quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

UGT cresce no Brasil todo e inova na mobilização e na inclusão de novas lideranças

UGT do Piauí adota campanha agressiva de crescimento

(Postado por Celso Henrique Barbosa Lima, presidente da UGT Piauí) ­— A UGT Piauí surgiu da necessidade do movimento sindical do nosso Estado se modernizar e inserir grandes contigentes de trabalhadores que, atualmente, não se sentem adequadamente representados. Precisamos de uma central mais plural, mais democrática, sem atrelamentos partidários e que saiba respeitar a diversidade. É comum ainda aqui no Piauí as perseguições politicas, as pressões em cima de entidades sindicais independentes ou que tenham tido a ousadia de manifestar suas insatisfações. Isso é atraso. Por isso, a UGT chega com uma proposta moderna, de inclusão, de respeito às lideranças sindicais. E nossa estratégia de crescimento está apoiada num relacionamento permanente com os jovens, através de suas organizações estudantis e com os sindicatos rurais de agricultura familiar. Vamos também interagir com os “concurseiros”, ou seja, trabalhadores que entraram recentemente para o serviço público, com uma energia renovadora, dispostos a melhorar o Estado brasileiro, a trazer sua contribuição para um Brasil mais justo, mais democrático e, principalmente, mais moderno e que saiba respeitar as diversidades, as opiniões diferentes e apostar, de verdade, como a UGT o faz, na intensidade do relacionamento democrático. Estamos procurando uma sede pois nosso lema no momento é: “a UGT chegou e está aqui”. Pois nosso objetivo principal é nos organizar através da formação de novos quadros. O Brasil e o Piauí não é diferente está se modernizando. E esse avanço acontece a partir do envolvimento e participação direta das novas lideranças que precisam de formação e informação, para consolidar vitórias a favor de suas categorias em várias frentes, em relação aos patrões, em relação ao Estado brasileiro e, principalmente, para se destacar socialmente e ser referência nas grandes disputas que acontecerão, no próximo ano, com as eleições em todos os níveis.

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Emprego formal bate novo recorde mensal em novembro

Caged aponta a criação de 246.695 vagas, com destaque para o comércio; no ano, postos somam 1,4 milhão

O resultado de novembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho bateu novo recorde para meses de novembro, registrando 246.695 novos postos de trabalho no mês passado. Em outubro, o indicador já havia registrado recorde para o mês, com a criação de 230.956 postos. Segundo o ministério, o saldo de novembro é praticamente o dobro do recorde anterior, em novembro de 2007, quando foram criadas 124.554 vagas. O resultado de novembro também é o segundo maior do ano, superado apenas pelo dado de setembro, quando foram abertos 252.617 empregos formais.

No acumulado de janeiro a novembro, pelos dados do Caged, foram criados 1.410.302 postos de trabalho. Já no acumulado dos últimos 12 meses, encerrados em novembro, o número de novas contratações atingiu 755.356.

Os setores de comércio, serviços e indústria da transformação e construção civil lideraram a abertura de vagas em novembro. O setor de comércio criou 116.571 postos de trabalho. O setor de serviços foi responsável pela contratação de 87.252 empregados. A indústria de transformação gerou 39.594 vagas e a construção civil 17.791 postos. A agropecuária fechou 16.628 vagas em novembro, em função do período de entressafra. (Leia mais no Estadão)

Cidade de SP concentrou 12% do PIB do País em 2007

Estudo do Seade e IBGE mostra que PIB da capital paulista era maior que o de todos os Estados individualmente.

O município de São Paulo concentrou 12% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2007, de acordo com levantamento da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) realizado em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado hoje. O PIB da capital paulista era maior que o de todos os Estados individualmente. A riqueza paulista é também superior ao PIB de toda a Região Norte e da Centro-Oeste e representa 92% do produto da Nordeste.

No ranking das 30 cidades com maior PIB do Brasil em 2007, 12 são do Estado de São Paulo. Entre as que mostraram ascensão, Campinas entrou para a lista das dez maiores e Sorocaba para a das 30. Guarulhos e Barueri, na Grande São Paulo, perderam posição na relação nacional de 2007, passando das 8ª e 9ª posições, respectivamente, para a 9ª e 13ª.

