segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Trabalhadores unidos e organizados se preparam para ampliar espaço econômico e social dentro da economia brasileira

Real forte acelera renovação industrial

Nos últimos quatro anos, País importou US$ 124 bilhões em bens de capital, movimento que ajudou a dobrar a produtividade do setor.

O real forte está ajudando em uma das maiores renovações do parque industrial brasileiro. Nos últimos quatro anos, o País importou US$ 124 bilhões em bens de capital (entre 2007 e outubro deste ano). A cifra impressiona porque significa mais que o dobro dos US$ 57 bilhões adquiridos entre 2003 e 2006. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento.

São milhares de prensas, fresas, tornos, tratores e todo tipo de equipamento destinados a elevar a capacidade de produção do País, que cresce a um ritmo de mais de 7% ao ano. A desvalorização do dólar barateou as máquinas importadas e a crise global provocou uma "liquidação" de equipamentos no exterior.

Um ciclo de investimentos dessa magnitude aumenta a oferta de produtos na economia e, consequentemente, reduz a pressão sobre os preços. Mais máquinas também significam mais tecnologia. Cálculo da Consultoria Tendências mostra que a produtividade da indústria avançou 6% ao ano entre 2007 e setembro de 2010 - o dobro do registrado entre 2002 e 2006.

Os investimentos brasileiros são capitaneados pela infraestrutura e pelo mercado interno. A Votorantim Cimentos comprou R$ 225 milhões em máquinas em meados do ano. Os equipamentos foram adquiridos na Dinamarca e na Alemanha e serão instalados nas oito novas fábricas de cimento que a empresa pretende construir até 2013.

A Klabin vai aplicar R$ 142 milhões na compra de máquinas para a produção de caixas de papelão ondulado. A empresa também vai instalar uma nova linha de sacos industriais no primeiro semestre de 2011. Segundo o diretor de suprimentos, Francisco Razzolini, essa área representa um terço dos investimentos.

"Várias empresas aproveitam a situação cambial para adquirir equipamentos e comprar ativos no exterior. No médio prazo, é positivo para o comércio exterior, porque garante ganhos de eficiência e redes de distribuição", disse o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral.

Para David Kupfer, coordenador do grupo de indústria e competitividade da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ocorreu um "estouro" de importações de bens de capital quando o Brasil saiu da crise. Ele acredita que o atual ciclo de investimentos está só no início e deve durar muito mais. "Esse período se estenderá por sete a oito anos."

Efeito negativo. O dólar forte, no entanto, também traz impactos negativos para a indústria, reduzindo a competitividade na exportação e acirrando a concorrência no mercado interno. "Nos últimos anos, predominou o efeito positivo do câmbio. Mas é evidente que caminhamos para o segundo efeito se tornar predominante, com a substituição da indústria nacional por importados", disse Paulo Miguel, economista da Quest Investimentos. (Estado)

Bento 16 recebe elogios por fala sobre uso de camisinha

Em livro, papa afirma que prática pode ser justificada em "alguns casos". Parte dos ativistas, no entanto, fez ressalvas ao otimismo, pois falaé obscura; Vaticano diz que não existe reforma.

