quinta-feira, 11 de novembro de 2010

UGT e demais centrais sindicais iniciam batalha pelo salário mínimo de R$ 580

Centrais iniciam campanha por mínimo de R$ 580

Mesmo diante da resistência do governo, as centrais sindicais iniciaram um corpo-a-corpo em defesa do salário mínimo de R$ 580 em 2011, aproximadamente US$ 300. Hoje, líderes sindicais, sob o comando do deputado e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), se reuniram com o vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), na tentativa de sensibilizar os congressistas para aprovação do salário mínimo no valor desejado. Na mesma tarde, Paulinho apresentou duas emendas ao Orçamento para tentar garantir o reajuste do mínimo e aumento das aposentadorias acima do salário mínimo em 9,1%.

"Há espaço para negociar e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) já prevê mínimo de R$ 540. A decisão, ao final, será política", anotou, antes de se reunir com Maia e Sarney. Segundo Paulinho, todas as categorias têm conseguido, em média, reajustes entre 9% e 10%. "Com o mínimo não pode ser diferente." Atualmente, o salário mínimo é de R$ 510. O mínimo de R$ 580 é resultado da aplicação do índice de 5,5% (inflação prevista para 2010) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 7,5%, estimado para o ano de 2010. "O resultado é um aumento de 13% ou de R$ 70 sobre o salário atual. Adotar tais parâmetros é a melhor maneira de corrigir a distorção decorrente da aplicação da variação do PIB em 2009", justificou Paulinho ao apresentar uma das emendas hoje na Câmara.

O presidente da Força Sindical lembrou que na véspera a entidade fechou acordo de reajuste de 9% mais 24% de abono para os 800 mil metalúrgicos do Estado de São Paulo.

Para os aposentados que ganham acima do mínimo, o pleito das centrais sindicais é de reajuste de 9,1%. "Vamos negociar até onde for possível, mas a decisão é política. Esse debate só vale até quando a presidente eleita (Dilma Rousseff) falar", afirmou Paulinho.

Na próxima terça-feira, representantes das centrais sindicais devem se reunir com o relator da Comissão Mista de Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF), e com os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, para discutir o reajuste do mínimo. No Senado, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), apresentou emenda para garantir o mínimo em R$ 600. O valor foi o mesmo defendido na campanha pelo então candidato tucano à Presidência, José Serra. (Estado)

Viagens ao exterior crescem 70% em dez anos

Número de passageiros transportados avança quase o dobro do PIB desde 99. Economia e real fortes impulsionam aviação; para especialistas, falhas de infraestrutura travam avanço maior.

Com o real valorizado e a economia em expansão, o mercado de aviação internacional vem crescendo de forma acelerada no Brasil.
O número de passageiros transportados, partindo do país para o exterior, aumentou quase 70% entre 1999 e 2009, segundo dados do anuário da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). No mesmo período, o PIB (Produto Interno Bruto) do país teve elevação de 38,56%, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
"Enquanto em diversos países do mundo houve queda ou estagnação na aviação internacional por causa de fatores como a gripe aviária e o 11 de Setembro, o Brasil vive um crescimento extremamente saudável desse mercado, com alta de quase duas vezes o aumento do PIB", diz André Castellini, sócio da consultoria Bain&Company.
Em 2009, foram 6,28 milhões de passageiros transportados para o exterior, em voos com origem no Brasil de companhias aéreas nacionais e internacionais -67% a mais do que os 3,7 milhões registrados em 1999.
PODER DE COMPRA — "Uma combinação de fatores contribuiu para esse desempenho, como o crescimento econômico do país, o aumento de investimentos estrangeiros e o fortalecimento do real, que deu mais poder de compra para os brasileiros." O dólar acumula queda de 1,94% em relação ao real desde o início do ano.
Castellini destaca que esse mercado tem potencial de crescer de duas a três vezes a alta do PIB, mas essa expansão é inibida por gargalos de infraestrutura no país. "Com as restrições que temos nos aeroportos, a aviação internacional cresce menos do que o seu potencial, mas ainda consegue uma expansão vigorosa", aponta.
Felipe Rocha, analista de aviação da corretora Link Investimentos, concorda. "O país precisa de ampliação dos aeroportos, e essas obras demoram para ficar prontas. As empresas aéreas não poderão ampliar os voos na proporção que querem em três ou quatro anos."
CRESCIMENTO — Apesar dos problemas estruturais, a expectativa dos especialistas é que haja crescimento desse mercado nos próximos anos. "Com as empresas se internacionalizando e estrangeiras investindo mais aqui, há mais brasileiros voando, assim como empresários de fora vindo para cá. Isso é uma tendência", avalia Leonel Rossi Junior, diretor de assuntos internacionais da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens).
O especialista diz ainda que há um potencial forte para o turismo. "O Brasil é um país de 190 milhões de habitantes e poucas pessoas viajam para o exterior, então é natural que esse crescimento se intensifique", afirma.
Em 2009, os continentes/ regiões que mais receberam passageiros de voos diretos partindo do Brasil foram Europa (2,24 milhões), América do Sul (2,08 milhões), América do Norte (1,57 milhão) e África (147,7 mil). (Folha)

