quarta-feira, 3 de setembro de 2008

UGT é contra as pré-campanhas eleitorais em torno do pré-sal

Lula diz que petróleo do pré-sal deve ser produzido em larga escala em um ano

Está na hora de começarmos a alertar os políticos em geral e em espeial ao nosso querido presidente Lula que é válida a euforia com o pré-sal mas que devemos separar o joio do trigo e deixar de fora, especialmente, a pré-campanha. Sim, somos favoráveis à discussão dos destinos do lucro do pré-sal que deve demorar uns cinco ou seis anos e, portanto,  será decidido no outro mandato presidencial. Mas somos contra as pré-campanhas eleitorais em torno do pré-sal.

Veja o que foi publicado a avalie -- Presidente falou na cerimônia de início da produção do petróleo do pré-sal. Ele afirmou que polêmica sobre criação de nova estatal é 'inusitada'.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (2), durante cerimônia de início da produção do petróleo da camada pré-sal do campo de Jubarte, no Espírito Santo, que em um ano a Petrobras deve começar a extrair em larga escala o petróleo do pré-sal.

Nesta terça, o presidente fez coleta simbólica de óleo na camada. Segundo a Petrobrás, o petróleo será inicialmente usado para estudos.

"Esse é o momento de pensarmos que tem processo de exploração, de estudo, ver o que vai acontecer no poço, ver quais são os movimentos. E possivelmente daqui um ano estejam tirando em grande escala e perfurando outros poços. Se isso acontecer estaremos dando salto exrtraordinário na história deste país", afirmou Lula.

Lula classificou de "inusitada" a polêmica criada em torno da criação de uma nova estatal para gerir o petróleo do pré-sal. Ele disse que a Petrobras não será abandonada porque é "única".

"Começou a polêmica enorne sobre o que vai acontecer, o governo vai criar outra estatal. Diziam 'A Petrobras vai ser abandonada, coitadinha da Petrobras'. Eu ficava vendo essa polêmica e achava inusitado. (...) Mãe é única e a Petrobras é a mãe da industrialização desse país", discursou o presidente.

O presidente disse que o grupo interministerial deve apresentar ainda neste mês o projeto sobre como será tratada a questão do pré-sal.

"Eu tenho dois objetivos, primeiro aproveitar esse dinheiro para acabar com a pobreza do país. (...) Segundo é que a gente pague a dívida que temos com a educação brasileira que tanto desprezamos no século passado (...) O petróleo é nosso e será de todos e vai mudar definitivamente a face social do nosso país", disse.

Ele afirmou que a Petrobras, embora seja uma empresa, não pode perder o foco de se preocupar com o desenvolvimento do país. "Da mesma forma que o presidente da República, a Petrobras tem de pensar na contribuição que vai dar."

Lula lembrou que quando foi avisado sobre a camada pré-sal pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e pelo diretor de exploração, Guilherme Estrella, presidente da Petrobras, eles mostraram um mapa no qual o continente americano era junto com o africano.

"Foi a primeira vez que ouvi falar de pré-sal. (...) Estrella contou uma história muito entusiasmado e fui para casa dormir com dúvida: onde os companheiros querem me enganar? Me levaram um mapa com África junto com continente americano e contaram uma história que começou há 128 milhões de anos. E falaram da separação dos continentes e da criação da camada pré-sal que foi crescendo a medida que continentes iam se afastando", contou o presidente.

FGV: alta de emprego e renda impulsiona otimismo do jovem brasileiro

O Brasil tem um povo e uma juventude extraordinários. É algo contagiante que estimula turistas do mundo inteiro e povos de outros países a nos colocar como  a terra prometida. Temos que estimular parte de nossa elite a se contagiar com esse otimismo para acelerar a distribuição de renda e a inclusão social.

Veja as notícias:

Pessoas de até 29 anos concentraram 93% dos novos empregos de 2007.

Jovem teve alta na renda e ganhou anos de estudo, mostra pesquisa.

Uma pesquisa de 2006, em que 132 países foram entrevistados pelo instituto Gallup sobre as perspectivas que tinham para o futuro,  mostrou o jovem brasileiro como o mais otimista do mundo. De acordo com estudo divulgado nesta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o tamanho da felicidade do jovem brasileiro está ligado a fatores econômicos, como o aumento do emprego e da renda. 

