sexta-feira, 30 de março de 2012

Patah e Chiquinho participam da abertura do Congresso da Fenascon em Recife

“Chegou a hora de participação maciça de todos nós na política”, diz Patah

Na abertura do 3o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes, que aconteceu ontem (29/03), em Recife, Pernambuco, RicardoPatah, presidente da UGT, destacou três pontos em seu discurso e deu bastante ênfase à necessidade de as organizações sindicais brasileiras participarem diretamente das articulações políticas.

Moacyr Pereira, secretário de finanças da UGT e presidente da Fenascon, abriu o evento destacando os objetivos do Congresso de debater amplamente temas relacionados às condições de vida, trabalho e salário dos trabalhadores.

Ricardo Patah, no seu discurso, falou do projeto de lei sobre a terceirização, em tramitação na Câmara, que tem no deputado federal Roberto Santiago (PSD) o relator e principal articulador. O presidente da UGT disse que o projeto é polêmico mas é fundamental se manter as articulações que Roberto Santiago, que também é vice da UGT, tem adotado.

“Roberto Santiago foi extremamente hábil em colocar o tema em discussão e aprovar o que for possível para que a terceirização jamais volte a ser confundida com precarização, quando se deixava o setor sem lei e aberto para que os gatos e atravessadores de mão-de-obra contratassem e em seguida fugissem, deixando os trabalhadores sem nada receber, comprometendo e prejudicando um universo de 11 milhões de homens e mulheres que dependem do setor para seu sustento”, afirmou Ricardo Patah.

Ao saudar Marvin Largaspada, que veio ao Congresso como representante da Uni Global Union, entidade a que a Fenascon se filiou em novembro do ano passado, Ricardo Patah defendeu a adoção de convenções coletivas válidas em todo o território nacional, para se evitar que trabalhadores do Carrefour e WalMart, por exemplo, tenham salários e condições de trabalho diferentes em diferentes regiões do Brasil.

E encerrou seu discurso falando de política.

“Chegou a hora da participação maciça de todos nós na política . A UGT terá nas próximas eleições 300 candidatos a vereadores no País inteiro. Vamos despertar em todos nós a necessidade da participação política nas mudanças que queremos, para ter um país rico, que já é a sexta potência mundial, mas ampliando a participação dos trabalhadores nas riquezas que nós ajudamos a gerar”, concluiu.

O Congresso que se encerra hoje tem a participação de 92 entidades sindicais e 286 delegados, de todo o território nacional.

Francisco Pereira, o Chiquinho, secretário de organização e políticas sindicais da UGT, afirmou que devemos aproveitar oportunidades como o atual Congresso para ajudar o Brasil a criar condições para que os filhos dos trabalhadores da atual geração possam ter acesso à educação de qualidade que lhes garanta a oportunidade e a liberdade de escolherem a profissão que faça parte de suas vocações.

Roberto Santiago, vice-presidente da UGT e da Fenascon e presidente da Femaco, afirmou que “não dá para se ter orgulho de ser da base de pirâmide”.

“Vivemos um momento histórico em que surge a oportunidade de preparar nossos jovens para trabalhar na Copa das Confederações, na Copa do Mundo e nas Olimpíadas; e após esses eventos de envergadura mundial elevar a qualidade de vida dos que hoje vivem e sofrem na base da pirâmide social brasileira, vítimas de uma qualidade de vida que decididamente não nos orgulha”, disse o deputado.

Participaram ainda da mesa, Gustavo Valfrido, presidente da UGT-PE e Maria Donizete Teixeira, diretora social da Fenascon.

Representando os setores patronais estavam Ariovaldo Caldaglio, presidente do Selur e Selurb e José Alencar, representando a Febrac.






quinta-feira, 29 de março de 2012

Fazenda estuda redução de juros em empréstimos do BNDES e desoneração da folha salarial de mais setores

Governo oferece mais benefícios à indústria

Fazenda estuda redução de juros em empréstimos do BNDES e desoneração da folha salarial de mais setores. Mantega chama executivos de seis grandes bancos para discutir taxas de juros cobradas no mercado.

O governo anunciará na próxima semana novas medidas para estimular a economia, incluindo uma redução das taxas de juros cobradas em empréstimos do BNDES e a desoneração da folha salarial de setores da indústria.

A informação foi transmitida ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, a líderes dos partidos governistas que se reuniram com ele.

Serão reduzidos os juros dos empréstimos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES, que financia a aquisição de máquinas, ônibus e caminhões.

O governo também estuda a possibilidade de reforçar novamente o caixa do BNDES, com cerca de R$ 30 bilhões em títulos do Tesouro.