Católicos liberais, ativistas e profissionais de saúde ao redor do mundo receberam com satisfação a declaração de Bento 16 sobre considerar o uso da camisinha justificado em "alguns casos".
O papa falou ao jornalista alemão Peter Seewald numa série de entrevistas que compõem um livro inédito. Trechos da publicação, a ser lançada amanhã, foram divulgados pelo Vaticano sábado.
"Pode haver casos individuais justificados, quando, por exemplo, uma prostituta utiliza um preservativo. Pode ser esse o primeiro passo em direção a uma moralização. [...] Mas este não é o modo verdadeiro e próprio para vencer a epidemia do HIV", afirmou o pontífice.
Embora líderes católicos já tivessem falado sobre flexibilizar o veto à camisinha, foi a primeira vez que o papa o fez.
"É um avanço significativo por parte do Vaticano", avaliou o diretor-executivo da Unaids (agência da ONU para o combate à Aids), Michel Sidibe. "Esse movimento reconhece que um comportamento sexual responsável e o uso da camisinha desempenham um papel importante na prevenção do HIV."
"É uma vitória para a razão e para o bom senso, um degrau importante no reconhecimento do papel da camisinha para redução do impacto do HIV", disse Jon O'Brien, líder do grupo americano Católicos por Escolha.
VATICANO — "Nunca ouvimos isso tão claramente", afirmou o porta-voz do Vaticano Federico Lombardi, lembrando que a atitude "nem reforma nem muda" os ensinamentos da igreja, que proíbe o uso de métodos anticoncepcionais.
"O papa não está reformando os ensinamentos da igreja, mas colocando-os no contexto", ponderou.
Na África do Sul, onde estima-se que existam 5,7 milhões de pessoas com HIV, ativistas saudaram o papa.
Para Caroline Nenguke, que trabalha no combate à Aids na Cidade do Cabo, porém, a mensagem pode ser mal interpretada. "Ele diz que apenas prostitutos deveriam usar camisinha, deixando a entender que, em relações heterossexuais, o uso não está autorizado."
Até ontem, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) ainda não havia se manifestado sobre o assunto. (Folha)

Dívidas e renda fixa são as principais dicas dos especialistas para aplicar do 13º salário

A primeira boa notícia: a tão aguardada primeira parcela do 13º salário entrará na conta de 74 milhões de brasileiros até o dia 30 de novembro. A segunda boa notícia: uma parcela menor de trabalhadores usará o dinheiro para quitar dívidas - 57% dos consumidores pretendem utilizar o benefício para pagamento de débitos já contraídos, 10,94% a menos que em 2009, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Você é um dos que pretende guardar o dinheiro para ganhar mais no futuro? Não sabe a melhor opção? Que cuidados tomar? Especialistas ouvidos pelo GLOBO tiram as dúvidas e alertam: é preciso cautela antes de apostar as fichas na renda variável (as populares ações, os fundos de ações e os clubes de investimento).

" Dinheiro de renda variável é para longo prazo, acima de dois anos. Renda fixa é mais segura e com retorno garantido. O investidor pode ser programar. Consegue mensurar exatamente o que vai ganhar - Arnaldo Silva, do Banif "

Não é difícil entender o porquê: além de se tratar de um tipo de investimento sem o retorno garantido - o investidor não conhece previamente a taxa de rentabilidade e nem o seu prazo de resgate -, os mercados acionários ao redor do mundo vivem um momento de instabilidade, com a economia da Irlanda voltando ao centro das atenções. Expectativas em torno de um aperto monetário na China também atingem em cheio a Bovespa, repleta de ativos ligados aos preços das commodities.

Os fundos de investimento em renda fixa surgem, então, como uma opção mais interessante para ganhos a curto prazo. A boa e velha caderneta da poupança, como mostra o gráfico aí de baixo, ainda pode ser uma escolha - são assegurados ganhos de 0,5% por mês. Principalmente para quem não quer esperar mais de 3 anos para embolsar lucros - e ter a certeza de que "um qualquer" vai aparecer.

Prioridade número um: pagar dívidas — O xis da questão mora aí: o perfil do investidor. Economista e professor da ESPM, Alexandre Espírito Santo ressalta que, para início de conversa, a prioridade número um é quitar as dívidas com cheque especial e cartão de crédito, que têm as maiores taxas de juros do mercado. Segundo levantamento da Anefac, rolar dívidas no rotativo do cartão de crédito custa em média 10,69% ao mês (238,30% ao ano) e no cheque especial, 7,47% ao mês (137,38% ao ano).

