sexta-feira, 11 de setembro de 2009

UGT promove encontro nacional de comunicação para ampliar integração entre as bases e para ocupar mais espaços nas mídias convencionais

Primeiro Encontro Nacional de Comunicação da UGT

(Postado por Marcos Afonso de Oliveira, Secretário de Comunicação da UGT) A União Geral dos Trabalhadores (UGT) vai realizar o 1o ENCONTRO NACIONAL DE COMUNICAÇÃO DA UGT na próxima segunda-feira, 14/09/09, no Hotel Braston (Rua Martins Fontes, 330/Centro). O evento tem como objetivo debater com as entidades filiadas a importância da comunicação no meio sindical, com sua base e com a própria UGT. “A comunicação no mundo sindical é imprescindível e acompanhar as novas tecnologias é de fundamental importância. A eficiência da comunicação das entidades filiadas com a categoria e com a UGT. A comunicação sindical também precisa ter mais espaço na mídia em geral”, nos orientou o companheiro Ricardo Patah, presidente da UGT.
Já temos mais de 200 companheiros e companheiras dos sindicatos e das assessorias destes sindicatos registrados para o evento. Nossa intenção é ao mesmo tempo buscar as estratégias que devemos adotar para que nossa as informações que reflitam o posicionamento social e político da UGT cheguem às bases e ao mesmo tempo, como captar e responder aos anseios e às preocupações do trabalhador de base. A UGT pela sua dimensão já tem consciência da dimensão da própria mídia. Mas precisamos avançar muito mais, especialmente, ocupando espaços nas mídias sociais (twitter, facebook, orkut etc) para interagir com o trabalhador e trabalhadora cada vez mais conectado, cada vez mais exigente sobre os encaminhamentos sociais e políticos que a central realiza, seja a nível municipal, estadual ou em Brasília.
Veja abaixo a programação e aguardamos todos os companheiros e companheiras que nos trarão além das idéias e sugestões, os seus ideais para otimizarmos a comunicação da UGT interna (com suas bases e sindicatos) e externamente, ao nos posicionar nos espaços disponíveis nas mídias convencionais ou nas mídias sociais.

PROGRAMAÇÃO:
9h00 Credenciamento
9h30 Abertura do Evento - Ricardo Patah, presidente da UGT
10h00 Assessoria de Comunicação da UGT
Marco Roza e Wagner Ortega
11h00 Heródoto Barbeiro -
Jornalista da rádio CBN/TV Cultura, Apresentador do programa Roda Viva, da TV Cultura/SP, articulista em jornais, revistas e internet, autor de livros na área de treinamento para empresas, jornalismo, história e religião e gerente dede Rádio-SP.
13h00 Almoço
14h00 João Franzin - Tema: Imprensa Sindical
15h00 Sérgio Gomes - Tema: Plano de Comunicar Ação: organizar a luta dos trabalhadores e preservar a dignidade do mandato.
16h00 Coffe-Break
16h15 Pollyana Ferrari - Tema: Mídia Digital
17h15 Sorteio de Notebook
17h30 Encerramento
jornalismo do Sistema Globo

Leia as notícias do dia:

Inadimplência cai 13% com ganho salarial e menor desemprego

Queda da taxa básica de juros e o aquecimento das vendas no comércio também influenciam resultado.

Uma série de fatores explica a queda da inadimplência verificada em agosto, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 10, pelo Indicador CNDL/SPC Brasil, realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes de Lojistas (CNDL) e pelo Serviço Nacional de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Entre as principais causas para a queda citadas pelo presidente do SPC Brasil, Roberto Alfeu Pena Gomes, estão a antecipação do pagamento do 13º salário, a restituição do imposto de renda, o aumento da massa salarial e a redução do desemprego. De acordo com o levantamento apresentado hoje, a inadimplência caiu 13,16% em agosto ante julho e recuou 1,38% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

"As classes C e D estão sendo empregadas, principalmente com o crescimento da construção civil. Sob este aspecto, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ajudou a dar dados positivos à nossa base", comentou Alfeu. Para ele, as classes C e D não necessariamente são as que apresentam maior nível de inadimplência, mas são as que precisam de mais crédito. Apesar dessa avaliação, o perfil da inadimplência do levantamento revela que as maiores taxas estão concentradas nas faixas de valores mais baixas. Mais de metade das dívidas em atraso de pagamento está concentrada em valores de até R$ 100,00 (28,87%, de R$ 0,01 a R$ 50,00 e 23,69% de R$ 50,01 a R$ 100,00).

