quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Trabalhadores e cidadãos brasileiros exigem a validade do Ficha Limpa para o aprimoramento da democracia brasileira

Dividido, Supremo decide que Lei da Ficha Limpa vale já para eleições 2010

Pressionados por um novo empate no julgamento da Lei da Ficha Limpa, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) adotaram uma solução "caseira" para barrar a candidatura de Jader Barbalho (PMDB-PA) ao Senado. A decisão, de acordo com o presidente do STF, Cezar Peluso, mantém a lei em vigor e se aplica a todos os casos semelhantes, em que políticos renunciaram ao mandato para fugir de processos de cassação.

O próximo atingido por essa decisão será Paulo Rocha (PT-PA), que renunciou ao mandato de deputado em razão do escândalo do mensalão e foi barrado pela Justiça Eleitoral. O petista concorreu e ficou em terceiro na briga por uma das duas vagas do Pará no Senado e, com Jader excluído, seria o herdeiro natural do posto.

A Justiça Eleitoral ainda terá de definir se a quarta colocada, Marinor Brito (PSOL), que não foi atingida pela Lei da Ficha Limpa, assumirá a vaga ou se novas eleições serão feitas. Mais da metade dos votos nas eleições para as cadeiras do Pará no Senado serão considerados nulos com a decisão definitiva para Jader e Rocha.

Maluf. Mas essa decisão, que demorou mais de sete horas para ser tomada, não vale para casos distintos, como de Paulo Maluf (PP-SP), barrado por ter sido condenado por órgão colegiado, ou de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), impedido de se candidatar porque foi condenado pela Justiça Eleitoral por compra de votos. Esses casos ainda serão julgados e poderão ter resultado distinto.

A saída encontrada pelos ministros para escapar do empate foi discutida na terça-feira em sessão reservada entre sete ministros. Mesmo com o acerto prévio, antecipado pelo Estado, o plenário se dividiu. No fim, amparados num dispositivo do regimento interno do tribunal, os ministros decidiram que, em caso de empate, prevalece a decisão questionada, no caso a do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que barrou a candidatura de Jader Barbalho. Ele renunciou ao mandato de senador em 2001, quando enfrentava acusações de desvio de verbas na extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e mantinha um confronto com o então senador Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007.

Ficção. A saída, admitiu Peluso, gerou um resultado fictício. "É uma decisão artificial", afirmou ao fim do julgamento. A alternativa foi submetida a voto e foi aprovada por sete votos a três. Para evitar embates como ocorrido na primeira vez em que o STF discutiu a Lei da Ficha Limpa, quando o interessado era o ex-senador Joaquim Roriz, Peluso tentou acelerar o julgamento. Após o voto de Joaquim Barbosa pela aplicação imediata da lei, o presidente questionou se algum ministro teria alguma consideração a mais a fazer, já que todos os votos já eram conhecidos. Mas a tentativa foi frustrada.

Mendes. O clima esquentou quando o ministro Gilmar Mendes acusou o TSE de julgar processos de forma casuística. Ele chegou a levantar a voz no plenário e falou até em nazifascismo. "Não podemos em nome do moralismo chancelar normas que podem flertar com o nazifascismo", disse. "Estamos realmente vivendo dias singulares, heterodoxos em termos de direito. Sem dúvida nenhuma, chancelar a aplicação da lei nesse caso, 9-8 anos decorridos, é, com as vênias de estilo, a barbárie da barbárie."

Para Gilmar Mendes, se a lei tivesse sido aprovada em outro momento que não o eleitoral, ela seria outra. "Muito provavelmente num quadro de normalidade, num ambiente pós-eleitoral, o Congresso faria uma outra lei, com as devidas cautelas." Segundo ele, a interpretação de que a lei vale para a eleição deste ano deveria ser repelida dos pontos de vista constitucional, hermenêutico e político.

Limites. O ministro citou decisões anteriores do STF que repudiaram a aplicação retroativa de leis. Ele disse que o ideal seria que a Justiça Eleitoral interviesse menos no processo. E alertou para a necessidade de existirem limites à atividade do Congresso. "Considerando que essa lei apanha fato muito anterior, vamos estar assentando que não há limites para o legislador."