De acordo com o diretor-adjunto de Análise da Fundação Seade, Sinésio Pires Ferreira, pequenas mudanças no ranking não são significativas de um ano para outro e podem ser relacionadas à intensificação ou desaceleração da atividade produtiva de cada cidade. (Leia mais no Estadão)

Confecom quer vetar emissora para políticos

Proposta é aprovada por consenso em conferência, que, no entanto, não tem poder de impor mudanças, só de recomendá-las. Medida é "inócua", diz ACM Junior, cuja família tem seis emissoras de TV; também foi aprovada a criação de um conselho de jornalistas.
A primeira Conferência Nacional de Comunicação aprovou ontem, por consenso, proposta que proíbe políticos (governadores, senadores e deputados) e seus familiares em até segundo grau de possuir emissoras de rádio e de televisão.
Para entrarem no ar, rádio e TV precisam de concessão pública, ao contrário de jornais e revistas, por exemplo.
Calcula-se que haja no Brasil pelo menos 271 políticos na condição de sócios ou diretores de 348 emissoras de rádio e de TV. Segundo dados do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação, são 147 prefeitos, 48 deputados federais, 20 senadores, 55 deputados estaduais. Há ao menos um governador: Roseana Sarney (PMDB-MA), acionista do grupo Mirante.
O número tende a estar subestimado -é conhecida a ação de laranjas para esconder a atuação de políticos no setor.
A Confecom não tem poder de impor mudanças, apenas de recomendá-las. A legislação atual não proíbe políticos de terem concessões, mas eles não podem ter cargos diretivos nas emissoras enquanto estiverem em exercício de mandato.
A proposta foi tachada de "hipocrisia" pelo senador Antonio Carlos Magalhães Junior (DEM-BA), cuja família possui seis emissoras geradoras de televisão e três rádios na Bahia.
"Seria inócuo, porque os políticos que já têm emissoras não irão se desfazer delas e, muito provavelmente, passariam as concessões a um laranja para se enquadrar na lei", acrescentou.
A família Magalhães recebeu a primeira concessão de TV no governo Figueiredo (a TV Bahia, de Salvador). As demais, no governo Sarney. As rádios, segundo o senador, foram compradas em licitações públicas.
Políticos de destaque no Congresso são radiodifusores, como os senadores Lobão Filho (PMDB-MA), Fernando Collor (PTB-AL), Wellington Salgado (PMDB-MG) e Renan Calheiros (PMDB-AL) e os deputados Jader Barbalho (PMDB-PA) e Albano Franco (PSDB-SE).
Para o presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), é preciso diferenciar os políticos que eram radiodifusores antes de se eleger daqueles que possuem os órgãos em nome de laranjas para ocultar o vínculo.
Outra proposta polêmica aprovada por consenso é a criação do Conselho Federal de Jornalistas e conselhos estaduais, proposta da Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas).
Por iniciativa da mesma Fenaj, em 2004, Lula enviou ao Congresso um projeto de lei propondo a criação do Conselho Federal de Jornalismo, que teria poderes para "orientar, disciplinar e fiscalizar" o exercício da profissão e a atividade de jornalismo. O projeto provocou forte reação à época, porque foi entendido como ameaça à liberdade de imprensa.
A presidente da estatal EBC (Empresa Brasil de Comunicação), Tereza Cruvinel, disse que desconhecia a proposta aprovada ontem na Confecom e que criticou o projeto de 2004. (Leia mais na Folha)

Trabalho infantil caiu quase pela metade no Brasil em 15 anos, diz OIT

Caiu quase à metade, de 8,42 milhões para 4,85 milhões, nos últimos 15 anos o número de crianças entre 5 e 17 anos no mercado de trabalho brasileiro. Já o indicador para o trabalho infantil entre o grupo de crianças entre 10 e 14 anos no país passou de 20,5% em 1992 para 8,5% em 2007, de acordo com o estudo "Perfil do Trabalho Decente no Brasil", da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Considerando crianças entre 5 e 14 anos, a parcela das que trabalham caiu de 12,1% para 4,9%, na mesma base de comparação. Mesmo assim, o percentual ainda é considerado preocupante pela instituição, que alerta para a redução do ritmo de queda nos últimos sete anos.