O presidente do SPC comentou que colaboram também para um cenário mais positivo a taxa básica de juros menor e o retorno das encomendas do comércio, que, segundo ele, já começou a recompor estoques. "Vemos uma volta dos pedidos de uma forma mais estudada do que no passado para evitarem as muitas liquidações vistas no ano passado, pois, com a crise, se aprende. "Além de todos os fatores citados, com certeza a redução do IPI para veículos e eletrodomésticos ajudou nesse processo de queda da inadimplência", pontuou.

Inadimplência deve seguir em queda em setembro -- Os dados apresentados hoje pelo indicador CNDL/SPC indicam que a taxa de inadimplência medida pelo Banco Central deve cair nos próximos meses, segundo o presidente do Serviço Nacional de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roberto Alfeu Pena Gomes. De acordo com a autoridade monetária, a inadimplência média no crédito livre subiu pelo oitavo mês consecutivo em julho. No mês em questão, a parcela dos empréstimos com atrasos superiores a 90 dias cresceu de 5,7% em junho para 5,9% em julho, o maior patamar da série histórica iniciada em 2000.

"A tendência é a de que a inadimplência medida pelo BC caia nos próximos meses, pois o nosso dado é muito dinâmico", argumentou o presidente do SPC Brasil. Pela metodologia do indicador CNDL/SPC, que leva em conta 150 milhões de Cadastro de Pessoas Físicas (CPFs), o consumidor pode ser classificado como inadimplente no dia seguinte ao não pagamento de sua dívida ou em um prazo de até cinco anos, dependendo do lojista que tem o dinheiro a receber.

Alfeu explicou, porém, que 30 dias é a média de tempo que o comerciante leva para registrar o nome do consumidor inadimplente ao SPC. Ele considerou que mais de 25% dos consumidores que ingressam no SPC como inadimplente retiram seu nome após 13 dias. "Em 30 dias, temos quase 50% das pessoas saindo do nosso banco de dados", disse. (Leia mais no Estadão)


Economistas preveem que crise fará PIB perder R$ 138 bi em 2009

Cada brasileiro deixará de ganhar R$ 791; cálculo compara previsões para o PIB desta semana com projeções de um ano atrás.

A economia brasileira deverá fechar este ano até R$ 138 bilhões menor do que era previsto pelo mercado antes da crise.
Esse cálculo, feito por economistas a pedido da BBC Brasil, tem como base as previsões de analistas de mercado contidas no boletim Focus desta semana e no de 12 de setembro de 2008, o último antes do agravamento da crise mundial.
Naquele relatório Focus, divulgado três dias antes da quebra do banco americano Lehman Brothers, os analistas consultados pelo Banco Central previam para 2009 crescimento de 3,6% e inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 4,99%.
O economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, calculou que, se essas previsões tivessem sido mantidas, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro teria passado dos R$ 2,889 trilhões de 2008 (conforme dados do IBGE) para R$ 3,143 trilhões em 2009.
No entanto, pelo cálculo de Borges, se forem confirmadas as projeções do boletim Focus divulgado na última terça-feira, de contração de 0,16% e IPCA de 4,30%, o PIB de 2009 será de R$ 3,005 trilhões.
Custo per capita -- De acordo com o economista-chefe da LCA, se essa perda de R$ 138 bilhões for dividida pela população do Brasil (191,7 milhões de pessoas), chega-se à conclusão de que cada brasileiro deixou de ganhar em média R$ 719 por causa da crise. (Leia mais no Estadão)