O presidente do STF, Cezar Peluso, também opinou. Disse que para ele a lei não chega a ser casuística. "Essa é uma lei personalizada porque atinge pessoas determinadas, conhecidas antes de sua edição." (Estado)

Corpo de Néstor Kirchner chega a Buenos Aires para velório

Presidentes do Brasil, Chile, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Venezuela confirmaram presença na cerimônia.

O corpo do ex-presidente argentino Néstor Kirchner foi transferido nesta madrugada da cidade de El Calafate a Buenos Aires, para ser velado na Casa Rosada, sede do governo.

O corpo de Kirchner, que morreu nesta quarta-feira de ataque cardíaco, chegou ao Aeroparque de Buenos Aires à 1h50 local (2h50 de Brasília) em um avião no qual viajou também a presidente Cristina Kirchner e o filho mais velho do casal, Máximo.

O ex-presidente será velado a partir das 10h local (11h de Brasília) no Salão dos Patriotas Latino-Americanos, na Casa Rosada. Enquanto isso, milhares de pessoas se concentram em frente à sede do governo com cartazes, flores, bandeiras e fotografias em homenagem a Kirchner.

"Néstor, tua luz brilhará para sempre" e "Força Cristina" são algumas das mensagens escritas nos cartazes e nas bandeiras que, entre canções e lágrimas, foram depositadas na Praça de Maio.

Essas são apenas as primeiras manifestações de uma multidão que aguarda o velório do homem que era marido da presidente, deputado, líder do Partido Justicialista e secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá à cerimônia, bem como os líderes da Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Venezuela, para expressar pessoalmente os pêsames à colega Cristina Kirchner.

A polícia organizou uma operação de segurança que inclui o fechamento de várias vias de acesso à Casa Rosada, no centro de Buenos Aires, para facilitar a concentração na área.

Fontes oficiais anteciparam que não será admitida a entrada de bandeiras, câmeras ou cartazes à sala do velório. Coroas de flores e outros adornos fúnebres serão recebidos em uma dependência governamental anexa à sede do Executivo.

O funeral vai até sexta-feira, quando o corpo de Kirchner será transferido a Río Gallegos, capital da província de Santa Cruz (sul), onde Kirchner nasceu há 60 anos. (Estado)

Aposentados levam propostas para melhorar benefícios

Às vésperas de ser conhecido o novo presidente do País, os aposentados e pensionistas do INSS apresentaram ao governo federal uma série de propostas para melhorar o valor dos benefícios previdenciários a partir do próximo ano. Foi sugerido até a criação de uma secretaria interministerial de Assuntos Relacionados ao Idoso, Aposentados e Pensionistas.

Durante o encontro com as entidades que representam os aposentados e pensionistas, o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, apenas ouviu as reivindicações e tentou não se comprometer com nenhum pedido. "O compromisso do governo é manter o diálogo. Essa reunião não é uma demonstração de que decisões estão sendo tomadas", afirmou Gabas.

Segundo o ministro, as centrais vão unificar a pauta de reivindicações e até o dia 31 de dezembro o governo vai dizer o que é ou não possível fazer. Na reunião com os representantes dos aposentados ficou claro que ainda há divergência entre eles, principalmente, no que diz respeito à correção dos benefícios.

A Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) pede o mesmo porcentual de reajuste do salário mínimo a todos os aposentados e pensionistas. O Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical quer que seja criada uma política de recuperação do poder de compra dos benefícios dos que recebem mais que um salário mínimo. Nas últimas negociações, o governo tem se mostrado contra as duas ideias.

Consenso — Na avaliação do presidente do sindicato, João Batista Inocentini, conceder um aumento igual ao do salário mínimo pode prejudicar as negociações dos trabalhadores da ativa. "Essa é uma das divergências. Mas vamos nos reunir na próxima semana para tentarmos chegar a um consenso", destacou Inocentini.

O sindicato ligado à Força Sindical propõe ainda a criação de um Índice Nacional de Preços para aposentados e pensionistas e isenção de Imposto de Renda. Os representantes dos aposentados concordam, no entanto, com a extinção do fator previdenciário, criado em 1999 com o objetivo de desestimular as aposentadorias precoces.

