo. “Com a legislação da livre circulação pressionada, por cada governo, as empresas passarão a ser punidas pelos abusos aos trabalhadores”, explica Valdir Vicente.
São muitos os imigrantes que chegam e têm dificuldade em retirar sua documentação na Polícia Federal. “Ilegais”, passam a viver sem direitos de um cidadão comum: sem conta bancária, direito à moradia e um trabalho digno. Clandestinos, são presas de grandes empresas ou indústrias, principalmente no setor têxtil, que os escravizam em condições sub-humanas de salário e tratamento.
É o caso das Lojas Marisa, uma das maiores redes varejistas do país, que foi flagrada por um novo rastreamento de cadeia produtiva do setor de confecções. Segundo a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP), foram encontrados bolivianos e peruanos nas oficinas de costura sem registro em carteira e cobranças ilegais de passagens de um país a outro, com taxas abusivas, configurando um possível tráfico de pessoas. Sem contar problemas na área de saúde, violência contra os prestadores de serviços e péssimas instalações no campo de trabalho. A rede teve de arcar com uma multa de R$ 16 mil.
E é nesse viés que os sindicatos devem se unir e esclarecer os trabalhadores sobre seus direitos, orientá-los e pressionar as autoridades para que deem aos imigrantes clandestinos os mesmos direitos de um trabalhador formal. Lutar por um estatuto de cidadania dos imigrantes.
Para isso, entre as propostas e estratégias traçadas, está a meta dos países membros do Mercosul de compartilhar em suas sedes os planos de ações do CNIg brasileiro, criar um observatório regional, onde cada país designará, além de sindicatos, Organizações Não Governamentais (ONGs) e instituições para dar suporte aos imigrantes que chegam a cada local e aumentar a pressão na fiscalização dos trabalhos informais. (Mariana Veltri, da redação da UGT)

Leia o clipping do dia:

Brasil cria 2 milhões de empregos no ano, um recorde para o período

Em agosto, foram criados 299.415 postos de trabalho formal no Brasil, segundo dados do Caged

O volume de geração de empregos com carteira assinada no acumulado de janeiro a agosto, de 1.954.531 vagas, é recorde para o período, segundo informou o Ministério do Trabalho, no relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Até então, o maior volume de janeiro a agosto foi de 1,803 milhão, verificado em 2008.

"Faltam 545.469 postos para atingirmos o nosso objetivo de 2,5 milhões de novas vagas este ano", disse há pouco o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Na véspera do Dia do Trabalho, Lupi ampliou sua meta de geração de empregos com carteira de 2 milhões para 2,5 milhões para este ano, depois de sucessivos resultados recordes nos meses verificados até aquele momento.

O Ministério do Trabalho informou também que o saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no Brasil em agosto foi de 299.415. Lupi ressaltou que o resultado de agosto também foi o melhor para o mês da série histórica e é o quarto melhor número mensal de toda a série.

Em agosto de 2009, foram criados 242 mil postos de trabalho formais. Em julho, o ministério registrou 182 mil novas vagas líquidas.

Aumento real do salário — O principal responsável pela geração de emprego no Brasil, na avaliação do ministro do Trabalho, é o aumento real do salário. "O empresário está investindo, e o salário, tendo ganho. Salário não gera inflação, está provado isso", afirmou durante entrevista coletiva.

Costumeiro crítico das ações do Banco Central, Lupi acrescentou à sua lista de fatores que levaram o nível de emprego formal bater recorde em agosto (para o mês em questão) e para o acumulado dos primeiros oito meses do ano, a manutenção da taxa básica de juros. "Além disso, o Brasil está tendo que comprar dólar porque o real tá subido demais", comentou.

O ministro ressaltou também que, depois de uma acomodação do mercado, em julho, quando foram criados 182 mil postos de trabalho formais, o nível de emprego melhorou por causa do aumento do consumo interno e da elevação dos investimentos.