Economia acelera expansão no 3º trimestre

Segundo economistas, PIB vai subir cerca de 3% em relação ao período de abril a junho e retomar os níveis de antes da crise. Indicadores de produção industrial, venda de carros e consumo de energia reagem no 2º semestre; IBGE vai divulgar hoje PIB do 2º tri.
Indicadores de produção industrial, vendas no varejo, licenciamento de carros, consumo de energia elétrica e fluxo de veículos nas estradas mostram que o desempenho da economia no terceiro trimestre será melhor do que o de abril a junho deste ano e do que o de igual período de 2008.
Economistas e representantes de entidades da indústria e do comércio preveem que, de julho a setembro, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil deva subir cerca de 3% ante o trimestre anterior e 0,5% sobre igual período do ano passado.
O PIB do segundo trimestre deste ano vai ser divulgado hoje pelo IBGE. A expectativa é que o resultado seja positivo na comparação com o primeiro trimestre -algo entre 1,6% e 2%- e negativo em relação ao ano passado -a queda estimada é de 1% a 1,5%.
Se a previsão para o terceiro trimestre deste ano se confirmar, o ritmo da atividade da economia poderá voltar ao patamar em que estava até setembro do ano passado, mês que marcou o agravamento da crise financeira mundial.
A recuperação da produção industrial em julho na comparação com junho é citada como um dos principais indicadores de que o pior da crise já passou. "O setor industrial foi o que mais sofreu com a crise, principalmente as empresas exportadoras. A recuperação na produção, a partir de julho, a melhora na oferta de crédito, o bom desempenho do setor de serviços, o crescimento nas vendas do comércio e o aumento da confiança na economia mostram que o Brasil conseguiu driblar a crise", diz Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores.
"O que também estimula a economia neste trimestre são juros mais baixos, IPI reduzido para carros, material de construção e eletrodoméstico, além do aumento da renda do trabalhador", afirma Ariadne Vitoriano, analista da Tendências.
Demanda doméstica -- Apesar da retração econômica, a massa real de salários no país não caiu -de janeiro a julho deste ano subiu 4,81% ante igual período do ano passado. "A recuperação da economia veio da demanda doméstica. O consumidor voltou até a tomar crédito, um sintoma de que a economia está melhorando de fato", diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.
O ritmo de atividade das fábricas está subindo mês a mês desde fevereiro, apesar de ainda não ter alcançado o patamar de julho de 2008, segundo a Sondagem da Indústria de Transformação da FGV. (Leia mais na Folha)


Brasil usa mão de obra infantil em 11 setores, aponta relatório americano

Publicada em 10/09/2009 às 23h56m

O trabalho infantil atinge 11 setores da economia brasileira, como pecuária e calçados. Outros dois setores têm trabalho forçado, diz relatório divulgado pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, que lista nessa situação 122 produtos de 58 países, em situação de trabalho infantil ou análogo à escravidão, com o objetivo de "conscientizar consumidores e empresas americanos" para não comprarem esses itens.

Como mostra reportagem do Globo, publicada nesta sexta-feira, em número de ocorrências, o Brasil está empatado em terceiro lugar com Bangladesh, depois de Índia, com 19, e Mianmar, com 14. O relatório, no entanto, ressalta que o número de ocorrências não significa que esses países estejam em pior situação, e sim que admitem o problema e permitem a divulgação desses dados. São citados como países mais transparentes Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Filipinas, Índia, México, Quênia, Tanzânia, Turquia e Uganda. O Brasil é elogiado por combater o problema.

O relatório, porém, admite haver trabalho infantil e forçado nos EUA, lembrando que cinco fazendas de mirtilo foram processadas este ano por uso de crianças na lavoura.

Mas o governo brasileiro mostrou indignação. Para o Ministério das Relações Exteriores, faltam transparência e confiabilidade ao documento, que pode servir de pretexto para medidas protecionistas contra os países citados. (Leia mais em O Globo)


Bom comportamento traz recompensas para o Brasil, diz 'FT'

O bom comportamento do setor bancário no Brasil, além da sorte com as novas descobertas no campo do petróleo, traz altas esperanças para o Brasil, segundo reportagem publicada nesta quinta-feira no diário britânico Financial Times.

Em um caderno especial sobre "Os Novos Grandes", de apresentação para o Fórum Econômico Mundial na Ásia, a reportagem afirma que o Brasil "vem confundindo céticos que duvidaram de sua robustez econômica, com recente demonstração de vigorosa vida corporativa".

Segundo a reportagem, graças às boas políticas econômicas, e um pouco de sorte com o preço de exportação de commodities, o país, um dos últimos a entrar em recessão, será, provavelmente, um dos primeiros a sair.

O jornal ressalta que apesar de as descobertas do petróleo na camada pré-sal dominarem as manchetes, "é o setor financeiro que vai agir como arauto de uma ampla recuperação corporativa do Brasil".