A estratégia adotada pelos aposentados é parecida com os dos trabalhadores da ativa, que recentemente tiveram um encontro com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi com o objetivo de antecipar o debate em torno do salário mínimo. O objetivo é barganhar mais reajuste devido à corrida eleitoral. (Estado)

Custo do cartão opõe lojista e consumidor

Proibido pelo Código do Consumidor, desconto para os que pagam em dinheiro será debatido por conselho. ProTeste vê desconto como repasse de custo do lojista com transação no cartão; comércio quer liberar prática.

É justo o lojista cobrar do cliente que paga com cartão uma tarifa "extra" correspondente ao seu custo de transação? E se ele der um "desconto" equivalente para quem paga com dinheiro evitando a transação?
O Código de Defesa do Consumidor considera à vista o pagamento tanto com cartão de crédito ou débito quanto em dinheiro. Por isso, proíbe a cobrança diferenciada sob pena de multa para o lojista que desobedecer.
Na prática, a maioria dos estabelecimentos comerciais negocia diretamente com o cliente esse desconto. No Distrito Federal, uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) liberou o desconto.
Polêmico, o assunto faz parte da nova regulação dos cartões de crédito, que chega hoje ao CMN (Conselho Monetário Nacional). Mais preocupado com a concorrência entre as bandeiras e as empresas de cartão, o CMN tende a deixar que o mercado se ajuste sozinho. As empresas de cartão são contra o desconto pois perdem negócio.
O tema está na agenda dos movimentos de defesa do consumidor em todo o mundo. Opõe países como França e Suécia, que proíbem cobrança "extra", e nações que deixaram o mercado se ajustar, como Reino Unido e parte dos EUA (veja quadro).
Nesses países, não há desconto para pagamento em dinheiro; o consumidor é que tem um custo adicional se quiser utilizar o cartão.
"É a mesma coisa; uns dão desconto e outros cobram. Os países que instituíram a cobrança acabaram repassando outras coisas nessas tarifas", disse Maria Inês Dolci, coordenadora da ProTeste.
Ao lado dos Procons, a ProTeste encampa o movimento contra a discriminação de pagamento, esbarrando na antipatia dos que temem perder o "desconto" nas compras com dinheiro.
O argumento é que o custo da transação faz parte da atividade operacional do lojista (como água, luz e telefone), conferindo benefícios como risco zero de inadimplência.
"O consumidor paga a anuidade do cartão; também tem seu custo", disse Dolci.
Segundo Luís Augusto Idelfonso, diretor da Alshop (associação dos shoppings), não há repasse de custo. "O desconto é um incentivo da loja para conseguir vender."
SUBSÍDIO — Para o senador Adelmir Santana (DEM-DF), autor de projeto para liberar os descontos, o consumidor que compra em dinheiro acaba "subsidiando" aquele que usa o cartão. Ligado aos lojistas, Santana é presidente da Fecomércio de Brasília e apresentou duas vezes esse projeto no Senado, que foi derrubado na Câmara.
"Há a necessidade de preços diferenciados porque os que não usam o cartão pagam por um custo que não é deles. Queiramos ou não, está inclusa no preço uma série de custos. No dia em que as taxas forem baixas, não haverá necessidade disso." (Folha)

Papel higiênico perde o tubo interno em versão ecológica nos EUA

A Kimberly-Clarke vai lançar na segunda-feira o papel higiênico Scott Naturals Tube Free, que, como diz o nome, não tem mais o rolinho no centro. A empresa informou ao "USA Today" que o papel continuará entrando no tradicional suporte para papel.

O "USA Today" diz que cerca de 17 bilhões de tubos de papelão são produzidos por ano nos Estados Unidos, resultando em mais de 72 mil toneladas de lixo. O novo rolo, que a Kimberly-Clark diz ser enrolado através de um novo processo de produção, consegue permanecer firme sem o apoio interno.

