segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Tudo indica que sobrevivemos à crise, agora é hora de aproveitar e avançar para melhorar a distribuição de renda com geração de empregos de qualidade

Depois da superação da crise nos preparar para os empregos da Copa do Mundo e das Olimpíadas

(Postado por Moacyr Pereira) — Vivemos uma época de grandes mudanças. A crise financeira mundial foi a oportunidade que o Brasil encontrou para provar, sem deixar dúvidas, que somos uma nova Nação e que estamos preparados para assumir nosso lugar entre os países de economia sustentável. Mas como podemos ver na melhoria do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) o Brasil ainda tem muito o que melhorar. E como sempre as oportunidades estão aí com a realização da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016. Portanto, é a hora de treinar e requalificar nossa mão de obra para que tenhamos condições de ocupar sem traumas cada uma das 5,7 milhões de novas estimadas para os dois eventos. Aos brasileiros, de agora em diante, muito trabalho para aproveitar a oportunidade de gerar emprego. E através de empregos de qualidade, vamos conseguir reduzir as desigualdades e melhorar ainda mais o nosso IDH, que ainda nos deixa atrás de muitos países da América Latina.

Aumento da renda eleva IDH do Brasil

País se manteve estável, no entanto, no ranking que compara o desenvolvimento humano de 182 nações, na 75ª posição.
De 2006 para 2007, o IDH brasileiro passou de 0,808 para 0,813; valores acima de 0,800 representam "alto desenvolvimento humano".
Impulsionado mais uma vez pelo aumento na renda, o Brasil registrou uma melhora em seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), mas permaneceu estável no ranking de nações elaborado anualmente pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), na 75ª posição.
O IDH varia de 0 a 1 e tenta medir o desenvolvimento humano dos 182 países comparados a partir de três dimensões: saúde, educação e PIB per capita. De 2006 para 2007 (os relatórios sempre se referem a dois anos antes), o IDH brasileiro variou de 0,808 para 0,813. Um valor acima de 0,800 é considerado nível de alto desenvolvimento humano.
Neste ano, o tema principal do relatório foi migração. Para facilitar as análises sobre este tópico, pela primeira vez, o Pnud separou nações com IDH acima de 0,900 num grupo considerado de muito alto desenvolvimento humano.
Fazem parte desta elite, que concentra a maioria dos imigrantes, 38 países, liderados por Noruega (0,971), Austrália (0,970) e Islândia (0,969).
Na base do ranking encontram-se Níger (0,340), Afeganistão (0,352) e Serra Leoa (0,365). O Pnud destaca que uma criança que nascer hoje em Níger terá expectativa de viver apenas até os 51 anos, enquanto uma norueguesa deverá chegar aos 81.
"Muitos países testemunharam retrocessos nas últimas décadas devido às retrações econômicas, crises induzidas por conflitos e epidemias de HIV", afirma a principal autora do relatório deste ano, Jeni Klugman.
Como os dados divulgados no relatório deste ano vão somente até 2007, ainda não é possível mensurar o impacto da crise econômica mundial, iniciada no fim do ano passado.
Alison Kennedy, chefe da equipe de estatística do IDH, no entanto, diz esperar que os efeitos não sejam tão grandes: "O PIB per capita de muitos países pode ter sido bastante afetado, mas os indicadores de saúde e educação não reagem tão rapidamente a crises, o que poderá fazer com que a oscilação não seja tão significativa."
Brasil — Os indicadores brasileiros no IDH serão detalhados hoje pelo escritório do Pnud no país, mas, na comparação com o relatório de 2008, é possível verificar que o avanço se deu principalmente por causa do PIB per capita.
Educação e saúde também melhoraram, mas em ritmo menor, já que o analfabetismo adulto tem caído pouco no país e a expectativa de vida ao nascer (único componente do índice de saúde) não costuma sofrer oscilações bruscas de um ano para o outro.
Além do próprio IDH, o Relatório de Desenvolvimento Humano permite comparar outros indicadores.
É possível destacar, por exemplo, que apesar de ter registrado queda na desigualdade desde o início da década, o Brasil ainda permanece no grupo de dez países mais desiguais do relatório, atrás apenas de Namíbia, Ilhas Comores, Botsuana, Haiti, Angola, Colômbia, Bolívia, África do Sul e Honduras. No Brasil, os 10% mais ricos detêm 43% da riqueza nacional, enquanto os 10% mais pobres, apenas 1%.
Na Noruega, país que lidera o ranking, os 10% mais ricos concentram 23% da riqueza, enquanto os 10% mais pobres respondem por 4%.
Outro indicador em que o Brasil destoa dos líderes é o investimento público em educação e saúde. Noruega, Austrália e Islândia investem, respectivamente, 35%, 31% e 36% de seu gasto público nessas áreas.
No Brasil, a proporção é de apenas 22%. O maior desnível acontece na saúde, setor em que o Brasil investe 7% dos gastos, menos da metade do que Noruega (18%), Austrália (17%) e Islândia (18%). (Leia mais na Folha)