Lula agora admite realizar novo Enem

Presidente contraria ministro e afirma que, se for preciso, governo irá refazer a prova, como quer a Justiça. Haddad não comenta; ele defende nova prova para apenas os 2.000 alunos que não fizeram o exame completo.

Contrariando o que ministro Fernando Haddad (Educação) tem dito desde segunda-feira, o presidente Lula disse ontem que, se for preciso, o governo fará uma nova prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Em Moçambique, Lula foi questionado pelos jornalistas sobre a decisão da Justiça de suspender o exame do último final de semana após o registro de várias falhas.
"Vamos fazer uma investigação e duas coisas estarão garantidas à juventude brasileira: a Polícia Federal vai fazer todas as investigações para saber o que aconteceu efetivamente e nenhum jovem vai ficar sem cursar a universidade", disse Lula.
"Se for necessário fazer uma prova, faremos. Se for necessário fazer duas, faremos. Se for necessário fazer três, faremos, mas o Enem continuará a ser fortalecido."
Na segunda, porém, Lula descartou a possibilidade de anular a prova, alegando que tinha sido um "sucesso".
Aplicado no último fim de semana para 3,3 milhões de pessoas, o exame teve problemas principalmente no primeiro dia (sábado), quando parte dos exemplares saiu com folhas repetidas ou erradas. Havia erro também no cabeçalho do gabarito.
Houve outros problemas, como uso de celular durante a prova -o que, para a Justiça, mostra que a segurança do exame é falha. A PF investiga ainda denúncia de vazamento do tema da redação.
Devido aos erros, a Justiça Federal do Ceará determinou a suspensão do Enem. O MEC apresentará explicações à Justiça até amanhã.
A pasta informa que três participantes foram eliminados por escrever mensagens no Twitter durante a prova.

SILÊNCIO DE HADDAD — Procurado, o ministro Fernando Haddad não quis falar. O MEC limitou-se a dizer em nota que não vê "necessidade de realizar" nova prova.
"O que o presidente da República afirmou é que o projeto do novo Enem, como anunciado na sua implantação, se consolidará com mais de uma edição por ano", informa em nota à imprensa.
Para o MEC, foram poucos os "verdadeiramente prejudicados". A estimativa inicial é que, das 21 mil provas erradas, cerca de 2.000 não foram trocadas na hora. A pasta também divulgou ontem nota do Conselho Nacional dos Secretários de Educação em apoio à prova.
A Defensoria Pública da União, que também defende a anulação da prova, já recebeu cerca de 3.400 queixas sobre o Enem. (Folha)

FGTS aprova R$ 30,6 bilhões para habitação em 2011

O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), aprovou na terça-feiraR$ 34,9 bilhões para o próximo ano. Desse total R$ 30,6 bilhões serão destinados para habitação. Em saneamento serão R$ 4,8 bilhões e na área de transportes R$ 4 bilhões.

Dos R$ 30,6 bilhões para habitação, R$ 3 bilhões serão destinados para segunda etapa do programa Minha Casa Minha Vida. O Conselho aprovou ainda, para este ano, o aporte de R$ 5,3 bilhões para área de habitação, devido ao crescimento do crédito imobiliário no programa.

O ministro das Cidades e vice-presidentre do Conselho do FGTS, Marcio Fortes de Almeida, afirmou que a execução do Minha Casa Minha Vida está assegurada com o novo montante aprovado pelo Conselho".