Comércio e serviços foram destaques — Os setores de comércio e serviços apresentaram geração recorde de vagas de trabalho com carteira assinada já descontadas as demissões em agosto.

Os serviços foram os responsáveis pela criação de 128.232 empregos - o recorde anterior para agosto havia sido verificado em 2008, com 95.191 novos postos líquidos.

No caso do comércio, foi detectado um incremento de 65.083 vagas formais, com recordes tanto no segmento varejo (54.509 postos) quanto no atacado (10.574 postos).

"O setor de serviços continua a ser o que mais contrata. Neste período, com mais força ainda por conta da proximidade das festas do final do ano", comentou Lupi.

Ele salientou que, no último ano, ganharam destaque na geração de empregos os serviços médicos e odontológicos. Em agosto, por exemplo, o segmento criou 9,852 mil vagas líquidas de emprego formal.

Para o ministro, o resultado positivo do setor vem na esteira do aumento da renda dos trabalhadores. "Quando a população está com um pouco mais de ganho, começa a aparecer o setor médico e odontológico. Isso está intimamente ligado", observou.

No caso da Indústria de Transformação, que paga os melhores salários, o aumento de vagas no mês passado foi de 70.393. Esse foi o segundo melhor saldo para agosto da série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O volume de contratações líquidas perde apenas para agosto de 2004, quando foram gerados 72.168 postos formais.

As regiões Nordeste, Sudeste e Sul tiveram resultados recordes na geração líquida de empregos formais em agosto para o mês. No Sudeste, foram criados 149.227 postos já descontadas as demissões; no Nordeste, 69.562 vagas e, no Sul, 51.054 postos. A Região Norte obteve o segundo melhor resultado para o mês, com a criação líquida de 16.496 vagas com carteira assinada. No Centro-Oeste, o saldo ficou positivo em 13.076 postos.

O resultado positivo da Região Sudeste em agosto deveu-se ao saldo recorde de criação de vagas para o mês observado em três Estados: São Paulo (90.633), Minas Gerais (29.253) e Rio de Janeiro (24.921). No Sul, todos os Estados apresentaram o maior nível de criação de vagas para um mês de agosto.

Regiões metropolitanas — As nove regiões metropolitanas acompanhadas de perto pelo Ministério do Trabalho (Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo) também apresentaram recorde na criação de vagas formais para o mês de agosto. Segundo dados do Caged, foram gerados 138.009 postos no período. O maior nível até então havia sido observado em 2009, quando foram criadas 100.819 vagas de trabalho com carteira assinada.

Interior — A agricultura também foi apontada pelo Ministério do Trabalho pelo fato de o interior dessas regiões selecionadas não ter apresentado uma pujança tão forte dos números de agosto. De acordo com o Caged, o interior dos Estados desses aglomerados urbanos respondeu pelo aumento de 95.588 postos de trabalho. Esta é a segunda vez este ano que o interior apresenta um saldo inferior ao das regiões metropolitanas.(Estado)

Rodovias federais terão orçamento de R$ 17 bi em 2011

O Ministério dos Transportes terá para 2011, primeiro ano do próximo governo, um orçamento de R$ 17 bilhões somente para a área de rodovias. Deste total, cerca de R$ 5 bilhões serão utilizados na manutenção de estradas. A informação é do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), Luiz Antônio Pagot.

Neste ano, o orçamento da Pasta prevê R$ 12 bilhões para as rodovias, sendo R$ 4 bilhões para manutenção das vias. O DNIT tem uma ambição de reduzir para menos da metade, até 2014, o porcentual de pavimentos em mau estado de conservação. O órgão avalia que hoje 13% da malha rodoviária federal tem o pavimento ruim. A ideia é chegar a 2014 com apenas 5% nessa situação.