O produto começará a ser vendido nas lojas Walmart e Sam's Clubs em todo o Nordeste dos EUA. Se o lançamento for bem-sucedido, a empresa pode introduzir o produto em todo o país e também no resto do mundo. A Kimberly-Clark considera ainda a aplicação da mesma tecnologia para outros produtos de papel. (O Globo)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Avançar para ampliar a democracia no Brasil com muito mais inclusão social e investimentos em infra-estrutura, em Educação e Saneamento Básico

Brasil é o 69º em ranking de percepção de corrupção

Índice da Transparência Internacional considera relatos de analistas e empresários. Foram avaliadas 178 nações e, com nota 3,7, Brasil foi reprovado; no continente americano, país fica em nono lugar.
O Brasil e outros 130 países foram reprovados no índice que mede a percepção de corrupção em 178 nações. Eles tiveram nota inferior a cinco, em uma escala de 0 a 10.
O índice foi divulgado ontem pela ONG Transparência Internacional, que tem sede na Alemanha. A ONG considera que os problemas de corrupção são muito sérios nos países reprovados.
Para confeccionar o ranking, são ouvidos empresários locais e estrangeiros e analistas. São questionados se pagaram ou se foi exigido deles que pagassem propina a agentes públicos e também como estão os programas de combate à corrupção.
O Brasil ocupa a 69ª posição, com nota 3,7, junto com Cuba, Montenegro e Romênia. É a mesma nota do ano passado, mas o país subiu seis posições no ranking porque outras nações caíram.
Está atrás de todos os países escandinavos e da maioria dos europeus, mas também de alguns africanos, como Botswana (33º), África do Sul (54º), Namíbia (56º), Tunísia (59º) e Gana (62º).
No continente americano, aparece em nono lugar, atrás de Chile, EUA, Uruguai e Costa Rica, entre outros.
Para Alejandro Salas, diretor para as Américas da ONG, o Brasil parece não conseguir avançar no índice porque, apesar de se modernizar nas questões econômicas, mantém práticas políticas antigas, como compra de votos.
O ranking é liderado por Dinamarca, Nova Zelândia e Cingapura, que tiveram nota 9,3. No outro extremo estão países afetados por guerras e disputas internas: Somália (1,1), Mianmar e Afeganistão (1,4). A Venezuela ocupa o último lugar entre os latino-americanos, com nota 2.
Para a presidente da Transparência Internacional, Huguette Labelle, o índice mostra que o problema de corrupção é global e deve ser combatido de forma global.
"O mundo luta contra a crise financeira, contra o aquecimento global. Precisa também lutar contra a corrupção. Ela gera pobreza, violência", afirmou.
Procurada, a Presidência não quis se manifestar sobre a posição do país no ranking. (Folha)

Senador Tuma morre em SP aos 79 anos

Político se projetou nacionalmente graças ao seu trabalho na Polícia Federal; enterro será realizado hoje às 15h. Delegado serviu no Dops durante a ditadura militar (1964-1985), mas nunca foi acusado de torturar militantes.
O senador Romeu Tuma (PTB), 79, morreu ontem às 13h no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo por falência múltipla dos órgãos. O corpo foi levado à Assembleia Legislativa paulista para ser velado. O enterro será hoje às 15h no cemitério São Paulo.
Tuma, que sofria de diabetes e problemas cardíacos, estava na UTI do hospital desde o início de setembro devido a um quadro de insuficiência renal e respiratória.
No último dia 2, foi submetido a uma cirurgia para colocação de um dispositivo de assistência ventricular que auxilia o coração, sem êxito.
A doença interrompeu sua campanha à reeleição. Ficou em quinto lugar, com 3,9 milhões de votos (10,79%). Casado com Zilda Dirane Tuma, deixou quatro filhos: Robson (ex-deputado), Romeu Jr. (delegado), Rogério (médico) e Ronaldo (dentista).(Folha)