O programa Minha Casa Minha Vida foi lançado em 2009 e beneficia famílias de baixa renda com renda de até 10 salários mínimos. As famílias que recebem até três salários mínimos têm concessão total de subsídios para a compra do imóvel habitacional. As famílias com renda maior que três salários mínimos receberão subsídio parcial com redução significativa no restante a ser pago.

Orçamento — Em 2010, o orçamento inicial aprovado foi de R$ 40,7 bilhões, sendo R$ 25,9 bilhões para a área habitacional, R$ 4,6 bilhões para saneamento básico e R$ 1 bilhão para infraestrutura urbana, informou o Ministério do trabalho. (O Globo)

Para BC, irregularidades no PanAmericano são anteriores à compra pela Caixa

Indícios reunidos pelo Banco Central (BC) apontam que as irregularidades supostamente cometidas pela cúpula do banco PanAmericano, que resultaram em rombo de quase R$ 2,5 bilhões, podem estar ocorrendo há três ou quatro anos. O banco foi comprado pela Caixa Econômica Federal em dezembro de 2009, ou seja, quando a maquiagem nos balanços já acontecia. Nesta quarta-feira, o diretor de Fiscalização da autoridade monetária, Alvir Hoffman, confirmou que o PanAmericano - do Grupo Sílvio Santos - continuava contabilizando em seu balanço carteiras de crédito que já tinha vendido ao mercado. A instituição também vendeu as mesmas carteiras para clientes diferentes, o que caracteriza duplicidade. Hoffman disse que pode ter havido, neste caso, crime de colarinho branco.

Para tentar burlar ainda mais a fiscalização, segundo o BC, os executores dessas operações irregulares a tratavam "dentro da lei", pagando até Imposto de Renda sobre os "ganhos" obtidos com as carteiras que não pertenciam mais ao banco. A fraude foi sofisticada, indicando que havia muito conhecimento contábil para evitar rastros. A suspeita maior é de que tenha sido cometida para melhorar os bônus da diretoria, que dependem do desempenho do banco.

As investigações envolvem toda a cúpula do banco, como ex-diretores, alguns conselheiros e administradores. Os executivos envolvidos podem ser alvo de sanção administrativa, ficando impossibilitados de atuar no mercado financeiro. Após o término das investigações do BC, se forem confirmadas as fraudes, será caracterizado crime financeiro - passível de pena de reclusão - e a apuração será encaminhada ao Ministério Público.

- Ele (PanAmericano) vem fazendo ao longo do tempo. Pode ter começado há três, quatro anos. Nós não temos esses dados ainda - disse Hoffman.

Embora as fraudes tenham sido descobertas há um mês, só na terça-feira o PanAmericano afastou os oito executivos que dirigiam o banco. Todos foram demitidos, inclusive o diretor-superintendente, Rafael Palladino, o diretor de Relações com Investidores, Wilson De Aro, e o diretor de crédito e Administrativo, Adalberto Savioli, que também foi presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento.

Auditorias não detectaram problema — A participação de 49% no PanAmericano foi comprada pela Caixa por R$ 739,2 milhões. A operação foi aprovada pelo BC em julho deste ano apenas do ponto de vista de concentração bancária. Era preciso ainda analisar a situação das contas e foi então que, em outubro, o BC descobriu a fraude. Segundo fontes do BC, o banco estatal não sofre porque só passaria a ser corresponsável pela gestão quando indicasse seus diretores. E isso ocorreu apenas nesta quarta-feira, depois que o rombo já tinha sido divulgado e os ex-diretores, afastados. Em nota, o BC informou que a tarefa de fazer auditoria num processo de aquisição cabe aos contratados pelos envolvidos.

- Não houve falhas na fiscalização. O BC encontrou o problema. O BC não fez nada de errado, quem fez foram eles (PanAmericano) - afirmou Hoffman.

Nem o banco público nem as empresas que trabalharam para a Caixa na formatação do negócio - o Banco Fator, a auditoria KPMG e a BDO Consultores - detectaram as operações infladas. Além disso, ficou claro que o trabalho de auditoria foi feito com números fornecidos pelo próprio PanAmericano, chancelados pela sua auditoria contratada, a Deloitte, e alocados numa base de dados.