Lupi: uso do FGTS na Petrobras não está descartado

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), afirmou hoje que não está descartada uma nova liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para que os trabalhadores participem da capitalização da Petrobras. No caso, o uso seria liberado para aqueles que usaram, em 2000, parte do saldo das contas do FGTS para compra de ações da estatal. "O tema ainda está em discussão. Não tem nada descartado. O Congresso Nacional irá avaliar", disse após participar de convenção estadual do partido, em São Paulo.
Segundo o ministro, o Conselho Curador do FGTS, do qual é presidente, só deverá se pronunciar sobre o assunto após a discussão do tema ser finalizada no Congresso Nacional.
A liberação do FGTS facilitaria a participação desse grupo de acionistas minoritários na capitalização da Petrobras. A outra opção seria a utilização de recursos próprios, mas a avaliação de sindicalistas é que nem todos teriam condições de manter suas fatias na estatal. No caso de os acionistas minoritários não acompanharem o aumento de capital, a União terá a possibilidade de aumentar seu controle sobre a Petrobras.
O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, afirmou anteriormente que é contrário ao uso do FGTS na capitalização da Petrobras. O valor da capitalização será equivalente a 5 bilhões de barris. (Leia mais no Estadão)

Rio vence e será 1ª sede sul-americana dos Jogos Olímpicos

O Rio de Janeiro venceu a batalha contra Chicago, Madri e Tóquio e foi anunciada nesta sexta-feira pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Com a vitória da cidade brasileira, a América do Sul receberá pela primeira vez uma Olimpíada em um dos seus países, graças a 66 votos, contra 32 a favor dos espanhóis.

A cidade brasileira já era apontada nas casas de apostas como uma das favoritas, ao lado de Chicago (que foi precocemente eliminada). Durante a campanha, o Rio de Janeiro foi apontado pelo COI como um dos melhores projetos entre os quatro apresentados na final.

O município fluminense usou como pontos fortes de sua campanha a beleza visual, a hospitalidade do povo brasileiro e o fato de sua economia ter sido a menos afetada pela recessão do que algumas das cidades concorrentes.

Outro ponto positivo a favor do Rio de Janeiro foi o grande apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no projeto. Desde quarta-feira Lula virou um verdadeiro cabo eleitoral na cidade em Copenhague, na Dinamarca, local onde foi realizada a votação para a escolha da sede.

Agora, com a vitória na Dinamarca, o Rio terá de começar a se preparar para superar os problemas apontados durante o processo de escolha da sede. As questões segurança, transporte e acomodação foram as mais criticadas.

Mais um ponto muito ressaltado pelos críticos foram as suspeitas de superfaturamento nas obras dos Jogos Pan-Americanos de 2007. O Rio de Janeiro terá de superar as suspeitas de que fará uma edição de Jogos Olímpicos com contas transparentes. (Leia mais no Terra)

Copa e Olimpíadas devem gerar 5,7 milhões de empregos no Brasil

Obras e serviços deverão contribuir para o crescimento do país.

Copa do Mundo em 2014. Olimpíadas em 2016. Nos próximos anos, eventos esportivos de grande porte não faltarão aos brasileiros, que poderão reunir amigos e família, assistir ao vivo aos jogos, torcer e, muito mais do que isso, conseguir um bom emprego.

Antes do evento, o Brasil terá de se mexer bastante para poder criar condições de receber atletas e turistas de todo o mundo. Isso exige investimento em infraestrutura e, principalmente, em mão-de-obra capacitada.

Só no caso da Copa do Mundo de 2014, uma pesquisa realizada pela FGV Projetos, a pedido da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), revelou que cerca de 3,6 milhões de empregos serão gerados.

Olimpíadas em 2016 — Agora, com a decisão tomada nesta sexta-feira (2) pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) de escolher o Rio de Janeiro como cidade-sede das Olimpíadas de 2016, mais empregos devem ser gerados.