Na pesquisa Gallup, em uma escala de 0 a 10, o jovem brasileiro considerou suas perspectivas para o futuro com nota 8,24, a maior entre todas as nações pesquisadas.

No período analisado pela pesquisa (1992 a 2006), o economista-chefe do Centro de Políticas Sociais do Ibre, Marcelo Nery, argumenta que há duas realidades distintas. Até 2003, a renda ficou estagnada, aumentando 22,9% nos três anos seguintes. Nery lembra que, além disso, o país passou de uma fase de desemprego para uma de "apagão de mão-de-obra" - ou seja, superou a falta de vagas e passou a registrar escassez de profissionais.

Nos anos posteriores a 2006, Nery diz que o otimismo dos jovens foi confirmado. Em 2007, foram gerados 1,6 milhão de empregos com carteira assinada no Brasil, de acordo com dados do Ministério do Trabalho. Segundo a pesquisa da FGV, 93% dessas vagas foram para jovens de até 29 anos. Considerado o primeiro semestre de 2008, a alta do emprego formal foi de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Educação -- O levantamento mostra também que o jovem brasileiro também está ficando mais tempo na escola. Entre 1992 e 2006, houve alta de 3,1 anos de estudo para jovens entre 15 e 21 anos; para os com idade entre 22 e 29 anos, o crescimento foi de 2,5 anos; para as pessoas entre 30 e 39 anos, o avanço foi de 1,7 ano. Segundo o economista, a definição das políticas públicas no Brasil prioriza o estudo sobre o trabalho para pessoas com idade inferior à maioridade plena (21 anos).

O crescimento registrado pelos jovens de 15 a 21 anos em termos de educação triplica o avanço histórico por década no Brasil, de acordo com Nery. "Os jovens avançaram nos estudos três vezes mais do que a méida histórica. Agora, com o mercado aquecido, esta onda educacional propaga confiança no futuro", diz o economista, em texto de apresentação da pesquisa.

Indústria cresce acima do previsto -- Avanço em julho foi de 8,5% sobre igual mês de 2007; especialistas vêem desaceleração neste semestre. Até o fim do ano a atividade industrial deverá sofrer os efeitos da alta dos juros e da base alta de comparação do segundo semestre de 2007.

Impulsionada pela construção civil e pelos investimentos em alta, a produção industrial cresceu acima do previsto em julho. Na comparação com junho, houve aumento de 1%. Em relação a julho do ano passado, a expansão chegou a 8,5%.

Economistas ouvidos pela Folha esperavam avanço mais modesto no começo deste semestre, mas afirmam que até o fim do ano a atividade industrial ainda deverá sofrer os efeitos do aperto monetário promovido pelo Banco Central e da base alta de comparação -o segundo semestre de 2007 foi de forte expansão.

Para Silvio Sales, coordenador de Indústria do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os dados confirmam o perfil de expansão da indústria baseado em bens de capital (máquinas e equipamentos) e bens de consumo duráveis (móveis e eletrodomésticos), mas já sinalizam um crescimento maior dos bens intermediários (insumos industriais), que representam quase 60% do setor. No ano, a indústria acumula avanço de 6,6%.

Em julho, os bens de capital tiveram altas de 1,2% na comparação com junho e de 22,3% em relação a julho do ano passado. Para o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), a dianteira na produção de máquinas e equipamentos vai gerar a capacidade de produção adicional para acomodar, sem inflação, o crescimento da demanda.

Os bens intermediários cresceram 1,1% em relação a junho e 7,5% na comparação com julho do ano passado. "O próprio crescimento da indústria de bens finais impulsiona a produção de bens intermediários. Além disso, o maior crescimento da construção civil, o bom desempenho da exportação de commodities metálicas e a demanda do setor agrícola por insumos explicam essa expansão", disse Sales.

O crescimento da atividade industrial em julho também foi influenciado pelo efeito calendário, com um dia útil a mais. Mesmo assim, a produção de bens duráveis recuou 5,2% na comparação com junho, apesar de ainda registrar alta de 9,8% em relação a julho de 2007.