A OIT garante que a incidência de trabalho infantil, em geral, resulta em menor renda na idade adulta. Pessoas que começam a trabalharam antes dos 14 anos têm uma probabilidade muito baixa de obter rendimentos superiores a R$ 1 mil ao longo da vida. A maioria daquelas que entrou no mercado antes dos nove anos tem poucas chances de ganhar mais de R$ 500 por mês. Em média, quem começou a trabalhar entre 15 e 17 anos não chega aos 30 anos com uma renda muito diferente de quem ingressou com 18 ou 19 anos.

O relatório destaca ainda o crescimento da taxa de desemprego entre os jovens de 15 a 24 anos, que passou de 11,9% em 1992 para 17% em 2007. No entanto, o documento ressalta que, no período analisado, a percentagem de jovens que nem estudam nem trabalham caiu de 21,1% para 18,8%.

O estudo também mostra queda expressiva do número de trabalhadores brasileiros abaixo da linha de pobreza, De 1995 até 2007, a quantidade de pessoas que recebiam menos de US$ 1,25 por dia caiu de 12,6% para 6,2%. Seriam consequência da estabilidade econômica e dos aumentos do salário mínimo, cujo valor real (descontado a inflação) R$ 211 para R$ 404 no período.

A renda média mensal do trabalho principal da família teve uma ligeira queda passando de R$ 978 para R$ 931 no período. Os salários médios variam de acordo com gênero e raça. Homens ganham R$ 1.059, contra R$ 745 das mulheres. A população branca tem um salário médio de 1.184 contra 653 dos negros. A proporção dos trabalhadores que ganham abaixo de dois terços do rendimento mediano real caiu de 30,2% para 18,8% no período.

Apesar da queda no trabalho infantil, percentual é considerado preocupante pela OIT — O relatório da OIT destacou o reconhecimento internacional da experiência brasileira de prevenção e eliminação do trabalho infantil. Segundo a pesquisa, os resultados alcançados são expressivos. Entre crianças de 10 e 14 anos, os índices caíram de 20,5% para 8,5% entre 1992 e 2007.

Mas os dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) revelam uma desaceleração na trajetória de redução do trabalho infantil nos últimos anos. De acordo com o estudo, essa desaceleração se deve à manutenção no nível de ocupação de crianças entre 5 e 13 anos de idade (em torno de 4,5%), desde 2004, mas que o mesmo não ocorre com as demais faixas etárias (14 e 15 e 16 e 17 anos). Os dados mostram ainda que o trabalho infantil no Brasil recruta mais meninos do que meninas - 66% contra 34%.

As consequências negativas do trabalho infantil, de acordo com o relatório, não se resumem a acidentes mas também a doenças osteomusculares, já que os instrumentos em geral não foram dimensionados para crianças.

As crianças estão mais expostas aos riscos no trabalho do que os adultos, uma vez que ainda estão em processo de formação e as condições em que as atividades laborais ocorrem são frequentemente insalubres.

Entre menores acidentados, o principal tipo de problema foi corte (50%), seguido pela fraturas ou torções (14%) e por dor muscular, cansaço, fadiga, insônia ou agitação (9,7%). (Leia mais em O Globo)

OIT vê progresso em acordos coletivos no Brasil

O sucesso contínuo na reposição salarial por meio de acordos coletivos nos últimos anos abre caminho para formas não judiciais de solução de conflitos. Acordos e convenções coletivas cada vez mais efetivos, firmados longe dos tribunais, refletem o amadurecimento de empresas, empregados e sindicatos na negociação de interesses, o que pavimenta o caminho para a aceitação da arbitragem e da conciliação para resolver divergências trabalhistas.

A opinião é de especialistas no Direito do Trabalho que se depararam com os números mais recentes da Organização Internacional do Trabalho sobre a qualidade de trabalho no Brasil.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (16/12), a entidade aponta que, em 2007, 88% dos acordos e convenções coletivas acompanhadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) asseguraram a recomposição de perdas salariais ao menos referentes ao ano-base anterior. Foi o melhor resultado desde 1996, sendo 2007 o quarto ano seguido em que as perdas foram compensadas dessa forma, o maior período em que essas negociações garantiram reposições e aumento real de salários. A pesquisa avaliou dados de 1992 a 2007.