O rombo total apurado pelo BC é de um pouco mais de R$ 2,4 bilhões. Para cobrir o rombo, o Grupo Silvio Santos tomou empréstimo de R$ 2,5 bilhões no Fundo Garantidor de Crédito (FGC), formado com contribuições dos próprios bancos.

O BC considera a solução dada para evitar a quebra do PanAmericano perfeita, porque não causou prejuízos ao FGC nem aos acionistas do banco, como a Caixa.

- O único que perdeu foi o dono do banco - afirmou o diretor do BC.

O BC, diante disso, não colocará nenhum técnico ou interventor no PanAmericano para acompanhar os próximos passos. Considera o caso solucionado e só continuará apurando o que, de fato, causou o rombo. Hoffman descarta problemas de solvência em outros bancos e assegura a solidez do sistema financeiro nacional:

- O banco está recuperado e segue vida normal. Não há evidências de suspeitas de problemas semelhantes.

Senado convoca presidente do BC — A Caixa se recusou a conceder entrevista nesta quarta-feira. Em nota, informou apenas que a CaixaPar (braço financeiro criado na crise internacional para comprar empresas) contratou o Banco Fator, que, por sua vez, contratou a KPMG para a auditoria. Posteriormente, a Caixa contratou a BDO Consultores para uma segunda opinião.

O Fator informou ter subcontratado a KPMG e o escritório Bocater para a avaliação jurídica do negócio. A KMPG informou, por nota, que "não atuou e não atua como auditor independente" do PanAmericano, tendo sido contratada para executar procedimentos de análise de dados de março de 2009 disponibilizados pelo banco.

Já a BDO enfatizou em nota que o escopo de seus serviços "não envolveu, de forma alguma, atividades relativas à diligência técnica". O advogado Francisco Costa do Bocater explicou que os trabalhos ficaram restritos aos aspectos jurídicos.

A Deloitte, primeira a auditar o banco, informou que, de acordo com o seu Código de Ética e Conduta Profissional, "não emite comentários sobre situações relacionadas a clientes".

Fontes do BC avaliam que, na compra do PanAmericano, a Caixa foi prejudicada pela avaliação errônea das auditorias. Em compensação, conseguiu que o Grupo Silvio Santos se comprometesse a honrar a operação.

- É evidente que um fato como esse levanta uma percepção de risco, o que não é ruim. É bom que depositantes e até controladores de outros bancos fiquem atentos que o mercado tem risco. Achar que não tem gera distorções como um subprime americano. A diferença é que aqui não há dinheiro público na operação para salvar a instituição - disse a fonte.

Com mais de 200 lojas e parceria com mais de 20 mil estabelecimentos comerciais, o PanAmericano não é um "banco de conta corrente" e atua predominantemente como financeira. No fim de 2009, o banco informava ter 2,1 milhões de clientes com algum tipo de crédito contratado. Patrocinador do Corinthians, o banco terá, por contrato, sua marca estampada nas camisas do clube até o fim do ano.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira requerimento do senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA) convidando os presidentes do BC, Henrique Meirelles, e da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, para audiência na próxima quarta-feira. (O Globo)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Trabalhadores filiados à Fenascon fazem encontro regional Sudeste e Centro Oeste e divulgam carta

Carta do 1º Encontro Regional Sudeste e Centro Oeste em Cabo Frio

(Postado por Moacyr Pereira, presidente da Fenascon, filiada à UGT) — As lideranças sindicais que representam os trabalhadores em serviços, asseio e conservação, limpeza ambiental e urbana, bombeiros civis profissionais, serviços auxiliares de transporte aéreo e empregados em empresa de lava rápido, filiadas a Fenascon, Fetherj, Femaco e a Fethemg reunidas no 1º Encontro Regional Sudeste e Centro Oeste em Cabo Frio, nos dias 9 e 10 de Novembro de 2010, vêm a público apresentar suas principais reivindicações que têm como objetivo ampliar a organização de suas bases trabalhistas e sindicais para acompanhar o governo da presidente eleita Dilma Rousseff e defender a manutenção da valorização do salário mínimo e dos pisos salariais, lutar pela distribuição de renda, manutenção do controle rígido da inflação e pela proteção dos trabalhadores nos seus ambientes de trabalho e nas suas comunidades, para dar continuidade aos avanços sociais e econômicos conquistados.