Segundo Sales, a indústria ainda segue imune aos efeitos da alta dos juros (estão em 13% ao ano), mas os bens duráveis podem ter sido afetados pela maior importação, principalmente de eletrodomésticos. No segundo trimestre, as importações haviam crescido 70%.

O crescimento maior do que o previsto não levou, por enquanto, à revisão de estimativas para o ano. "Esperamos pequena desaceleração da indústria do terceiro para o quarto trimestre. Comparando com o último aperto monetário, no entanto, desta vez a taxa de investimento é maior, a demanda tem se mantido estável com crescimento da formalização, o que leva a crer que os efeitos na atividade serão mais suaves", afirma Leonardo Mello de Carvalho, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado ao governo, que prevê alta de 5% a 6,2% para o setor neste ano.

País tem 9 mil presos com pena já cumprida

Na maior parte dos casos, soltura só não ocorreu porque os detentos não têm defensores que comuniquem ao juiz o término da pena. Sistema carcerário atual contrasta com as 2 decisões favoráveis obtidas por Daniel Dantas em menos de 48 horas junto ao Supremo.

As duas decisões favoráveis obtidas pelo banqueiro Daniel Dantas em menos de 48 horas junto à mais alta corte do país contrastam com a realidade do sistema carcerário brasileiro. Estima-se que até 9.000 pessoas estejam atrás das grades apesar de já terem cumprido pena condenatória.

Na maior parte dos casos, a soltura só não ocorreu ainda porque muitos não têm defensores que comuniquem ao juiz o cumprimento da pena.

Se forem levados em conta os que aguardam julgamento em prisão preventiva -a mesma modalidade imposta a Dantas-, o abismo é ainda maior.

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça estima que o país tenha hoje cerca de 133 mil pessoas em preventiva, ou seja, 30% da população carcerária.

Apesar de o tempo máximo da preventiva ser de 81 dias, não é raro encontrar presos há mais de dois anos, que dividem cela com condenados e não têm data de julgamento.

O banqueiro Dantas, investigado por uma movimentação ilegal de cerca de R$ 3 bilhões para fora do Brasil, foi preso duas vezes pela Justiça Federal em menos de dois dias. Em questão de horas, as ordens foram anuladas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes.

"Colarinho-preto"-- O deputado federal Domingos Dutra (PT-MA), que vistoriou, durante oito meses, 62 estabelecimentos penais em 18 Estados em nome da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Sistema Carcerário, diz que a situação do banqueiro contrasta com a realidade carcerária do país.

"Não encontramos nenhum colarinho-branco, só "colarinho-preto". Muitos jovens, pobres e negros. Ao contrário de Dantas, que tem uma carrada de advogados, são pessoas sem nenhuma assistência jurídica", diz Dutra. O número de defensores públicos é pequeno. Em São Paulo, por exemplo, cada profissional é responsável pela defesa de 5.478 presos.

Segundo Dutra, em alguns presídios, como no Rio de Janeiro e em Pernambuco, o controle de presos é feito de forma manual, com fichários de papel "empoeirados e impraticáveis", o que faz com que eles sejam "esquecidos lá dentro".

"Sem advogado, a pena é mais dura. Sem advogado e com um sistema de dados caótico, não existe progressão de regime. Há ainda os que dizem já terem cumprido pena, mas que não têm ninguém que verifique isso na Justiça", afirmou.

Para o advogado da Pastoral Carcerária, Pedro Yamaguchi Ferreira, a situação do sistema prisional seria menos injusta se o Judiciário aplicasse a mesma celeridade do caso Daniel Dantas ao preso pobre. "Temos dois irmãos presos preventivamente há mais de três anos, sob acusação de homicídio. E eles nem têm ainda data de júri. A Justiça deveria ter uma atuação similar para casos não midiáticos", afirma Ferreira.

Para o juiz federal Fausto Martin de Sanctis, que decretou as duas prisões de Dantas, a diferença de tratamento entre os réus é um reflexo do sentimento da própria sociedade.

"Não há uma consciência de reprovação acentuada com o crime de colarinho-branco. Um homicídio é visto como mais grave, apesar de o crime financeiro atingir muitas vezes milhares de pessoas e até o Estado. O bom é que essa situação está mudando, as pessoas estão cada vez mais conscientes."