" O ideal, dada a conjuntura atual, é que destine parcela maior na renda fixa e muito pouco na renda variável. Algo como 80% na renda fixa e 20% na variável - Alexandre Espírito Santo "

Quitadas as dúvidas, pode-se pensar em um investimento equilibrado, com maior peso para a renda fixa, como caderneta de poupança, Fundos DI (atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário, acompanham os juros de mercado) e fundos de renda fixa. Trabalhadores com menor poder aquisitivo também têm vez: com R$ 1 mil já é possível investir.

- A prioridade deve ser liquidar as dívidas. Se tiver com sobra, aí sim, pensar em aplicar o dinheiro. E o ideal, dada a conjuntura atual, é que destine parcela maior na renda fixa e muito pouco na renda variável. Algo como 80% na renda fixa e 20% na variável - observa Espírito Santo.

- O Brasil tem uma uma taxa de juros muito alta, muito atrativa. Como o cenário econômico global ainda é de incerteza, e os mercados de bolsa ficam muito sensíveis, não vejo ações da Bovespa como uma boa decisão no curto prazo. Temos que surfar neste juro alto e aposta na renda fixa.

Se o investidor pensar em ganhos no médio e longo prazo (a partir de dois anos), os papéis da Petrobras podem ser uma boa opção, acrescenta o economista:

- A ação está barata em relação aos pares internacionais. Não acho uma decisão ruim colocar um pouco na Petrobras. Mas desaconselho apostar na Bolsa na cara e na coragem.

Para o gestor de renda variável do Banif, Arnaldo Silva, os fundos de renda fixa são mais atrativos ao pequeno investidor:

- Acredito que a política monetária não muda em 2011. E se a inflação subir, vamos ter que subir juros. Dinheiro de renda variável é para longo prazo, acima de dois anos. Renda fixa é mais segura e com retorno garantido. O investidor pode ser programar. Consegue mensurar exatamente o que vai ganhar. Para investimentos de até R$ 30 mil, o melhor é via fundos, em corretoras. (O Globo)

Brasil gera 204 mil empregos formais em outubro

O mercado formal de trabalho brasileiro gerou em outubro 204.804 mil empregos com carteira assinada. Foi o segundo melhor resultado da série histórica para o mês. As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgadas nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho. No mês de setembro foram abertos 246.875 mil postos de trabalho. No acumulado do ano, o saldo (diferença entre contratações e demissões) atingiu 2,4 milhões de empregos formais.

Essa marca de 2,4 milhões de empregos com carteira assinada nunca foi atingida antes na história, nem mesmo para anos fechados. Em todo ano de 2007, que ainda é recorde para anos completos, foram abertos 1,61 milhão de postos formais de empregos. Vale lembrar que o número do acumulado deste ano ainda sofrerá alterações em novembro e dezembro. E que o último mês de cada ano é geralmente marcado por demissões, segundo informações do portal G1.

A meta do governo é fechar o ano com 2,5 milhões. Faltam os meses de novembro e dezembro. No mês de dezembro o saldo é sempre negativo devido às contratações temporárias de fim de ano.

O emprego com carteira assinada em outubro foi puxado pelo setor de serviços, com 86.207 mil empregos formais, seguido pelo comércio, com 81.347, e a indústria de transformação com 46.923 mil empregos.

O Rio de Janeiro teve um saldo positivo de 19.571 mil empregos com carteira assinada.

Criação de empregos fica abaixo do previsto por Lula — Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o número de empregos com carteira assinada criados este ano no país entre janeiro e outubro chegou a 2,5 milhões. Cem mil a menos do que o divulgado pelos dados oficiais. O presidente também aproveitou para fazer uma comparação entre a situação do mercado de trabalho no Brasil e nos Estados Unidos.

- Daqui a pouco, vão anunciar quantos empregos foram criados em outubro. Deve ser uns 200 mil. Se isso se confirmar, até 30 de outubro o Brasil terá criado 2,5 milhões de empregos em apenas dez meses, enquanto nos Estados Unidos eles têm 60 mil empregos a menos - disse Lula em evento de lançamento ao mar do navio Sergio Buarque de Holanda, no estaleiro Mauá, em Niterói.