O setor bancário brasileiro se manteve conservador nos últimos anos, regulamentado pelo Banco Central, e mesmo quando a recessão chegou, o governo conseguiu aprovar medidas para encorajar os bancos a emprestar mais.

"Já há sinais de um retorno à forma nos mercados de crédito brasileiros, que vinham crescendo a taxas de 25% a 30% antes da crise", afirma o jornal. "O retorno do crédito vai ajudar a lubrificar os gastos dos consumidores e impulsionar empresas de varejo no cenário mundial".

"Empresas como a de cosméticos Natura, e a Hypermarcas, de alimentos, produtos de limpeza, higiene e medicamentos devem acelerar os planos de expansão no exterior."

Segundo o FT, essas empresas vão se unir ao grupo de multinacionais brasileiras, que já atraem investimentos estrangeiros, como a Vale, a Petrobras e a Gerdau.

"O Brasil chega a desafiar os pessimistas que vêem o mercado de trabalho e a burocracia como inflexíveis e com potencial para prejudicar a recuperação", afirma a reportagem.

Mas, diz o FT, apesar das boas notícias, os próximos meses não serão de total tranqüilidade e algumas empresas, mais expostas à crise econômica, levarão mais tempo para se recuperar.

"Alguns setores foram prejudicados pelo excesso de confiança. O setor do açúcar e do etanol atraiu muito investimento e algumas empresas ficaram extremamente alavancadas. Isso se provou um legado terrível na queda da economia e algumas empresas agora enfrentam falência. Mas, mesmo neste setor há sinais de melhoras, com o preço do açúcar chegando ao patamar mais alto dos últimos 30 anos."

Para o FT, outro fator que pode atrapalhar a recuperação financeira são as eleições presidenciais, que devem causar incertezas no mercado, apesar de que o próximo presidente não deve alterar significativamente as políticas econômicas ou industriais.

"No passado, a economia brasileira e o setor corporativo eram afetados por todas as crises globais. Desta vez o Brasil está escapando relativamente ileso", afirma o FT. (Leia mais em O Globo)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Patrões divulgam dados não confiáveis de acordo com seus interesses imediatos e para manipular campanhas salariais

Comerciários de São Paulo em campanha salarial
enfrentam manipulação de informação da Fecomercio
Trouxe hoje duas notícias contraditórias produzidas por duas entidades patronais. Uma da indústria, a CNI, outra do comércio, a Fecomércio. Os dados repassados para a imprensa da CNI são positivos, quase otimistas. Os dados divulgados pela Fecomercio apontam para o pessimismo. No mesmo dia, no mesmo jornal “O Estado de São Paulo”. Além disso, no jornal “O Globo” lemos que “Consumo e serviços ainda vão puxar crescimento da economia no 2º trimestre”, com reportagem baseada em dados do IBGE. Não se trata de esquizofrenia da mídia, mas de manipulação patronal da Fecomercio, em tempos de campanha salarial.
A Fecomercio está sempre pessimista nestas épocas de negociação salarial. A entidade acaba se submetendo às pressões de setores atrasados do patronato e tenta a todo custo repassar para a sociedade que as coisas vão mal no comércio. Quando a própria indústria e o IBGE mostram o contrário. No mesmo dia e na mesma edição do jornal. As negociações salariais que o Sindicato dos Comerciários de São Paulo agora iniciam enfrentam todo tipo de artimanhas, armadilhas e informações mentirosas. Os patrões estão bem o ano inteiro, exceto nos meses de negociação salarial quando é legítimo o repasse de parte de seus lucros e a reposição da inflação com aumento real. Preferem criar informações tendenciosas para justificar o injustificável, ou seja, que não têm como repassar seus grandes e gordos ganhos. Mas estamos acostumados a travar batalhas em todos os níveis. E trazemos para a avaliação da UGT e para os comerciários de São Paulo essa atitude mesquinha da Fecomercio para nos manter ainda mais alertas e mobilizados na defesa de nossos interesses que são legítimos e que ajudariam, caso os patrões do comércio tivessem bom senso, a reforçar o consumo. Pois os repasses que chegam aos bolsos dos trabalhadores voltam para as lojas através de aumento de consumo. Criando um círculo virtuoso que se mostrou de suma importância neste último ano para ajudar, inclusive os empresários do comércio, a sobreviverem na crise financeira mundial. Mas, infelizmente, os empresários do comércio que circulam ao redor da Fecomércio preferem a miopia social, a estreiteza do discurso, as desculpas que se apóiam em informações no mínimo tendenciosas. Essas atitudes por trás da divulgação das informações é que tornam imprecisos os dados repassados. É por isso que não dá para confiar em informações divulgadas por entidades patronais. Quando apontam cenários positivos é porque estão atrás de empréstimos bancários. Quando divulgam dados negativos é porque estão em campanha salarial. Mas os comerciários do Brasil todo, assim como a classe trabalhadora brasileira está acostumada a enfrentar com a verdade de nosso comprometimento a favor do Brasil a escalada de manipulações patronais.