"Vergonha" -- O presidente do Supremo e presidente do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Gilmar Mendes, afirma que o índice de 30% de prisões preventivas é "vergonhoso". Sobre a existência de dois pesos e duas medidas para ricos e pobres, diz que sempre defendeu a execução de mutirões carcerários para "dar uma resposta a essa questão".

Na semana passada, o presídio Plácido de Sá Carvalho, em Bangu (RJ), passou pelo primeiro mutirão do CNJ. Dos 258 casos analisados de presos que teriam direito a algum tipo de benefício, seis foram soltos por cumprimento de pena -o Tribunal de Justiça do Rio não revelou os nomes.

Airton Michels, diretor-geral do Depen, diz que também considera muito alto o número de prisões preventivas, mas entende que isso reflete a realidade do país, que é um dos campeões em violência urbana.

A juíza Nídea Sorsi, 38, da 2ª Vara de Execução Criminal do Estado de São Paulo, é responsável por cerca de 4.000 presas. Todo mês ele visita as penitenciárias. "Não tenho nenhuma presa que já tenha cumprido pena. Tenho prisões preventivas. E, para esses casos, aplico o princípio da razoabilidade. Tomo o cuidado de analisar a gravidade do crime. Dependendo do caso, mantenho a prisão.

Fila para a córnea chega a zero em SP e no litoral

A fila para o transplante de córneas na Grande São Paulo e no litoral chegou a "zero" na última segunda. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, foi a primeira vez na história que isso ocorreu em SP.

A melhora fez que o número de inscrições de pacientes na Central de Transplantes praticamente empatasse com o de cirurgias realizadas. Em agosto, 6,3 pacientes em média se inscreveram por dia, enquanto 6 transplantes foram feitos.

O técnico de laboratório Ivan Carlos de Mello, 38, foi um dos beneficiados. Ele conta que tinha ceratocone (afinamento progressivo da porção central da córnea) desde os 13 anos e que sua lente já não firmava em razão da deformação. Seu olho direito foi operado no hospital São Paulo 20 dias após sua inscrição. "Não tive a dor de cabeça da espera", diz. "Por ser SUS, até que estão de parabéns".

Luiz Augusto Pereira, coordenador da Central de Transplantes, coloca a parceria com o Banco de Olhos de Sorocaba, o maior do país, como fator primordial para o resultado.

"A secretaria passou a regular os transplantes em 2000, por meio da central. Antes ficava a cargo de cada banco de olhos de diferentes hospitais. O tempo de espera chegava a dois anos. Firmamos o acordo com o Banco de Olhos em 2005 e ele teve uma atuação grande em São Paulo, ajudando a diminuir a fila que era de 2.000 pessoas."

O banco de olhos foi alvo de polêmica em 2007 em razão de uma disputa sobre qual profissional poderia captar córneas para transplante -enfermeiros ou técnicos. Os trabalhos foram paralisados por 60 dias.

Balanço -- As três regiões em que a fila chegou a zero (capital, região metropolitana e litoral) são responsáveis por cerca de 50% das córneas captadas no Estado. Nesses locais, mais da metade dos procedimentos em agosto ocorreram menos de um mês após a inscrição, o que é considerado um período bom pelo presidente da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), Valter Duro Garcia.

"É o tempo para a realização de avaliações e para marcar o procedimento", afirma.

Diferentemente da capital, o interior enfrenta dificuldades. A região de Campinas e Sorocaba, por exemplo, tem 431 pessoas na fila de espera.

Com a demanda atendida na capital, a secretaria quer voltar recursos para suprir necessidades no interior. "Poderemos direcionar nossas córneas para outras regiões. Uma hora a fila vai acabar no Estado inteiro", diz Luiz Augusto Pereira.

Há um grande contraste no número de transplantes de córneas no Brasil. Enquanto em São Paulo é feita quase a metade dos procedimentos -foram 4.920 em 2007- em outras regiões o serviço é quase inexistente, como em Alagoas -onde houve dois transplantes.

Confederações patronais contestam Portaria sobre sindicalização

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ajuizaram Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4126) contra a Portaria nº 186 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que normatiza o registro sindical e as alterações estatutárias dos sindicatos. 