Ao comemorar os números, Lula frisou quão importante é para um trabalhador ter um emprego com carteira.

- Você não sabe o orgulho (para um trabalhador) que é vestir um macacão e levar o pão e o leite para casa. No Natal, poder ir a uma loja e comprar um presente para o filho, para a mulher. Não tem nada que dê mais orgulho que ter a garantia de emprego. (O Globo)

Governo gastou pouco com Saúde e Educação

Uma radiografia dos gastos públicos nos oito anos do governo Lula mostra que as despesas cresceram fortemente entre 2003 e 2010, além da expansão do PIB, que, em média, foi de 4% ao ano. Mas áreas como a saúde e a educação ficaram com uma pequena fatia desse bolo.

As despesas correntes cresceram 2,47 pontos percentuais do PIB no período - mas só uma fatia de 2% do aumento foi destinada ao custeio da saúde, e 8%, ao custeio da educação.

Dentro da rubrica de despesas correntes, o crescimento de gastos com a Previdência e com outras despesas vinculadas ao salário mínimo - auxílio a idosos e deficientes, seguro-desemprego e abono - foi de 1,37 ponto percentual, abocanhando 55,4% do aumento das despesas correntes ocorrido no governo Lula, segundo levantamento realizado pela Consultoria de Orçamento da Câmara, com base em informações do Sistema Financeiro de Administração Financeira (Siafi). (O Globo)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Acesso dos trabalhadores à comunicação direta com a população garantirá maior participação democrática

Acesso à sociedade brasileira através de espaços nas TVs

(Postado por Marcos Afonso de Oliveira, secretário nacional de comunicação da UGT) — A UGT aplaude e apóia a iniciativa do deputado federal Roberto Santiago, que também é nosso vice-presidente, de ter apresentado um substitutivo, em caráter terminativo, ou seja, não precisa ir a plenário, que foi aprovado pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e que garante a UGT e às demais centrais sindicais 10 minutos a cada seis meses para expor seus pontos de vista para toda a população brasileira. Ganha o Brasil, ganham os trabalhadores. Que poderão apresentar diretamente à população quais são os seus pontos de vista sobre os desdobramentos da economia, da adoção das políticas públicas e seu empenho na busca de um Brasil com mais Educação, mais Justiça Social e, principalmente, mais distribuição de renda. Até o momento, os trabalhadores brasileiros têm apenas as mídias próprias e são dependentes da interpretação dos grandes grupos de comunicação para conseguir fazer chegar suas mensagens até a sociedade brasileira. E nem sempre temos a oportunidade de reafirmar nossos pontos de vista com a clareza que nos caracteriza pois no filtro estabelecido por alguns meios de comunicação, a mensagem dos trabalhadores ganha destaque menor do que as dos grandes grupos econômicos e das instituições vinculadas diretamente ao setor patronal. Com a iniciativa do deputado Roberto Santiago começaremos outra etapa. E caminharemos para um Brasil mãos soberano, com a garantia de voz própria a cada movimento social organizado, entre eles a UGT e demais centrais sindicais.

Sindicalistas podem ganhar tempo na TV
Os deputados aprovaram na quarta-feira uma proposta que concede às centrais sindicais 10 minutos semestrais de transmissão gratuita em emissoras de rádio e televisão em todo o País. A proposta passou pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e seguirá para outras duas comissões. Se for aprovada, não precisa ir a plenário porque tem caráter "terminativo".
De acordo com o texto votado, as emissoras de rádio e de televisão ficam "obrigadas" a transmitir bloco ou inserções de 30 segundos a um minuto de programas das entidades sindicais. O texto estabelece também que os programas deverão ser transmitidos entre as 6h e as 22h das terças-feiras, com a finalidade exclusiva de, segundo diz a proposta, "discutir matérias de interesse de seus representados, transmitir mensagens sobre a atuação da associação sindical e divulgar a posição da associação em relação a temas político-comunitários".