Reafirmamos, também, as conclusões da Carta de Curitiba que defendeu a humanização da coleta de lixo urbano, a dignidade para os trabalhadores ocupados na limpeza ambiental e criar condições operacionais para preservar o meio ambiente dentro das empresas (hospitais, indústrias, escritórios) e nos centros urbanos.

Sugerimos aos agentes do Estado e do Poder Público, aos candidatos eleitos aos governos de Estado e à Presidência da República o comprometimento com as seguintes ações:

1. Regulamentar a curto prazo a Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada;

2. Envolver os sindicatos das categorias relacionadas com a limpeza nos ambientes de trabalho e limpeza urbana no estabelecimento das politicas públicas nos respectivos poderes estaduais e municipais para proteger o meio ambiente urbano com regras rígidas para destinação final dos resíduos sólidos;

3. Redução da jornada de trabalho para os trabalhadores em limpeza urbana e ambiental para 36 horas semanais;

4. Aposentadoria especial para os trabalhadores da limpeza urbana;

5. Responsabilizar a destinação final do lixo aos agentes (empresas, hospitais, fábricas etc) que o produzem.

6. Ampliar a luta pelo trabalho decente nos locais de trabalho, estimulando o respeito às mulheres, negros, indígenas e trabalhadores imigrantes incluindo a defesa do trabalho decente também nos locais de moradia, de convivência social e política;

7. Ampliar a atuação sindical no controle e prevenção dos acidentes e acompanhamento das estatísticas de acidentes de trabalho;

8. Estabelecer, nacionalmente, a data base unificada em 1o. de Janeiro;

9. Pelo fim da intervenção do Ministério Público nas greves dos trabalhadores, da categorias profissionais representadas pela Fenascon.

10. Lutar para que nas convenções coletivas estabeleçam os pisos salariais, independentemente da manutenção dos benefícios estabelecidos em Convenção Coletiva de Trabalho, iguais ou superiores aos pisos estaduais de salário;

11. Pela revisão da Emenda 45 no que diz respeito às condições para o ingresso de ação de dissídio coletivo de trabalho.

12. Que a Fenascon promova eventos específicos relacionados à Medicina,

Segurança e Saúde no Trabalho;

13. Criação de Norma regulamentadora para a atividade da categoria.

Cabo Frio, 10 de Novembro de 2010

Fenascon, Fetherj, Femaco e Fethemg

Baixa renda é a que gera mais receita para as teles, diz pesquisa

A baixa renda está despertando a atenção das operadoras de telefonia e internet. Juntas, as classes C, D e E já ultrapassaram a AB nos gastos com telefone celular.
Acima de R$ 100 mensais médios, a baixa renda responde por 58% dos gastos com telefonia. Cerca de 5% das classes D e E já desembolsam esse valor na conta telefônica. É o que revela uma pesquisa inédita do Data Popular.
Nessas classes, até mesmo as operadoras de telefonia fixa estão conseguindo ampliar suas vendas. As classes D e E respondem por 25% das telefones fixos instalados.
Na internet, 70% dos brasileiros que acessam a rede diariamente pertencem às classes C, D e E, ainda segundo o Data Popular. Isso corresponde a 39,5 milhões de internautas.
Desse total, 24,5 milhões visitam diariamente sites de relacionamentos, redes sociais, como o Orkut. Dentre todos os brasileiros que têm blogs, 66% são das classes C, D e E.
O instituto projetou esses números a partir de 5.000 entrevistas feitas com moradores de 12 regiões metropolitanas. (Folha)

FGTS terá orçamento de R$ 46,9 bilhões em 2011

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terá em 2011 um orçamento de R$ 46,9 bilhões. Desse total R$ 30,6 bilhões serão destinados para aplicação em habitação e R$ 4,8 bilhões para saneamento básico. Para infraestrutura, foram aprovados R$ 11,5 bilhões, R$ 4 bilhões para transporte urbano e R$ 7,5 bilhões via FI-FGTS, fundo de investimento que destina recursos para os setores de energia, rodovia, ferrovia, hidrovia, portuário e de saneamento. Os valores foram aprovados hoje pelo Conselho Curador do FGTS, que também aprovou o Plano Plurianual do fundo para o período de 2012 a 2014.