Pagot disse que o novo plano nacional de viação que está no Congresso Nacional deverá aumentar de 61 mil para 65 mil quilômetros a malha federal de rodovias. Isso acontecerá com a transferência para a União de trechos de rodovias que hoje estão sob responsabilidade de Estados. (Estado)

Produção de petróleo bate recorde em agosto, em 2,078 milhões de barris por dia

Resultado representa um crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

O Brasil bateu recorde histórico de produção de petróleo em agosto, com a marca de 2,078 milhões de barris por dia, crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O volume supera em mil barris o recorde anterior, atingido em abril de 2010. Produzido nos campos de Tupi, Jubarte e Cachalote, o óleo do pré-sal contribuiu com 43,087 mil barris por dia no volume registrado em agosto.

Já a produção de gás natural no mês passado foi a segunda maior da história, com 62,5 milhões de metros cúbicos por dia, alta de 10% com relação a agosto de 2009. A produção total de óleo e gás foi de 2,471 milhões de barris de óleo equivalente por dia, também recorde histórico.

Do total produzido no País, os campos operados pela Petrobrás contribuíram com 91%. O restante vem de operadoras privadas, principalmente Shell e Chevron, segundo e terceiro maiores operadores do Brasil, responsáveis por uma produção de 90,759 mil e 64,052 mil barris de óleo equivalente por dia, respectivamente.

O maior campo produtor de petróleo foi Roncador, com 323 mil barris por dia. Já no caso do gás, Manati, na Bahia, é o maior produtor, com 6,5 milhões de metros cúbicos por dia. A ANP detectou uma redução no volume de queima de gás, que atingiu 6,1 milhões de metros cúbicos por dia em agosto - no período mais crítico, em junho de 2009, o Brasil queimou um volume superior a 13 milhões de metros cúbicos por dia.

Segundo o diretor da ANP Victor Martins, a redução da queima é fruto de um trabalho conjunto com as operadoras, no sentido de reduzir o desperdício. A meta da agência é atingir um índice de utilização de gás associado (de campos onde há produção de petróleo) de 5%, no máximo, metade dos 10% registrados em agosto. Até o final do mês que vem, Petrobrás, Shell e Chevron devem assinar um termo de ajuste se comprometendo a reduzir ainda mais a queima, informou o diretor da ANP. (Estado)

Tributos federais batem recorde histórico para o mês

Pela 11ª vez consecutiva, o recorde histórico para o mês foi batido, informou ontem a Receita Federal.
Em agosto foram arrecadados R$ 62,72 bilhões, uma alta real (corrigida pela inflação medida pelo IPCA) de 15,32%.
Com o resultado, a Receita acumula arrecadação de R$ 513,81 bilhões no ano -alta real de 12,59% ante 2009.
Um dos motivos desse desempenho foi o fim de incentivos fiscais desde o começo deste ano.
O subsecretário de Tributação, Sandro de Vargas Serpa, diz que o avanço macroeconômico pode explicar a alta. "A arrecadação vem acompanhando o desempenho da economia em geral. Nossa expectativa é que ela siga com índices semelhantes de alta até o fim do ano."
O órgão trabalha com projeção de aumento real de 10% a 12% ante 2009. (Folha)

Metalúrgicos de Toyota e Mercedes fazem greve

Os trabalhadores da Toyota, em Indaiatuba, e da Mercedes-Benz, em Campinas, no interior de São Paulo, rejeitaram nesta quinta-feira a proposta de reajuste salarial de 10,5% das duas montadoras e entraram em greve. A fábrica da Toyota, onde é produzido o Corolla, tem 2.100 empregados, e a da Mercedes, que produz motores e peças, 800. As duas são as primeiras a ter a produção paralisada por uma greve desde o início das negociações coletivas dos metalúrgicos este ano. Eles exigem 17,45% de reajuste, redução da jornada de 40 para 36 horas semanais - sem redução salarial e sem banco de horas - e licença-maternidade de 180 dias.

