quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ainda sobrevivemos com uma das maiores taxas de juros do mundo, para euforia dos banqueiros e desespero de quem aposta na produção e no emprego

Brasil, com taxa Selic a 8,75%, ainda é o paraíso fiscal dos agiotas

(Postado por Moacyr Pereira) A taxa Selic nos 8,75%, descontada a inflação, ainda gera um juro real próximos dos 5%, um dos maiores do mundo nestes tempos de crise financeira mundial. Mesmo assim, os juros cobrados dos consumidores, correntistas, classe média, trabalhadores com dívidas no cheque especial ou no cartão de crédito, são os mais extorsivos do planeta. Aqui, no Brasil, vivemos no paraíso fiscal dos agiotas. E enquanto o governo federal não assumir de que lado está e adotar políticas claras para proteger a renda dos brasileiros que trabalham e que geram renda, vamos continuar alimentando banqueiros a caviar enquanto o povo trabalhador vive na batalha diária para a sobrevivência, tendo que batalhar para conseguir sustentar a família, manter os alugueis em dia e até mesmo os gastos com supermercado. Estamos sendo sangrados pelo sistema financeiro. É hora de o governo agir. O partido ou partidos que assumir essa bandeira para as próximas eleições terá, com certeza, toda a atenção da Nação brasileira. Mas tem que ser um discurso comprometido com a prática. Pois o que vemos até hoje é todos os governos se submetendo aos interesses dos banqueiros e agiotas de plantão. E ainda chamam esse sistema de capitalismo.

Leia mais: Os juros cobrados do consumidor e das empresas têm recuado desde que o Banco Central começou a cortar a taxa básica, em janeiro último, mas não no mesmo ritmo da Selic. Entretanto, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a tendência é que caiam mais rapidamente nos próximos meses, mesmo que o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) pare de reduzir o valor de referência.
"No início deste ano, pesou muito a questão conjuntural. Diante da crise, as instituições financeiras reagiram às incertezas sobre o cenário diminuindo a oferta de crédito, o que significou aumento dos "spreads" [diferença entre a taxa com que os bancos captam recursos e aquela aplicada na concessão de financiamentos]. De lá pra cá, o panorama foi melhorando e, com isso, os juros passaram a recuar. Provavelmente, continuarão caindo com mais força", diz Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febraban.
Desde que o BC deu início a um novo ciclo de cortes da Selic, os principais bancos brasileiros passaram a anunciar reduções nas taxas praticadas por eles no mesmo dia em que acaba a reunião do Copom.
Há alguns meses, os comunicados a respeito dessas medidas eram enviados por e-mail à imprensa algumas horas após o anúncio da decisão do comitê.
Logo, passaram a chegar apenas minutos depois. Desta vez, a Caixa Econômica Federal e a Nossa Caixa anteciparam-se e informaram já anteontem a diminuições dos seus juros. Ontem, foram seguidas por HSBC, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander.
Otimismo — Em junho, a taxa média para pessoa física, considerando todas as modalidades de financiamento, estava em 7,26% ao mês. Para as empresas, em 4,12% mensais, de acordo com levantamento da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Esses juros, em queda pelo quinto mês consecutivo, retornavam aos níveis de abril de 2008, quando a crise ainda não havia se agravado.
Na opinião de especialistas, as condições para empréstimos tendem a melhorar, inclusive no que diz respeito aos prazos. (Leia mais na Folha)