Os acordos foram mais frequentes na indústria (94%), em seguida no comércio (85%) e no setor de serviços (81%). Entre os reajustes que superaram a inflação, 70% ficaram abaixo de 2% de ganho real, e 2,5% conseguiram superar os 4% de aumento.

“Há um amadurecimento de ambos os lados”, diz o advogado Geraldo Baraldi, do escritório Demarest & Almeida Advogados. Na sua opinião, trabalhadores, empresas e sindicatos demonstram entender que é mais fácil lavar a roupa suja dentro de casa do que ter de chamar um terceiro distante do assunto. “Às vezes a decisão da Justiça não agrada nem o empregador, nem o trabalhador. Ninguém melhor do que as próprias partes para saber o que lhes interessa”, diz.

Para Orlando Almeida, do Homero Costa Advogados, o que existe é uma especialização nas discussões. “O costume em negociar está ensinando negociação”, afirma. Segundo ele, o hábito pode abrir caminho para derrubar a resistência contra a arbitragem na área trabalhista. O meio é muito usado na área civil e comercial por ser mais rápido, mas ainda não é bem visto principalmente pela Justiça, que entende que essa é uma forma de transacionar direitos, o que é ilegal. “Quando as partes começam a verificar que negociar é evitar litígios, a tendência é que formas alternativas de solução ganhem espaço”, diz ele.

A Justiça também é responsável por esse resultado, segundo o juiz Rogério Neiva Pinheiro, da 20ª Vara do Trabalho de Brasília. Ele explica que a Emenda Constitucional 45/04 introduziu o parágradfo 2º ao artigo 114 da Constituição Federal, determinando que, para o prosseguimento dos julgamentos de dissídios coletivos na Justiça, é necessária a concordância entre as partes. “A intenção do legislador foi de que houvesse acordo, caso contrário, não existiria solução”, diz. O próprio Tribunal Superior do Trabalho, segundo ele, também vem flexibilizando antigas determinações, o que tem ajudado nas negociações. “A corte já admite que o adicional de periculosidade seja pago em valor abaixo do legal, e que o intervalo entre as jornadas sejam fracionados, por exemplo”.

O Perfil do Trabalho Decente no Brasil, relatório divulgado nesta quarta, foi construído pela OIT com base em dados apurados até 2007 pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE. O estudo analisou oportunidades de emprego, jornada de trabalho, combinação entre trabalho e vida familiar, trabalho infantil e forçado e ambiente de trabalho seguro. O relatório é um dos projetos-piloto para avaliar os programas de Trabalho Decente. O Brasil participa como voluntário juntamente com Áustria, Ucrânia, Malásia e Tanzânia. O projeto foi financiado pela União Europeia.

O estudo foi apresentado no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada pelo especialista da OIT José Ribeiro, coordenador nacional do projeto Monitorando e Avaliando o Progresso do Trabalho Decente, e teve a participação do diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão de Castro.

Entre as boas notícias estão a diminuição do trabalho infantil, o maior número de trabalhadores registrados e a maior quantidade de idosos que recebem benefícios como aposentadoria ou pensão, o que contribui para a aceleração da economia. De 2003 e 2007, a queda na taxa de desemprego foi constante. Entre as ruins, a persistência de trabalho forçado, a constante diferença no salário pago a homens e mulheres e a negros e brancos na mesma função, e o alto número de jovens e adolescentes que não estudam nem trabalham.

Embora tenha registrado uma queda na quantidade de horas trabalhadas acima do permitido semanalmente, o levantamento ainda aponta números expressivos. Até 2007, a jornada semanal de trabalho era maior que 44 horas para 35% dos empregados com carteira assinada, e estava acima de 48 horas para 20% deles. De acordo com Pinheiro, no entanto, essa realidade tem mudado visivelmente nos últimos dois anos. “A quantidade de processos sobre horas extras caiu bastante, principalmente em relação a bancos e supermercados”, diz. “As Casas Bahia são a única exceção no segmento, já que esse comportamento hoje é mais comum em médias e pequenas empresas. Não são raras médias de quatro horas extras diárias nesses casos”. (Consultor Juridico)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Temos que cuidar mais da democracia e evitar que empresários da comunicação coloquem seus interesses acima dos interesses nacionais