- É a maior proposta feita pelas montadoras até agora em todo o país, mas foi rejeitada porque não é justo que os metalúrgicos, que estão trabalhando muito para suprir a demanda da indústria, fiquem com uma fatia pequena dos ganhos - disse Eliezer Mariano, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região.

No ABC paulista, onde também há ameaça de greve, o impasse permanece. Uma reunião entre o sindicato dos trabalhadores e o dos patrões, o Sinfavea, terminou sem acordo na quarta-feira. Eles voltam a negociar nesat sexta-feira e uma assembleia de trabalhadores já foi marcada para este sábado, às 10h, em São Bernardo do Campo. As montadoras do ABC já ofereceram 7% de aumento, mas os trabalhadores querem pelo menos 9%, o que inclui reposição da inflação no último ano e ganho real.

Em Sumaré, no interior de São Paulo, os três mil trabalhadores da Honda aceitaram nesta quinta-feira um aumento de 10,5%. Até então, entre as montadoras, somente a General Motors havia conseguido acordo com os metalúrgicos. A companhia reajustou em 9% os salários dos funcionários das fábricas de São Caetano do Sul e de São José dos Campos.

Petrobras melhora proposta e pode conseguir acordo

No Paraná, a Volkswagen, a Renault e a Volvo também ofereceram 9% de reajuste, além de R$ 2,2 mil de abono e aumento de piso para R$ 1.508. Mas a proposta foi rejeitada. Os trabalhadores pedem 10% de aumento salarial, R$ 4,2 mil de abono e piso de R$ 1.578. Nesta quinta-feira, os metalúrgicos paralisaram as atividades nas unidades das três montadoras no estado por quatro horas - duas na manhã e duas à tarde. Eles já enviaram às empresas aviso de greve e ameaçam paralisação geral a partir da semana que vem.

Já os petroleiros estão próximos de fechar um acordo com a Petrobras. Na negociação da última quarta-feira, a estatal melhorou sua proposta de reajuste salarial: a empresa manteve a reposição da inflação pelo IPCA (de 4,49%), mas propôs aumento real de entre 3,71% e 4,87%. Ofereceu ainda abono de um salário. A proposta será discutida em uma reunião do Conselho da Federação Única dos Petroleiros (FUP) neste sábado e levada para assembleias na próxima semana. Inicialmente, a Petrobras havia oferecido repor a inflação, mais aumento real de 2%. Após dois dias de negociação, também iniciadas na quarta-feira, não houve acordo entre bancários e bancos, e uma nova reunião foi marcada para o dia 22. (O Globo)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"Servidores públicos são o Estado brasileiro em ação", diz ministro Lupi em Seminário da UGT

Seminário da UGT discute organização sindical dos servidores públicos

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) realizou nesta quarta-feira (15) o Seminário Nacional das Entidades de Servidores Públicos Filiadas a UGT. O evento teve o objetivo de apontar propostas para regulamentar a Convenção n° 151 da Organização Internacional do Trabalho, aprovada em março pelo Congresso e que trata das relações de trabalho na administração pública.

O seminário aconteceu no Teatro da Academia Paulista de Letras, em São Paulo, e contou com as participações do ministro do trabalho e emprego, Carlos Lupi, da secretária nacional de relações do trabalho, Zilmara David de Alencar e do desembargador federal do trabalho, Dr. Douglas Alencar. Além das lideranças do setor, entre elas, Lineu Mazano e Wagner de Souza.

As propostas de regulamentação apresentadas no encontro foram discutidas e elaboradas no começo do mês pelas centrais UGT, Força Sindical, NCST, CTB, e CGTB. Ao todo, são 27 diretrizes que têm o objetivo de garantir melhorias nas relações de trabalho dos servidores públicos, principalmente no que diz respeito ao direito de greve e garantias de uma organização sindical.

De acordo com Aldo Liberato, secretário dos servidores públicos da UGT, os servidores têm dificuldade de se organizar e o seminário abriu caminho para uma representação sindical organizada.

Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, disse que as propostas serão encaminhadas para o Ministério do Trabalho até o fim de outubro para aprovação na Casa Civil. No entanto, antes da entrega ainda serão realizadas 5 plenárias regionais para aperfeiçoar o documento.

O ministro Carlos Lupi, ex-funcionário público, afirmou que é um defensor permanente dos servidores. Para ele, a categoria tem uma importância estratégica para o Estado. Além disso, disse que uma organização sindical para os servidores pode trazer benefícios para toda a sociedade. "A população é sempre afetada pelas paralisações, por isso é preciso regulamentar as greves o quanto antes". Afirmou, ainda, que na hora da crise, os empresários se valeram de um Estado forte. Mas quando a situação volta ao normal, atacam os servidores e querem enxugar o Estado. Se esquecem, disse, que "os servidores públicos são o Estado brasileiro em ação".

O desembargador Dr. Douglas Alencar, apontou o documento como um avanço na democratização das relações de trabalho no setor público, mas disse que a missão da UGT e das outras centrais não será fácil. Para ele, existe uma tradição de preconceito contra greve de servidores, além de haver falta de regras. "Uma greve abusiva no setor privado pode acarretar na rescisão de contrato. E no caso de uma greve abusiva no setor público? Como seria?", indagou.

A secretária Nacional de Relações de Trabalho, Zilmara David de Alencar, afirmou que, como os funcionários públicos englobam diferentes esferas, é necessário achar uma solução para a representação sindical. Zilmara ainda enfatizou que a missão agora é construir uma unidade organizada para os servidores. "Meu papel será o de auxiliá-los nesse processo e estar do lado de vocês", finalizou.

Esse assunto voltará a ser discutido no próximo dia 5, em plenária a ser realizada em Belém, no Pará. Depois, haverá ainda outras 4 plenárias: dia 6, em Curitiba, Paraná; dia 8, em Salvador, na Bahia; dia 13, em Brasília, no Distrito Federal; e dia 14, em São Paulo, capital.

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Empregos formais somam 299 mil em agosto e voltam a bater recorde

Esse é o melhor resultado para meses de agosto desde 1992. Em junho e julho, sequência de recordes mensais foi interrompida.

O número de empregos com carteira assinada criados no mês de agosto deste ano somou 299.415, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Ministério do Trabalho.

Esse é o melhor resultado para meses de agosto de toda a série histórica do Caged, que começa em 1992. Até o momento, o melhor agosto da história havia sido registrado no ano de 2009, quando foram abertos 242.126 postos formais de emprego.

O resultado do mês passado também representa a retomada dos recordes históricos - que não haviam sido registrados em junho e julho deste ano. Entre janeiro e maio de 2010, a criação de empregos formais havia sido a melhor, para estes meses, desde 1992.

'Onda de crescimento' — "Retomamos a onda do crescimento. É o melhor mês de agosto da série histórica. É aquilo que já prevíamos. Uma retomada depois de uma acomodação do mercado. Vamos ter aí recordes consecutivos até novembro deste ano. O desempenho da economia, estimulado pelo consumo interno e pelos investimentos, gerou esse recorde", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

Segundo ele, o brasileiro está tendo mais poder aquisitivo. "O ganho real do salário do trabalhador é o principal motivo para o crescimento formal. Tem mais gente comprando e produzindo. Com isso, o emprego sobe", avaliou o ministro.