Brasil é o 4º destino para investir, diz ONU

À frente do país estão China, Estados Unidos e Índia; a Rússia, outro membro do Bric, é o quinto, revela pesquisa da Unctad.
Brasil melhorou de posição (era o quinto) em relação à sondagem de 2008 entre as economias mais atraentes para investimento externo.
Os quatro países emergentes que formam o Bric -Brasil, Rússia, China e Índia- estão entre os cinco destinos mais atraentes para o investimento estrangeiro nos próximos anos, mas a retomada dos fluxos globais só deve se consolidar a partir de 2011. Essas são algumas das conclusões da pesquisa anual de investimento da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), que consultou as maiores multinacionais do planeta sobre seus planos no exterior a médio prazo.
O Brasil melhorou de posição em relação à sondagem de 2008, ao superar a Rússia e passar da quinta para a quarta colocação entre as economias mais atraentes para investimentos externos. China, Estados Unidos e Índia, nessa ordem, lideram o ranking.
A pesquisa foi feita sob o pano de fundo de uma drástica redução nos investimentos globais no começo do ano.
Comparando com o mesmo período de 2008, no primeiro trimestre o fluxo de investimento estrangeiro direto caiu 54%, enquanto o montante de fusões e aquisições teve queda de 77%, afirma a Unctad.
"A má notícia é que, diante do impacto negativo da crise econômica e financeira e das grandes incertezas sobre sua evolução no curto prazo, grandes multinacionais de todo o mundo decidiram reduzir seus investimentos estrangeiros em 2009", disse James Zhan, diretor de investimento da Unctad. (Leia mais na Folha)

Taxa de desemprego cai para 8,1% em junho, diz IBGE

A taxa de desemprego caiu de 8,8% em maio para 8,1% em junho deste ano em seis regiões metropolitanas pesquisadas e manteve-se praticamente estável em relação a igual mês de 2008 (7,9%), informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a desocupação caiu ao menor patamar desde dezembro do ano passado, quando a taxa foi a menor da série histórica (6,8%).

De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), o contingente de desocupados (1,9 milhão) recuou 8,3% na comparação com o mês anterior e manteve-se estável no confronto com junho de 2008. A população ocupada (21,1 milhões) registrou elevação de 0,8% frente a maio último e manteve-se estável em relação a igual mês do ano passado.

Regionalmente, houve queda de 12,5% no contingente de desocupados em relação ao mês anterior, em São Paulo. Na comparação com junho de 2008, foi observado aumento na Região Metropolitana de Recife (24,7%). São Paulo, por ter um peso de 40% na taxa de desocupação, ajuda a explicar o comportamento do mercado de trabalho em junho. (Leia mais em O Globo)

Ipea: volta de investimento só com juro baixo, avalia Marcio Pochmann

A continuidade do movimento de queda da taxa básica de juros é absolutamente necessária para que os empresários retomem os investimentos no País.

A avaliação é do presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, que não revelou, no entanto, qual nível considera adequado para que a Selic represente um estímulo para os investimentos produtivos.

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa básica de juros do Brasil começou na terça (21) e terminou nesta quarta-feira (22).

"Do ponto de vista de médio a longo prazo, seria absolutamente necessário que o Brasil considerasse o impacto que tem os juros sobre as decisões de investimento. O Brasil, praticamente de 2004 para cá, constituiu um ciclo de expansão sustentado nos investimentos que foi o maior desde os anos 1970, desde o milagre econômico", afirmou Pochmann.

"Se há um sinal de recuperação econômica, certamente há melhora no cenário de decisões de investimento a longo prazo se cai a taxa de juros", afirmou o economista.

O presidente do Ipea destacou que a redução dos juros poderia garantir uma folga fiscal para setores econômicos não beneficiados pelas medidas tributárias anunciadas desde o início da crise. (Fonte: Monitor Mercantil)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Estamos indignados com desenvoltura dos banqueiros brasileiros em agir contra os interesses do País