Uma outra pesquisa realizada pela FIA/USP (Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo), a pedido do Ministério dos Esportes, revelou que 120.833 pessoas devem ser contratadas direta e indiretamente ao ano, entre 2009 e 2016, por conta do evento esportivo.

Já no período pós-Olimpíadas, entre 2017 e 2027, serão 130.970 novos brasileiros empregados. E mais da metade dos empregos (53,1%) gerados pelo evento beneficiará pessoas que moram além das fronteiras da cidade do Rio de Janeiro.

Sucesso das Festas — Sobre o evento, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse que, de agora em diante, a qualificação profissional dos cariocas para esta nova realidade é fundamental, para garantir o sucesso dos jogos.

"Uma vez confirmada a vitória do Rio, teremos muito trabalho pela frente. Haverá investimentos pesados em infraestrutura, e os trabalhadores precisarão estar totalmente preparados para que a festa seja um sucesso. Serão gerados, nestes seis anos de preparação, milhões de empregos diretos e indiretos, o que irá acelerar ainda mais a economia nacional".

Setor de Turismo — De acordo com o ministro interino do Turismo, Airton Pereira, ações como a qualificação de mão-de-obra, melhora da infraestrutura e incentivo aos investimentos privados devem ser realizadas para o Brasil "entrar em outro patamar em disputa no mercado turístico".

Ele afirmou que o ministério já está trabalhando na qualificação da mão-de-obra para a Copa do Mundo de 2014, principalmente dos profissionais que terão contato direto com o turista, como taxistas, recepcionistas de hotéis e guardas municipais, por exemplo, que contarão com aulas de inglês e espanhol e aprenderão técnicas de bom atendimento.

"Nós já começamos um trabalho que se chama Alô Turista, investindo nos idiomas de inglês e espanhol, que já no próximo ano tem a meta de atingir 80 mil pessoas e isso vai se somar a ensinamentos de bom atendimento". (Mídia Mais)

FMI diz que problema do Brasil é administrar a abundância

O Fundo Monetário Internacional (FMI) não poupou elogios à performance econômica do Brasil durante a crise econômica global, dizendo que seu retorno ao crescimento e às políticas fortes pode "instigar o apetite" de investidores.

Nicolas Eyzaguirre, diretor de Hemisfério Ocidental do FMI, disse neste domingo que o Brasil deve recuperar-se da crise mais rapidamente que qualquer outro país latino-americano, beneficiando-se de uma retomada forte das exportações de commodities à Ásia e de sua política econômica forte anterior à crise.

" O Brasil vai instigar o apetite dos mercados de capitais devido à solidez de sua economia "

- O Brasil vai instigar o apetite dos mercados de capitais devido à solidez de sua economia - disse Eyzaguirre.

- O problema do Brasil é como administrar a abundância. O país provavelmente é o que está se recuperando no ritmo mais acelerado na região.

Ele declarou que a recuperação brasileira ganhará ímpeto se a recuperação da economia mundial não tropeçar e se os preços das commodities continuarem com sua tendência de alta.

O diretor do FMI acrescentou que o Brasil não sofreu muito com a crise em 2008, à exceção do quarto trimestre, tendo conseguido manter o consumo. Mas fez uma recomendação:

- Provavelmente, e friso o provavelmente, se a demanda no setor privado no mundo saltar, o que possibilitará uma recuperação (global) mais sustentada, o Brasil deve começar a pensar a diminuir o estímulo fiscal para evitar a valorização da moeda.

Algumas medidas de estímulo à economia, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros e eletrodomésticos, já começaram a ser gradualmente retiradas pelo governo.

Eyzaguirre destacou ainda o fato de o Brasil ter "muitas reservas internacionais" e uma moeda estável. Dizendo-se "cautelosamente otimista", ele acredita que a América Latina voltará a registrar crescimento no terceiro trimestre. (Leia mais em O Globo)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

UGT ajuda seus sindicatos filiados a se mobilizar em várias frentes simultaneamente, para buscar mais qualidade de emprego e de vida para todos