Mais oito setores da indústria devem ficar livres do recolhimento de 20% da folha salarial para a Previdência, passando a contribuir com 1% sobre o faturamento.

Representantes dos setores eletroeletrônico e de fabricantes de ônibus trataram do assunto ontem com o Ministério da Fazenda.

Mantega também se reuniu com dirigentes de seis grandes bancos (Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú, Santander e BTG Pactual) para discutir a redução dos juros. (Folha)


Senado aprova previdência complementar para servidor público

O plenário do Senado aprovou o projeto de lei do Executivo que cria o regime de previdência complementar para os servidores públicos federais, autoriza a criação de três fundações de previdência complementar (uma para cada poder) e limita o valor das aposentadorias dos servidores que ingressarem no serviço público ao teto do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), hoje de R$ 3,9 mil.

Os senadores não modificaram a proposta da Câmara dos Deputados. O projeto vai, agora, à sanção presidencial. A votação foi simbólica. Os senadores do PSDB apoiaram a proposta, que consideram uma continuidade da reforma da previdência iniciada no governo Fernando Henrique Cardoso.

O relator, José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso, assumiu em plenário compromisso de incluir num projeto de lei futuro as propostas de emendas apresentadas pela oposição com o objetivo de "aprimorar" o texto. (Valor)


Cai nº de leitores no País e metade não lê

Parcela da população que se diz leitora passou de 55% em 2007 para 50% em 2011.

A terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, a ser apresentada hoje na Câmara, revelou que a população leitora diminuiu no País. Enquanto em 2007 55% dos brasileiros se diziam leitores, hoje esse porcentual caiu para 50%.

Jovens leem em biblioteca no Parque da Juventude, na zona norte de São Paulo

São considerados leitores aqueles que leram pelo menos um livro nos três meses anteriores à pesquisa. Diminuiu também, de 4,7 para 4, o número de livros lidos por ano. Entraram nessa estatística os livros iniciados, mas não acabados. Na conta final, o brasileiro leu 2,1 livros inteiros e desistiu da leitura de 2.

A pesquisa foi feita pelo Ibope Inteligência por encomenda do Instituto Pró-Livro (IPL), entidade criada em 2006 pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sindicato Nacional de Editores e Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares. "É no mínimo triste a gente não poder comemorar um crescimento", disse Karine Pansa, que acumula a direção do IPL e da CBL. Ontem, o Estado mostrou que 75% dos brasileiros nunca pisaram em uma biblioteca.

Participaram da apresentação representantes de entidades livreiras e do poder público, entre eles a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Ela destacou a importância do estudo para o direcionamento das políticas públicas do Minc e do Ministério da Educação. "Temos de ter um olhar da cultura que vai além do ensino e que abra os olhos para outras dimensões. O livro é que vai permitir a formação da cidadania", disse a ministra.

O levantamento foi realizado entre junho e julho de 2011, com 5.012 pessoas de 315 municípios, com 5 anos ou mais, em suas próprias casas. Todas as regiões do País foram incluídas e a margem de erro é de 1,4%.

Questões diversas. Para compor o mapa da leitura, questões diversas foram analisadas. Os principais motivos que mantêm leitores longe de livros são falta de tempo (53%) e desinteresse (30%). O livro digital, novidade deste ano, já é de conhecimento de 30% dos brasileiros e 18% deles já os usaram. A metade disse que voltaria a ler nesse formato.

A mãe não é mais a maior incentivadora da leitura, como aparecia na pesquisa passada. Para 45% dos entrevistados, o lugar é ocupado agora pelo professor. A biblioteca é o lugar escolhido para a leitura de um livro por apenas 12% dos brasileiros - 93% dos que leem o fazem em casa. Ter mais opções de livros novos foi apontado por 20% dos entrevistados como motivo para frequentar uma biblioteca. Porém, para 33% dos brasileiros, nada os convenceria a entrar em uma.

Entre o passatempo preferido, ler livros, periódicos e textos na internet ocupa a sexta posição (28%). Na pesquisa anterior, o índice era de 36%. Assistir à televisão segue na primeira posição (85%) - em 2007, era a distração de 77% dos entrevistados.

Dos 197 escritores citados, os mais lembrados foram Monteiro Lobato, Machado de Assis, Paulo Coelho, Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade. Já os títulos mais mencionados foram a Bíblia, A Cabana, Ágape, O Sítio do Picapau Amarelo - que não é exatamente título de nenhum livro de Lobato - e O Pequeno Príncipe. Best-sellers comoCrepúsculo, Harry Potter e O Monge e o Executivo também aparecem. (Estado)