Para centrais, governo descumpre acordo com aposentados

(Postado por Marcos Afonso de Oliveira) — Mais uma vez o governo federal descumpre os acordos firmados em mesas de negociação. É ruim para os aposentados que já contavam com o reajuste de 80% do PIB e pior ainda para a democracia, pois quando os governos começam a sistematicamente descumprir acordos, afetam diretamente a confiabilidade dos setores da sociedade no seu relacionamento com o Estado. É lamentável, mas a UGT e as centrais sindicais que honram a defesa dos aposentados, como é o caso da CTB, NCST, Cobap e Sindiapi-UGT continuarão atuando com firmeza na defesa dos interesses dos aposentados e dos trabalhadores que ainda estão na ativa e que temem o facão do fator previdenciário nas suas rendas futuras.

Leia mais: Centrais sindicais e representações de aposentados chamam de maracutaia a disposição do governo de dar um aumento para os 8,3 milhões de aposentados e pensionistas inferior ao que teria sido definido em acordo no mês passado.

“A União Geral dos Trabalhadores (UGT) e as centrais sindicais Central do Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), com o apoio da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) e do Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da UGT (Sindiapi) vêm a público denunciar que o acordo se transformou numa maracutaia”, diz comunicado.

Segundo o presidente da UGT, Ricardo Patah, o aumento deveria ser de 7,72%, correspondente a uma inflação prevista de 3,64% mais 80% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2008. de acordo com as entidades, “o anúncio feito pelo governo é de repor a inflação mais 50% do PIB, que aponta um resultado de 6,2%, inferior ao que havia sito acordado”. Para as centrais, a MP “foi um artifício” para fugir à responsabilidade.

Na semana passada, o ministro da Previdência Social, José Pimentel, informou que o reajuste para aposentados e pensionistas que recebem acima do salário mínimo virá por medida provisória a ser editada depois da votação do Orçamento da União. A decisão sobre o índice, explicou, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (DiarioNet Terra)

Lula critica empresários que abandonaram a Confecom

A UGT está presente na Confecom e lamenta profundamente a atitude de grande parte da classe empresarial da comunicação que na tentativa louca de defesa de seus interesses, decidiu não participar da Confecom. Digo louca porque é impensável mesmo para as famílias que controlam os principais meios de comunicação do Brasil se ausentar de uma conferência destas dimensões, colocando o privado acima do coletivo. Os empresários da comunicação confundem liberdade de imprensa com liberdade de empresa, infelizmente. A UGT vai insistir na conferência na defesa de conquistar meios de comunicação para os grupos sociais organizados como são as centrais dos trabalhadores. Queremos nosso canal de televisão, queremos nossas rádios, queremos usar nossa própria comunicação para mobilizar a classe trabalhadora.

Leia mais: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ontem à abertura da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) e fez críticas aos empresários que abandonaram o evento sob o argumento de que era um jogo de cartas marcadas. "Não será enfiando a cabeça na areia como avestruz que resolveremos o problema. Isso vale para todos nós: governo, empresas de comunicação, trabalhadores, movimentos sociais, ouvintes, leitores e internautas. É chegada a hora de uma decisão que resgate os acertos e corrija o passado", disse.
Retiraram-se da conferência a Associação Brasileira de Emissoras de Radio e Televisão (Abert), a Associação Brasileira de Internet (Abranet), a Associação Brasileira de TV por Assinatura, a Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Brasil e a Associação Nacional dos Editores de Revistas e Associação Nacional de Jornais (ANJ). Para o grupo, a insistência de outros setores em fazer controle social da mídia era uma censura.
Ao contrário da maioria das teses da Confecom, que prega o controle social e público dos meios de comunicação, Lula disse ter "orgulho em dizer que a imprensa no Brasil é livre, apura e deixa de apurar o que quer, divulga e deixa de divulgar o que quer, opina e deixa de opinar quando quer." Destacou que o Estado de Direito só existe por causa dessa liberdade.
Lula criticou o que chamou de "excesso" da imprensa, mas disse que o remédio é a própria liberdade. "Os telespectadores são capazes de separar o joio do trigo. São críticos implacáveis e juízes muito severos. Quem não trabalha com respeito acaba perdendo a credibilidade."
Cobrado sobre as rádios comunitárias - a Confecom tem por bandeira tirá-las da clandestinidade -. Lula não disse o que os ouvintes esperavam. "É preciso evitar o abuso de pessoas que requerem rádios comunitárias e muitas vezes são políticos tradicionais", respondeu.
Por fim, Lula afirmou que a conferência, convocada por ele em abril, ao custo de R$ 8 milhões, é indispensável. "Nossa legislação na área é muito antiga e não responde às necessidades." (Leia mais no Estadão)