As centrais sindicais tiveram papel fundamental no apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos anos. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, no ano passado elas receberam R$ 81 milhões do imposto sindical, um bolo tributário de quase R$ 2 bilhões formado por um dia de trabalho por ano de toda pessoa que tem carteira assinada.

Os deputados aprovaram o texto sugerido pelo deputado Roberto Santiago (PV-SP) em cima de dois projetos, um do deputado Vicentinho (PT-SP), e outro da deputada Manuela D"Ávila (PC do B-RS). A análise agora caberá às Comissões de Ciência e Tecnologia e Constituição e Justiça.

Segundo a proposta, "as emissoras de rádio e televisão terão direito à compensação fiscal pela cedência do horário gratuito". O projeto diz ainda que o tempo concedido a cada central sindical na TV ou no rádio será proporcional ao número de trabalhadores sindicalizados nos sindicatos a ela filiados, conforme índices estabelecidos pelo Ministério do Trabalho. O texto votado na comissão veda a divulgação de propaganda de candidatos a cargos eletivos, a defesa de interesses pessoais, partidários ou comerciais. (Estado)

Centrais (entre elas a UGT) ampliam pauta e cobram ajuste no IR

As centrais sindicais apresentaram ontem novas reivindicações ao governo como forma de ampliar as pressões por um aumento real para o salário mínimo. Em encontro com os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Carlos Gabas (Previdência), líderes de seis entidades cobraram, além da elevação do mínimo para R$ 580, ganhos reais para aposentados que ganham acima do piso e a correção da tabela do Imposto de Renda.

Em relação ao mínimo, o governo admitiu discutir uma "exceção" para chegar a um valor acima da proposta oficial de R$ 540. Sobre os outros tópicos, nem sequer houve discussão de possíveis porcentuais de ajuste.

Um piso salarial de R$ 580 a partir de 2011 representaria aumento de quase 14% em relação ao valor atual, de R$ 510. Mas regras em vigor, acertadas com as próprias centrais em 2006, preveem que o mínimo seja corrigido pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Como não houve crescimento da economia em 2009, o mínimo de 2011 teria apenas a reposição da inflação, chegando a R$ 538 - ou a R$ 540, com arredondamento.

Bernardo e Gabas defenderam a manutenção da proposta oficial, mas em diversos momentos deram sinais de que o aumento poderá ser maior. "Todos concordamos com o critério (de inflação mais variação do PIB). Como não prevíamos a crise, não se pensou que o PIB poderia ser zero ou negativo. Não estamos discutindo mudança no critério, mas se haverá ou não exceção", afirmou o titular da Previdência.

Orçamento. "A bola está com o Congresso. Tem de arrumar dinheiro, alocar dinheiro no Orçamento", disse o ministro do Planejamento.

Bernardo admitiu que a revisão do valor proposto está em análise pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente eleita, Dilma Rousseff. "É evidente que, se o presidente Lula, que está conversando com a presidente Dilma, tiver desejo de fazer alguma inflexão (na proposta oficial), vamos receber um comando e fazer as contas."

O ministro do Planejamento negou que esteja em debate a eventual antecipação, para 2011, do aumento que o mínimo receberá em 2012 - cujo cálculo levará em conta o crescimento do PIB neste ano, estimado em cerca de 7%. "A presidente eleita até fez uma menção sobre isso, mas as centrais não têm interesse. Se o governo não propõe e as centrais não querem, então isso não existe." (Fonte: Estado)

Emprego formal no ano está próximo de 2,5 milhões, diz Lupi

Resultado do Caged relativo a outubro será divulgado nesta sexta-feira.