Empréstimo ao consumidor terá prazo menor e juros mais altos

(Postado por Chiquinho Pereira) Esta notícia mostra que, infelizmente, os governos no Brasil continuam atrelados e submissos aos interesses dos banqueiros. Que sempre ganham. Na crise ou fora dela. E quando sofrem alguma ameaça de perda, lá estão os cofres públicos prontos para socorrê-los. Falta no Brasil uma alta dose de indignação com esse conluio entre banqueiros e governos. Os agiotas oficiais anunciam sem o menor constrangimento que vão reduzir prazos, aumentar juros, sem que o governo se manifeste. Usam e abusam da vinculação que têm (através de anúncios muito bem pagos) com a imprensa que apenas anuncia os verdadeiros ataques à economia popular, sem nenhuma dose de indiganção. Tudo orquestrado para que o sistema bancário continue ganhando em detrimento de seus correntistas, de seus trabalhadores e, principalmente, em detrimento dos cidadãos brasileiros. Há que se buscar um Estado mais inclusivo, que respeite e defenda os interesses da grande maioria da sociedade, incluindo aí a classe média, os trabalhadores na cidade e no campo, para criar uma resistência mínima que seja a tanta desenvoltura destes banqueiros-agiotas para ganhar de qualquer maneira às custas do povo brasileiro. Os trabalhadores, mesmo não tendo acesso aos empréstimos de agiotas oferecidos pelo sistema bancário, acabam pagando a conta com seus próprios empregos. Pois enquanto estes verdadeiros sangue-sugas da nossa economia, canalizam para eles e seus aliados grande parte da riqueza nacional, na outra ponta prejudicam os investimentos na produção, no financiamento dos serviços e na geração de crédito ao consumidor, geram reflexos diretos na geração de novos empregos. Ou seja, deixam o prejuízo para a classe trabalhadora. Mas a União Geral dos Trabalhadores está atenta e indignada. E trabalha a favor do Brasil, dos brasileiros, da inclusão social e deixa sempre clara sua indignação.

Leia mais: Segundo Anefac, não falta dinheiro, mas bancos temem impacto da crise no emprego e na renda.

O primeiro impacto da crise internacional para o consumidor brasileiro será o maior rigor dos bancos na concessão do crédito. Embora a expectativa de crescimento dos empréstimos continue em alta - pelo menos até dezembro -, as condições devem ficar menos favoráveis, com prazos mais curtos e juros maiores. "Empréstimos de 80 e 90 meses terão as parcelas reduzidas para entre 48 e 60 meses", diz o vice-presidente do Bradesco, Norberto Barbedo.

Ele explica que, nesse segmento, o principal fator de preocupação está associado à evolução de emprego e renda, que impacta diretamente os índices de inadimplência. O problema dos bancos, neste momento, não é falta de dinheiro para emprestar aos consumidores, mas a incerteza do que virá, destaca o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira.

Segundo o executivo, do ponto de vista de capitalização, as instituições brasileiras estão muito bem e não teriam motivo para reduzir a oferta de crédito. "A maior preocupação é que toda essa turbulência afete a economia interna e mexa nos dois pilares de crescimento do crédito (emprego e renda), elevando o calote. Por isso, os bancos serão mais cautelosos e seletivos. Ninguém vai querer fazer um financiamento muito longo e correr o risco de ter prejuízo."

Nos últimos anos, a taxa de crescimento do crédito para pessoa física tem superado a casa de 30% ao ano e sustentado a forte expansão da economia interna. O movimento contribuiu para que o volume de crédito no País atingisse o recorde de 37% do Produto Interno Bruto (PIB) em julho deste ano, fato que contribuiu para o Banco Central (BC) manter o ciclo de aperto monetário.

A alta da taxa básica de juros (Selic), que está em 13,75% ao ano, vinha encarecendo o crédito ao consumidor desde abril, quando a taxa estava em 12,25%. "Isso ajudou a amainar aquele ritmo frenético de crescimento de 2006 e 2007. O mercado continuará a crescer, mas de uma forma mais sustentável e saudável", destaca o presidente da Partner Consultoria, Álvaro Musa.

Hoje, com o agravamento da crise internacional, o custo dos empréstimos deve ficar mais salgado. Com o fechamento do mercado de capital externo e doméstico, as empresas vão recorrer mais ao sistema financeiro nacional para se financiar. Isso significa aumento de demanda e, conseqüentemente, de preços.