Segundo as duas entidades, a Portaria alterou a estrutura jurídica da organização sindical brasileira infringindo cinco artigos da Constituição Federal. Entre os princípios feridos estariam: da organização sindical, da unicidade sindical, do sistema confederativo de representação sindical e por categoria, da legalidade e da separação dos poderes. 

No texto da ADI 4126, a CNI reclama que deixará de representar a indústria brasileira no âmbito nacional para representar apenas as suas filiadas – já que a Portaria admite a existência de mais de uma confederação para o mesmo segmento. A confederação alerta para a possibilidade de pulverização sindical no segundo grau (de federações). “Cresce quase a números incontáveis considerando que são constituídas por cinco sindicatos e que estes podem ter por base apenas um município, sendo que os estados têm centenas de municípios”, adverte a CNI. 



As confederações defendem na ADI a permanência do modelo de sindicalização brasileiro definido pela Constituição. “Suas disposições não podem ser flexibilizadas por outras normas, pois essas só devem ser elaboradas para traduzir ou explicitar os comandos”, diz o texto, que tem pedido de liminar para suspender incisos de três artigos da Portaria nº 186. 

O relator da matéria será o ministro Carlos Alberto Menezes Direito, também responsável pela relatoria da ADI 4120, uma ação de conteúdo semelhante ajuizada no dia 18 de agosto por onze confederações de trabalhadores. Essa ação já tem previsão de rito abreviado (tramitação mais rápida) e, neste momento, aguarda informações pedidas por Menezes Direito ao MTE. 



As entidades argumentam na primeira ADI que o ministro do Trabalho extrapolou sua atribuição uma vez que a Portaria editada teria características de lei. Os autores argumentam que o ministério criou uma nova lei e por isso usurpou a competência do Congresso Nacional de legislar. Eles avaliam, dentro das atribuições dos ministros do Executivo, que foi extrapolada a competência de expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos, prevista no artigo 87 da Constituição.

 

 

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Nos manter atentos ao desenvolvimento econômico e checar sempre os ganhos dos trabalhadores