Por favor, leiam as notícias abaixo e vejam a contradição entre a CNI e a Fecomercio e os dados positivos do IBGE para o comércio:

Vendas reais da indústria crescem 3,2% em julho, divulga CNI
Em relação a julho de 2008, as vendas tiveram queda de 9,2%; faturamento real registra queda de 8,2% no ano.
As vendas reais da indústria de transformação cresceram 3,2% em julho, na comparação com o mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 9, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com ajuste sazonal, o faturamento real da indústria cresceu 0,4% na comparação de julho, ante junho. Em relação a julho de 2008, as vendas tiveram queda de 9,2%. Os dados da CNI revelam ainda que no período de janeiro a julho deste ano, o faturamento teve queda de 8,2%, ante igual período de 2008.
A utilização da capacidade instalada subiu em julho para 80,5%, de 79,7% em junho. Em julho de 2008, esse porcentual era de 83,8%. Pelo critério dessazonalizado, a utilização da capacidade instalada atingiu 79,9% em julho, ante 79,4% em junho e 83,2% em julho de 2008.
Horas trabalhadas crescem 2,8% -- As horas trabalhadas na indústria de transformação subiram 2,8% em julho ante junho. Pelo critério dessazonalizado, as horas trabalhadas cresceram 0,1%, na mesma base de comparação. Em relação a julho de 2008, as horas trabalhadas tiveram queda de 9,5% em julho deste ano. No acumulado de 2009 até julho, as horas trabalhadas recuaram 8,6% ante igual período do ano passado.
Emprego sobe 0,2% -- O emprego na indústria subiu 0,2% em julho ante junho, interrompendo oito meses seguidos de queda. Pelo critério dessazonalizado, o emprego na indústria ficou estável em julho ante mês anterior. Em relação a julho de 2008, o nível de emprego na indústria caiu 5% em julho de 2009. No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, o emprego caiu 3,1%, em relação ao mesmo período do ano passado.
A massa salarial real subiu 3,7% em julho ante junho, mas caiu 1,3% na comparação com julho de 2008. De janeiro a julho de 2009, a massa salarial caiu 1,6% ante igual período de 2008. (Leia mais no Estadão)