Acumulado do ano e previsão para 2010 — No acumulado de janeiro a agosto deste ano, os dados do governo mostram que houve a criação de 1,95 milhão de empregos com carteira assinada, o que também representa novo recorde da série histórica. O recorde anterior, para este período, havia acontecido em 2008, com a abertura de 1,8 milhão de vagas formais.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, declarou que está mantida a previsão de que sejam criados 2,5 milhões de empregos formais em todo ano de 2010. Se confirmada a marca, será novo recorde histórico. Para que a marca seja atingida, têm de ser criados 546 mil postos formais de trabalho até o fim do ano. O atual recorde, para um ano fechado, foi registrado em 2007, com a abertura de 1,61 milhão de postos formais de emprego. (G1)

Pesquisa Febraban prevê alta de 7,4% do PIB em 2010

Para 2011, economistas mantiveram a previsão de crescimento da economia de 4,5%

A economia brasileira deve crescer 7,4% neste ano, apontou a Pesquisa de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado apurada em setembro pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) junto a 32 instituições financeiras. Em agosto, a estimativa de expansão do PIB era um pouco menor (7,2%). Para 2011, foi a mantida a previsão de crescimento de 4,5% do PIB.

Ao mesmo tempo que elevaram a previsão para o PIB, os economistas apontaram uma queda da estimativa para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010, de 5,3%, constatada em agosto, para 5%, apurada em setembro. A projeção para o IPCA de 2011 subiu um pouco, passando de 4,7% para 4,8%.

Com a decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,75% ao ano na última reunião do Copom, em 1º de setembro, os especialistas entrevistados pela Febraban acreditam que o juro básico da economia deve fechar o ano nesse nível. Para o final de 2011, a previsão para a taxa Selic permaneceu em 11,25% ao ano.

Devido à pressão de valorização do real ante o dólar americano, que está relacionada à expectativa de forte entrada de recursos externos no País com a oferta pública de ações da Petrobras, as projeções para o câmbio no final de 2010 caíram de R$ 1,80 para R$ 1,78 por dólar e de R$ 1,86 para R$ 1,83 no encerramento de 2011.

A pesquisa da Febraban mostrou que os economistas continuam otimistas quanto à expansão do crédito até o final do próximo ano. Segundo o estudo, para o crédito em 2010 a previsão é de um crescimento de 21,2% (estava em 21,3% em agosto). Para 2011, houve pequena alta de 18,8% para 18,9%. (Estado)

Sindicatos ameaçam greve por reajuste real

Metalúrgicos, bancários e petroleiros pedem até 10% acima da inflação

Bancários reivindicam 5% de aumento e 4,29% de reposição da inflação; acordo pode ser fechado hoje.

Bancários, petroleiros e metalúrgicos, três das maiores categorias de trabalhadores do país, estão em plena campanha salarial. Os três ameaçam greve e pedem reajuste acima da inflação.
Os bancários chegaram à reta final das negociações. A expectativa é que cheguem hoje a um acordo com as instituições financeiras.
Entre as reivindicações estão aumento real de 5% e reposição da inflação de 4,29%, além de participação nos lucros de três salários mais R$ 4.000.
Anteontem, os bancários da avenida Paulista (centro de SP) atrasaram o início dos trabalhos em uma hora.
"Os atos foram um alerta de que os bancários não saem dessa campanha sem valorização salarial. Se os banqueiros mantiverem a postura de dizer "não" para tudo, estarão levando os trabalhadores à greve", disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo (CUT).
Com a capitalização da Petrobras em curso, os petroleiros estão em "estado de greve". A categoria pede aumento real de 10% mais 5,16% da inflação pelo ICV (Índice de Custo de Vida) do Dieese.
Os petroleiros já fizeram uma série de paralisações nas refinarias de Duque de Caxias (RJ), Paulínia (SP), Mauá (SP), Betim (MG), Manaus (AM) e Paraná (PR).
Segundo João Antônio de Moraes, coordenador da FUP (Federação Única dos Petroleiros, ligada à CUT), a Petrobras já ofereceu aumento real de 3,7% até 4,8% (dependendo da faixa salarial) mais 4,5% do IPCA.
METALÚRGICOS — Os metalúrgicos do ABC (CUT) querem reajuste de 9% (4,52% real e reposição de 4,29% do INPC). Ontem, a categoria se reuniu com as montadoras para discutir uma nova proposta, depois de terem rejeitado os 7% oferecidos pelas empresas. Até o fechamento desta edição, a reunião não tinha acabado.
As negociações envolvem 101 mil trabalhadores de diversos setores, entre eles os das montadoras. Desse total, 60 mil já fecharam acordo para receber os 9%.
Apenas os funcionários das montadoras e do chamado grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação etc) ainda não encerraram a campanha.
As negociações das montadoras envolvem 35 mil metalúrgicos da Volkswagen, Ford, Mercedes-Benz, Scania e Toyota. O sindicato também reivindica a ampliação da licença-maternidade de 120 para 180 dias.
ACORDOS — Na segunda, os metalúrgicos da GM em São José dos Campos e São Caetano aprovaram reajuste salarial de 9%, retroativo a 1º de setembro. Desse total, 4,52% serão de aumento real e outros 4,29% de reposição da inflação, pelo INPC.
O acordo também prevê abono de R$ 2.200. O teto para aplicação do reajuste é R$ 7.630 e os salários acima contarão com fixo de R$ 686.
Segundo o Dieese, a quase totalidade (97%) de 290 categorias profissionais conseguiu reajustes de salário igual ou superior à inflação em negociações ocorridas no primeiro semestre.
A taxa de 97% é mais alta que a verificada nos anos de 2008 e 2009, quando 87% e 93% dos grupos de trabalhadores tiveram sucesso semelhante. (Folha)