No primeiro semestre, os empréstimos para grandes companhias cresceram 30% em comparação com 2007 por causa das dificuldades de fazer captações no exterior. "Apesar das restrições, o cliente pessoa física tende a sofrer menos que empresas neste momento de maior turbulência no mercado internacional", diz Barbedo. (Leia mais no Estadão)

Indústria e comércio começam a rever planos para fim do ano

Uma notícia que chega pela metade. Onde estão as previsões de geração de emprego até o fim do ano? Enquanto não estiver na mesma notícia a geração de emprego e as consequências para o aumento do nível de consumo, por exemplo, significa que algo está faltando na notícia. Talvez falte mesmo é boa fé. Mas do lado da UGT o que não nos falta é atenção para estas manipulações cada vez mais primárias. Pois emprego é o que nos interessa.

Leia mais: Mesmo com a crise global afetando o crédito, analistas falam em crescimento de 6% das vendas em dezembro

Embalados pela expansão do mercado doméstico, vários setores da economia já vêem necessidade de ajustar os planos para enfrentar as conseqüências da crise financeira internacional. Indústria e comércio estudam a revisão de pedidos para o fim do ano, de um lado preocupados com a alta do dólar e de outro com a possibilidade de redução das encomendas.

Isso porque o crédito ao consumidor deve ficar mais escasso, com prazos mais curtos e juros maiores. No setor imobiliário, a turbulência não deve comprometer as operações, já que as principais fontes de crédito são internas, mas a alta dos juros pode produzir reflexos no futuro.

No front do agronegócio, além da possível redução na demanda mundial por alimentos, analistas acreditam que o financiamento privado para o plantio das lavouras em 2009 se tornará mais criterioso, trazendo mais dificuldades aos produtores.

A possibilidade de aperto no crédito ao consumidor preocupa o varejo, mas, apesar das incertezas, a crise internacional não deve estragar a festa de fim de ano, na visão de empresários do comércio e da indústria e de economistas.

A expectativa é de que o volume de vendas em dezembro cresça 6% ante igual período de 2007, calcula o diretor da RC Consultores, Fabio Silveira, com base na Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro de 2007, houve alta de 9,5% em relação a 2006.

Mas não há dúvida de que o crédito será afetado. Embora a expectativa de crescimento dos empréstimos bancários continue em alta - ao menos até dezembro -, as condições devem ficar menos favoráveis, com prazos mais curtos e juros maiores. "Empréstimos de 80 e 90 meses terão as parcelas reduzidas para 48 e 60 meses", diz o vice-presidente do Bradesco, Norberto Barbedo.

O problema dos bancos, neste momento, não é falta de dinheiro para emprestar aos consumidores, mas incerteza em relação ao futuro, destaca o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira.

"O aumento dos juros é algo que pode ocorrer com a crise", diz Luís Antonio França, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). A preocupação do setor imobiliário também é com o futuro. Segundo previsões da Abecip, os recursos da poupança - que hoje alimentam o crédito imobiliário, junto com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) - devem se esgotar em dois anos.

A dificuldade de crédito também deve tirar o sono dos proprietários agrícolas. Além de uma possível redução na demanda mundial por alimentos, como reflexo do desaquecimento da economia global, bancos e tradings terão mais dificuldades para captar recursos no exterior, o que tornará o repasse de dinheiro aos produtores brasileiros mais seletivo.

"Para a safra que está sendo plantada, a crise americana não piora o que já estava ruim", diz André Pessoa, sócio-diretor da Agroconsult.

"A safra deste ano está sendo plantada com recursos próprios dos produtores, que tiveram lucro no passado e resolveram investir. Mas não há certeza de lucro com a safra do ano que vem", comenta Pessoa. (Leia mais no Estadão)

Anúncio do aumento real da aposentadoria para quem ganha mais de um salário mínimo só deve sair em agosto

O anúncio do reajuste acima da inflação, no ano que vem, para os 8,5 milhões de aposentados que ganham mais que o salário-mínimo só deve sair no início de agosto. O aumento depende de negociações entre Governo, centrais sindicais e entidades da categoria. Em reunião no dia 14 de julho, o líder do Governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), e o ministro Luiz Dulci disseram que teriam a proposta no dia 3 de agosto.