Economistas retomam pessimismo com a crise, diz Fecomercio
Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia caiu para 98,2 pontos, revelando cautela dos especialistas.
Os impactos causados pela crise financeira mundial persistem na economia brasileira. Essa é a opinião de cerca de cem economistas entrevistados pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) para a formulação do Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia (ISE), calculado em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB). O indicador, que vinha em trajetória de alta desde dezembro, teve em agosto queda de 6,8% em relação a julho e retornou ao nível de pessimismo, passando de 105,4 pontos para 98,2 pontos. O índice tem escala de 0 a 200 pontos, indicando pessimismo abaixo de 100 e otimismo acima desse nível.
Na avaliação de especialistas da Fecomercio-SP, os economistas têm se mostrado mais cautelosos em relação ao futuro da economia nacional. "Sinais da crise ainda são presentes em indicadores econômicos, como a alta na inadimplência e na emissão de cheques sem fundos", aponta o economista Guilherme Dietze. "A lentidão da melhora no cenário econômico ainda desperta receio em alguns analistas."
O indicador da Fecomercio-SP é composto por dois subíndices: o que mede o sentimento dos entrevistados em relação ao presente e o que diagnostica as expectativas para o futuro. Em agosto, o pessimismo dos economistas foi puxado pela avaliação de longo prazo, que teve queda de 13,6% ante julho, apesar de ainda se manter positiva (109,2 pontos). Em contrapartida, a percepção em relação ao cenário atual teve alta de 3,4% sobre julho, embora o índice esteja desde o agravamento da crise, em setembro de 2008, em terreno negativo: na faixa dos 70 a 90 pontos.
Dos nove itens analisados pelo ISE, três contribuíram para a queda do indicador geral: gastos públicos, com redução de 70% (para 10,1 pontos); taxa de inflação, com queda de 20,5%, (para 83,8 pontos); e taxa de juro, com redução de 28,5% (para 56,4 pontos). De acordo com Dietze, a queda desses três itens é atribuída ao sentimento dos economistas de que em 2010 haverá alta dos preços. "Os especialistas temem pressões advindas da política de estímulo ao consumo adotada pelo governo federal e da melhora na oferta de renda e emprego", aponta.
Dietze ainda ressalta que os preços devem ser pressionados pelo aumento dos gastos públicos em ano eleitoral. Segundo ele, a ameaça de inflação deve fazer com que o Banco Central aumente a taxa básica de juros, atualmente em 8,75% ao ano. "Com esses fatores, os economistas já creem que, no próximo ano, o Banco Central deverá elevar a taxa de juros para conter as pressões de preços", destaca Dietze. (Leia mais no Estadão)

Consumo e serviços ainda vão puxar crescimento da economia no 2º trimestre
Depois da recessão técnica que o país viveu desde o agravamento da crise financeira mundial, com a economia em retração entre outubro de 2008 e março deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) saiu do fundo do poço no trimestre passado. Mas, segundo estimativas, numa reação insuficiente para evitar que a economia fique estagnada este ano. As projeções são de que o PIB varie entre -0,2% e 1% em 2009. O IBGE deve anunciar na sexta-feira que a economia brasileira cresceu de 1,6% a 2% de abril a junho, segundo projeções de economistas e do governo.
No segundo trimestre, o consumo das famílias e o setor de serviços devem ter puxado a economia, papel que já desempenharam de janeiro a março, quando impediram um tombo maior do PIB. E a indústria, que ainda não deve se recuperar este ano, também deve aparecer com sinal positivo na sexta-feira.
Para o economista-chefe da Convenção Corretora, Fernando Monteiro, no segundo trimestre a economia já deve ter reduzido bem os estoques, o que indica a indústria produzindo mais:
- Já houve queda dos estoques no primeiro trimestre. Esperamos que esse recuo seja bem maior no segundo. O resto do mundo está crescendo formando estoques. No Brasil, há expansão com desova de estoques. Enquanto lá fora o mercado interno é o problema, no Brasil é a solução.
Esse movimento deve fazer a indústria acelerar o ritmo. Com menos estoques para repassar ao comércio, a indústria precisará produzir mais para atender à demanda. E isso já está aparecendo. Em julho, o setor cresceu 2,2%. No primeiro semestre, a média ficara em 1,3%:
- Mesmo assim, a indústria só em 2011 voltará a ter o peso que tinha na economia antes da crise - diz Monteiro. (Leia mais em O Globo)