Já falta mão de obra no setor de construção civil

Estudo da FGV diz que país vai enfrentar novamente escassez de trabalhadores em 2010. Setor precisará de 180 mil trabalhadores, mas até o Senai, maior instituição de formação da AL, diz não ter como atender à demanda.
A cadeia da construção civil se prepara para enfrentar de novo escassez de mão de obra qualificada em 2010, problema que retorna após o intervalo provocado pela paralisação de projetos entre o fim do ano passado e o início de 2009, em decorrência da crise global.
Estudo sobre a tendência do setor da construção, elaborada pela FGV Projetos a pedido da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), mostra que a construção civil contratará mais 180 mil trabalhadores no ano que vem, uma expansão de 8% na oferta de vagas com carteira assinada.
Essa demanda por trabalhadores inclui do empregado na indústria de material de construção ao servente de pedreiro, passando pela crescente demanda por engenheiros.
A indústria da construção civil estima crescer 8,8% em 2010, enquanto o PIB projetado é de 5,8%, segundo avaliação do setor. Neste ano, a construção civil fechará o ano com um recorde de 2,35 milhões de trabalhadores com carteira assinada -ampliação de 7,3% sobre o estoque de trabalhadores contratados em 2008.
"Pelo ritmo de recuperação da cadeia da construção civil, esse problema da falta de mão de obra qualificada será enfrentado novamente em 2010", disse Fernando Garcia, professor da FGV e um dos autores do diagnóstico sobre a tendência para o setor até 2016.
Apagão — De acordo com Antônio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo, o "apagão" da mão de obra já é sentido em 2009. O sistema de recolocação de profissionais na construção civil, explica ele, vai fechar o ano com 69 mil vagas abertas, sem candidatos para preenchê-las. "Em São Paulo, 23 mil vagas ficarão abertas, 7.000 só na capital", diz Ramalho.
A abertura de novas frentes de obras (como o programa habitacional do governo federal Minha Casa, Minha Vida, projetos de infraestrutura e, em breve, obras para a Copa e a Olimpíada, além de toda a demanda gerada pelo pré-sal) deve agravar a situação a partir de 2010, prevê Ramalho.
As consequências, segundo ele, já são sentidas nos canteiros de obras. O sindicato atribui à falta de gente a ampliação das jornadas de trabalho, com consequente efeito aos trabalhadores. Ramalho diz que o número de mortes em São Paulo quase triplicou neste ano em relação a 2008. "De 7 mortes, registramos 20 até agora em São Paulo. Essa situação tem relação direta com a sobrejornada dos trabalhadores", afirma.
Indústria — A indústria da Construção Civil reconhece que a demanda por profissionais a partir de 2010 irá aumentar, mas que tem cuidado da formação dos trabalhadores para compensar a falta de qualificação. Segundo Haruo Ichikawa, vice-presidente do SindusCon-SP e responsável pela relação capital e trabalho na entidade, a maior parte da formação ainda é feita nos canteiros de obras.
Segundo ele, o Senai formou neste ano 31 mil trabalhadores para a construção civil em São Paulo. A indústria discute neste momento formas de expandir essa formação em 2010, o que inclui o uso das estruturas nos próprios canteiros de obras para as aulas.
A situação preocupa o próprio Senai. Paulo Rech, gerente-executivo de educação profissional e tecnológica do Senai, afirma que a instituição está tentando criar novos canais de formação para dar conta da demanda. "Qualquer curso na construção civil aberto hoje em São Paulo tem pelo menos cinco candidatos por vaga. Em alguns casos, até o dobro", afirma Rech.
A estratégia para dar conta de tanta demanda é levar cursos para os canteiros, criar unidades móveis, utilizar o ensino à distância, entre outras alternativas. Mesmo assim, o principal sistema de formação profissional da América Latina não tem condições de atender à demanda com os novos eventos (Copa, Olimpíada, pré-sal). (Leia mais na Folha)