Cesta básica cai e atropela o Copom
(Postado por Marcos Afonso de Oliveira) -- Os preços resolveram cair mais do que o Copom desejava para justificar a alta de juros. É um bom sinal e mostra que não é apenas a política monetarista que decide o controle da inflação. Nestes momentos de juros altos, o país parece que busca lá no fundo todas as suas qualificações de produtividade, de resistência ao aumento de preços e de ajuste dos próprios agentes econômicos à necessidade de se manter a inflação baixa. Vamos acompanhar, agora, a reação do Copom e ver se cai a taxa de juros, em vez dos 0,75% como dito e anunciado.
Leia a notícia: Preço recua em 15 de 16 capitais pesquisadas, no momento em que se discute necessidade de manter alta do juro.
Depois de acumular altas consecutivas desde o fim do ano passado, o preço dos alimentos de primeira necessidade deu um alívio ao bolso do trabalhador brasileiro. Em agosto, o preço da cesta básica apresentou queda em 15 das 16 capitais pesquisadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A queda nos preços dos alimentos acontece num momento em que se discute a necessidade ou não de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manter a política de elevação das taxas de juros. Na próxima semana, o Copom voltará a se reunir. O objetivo do atual aperto monetário é esfriar a demanda, reduzindo o espaço para repasses de aumentos de custo para os preços, o que pressionaria ainda mais a inflação. Para alguns analistas, no entanto, o pior da inflação já teria passado.
"Foi a primeira vez desde fevereiro que o número de capitais com preços em queda supera o das cidades com altas", disse o economista José Maurício Soares, coordenador da pesquisa do Dieese. Naquele mês, 11 localidades haviam apresentado queda nos preços da cesta básica.
De acordo com o economista, a tendência de recuo nos preços de alimentos deve se manter nos próximos meses, seja por causa da queda nos cotações das matérias-primas (commodities) agrícolas no mercado internacional, seja por melhora nas condições climáticas e início da colheita de algumas culturas no País.
As retrações nos preços médios dos 13 gêneros alimentícios considerados de primeira necessidade superaram os 10% em quatro capitais: Recife (-10,77%), Natal (-10,73%), Fortaleza (-10,59%) e Rio de Janeiro (-10,56%). A única alta foi apurada em Goiânia, onde o custo da cesta apresentou ligeira variação de 1,15%.
Porto Alegre manteve o título de capital com a cesta básica mais cara, apesar de os gêneros alimentícios terem apresentado queda 6,99% no mês passado. Para comprar a cesta básica em agosto, o trabalhador gaúcho teve que desembolsar R$ 241,16, valor praticamente igual ao apurado em São Paulo (R$ 241,15). A cesta mais barata foi encontrada no Recife (R$ 176,09).
O recuo dos preços dos alimentos no mês passado representa um alívio para o orçamento dos trabalhadores, sobretudo os de renda mais baixa. Segundo o Dieese, em agosto o trabalhador que ganha o salário mínimo (R$ 415) gastou em média 110 horas e 12 minutos de trabalho para conseguir comprar a cesta básica. Em julho, precisava cumprir uma jornada de 117 horas e 8 minutos para adquirir os mesmos produtos. Descontada a contribuição previdenciária, a compra da cesta básica exigiu, no mês passado, o comprometimento de 54,45% do salário mínimo, ante 58,26% em julho. Há um ano, esse número correspondia a 47,74%.
Cesta básica recua até 11% em agosto, afirma Dieese -- Preço de alimentos cai em 15 das 16 capitais pesquisadas; em SP, baixa é de 4,35%.
Regularização das safras e desaceleração do preço das commodities agrícolas explicam queda; feijão e tomate são destaque de baixa
Os preços dos alimentos básicos recuaram em 15 de 16 capitais brasileiras no mês de agosto, segundo pesquisa realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos).
As maiores quedas se deram em Recife (-10,77%), em Natal (-10,73%) e em Fortaleza (-10,59%). Em São Paulo, a baixa foi de 4,35%, mas o custo da cesta de gêneros alimentícios essenciais na cidade é o segundo maior, de R$ 241,15. A única cidade a registrar elevação foi Goiânia (1,15%).
"A alta generalizada dos itens observada pelo menos desde novembro último foi interrompida", diz José Maurício Soares, coordenador da pesquisa de cesta básica do Dieese.
A queda se explica pela regularização das safras e pela desaceleração do preço das commodities agrícolas no mercado internacional. O feijão, por exemplo, caiu em 15 localidades -a maior baixa foi de 17,07%, em Recife. "No ano passado, esse produto sofreu com uma seca muito forte. Além disso, não havia estoque suficiente para suprir o consumo e a cotação do petróleo disparou, encarecendo os fertilizantes", diz Soares. "Mas os preços do feijão não recuaram o bastante, ainda. Têm espaço para voltar."
A queda do tomate também foi destaque no mês passado.
Em Natal, chegou a 60%; em Vitória, a 55,56%; e, no Rio, a 53,48%. Mesmo assim, os preços continuam elevados: no período de um ano encerrado em agosto, o produto acumula alta de 40,74% no Rio Grande do Norte. "Apesar de não ter faltado tomate, o preço estava exagerado, daí as pronunciadas baixas no mês passado."
Todas as capitais viram o óleo de soja recuar também.
Em 11 delas, a carne e o arroz caíram. Já o leite, que está na entressafra, avançou em sete cidades.
Na avaliação de Soares, os preços tendem a seguir em queda até o final do ano. "O tempo está melhor do que em 2007, o que melhora a capacidade de produção."