"Spread" no Brasil só perde para Zimbábue, diz estudo
Diferença entre os juros captados e os cobrados pelos bancos é maior que a de 127 países. Para analista, tendência é que, com a estabilização da economia, "spread" fique menor no curto prazo, mas superior à média global
O "spread" (a diferença entre o que as instituições pagam para captar recursos e o que cobram dos clientes) aplicado pelos bancos no Brasil é o segundo maior do mundo, ficando apenas atrás do Zimbábue, apesar de a taxa de inadimplência no país não estar nem entre as dez maiores do planeta.Segundo levantamento do Fórum Econômico Mundial com base em dados do ano passado, o "spread" dos bancos brasileiros ficou em 35,6 pontos percentuais, maior do que a média das instituições financeiras de 127 países.Somente o Zimbábue, cuja economia vive situação caótica e onde a inflação chegou na casa dos 231 milhões por cento em julho do ano passado, a diferença entre os juros captados e os cobrados foi maior: 457,5 pontos percentuais.O cenário do estudo atual é similar ao do levantamento anterior -que analisava a situação em 2007-, mas, na ocasião, o "spread" brasileiro era um pouco menor: 33,1 pontos percentuais. "Spreads" altos significam custos maiores para empresas e consumidores pegarem empréstimos.Ao mesmo tempo, a inadimplência no Brasil, que é uma das explicações usadas pelos bancos para justificar os juros altos, era a 16ª mais alta do mundo (em uma lista menos abrangente, com 34 países), de acordo com dados do FMI referentes ao quarto trimestre de 2008 -quando a crise global estava em um dos seus momentos mais agudos. Os números do Fundo mostram ainda que a taxa de inadimplência no país vem caindo nos últimos anos.O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirmou, por exemplo, no fim de julho, que o principal fator para o "spread" bancário é exatamente o nível de inadimplência, que atingiu seu recorde histórico.Para Luis Miguel Santacreu, analista da Austin Rating, é principalmente por meio dos juros altos (que se traduzem no segundo maior "spread" do planeta) que os bancos brasileiros estão entre os mais rentáveis do mundo, apesar de a relação entre crédito e PIB estar abaixo da média global.Sobre o calote, ele disse que os bancos colocam nos empréstimos uma "estimativa que não se concretiza na vida real".O analista afirmou que a tendência no curto prazo é que, com a estabilização da economia brasileira, os bancos "devolvam uma parte da gordura" obtida com o aumento dos juros durante a crise, mas que o "spread" deve permanecer entre os mais altos do mundo.Para que essa queda continue a ocorrer no médio prazo, Santacreu afirma que são necessárias mudanças como aumento da competição entre as instituições. "Nós não vimos uma corrida forte dos bancos para brigar pelos clientes." Ele diz ainda que é preciso tempo para avaliar se é ""perene" o movimento de queda dos "spreads" pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, incentivado pelo governo Lula. (Leia mais na Folha)

FGV: crise financeira interrompe expansão da Classe AB e classe C continua a crescer
A crise financeira global interrrompeu a expansão da classe AB no Brasil. A classe C, por sua vez, continuou a crescer, mas num ritmo menor. É o que mostrou Marcelo Neri, economista da Fundação Getúlio Vargas, que divulgou nesta quarta-feira a pesquisa "Microsseguros e a Nova Classe Média".
- No período pré-crise, o que se tem é um crescimento da classe AB de 35%. Na classe C, 23%. No pós-crise, a boa notícia é que houve perdas iniciais que já foram recuperadas. A crise não afetou o bolso do brasileiro comum - disse Neri, acrescentando que, de 2003 a julho de 2009, 27 milhões de pessoas - meia França - passaram para as classes A, B e C no Brasil.
Neri acrescenta ainda que, antes da crise, em cada 100 pessoas, 18 saíam da classe AB num ano. Após a crise, esse número passou para 25.
Segundo Neri, as periferias das capitais sofreram menos com a crise. Isso porque, disse ele, essas regiões são menos conectadas a mercados externos.
- O verdadeiro Pelé contra a crise brasileira é a classe média, o poder de compra adquirido nos últimos anos. E as periferias aumentaram o poder de compra nos últimos anos. E o mercado interno gera atividade, que gera emprego e, mais uma vez, mercado interno. É o mercado interno que protege a economia brasileira, em especial as periferias - disse Neri.
Mercado de seguros -- De 2003 a 2009, com a incorporação de 27 milhões de pessoas nas classes A, B e C, o mercado de seguros cresceu, ao menos, 27%, em volume gastos pelas famílias. Com inovação financeira, esse avanço pode ter sido de até 44%. É o que disse Marcelo Neri, na pesquisa "Microsseguros e a Nova Classe Média".
- O estudo mostra que o seguro é um serviço de luxo no país, já que só as pessoas de classe de renda mais alta têm seguro no brasil, seja seguro de veículo saúde ou vida. Assim, o seguro fica concentrado em pequenos bolsões de riqueza. O que é uma distorção, pois o pobre é quem precisa mais de proteção - disse Neri, acrescentando que a metade mais pobre da população brasileira apresenta um risco de renda 15% maior do que o restante. Segundo dados da pesquisa, 16,79% da população acima de 15 anos têm acesso a seguro. Nas classes CDE, essa taxa cai para 10,78%. (Leia mais em O Globo)