Em 2010 o orçamento inicial aprovado foi de R$ 40,7 bilhões, dos quais R$ 25,9 bilhões para a área habitacional, R$ 4,6 bilhões para saneamento básico e R$ 1 bilhão para infraestrutura urbana. Para o FI-FGTS, foram destinados R$ 9,2 bilhões. Hoje os conselheiros aprovaram ainda suplementação de R$ 5,3 bilhões no orçamento de 2010, a serem aplicados na área de habitação popular.

Na área habitacional, estão previstos para o próximo ano R$ 21 bilhões para crédito a habitação popular, outros R$ 2 bilhões destinados ao Pró-Moradia, programa do FGTS que beneficia a população em vulnerabilidade social, além de R$ 1 bilhão por meio do Pró-Cotista, programa que destina recursos aos detentores de conta vinculada no FGTS e que tem juros abaixo do usual.

Baixa renda — O Conselho aprovou uma reserva de R$ 4,5 bilhões para concessão de descontos na compra de imóvel para pessoas físicas de baixa renda. O ministro do Trabalho e presidente do Conselho Curador do FGTS, Carlos Lupi, explicou a destinação do recurso: "Desse valor do desconto, R$ 3 bilhões estão destinados para o Programa Minha Casa, Minha Vida, na produção ou aquisição de pelo menos 150 mil imóveis novos". (Estado)

Empresas prometem não enviar cartões sem pedido de clientes

A Abecs --associação que representa as empresas de meios eletrônicos de pagamentos-- entregou nesta terça-feira ao ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, um documento que formaliza o compromisso da indústria com o respeito ao consumidor.

Nele, as companhias comprometeram-se a não enviar cartões sem a prévia autorização dos clientes e entregar uma cópia do contrato com as cláusulas sobre direitos e obrigações do consumidor. Além disso, prometeram dar informações sobre o pagamento do valor integral da fatura e as consequências da opção pelo pagamento do valor mínimo ou parcial.

A iniciativa da entidade acontece às vésperas de o governo divulgar uma nova regulamentação para o setor, com o objetivo de aumentar a concorrência entre as empresas do segmento. (Estado)

Reforma da previdência na França se torna lei

Uma reforma no sistema de previdenciário da França que eleva a idade para aposentadoria foi assinada pelo presidente Nicolas Sarkozy após meses de protestos, informaram autoridades nesta quarta-feira.

A lei que elevará gradualmente a idade mínima de aposentadoria e de pensão completa em dois anos para 62 anos e 67 anos, respectivamente, foi publicada na edição de 10 de novembro do Diário Oficial da França, onde todas as leis são publicadas pela primeira vez.

A lei foi adotada pelo Parlamento no fim de outubro e superou seu último obstáculo na terça quando o Conselho Constitucional da França a aprovou.

A feroz oposição de sindicatos comerciais e do setor público da França, que desencadearam uma onda de protestos na Europa contra as medidas de austeridade, converteu a reforma previdenciária na maior batalha da presidência de Sarkozy. (O Globo)

Receita fará controle mais rígido sobre entrada e saída de ativos financeiros do país

A Receita Federal vai passar a fazer um controle mais rígido sobre a entrada e a saída de ativos financeiros, como ouro e dólares, do país. Para isso, foi criada a Declaração Eletrônica de Movimentação Física Internacional de valores (e-Dmov). O documento terá que ser apresentado ao Fisco por qualquer instituição financeira que importe ou exporte esses tipos de ativos num montante superior a R$ 10 mil. A entrega da declaração será feita eletronicamente, por certificação digital.

Segundo o subsecretário de Aduana da Receita, Fausto Coutinho, a medida faz parte de um compromisso assumido pelo governo brasileiro em 2006 junto ao Grupo de Ação Financeira Internacional contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi). Ele explicou que, até agora, o controle da aduana sobre a movimentação de ativos financeiros vinha sendo feito por meio de documentos de papel e de forma descentralizada, o que tornava a identificação de crimes como a lavagem de dinheiro mais difícil.

- A e-Dmov padroniza procedimentos, melhora as estatísticas e é uma ferramenta importante de combate à lavagem de dinheiro. Vamos saber de forma organizada por onde cada quantia entra ou sai do mercado nacional - disse Coutinho, ressaltando que o Fisco não hoje tem ideia do tamanho desse tipo de movimentação no país. (O Globo)