Secretaria da Saúde da UGT discute planos de saúde

(Postado por Cleonice Caetano Souza, Secretária de Saúde e Segurança no Trabalho da UGT) — Encerra hoje, em Porto Alegre, a Oficina de Formação para dirigentes Sindicais na Área da Saúde Suplementar promovida pela UGT. Apesar de a UGT defender a saúde pública, é crescente o número de empresas que adotam planos de saúde e é importante que os sindicatos estejam preparados para que os planos oferecidos aos trabalhadores estejam de acordo com a legislação e que garantam, de fato, à família do trabalhador o apoio de qualidade que é prometido. No evento foi mostrado para as lideranças sindicais presentes que não se trata de a empresa “dar” planos de saúde, como os empresários gostam de afirmar, mas que a saúde complementar faz parte de negociações coletivas e que os trabalhadores e seus sindicatos devem ser amplamente ouvidos. E estabelecer critérios em que o atendimento com qualidade seja um dos principais fatores de se adotar ou não o plano. Discutimos, também, uma espécie de portabilidade dos planos de saúde das empresas, para permitir aos trabalhadores escolher os planos que mais se ajustem às suas necessidades. E insistimos que se estabeleçam nas convenções coletivas a obrigatoriedade de se aceitar atestados de saúde do SUS, dos respectivos departamentos médicos dos sindicatos, além do fornecido pelo plano de saúde contratado. Porque muitas empresas só aceitam atestados emitidos pelos planos de saúde contratados por elas.

Coletivo de Mulheres da UGT participa de Seminário de Igualdade de Oportunidades e Não-Discriminação das Relações do Trabalho que também se encerra hoje e que foi promovido pela Organização Internacional do Trabalho, Dieese e Inspir (Instituto Sindical Interamericano pela promoção de Igualdade Racial)

Leia as notícias do dia:

Indústria brasileira continua em expansão, mostra PMI

A atividade industrial brasileira continuou a apresentar expansão em setembro, como mostrou o Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), que marcou 52,3 pontos no mês passado, o nível mais alto desde julho de 2008.

Na apuração de agosto, o indicador tinha marcado 50,6 pontos, o que já significava um retorno do setor à situação de expansão, pela primeira vez em quase um ano. Pela metodologia do PMI, o nível dos 50 pontos marca a estabilidade da indústria, dividindo uma situação de crescimento, de uma situação contração da indústria.

O indicador referente ao Brasil é elaborado pela empresa internacional de pesquisas Markit Economics em parceria com o HSBC, e abrange cinco componentes que compõem a atividade: novos pedidos, produção, emprego, prazo de entrega dos fornecedores e estoque de insumos.

"O número de setembro do índice de gerentes de compras (PMI) HSBC revela um setor industrial em inquestionável aceleração e elevação em todos os seus componentes", afirmou o economista-chefe do HSBC no Brasil, Andre Loes.

O instituto destacou o acelerado crescimento do volume de novos pedidos e da produção, além do avanço do emprego na indústria pela primeira vez em um ano. Outro fator de destaque foi a alta da inflação de preço de insumos, depois de sete meses de queda de custos.

"Pela primeira vez desde janeiro, os fabricantes relataram custos mais altos de compra. A inflação foi sólida e a mais acentuada desde dezembro último. Os gastos maiores com matéria-prima, especialmente com aço, sustentaram o aumento", disse o instituto, em nota. (Leia mais em O Globo)

Rendimento médio do trabalhador teve correção de 2,6% acima da inflação em 2008, diz Ipea

Estudo apresentado nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que o rendimento real médio do trabalhador brasileiro atingiu, em 2008, R$ 944,38, o patamar mais elevado desde 2001.

A constatação foi feita a partir da análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outra conclusão do Ipea é que o rendimento real médio do trabalhador, incluindo os ocupados remunerados e os não remunerados e considerando todas as fontes, cresceu 2,6% de 2007 para 2008

Os maiores ganhos foram observados entre a parcela de trabalhadores que tem pelo menos o ensino médio completo. Neste caso, o incremento médio foi de 8,5%.

De acordo com o técnico do Ipea Carlos Henrique Corseuil, esse panorama confirma a hipótese de aumento na demanda por trabalho no período, já evidenciada pelos dados relativos à taxa de desemprego, que apresentou em 2008 o menor percentual da década: 7,2%. Foi também a maior queda desde 2001. Segundo Corseuil, esse conjunto de dados aponta que o desempenho do mercado de trabalho, no ano passado, foi "bastante satisfatório", impulsionado pelo aquecimento na produção.

- Às vezes, a taxa de desemprego cai porque encolheu a população no mercado em busca de trabalho. Mas, com esses números, vemos que o pessoal não saiu para a inatividade. O que explica esse movimento é realmente o aumento na ocupação, na demanda de trabalho, puxado pelo aquecimento da produção. E o aumento da renda só corrobora isso. Podemos dizer que a economia brasileira atingiu em 2008 o seu melhor momento da década - afirmou.