Haveria acordo em conceder uma parte do crescimento do PIB de 2008, de 5,1%, aos aposentados. O crescimento da economia já é utilizado para reajustar o salário-mínimo.

Nas reuniões já realizadas, o Governo tem dito que gastaria R$ 7 bilhões no próximo ano, se desse o mesmo aumento do mínimo a todos os aposentados. Por isso, negocia para evitar a votação no Congresso do Projeto de Lei n 001/2007, do senador Paulo Paim (PT-RS), que estabelece essa relação.

Mas o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) diz que o Governo só dará aumento real aos aposentados se não houver nenhuma mudança no fator previdenciário. O relator do projeto que acaba com o redutor das aposentadorias, deputado Pepe Vargas (PT-RS), discorda.

- Posso assegurar que o aumento acima do INPC não está condicionado a perdas nas mudanças que estamos planejando no fator - diz o petista.

Outro ponto consensual da negociação seria a formação de uma mesa em 2010 para discutir valorização permanente das aposentadorias, como ocorreu com o salário-mínimo em 2006. (Leia mais em O Globo)

Em meio à crise, setor de serviços puxa criação de vagas formais

Em meio à crise mundial, o setor de serviços é o que está impulsionando o mercado de trabalho no Brasil. Nele, se deu o maior número de contratações no primeiro semestre deste ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, sustentando o saldo total de abertura de vagas no período, de 299.506. Dessas, 266.612 novas vagas foram nos serviços.

Os principais subsetores responsáveis pelas contratações foram ensino e alojamento e alimentação, aponta reportagem publicada na edição do GLOBO desta terça-feira das repórteres Danielle Nogueira, Erica Ribeiro e Fabiana Ribeiro.

Especialistas mostram que o movimento tem sido influenciado por um aumento no número de instituições de ensino e por expansão de negócios no setor hoteleiro, além do bom desempenho do setor de alojamento e alimentação.

Como tem menor exposição à crises externas e menor dependência de crédito, o setor de serviços reagiu melhor neste cenário de turbulência. Além disso, foi favorecido pelo aumento real da renda do trabalhador. (Leia mais em O Globo)

'Só quem passou fome sabe a dor de ver os filhos...'

Uma das três perguntas respondidas por Lula em sua coluna semanal "O Presidente Responde" publicada por mais de 120 jornais:

Rafael Pessotti Gallo, 25 anos, auxiliar de câmbio de São Paulo (SP) – O Bolsa Família aumenta os impostos para todos para beneficiar famílias. Tem gente fazendo mais filhos para aumentar o benefício. Porque você não dá a vara, ao invés do peixe? No futuro, as crianças estarão como os pais, prontas para receber o Bolsa Família. 

Rafael, o Bolsa Família também ensina a pescar, porque os beneficiados têm que comprovar os cuidados com a saúde e a freqüência escolar dos filhos. Além disso, temos um programa de capacitação nas áreas de construção civil e turismo, que é muito concorrido.

Mas também precisamos dar o peixe. Só quem passou fome sabe a dor de ver os filhos sem ter o que comer.

As pessoas precisam de condições mínimas para se desenvolver, para mudar de vida, para aprender, inclusive a pescar.

A sua afirmativa de que tem gente fazendo filhos para receber um benefício maior não procede.

Há um limite claro para o número de filhos. São, no máximo, três filhos até 15 anos e dois entre 16 e 17. Há ainda o teto de R$ 182,00 para famílias com renda mensal até R$ 69,00 por pessoa ou de R$ 120,00 para aquelas com renda mensal de até R$ 137,00 por pessoa.

É um programa modelo de inclusão. Hoje, são 11,6 milhões de famílias beneficiadas. Agora, elas podem comprar no comércio, aquecendo a economia local e gerando crescimento e empregos em favor de toda a sociedade. (Blog do Noblat)