STF mantém isenção da contribuição sindical para MPEs

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou hoje um pedido da Confederação Nacional do Comércio (CNC) para que fossem declarados inconstitucionais trechos do Estatuto da Microempresa que isentam as micro e pequenas empresas (MPEs) do pagamento da contribuição sindical patronal. A maioria dos integrantes do STF acompanhou o voto do relator da ação, ministro Joaquim Barbosa, que não encontrou na norma violações à Constituição Federal.

O ministro rejeitou os argumentos da CNC, inclusive a alegação de que a retirada de uma das fontes de contribuição poderia diminuir a capacidade das entidades patronais de executar o seu papel. Segundo ele, se os benefícios forem atingidos, as micro e pequenas empresas se fortalecerão e poderão aumentar de porte, deixando de ser isentas. Também foi observado que a isenção é um incentivo à regularização de empresas informais. (Estado)

Depois de dois meses em contração, economia brasileira voltou a crescer em julho

A economia brasileira voltou crescer em julho, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado há pouco, depois de dois meses seguidos com contração. Em julho passado, o indicador ficou em 139,46 pontos, 0,24% superior ao resultado do mês imediatamente anterior. Em junho, o IBC-BR ficou negativo em 0,03% sobre maio e, neste mês comparado com abril, a retração havia sido de 0,08%. Quando comparado com julho do ano passado, o IBC-Br cresceu 7,90% em julho último.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, já havia feito avaliações de que o crescimento econômico do país seria "moderado" no terceiro e quatro trimestres deste ano, com expansão média de 0,7% em cada um. No início de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu o ciclo de alta da Selic, atualmente em 10,75% ao ano (O Globo)

Neo-escravismo: indenização contra trabalho escravo chega a 448 mil

Três ações contra trabalho escravo resultaram no pagamento de R$ 448 mil em verbas rescisórias para 167 pessoas achadas em condições análogas à escravidão em plantações de morango, em Minas Gerais, e em canaviais, no Rio de Janeiro.

Em Campos, norte do Rio, a ação do Ministério Público do Trabalho achou 33 trabalhadores em situação irregular.

Em Minas, 51 trabalhadores de Cambuí, 447 km de Belo Horizonte foram encontrados em situação irregular em 12 de agosto 39 em condições análogas à escravidão.

De acordo com a Folha de São Paulo, o responsável não fornecia condições adequadas de trabalho, como água potável. Os nomes das empresas envolvidas não foram divulgados. (Fonte: Folha de S.Paulo)