O técnico do Ipea destacou que outro número que confirma essa fase favorável é o referente à taxa de informalidade, que registrou, no ano passado, 49,4%, também o menor nível desde 2001.

Conselho do FGTS eleva limites do programa Minha Casa

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em reunião extraordinária realizada hoje, aprovou o aumento do teto de financiamento de programas habitacionais no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o teto de financiamento em cidades com mais de 250 mil habitantes passou de R$ 80 mil para R$ 100 mil.
Além disso, o Conselho Curador ampliou para todas as cidades com mais de um milhão de habitantes o limite de financiamento de R$ 80 mil para R$ 130 mil. Antes, apenas moradores do Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro poderiam ter acesso a um financiamento, no âmbito do programa, de R$ 130 mil.
Outra medida aprovada hoje é que, a partir de janeiro de 2010, todas as capitais terão esse teto de financiamento de R$ 130 mil. Lupi explicou que a mudança foi necessária devido à disparidade de preços de uma cidade para outra. Ele negou que o aumento do teto do programa Minha Casa, Minha Vida seja eleitoreiro. Para ele, essa é uma demanda da população e será atendida independente de eleições.
O Conselho Curador do FGTS também decidiu elevar de 30% para 100% a participação que o FI-FGTS (Fundo de Investimento do FGTS) pode ter em um empreendimento gerido pela Caixa Econômica Federal. Segundo o ministro do Trabalho, a maior participação do FGTS nesses investimentos não trará risco ao fundo. "O risco é zero. A Caixa garantirá 100%", disse o ministro. (Leia mais no Estadão)

Bancários retomam negociação com Fenaban no 8º dia de greve

Além de exigirem 10% de reajuste salarial, grevistas reinvidicam fim do assédio moral e das metas abusivas

Ao entrar no oitavo dia de paralisação representantes do Comando Nacional dos Bancários reiniciaram nesta quinta-feira, 1, as negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a reunião é a primeira depois do início da greve e ocorre a portas fechadas, sem horário definido para terminar. Ainda nesta quinta, os bancários fazem uma nova assembleia na quadra do sindicato, para decidir sobre a paralisação.

Até esta última quarta-feira, 38.950 bancários haviam aderido paralisação, em 770 locais de trabalho. Foram fechadas agências, prédios administrativos de bancos públicos e privados, além de empresas financeiras terceirizadas. Em todo o país, há 465 mil bancários, dos quais 134 mil fazem parte do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Os bancários reivindicam 10% de reajuste salarial, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas. (Leia mais no Estadão)

EMPREGOS
SHOPPINGS DE SÃO PAULO ABREM 6.700 VAGAS
Lojistas de 11 estabelecimentos esperam contratar 6.700 funcionários temporários para atender ao aumento da demanda causado pelas festas de fim de ano. A previsão para o restante do país também é positiva, segundo levantamento feito pela Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings), que prevê a geração de 130 mil postos temporários. Na capital, as maiores oferta de vagas são no Centro Comercial Aricanduva (zona leste), que pretende contratar 1.600 novos funcionários, e no Shopping Interlagos (zona sul), que prevê 1.000 contratações. Segundo os lojistas, há chance de efetivação. (Folha)

Daqui a 20 anos, Brasil será um país de muito idosos, com 80 anos ou mais

A forte e rápida queda na taxa da fecundidade vai fazer a pirâmide etária virar de cabeça para baixo. A população muito idosa (80 anos ou mais) vai crescer 6% ao ano, quando a população total brasileira começa a diminuir, em 2030. Esses cálculos foram feitos pela pesquisadora Ana Amélia Camarano do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ao se debruçar nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2008) , divulgada no fim do mês passado.

- Nos anos 80, projetávamos que a população brasileira chegaria a 200 milhões no ano 2000. Com a queda na taxa de fecundidade, atualmente em 1,8 filho por mulher, devemos alcançar esse número em 2020. E se a fecundidade continuar caindo, talvez nem chegue a isso - disse Ana Amélia ao divulgar o estudo.

Como mostra reportagem de Cássia Almeira, publicada na edição desta sexta-feira do Globo, a população brasileira atual é de 190 milhões. Deve chegar a 206,8 milhões em 2030, caindo para 204,7 milhões dez anos depois. Nesse futuro próximo, a população de 80 anos ou mais já estará crescendo 6% ao ano (atualmente aumenta 4% por ano). Enquanto isso, a faixa entre 15 a 29 anos começa a diminuir já no ano que vem. (Leia mais em O Globo)