A geração de empregos com carteira assinada no Brasil está próxima da meta para o ano, de 2,5 milhões de vagas, disse nesta quinta-feira, 18, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

"Vai ser um número bom... estamos aí próximos dos 2,5 milhões", disse Lupi a jornalistas após participar de evento em Brasília.

Na sexta-feira, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgará dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a outubro. A previsão do governo para 2010 é a geração de 2,5 milhões de vagas.

No acumulado até setembro, a geração de empregos formais soma 2,201 milhões em 2010.

"Falta pouco para chegar aos 2,5 milhões. Ainda tem o mês de novembro e ainda tem o mês de dezembro, que têm uma queda," disse Lupi. (Estado)

Comércio espera por aumento de dois dígitos nas vendas no Natal

Data mais aguardada pelo comércio, o Natal deste ano promete um incremento de nada menos que dois dígitos nas vendas. A explicação é fácil: com mais dinheiro no bolso, fruto do aumento do emprego e da renda, combinado ao crédito farto, a estimativa é que as vendas possam subir até 15% em comparação ao ano passado.

A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) aposta em um crescimento de 12% nas vendas em centros de compras ante o mesmo período de 2009. A demanda maior faz com que o setor varejista aumente também as contratações em aproximadamente 130 mil trabalhadores temporários. O valor médio dos presentes deve variar entre R$ 80 e R$ 110. Alguns consumidores já decidiram antecipar as compras e o clima natalino já chegou às redes sociais.

Nesta quinta-feira, os usuários faziam brincadeiras no Twitter, dizendo qual o presente que gostariam de ganhar. O termo Papai Noel aparecia em quinto lugar na lista dos Trending Topics Brasil (os termos mais postados no microblog): "Papai Noel, me dá seis Rock in Rio Cards??? #rockinrio2011", escreveu o internauta @PoisonLooh.

Só nos shopping centers, as vendas devem saltar 15% em comparação ao mesmo período de 2009. Levantamento realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) aponta que entre os presentes favoritos estão artigos de vestuário, produtos eletrônicos, aparelhos celulares, perfumaria e artigos do lar. A associação estima ainda a abertura de 175 mil vagas temporárias de emprego. Os trabalhos incluem atividades de estoquistas, vendedores e equipe interna dos malls.

Na cidade do Rio, as vendas do comércio lojista devem registrar crescimento de 15% no Natal deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa, que representa o melhor resultado em dez anos, foi constatada por uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Centro de Estudos do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-RJ).

A pouco mais de um mês para o Natal, quem ainda procura emprego como temporário ainda tem chance de conseguir um posto. De acordo com a Fecomércio-RJ, o comércio ainda oferece vagas para quem busca um trabalho temporário nesse período de festas. Pesquisa feita em 2.407 estabelecimentos do Estado revela que 30,5% dos estabelecimentos pretendem contratar, em média, cinco trabalhadores temporários para o período de fim de ano. (O Globo)

PIB brasileiro deve crescer 7,5% em 2010 e 4,3% em 2011, prevê OCDE

A economia brasileira deve ter expansão de 7,5% neste ano, reduzir o ritmo de crescimento em 2011 para 4,3% e retomar a trajetória de avanço em 2012, quando deve apresentar ampliação de 5%. Os dados fazem parte do relatório Perspectivas Econômicas, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O organismo acredita que a economia do país deve se beneficiar da expansão robusta do crédito e dos ganhos na renda, que sustentam o consumo privado. "Maciços projetos de infraestrutura devem ajudar a elevar as taxas de crescimento nos próximos anos", acrescentou.
A OCDE notou que a inflação deve ficar acima do centro da meta de 4,5% nos dois anos à frente, com os efeitos da recente apreciação do câmbio se dissipando.
Observou ainda que o banco central brasileiro interrompeu o ciclo de aperto monetário e atuou para evitar um fortalecimento maior do real. "Os estímulos monetários remanescentes, injetados durante a crise global, devem ser rapidamente retirados para evitar o aumento das pressões inflacionárias", alertou. (Valor)