Fim de discriminação a doméstico tem apoio
Estava na hora do reconhecimento pleno dos direitos dos trabalhadores domésticos. Que para muitos, exercem a tripla jornada. Pois quando chegam em casa têm que cuidar de suas residências. Queremos e apoiamos os direitos dos trabalhadores domésticos, na sua mais absoluta plenitude.
Veja as notícias:
Deputados do governo e da oposição manifestam apoio à intenção do governo de enviar projeto equiparando direitos.
Projeto daria à maior categoria do país, discriminada pela Constituição de 1988, direitos como hora extra e adicional noturno
Congressistas disseram ontem apoiar a intenção do governo de acabar com a discriminação contra os trabalhadores domésticos, a maior categoria profissional do país.
Deputados tanto da base quanto da oposição afirmaram que discutirão o assunto o mais rápido possível assim que uma PEC (proposta de emenda constitucional) chegue à Casa.
A idéia do governo é que o doméstico tenha direito a jornada de trabalho estabelecida em lei, hora extra, adicional noturno, salário-família e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) obrigatório -desde 2000, esse benefício é opcional.
Alguns setores da oposição, no entanto, acusam o governo de começar a discutir o assunto agora devido às eleições de outubro. "Essa é mais uma jogada eleitoral do governo, mas ninguém vai ficar contra o trabalhador aqui no Congresso. Pode mandar [a PEC] que votamos com urgência", disse o vice-líder do DEM na Câmara, José Carlos Aleluia (BA).
O líder tucano, José Aníbal (SP), também concorda com a proposta, mas ressalta aumentos dos encargos profissionais que ela deve causar ao ser aprovada. "Temos que aprimorar essa questão, e acho que é uma boa hora para isso. Temos que contemplar essa categoria tão especial, mas também discutir tudo muito bem quando chegar aqui para não diminuir o número de contratações", disse. A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), faz a mesma ressalva. Segundo ela, a relação de trabalho dos domésticos é peculiar e precisa ser muito bem discutida. Já o líder do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE), disse que as críticas da oposição sobre o momento "eleitoreiro" são apenas para "desmerecer as boas propostas do governo".
"Estamos em um momento em que a renda da sociedade está crescendo, por isso é justo que eles [domésticos] tenham um reconhecimento tão merecido", disse Rands.
Segundo reportagem da Folha no domingo, o governo federal prepara uma PEC que permitirá a equiparação dos direitos de 6,8 milhões de empregados domésticos do país -segundo o IBGE- com os dos demais trabalhadores.
Além dos 6,8 milhões de empregados domésticos que trabalham por mês, há 2,3 milhões de horistas, caso das faxineiras ou das diaristas. Somados, são 9,1 milhões de trabalhadores ou 5% da população brasileira.
Cinco ministérios (Trabalho, Previdência Social, Casa Civil, Fazenda e Planejamento) trabalham juntos na mudança na legislação, que deve chegar ao Congresso até o fim do ano. Para ser aprovado, o texto precisará ser aprovado em primeiro e em segundo turnos na Câmara dos Deputados e depois no Senado Federal.




VAREJO -- FATURAMENTO DO COMÉRCIO CRESCE 3,9% EM JULHO
O faturamento do varejo na região metropolitana de São Paulo em julho teve alta de 3,9% em relação ao mesmo mês de 2007, segundo dados da Fecomercio. Já no acumulado do ano até julho, as vendas cresceram 5,3% sobre igual intervalo do ano passado. A entidade atribui o resultado ao aumento da renda e do crédito.

Brasil bate recorde de importação de trabalhadores
É um bom sinal que confirma o crescimento consistente da nossa economia. E um alerta para que invistamos aceleradamente na qualificação profissional, indo além do lado acadêmico e apoiando cursos técnicos e profissionalizantes. E quem sabe, voltar a atrair os trabalhadores brasileiros qualificados que nas épocas de crise exportamos para o Exterior.
Veja o texto:
Ingresso é maior desde que governo começou a compilar dados, há 5 anos.
No primeiro semestre de 2008, número dobrou em relação a 2004.
O número de estrangeiros que vieram trabalhar no Brasil no primeiro semestre de 2008 é o maior em cinco anos, segundo dados do Ministério do Trabalho.
No primeiro semestre do ano, o número de autorizações chegou a 18,2 mil – um crescimento superior a 45% em relação a igual período do ano passado –, entre permissões temporárias e permanentes.
De acordo com especialistas em recursos humanos e em economia, o movimento reflete o crescimento da economia brasileira e pode trazer novos benefícios ao país.
Os dados do Ministério do Trabalho se restringem a um período relativamente curto, de cinco anos. Mas, considerados os números do primeiro semestre de cada ano, desde o início da série histórica, o total de estrangeiros que veio trabalhar no Brasil quase dobrou. Passou de 9,3 mil, em 2004, para 18,2 mil, em 2008.