Sudeste contribui com 64% da receita tributária no país

Região mantém liderança; arrecadação neste ano alcançou R$ 1 tri ontem. São Paulo e Rio, apenas, recolhem mais tributos do que todos os demais Estados; União fica com 68% do bolo tributário.
Os Estados da região Sudeste -São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo- respondem por quase dois terços de toda a arrecadação tributária nacional.
Em valores, significa que, de cada R$ 100 arrecadados no país, R$ 63,52 saem dos bolsos dos contribuintes daqueles quatro Estados.
O dado foi divulgado ontem pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), quando a carga tributária no país alcançou R$ 1 trilhão no ano, incluídos os três níveis de governo (federal, estadual e municipal).
Pela previsão do IBPT, até o final deste ano os contribuintes brasileiros ainda recolherão mais R$ 270 bilhões em tributos, totalizando o recorde de R$ 1,27 trilhão.
Segundo o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, a arrecadação está crescendo 14% ao ano (em termos nominais). Excluída a inflação, a evolução fica próxima de 10% (em termos reais), bem acima dos 7% previstos para o aumento do PIB em 2010.
Os dados do IBPT indicam também que apenas dois Estados -São Paulo e Rio- recolhem mais tributos do que todos os demais, juntos. Em valores, de cada R$ 100 arrecadados no país, R$ 53,83 são pagos pelos contribuintes paulistas e fluminenses.
A maior parte do bolo tributário continua nas mãos da União -de cada R$ 100 arrecadados, mais de R$ 68 vão para os cofres federais.
Do R$ 1 trilhão recolhido neste ano até ontem, a União ficou com exatos 68,38%, ou R$ 683,80 bilhões.
Os Estados ficaram com 27%, e os municípios, com os demais 4,62%.
Confrontados os números, nota-se que a União vem perdendo participação na divisão do bolo tributário.
Em 2007, a União ficava com 70,46%, índice que caiu para 70% em 2008 e para 69,34% no ano passado.
Essa queda na arrecadação foi motivada por dois fatores: a desaceleração econômica iniciada em setembro de 2008 e a desoneração fiscal concedida pelo governo Lula já a partir do final daquele ano e que prosseguiu durante parte de 2009.
A redução do IPI sobre veículos, eletrodomésticos da linha branca e material de construção fez com que a receita federal ficasse menor.
Os Estados e municípios não participaram desse esforço e, portanto, acabaram ficando com fatias um pouco maiores do bolo tributário. (Folha)

Arrecadação de impostos no país supera R$ 1 tri, mostra Impostômetro

O montante de impostos pagos pelos brasileiros este ano acaba de superar R$ 1 trilhão. O volume foi registrado nesta terça-feira pelo Impostômetro, o medidor de tributos federais, estaduais e municipais instalado do centro da capital paulista. Em 2009, essa marca só foi atingida no dia 14 de dezembro.

A previsão da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que mantém o Impostômetro, é de que a arrecadação ultrapasse R$ 1,2 trilhão em 2010, aproximadamente R$ 112 bilhões a mais do que em 2009, quando o termômetro de tributos atingiu o recorde de R$ 1,088 trilhão. (O Globo)

Salão do Automóvel de São Paulo abre as portas ao público mostrando carros que logo estarão nas ruas

Quem for ao Anhembi até o dia 7 de novembro fará parte de um momento histórico. A 26ª edição do Salão Internacional de São Paulo acontece no ano em que o Brasil se firma como o quarto maior mercado mundial de carros, atrás apenas de EUA, China e Japão. Não por acaso, os fabricantes do mundo voltaram os olhos para cá: nunca houve tantos lançamentos reunidos nos pavilhões da Marginal Tietê.

A mostra apresenta carros que logo chegarão às ruas, como o Fiat Bravo, o Renault Fluence e o Peugeot 408. Tem também importados que já estão com desembarque marcado para o país, como as novas gerações do Hyundai Sonata e do Kia Sportage.

Há também estudos de estilo, delírios que nunca chegarão às concessionárias e apenas vistosas iscas para capturar a atenção do público - caso do simpático protótipo de Uno conversível.

Projetos de alta tecnologia em vias de se tornarem reais estão presentes. São carros que poluem e consomem cada vez menos, como o Volkswagen L1, capaz de rodar 80 quilômetros com um litro de diesel.

Para quem se impressiona com carros caros e potentes, há até um superesportivo nacional: o Vorax, de 570cv e que custará R$ 700 mil.

E, claro, há chineses - e muitos... Nunca um Salão de São Paulo reuniu tantos lançamentos vindos da China. Se antes os furgões e vans para trabalho eram maioria, o que se vê agora é a multiplicação de modelos de passeio, com um grande leque de marcas que passam a ser representadas no Brasil. (O Globo)