CEF terá linha de crédito de R$ 1 bi para financiar compra de material de construção

A Caixa Econômica Federal (CEF) lançou na segunda-feira uma nova linha de crédito, o Caixa Fácil, destinada à aquisição de material de construção. Com o Caixa Fácil, a CEF coloca à disposição dos lojistas de materiais de construção R$ 1 bilhão para o financiamento aos clientes em até 24 meses. O valor máximo é de R$ 10 mil. A primeira prestação pode ser paga em até 59 dias. As taxas de juros variam, dependendo do acordo entre a Caixa e o lojista.

- Mas serão as (taxas) mais baixas do mercado - garantiu o vice-presidente de pessoa física da Caixa Fábio Lenza.

Lojistas presentes ao evento de lançamento da nova linha, no Centro Cultural da CEF, em São Paulo, e que vêm participando do projeto-piloto nos últimos seis meses, destacaram a facilidade para a contratação e aprovação do financiamento, sem necessidade de garantias como cartão ou cheque pré-datado. E também que praticamente não há cobrança de juros nos financiamentos até seis meses. Porém, com medo da inadimplência, para prazos maiores alguns lojistas admitiram que vêm cobrando juros de até 4% ao mês. (Leia mais em O Globo)

'Impostômetro' registra R$ 1 trilhão em impostos arrecadados no país

O 'Impostômetro', painel eletrônico que registra os impostos pagos no país nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal), alcançou a marca de R$ 1 trilhão por volta do meio-dia desta segunda-feira. O número foi atingido um dia antes que no ano passado (que tinha sido em 15 de dezembro), e faz com que 2009 seja o segundo ano seguido em que o total de impostos pagos no Brasil ultrapassa R$ 1 trilhão.

O 'Impostômetro' foi desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e é mantido em parceria com a Associação Comercial de São Paulo. Os dados podem ser consultados no site www.impostometro.com.br.

Na avaliação do presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, a crise econômica teve pouco efeito no montante de impostos arrecadados no Brasil este ano, mas levou a uma arrecadação com menos impostos federais e mais impostos estaduais e municipais, além da arrecadação pelo INSS.

- O resultado mostra que a crise teve pouco impacto na arrecadação de impostos. O governo federal abriu mão de impostos, mas isso permitiu a continuidade do consumo, do emprego e da renda, o que levou à alta de impostos estaduais, municipais e do INSS - explicou.

O IPVA, por exemplo, que é um imposto estadual cobrado de todo veículo em circulação, teve aumento de 15% em relação ao ano passado (11% se descontada a inflação), a reboque do crescimento da venda de veículos. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram licenciados 2,85 milhões de veículos de janeiro a novembro deste ano, o que representa uma expansão de 8,5% frente a igual período do ano passado.

- No início do ano, se falava em queda de 10%, 15% na arrecadação e o IBPT espera agora uma redução de 3% dos impostos arrecadados no ano, descontada a inflação. Em uma pesquisa com outros 50 países, o Brasil é o melhor posicionado na relação entre a arrecadação e o crescimento da economia - afirmou.

Amaral lembra que, se por um lado a notícia pode ser considerada positiva por mostrar a reação da economia à crise, as desonerações federais são temporárias e ainda é necessária uma política de redução de impostos para o longo prazo, de maneira a evitar efeitos negativos no crescimento do país.

R$ 10,26 bi a menos em IPI — A expectativa do IBPT é de que seja registrado um novo recorde na arrecadação de impostos este ano, com alta de 1,9% do total arrecadado em termos nominais. Descontada a inflação, a estimativa é de queda de 3%.

- Apesar da crise financeira internacional e das desonerações tributárias do governo federal, nominalmente a arrecadação de tributos em 2009 apresentará crescimento de 1,9%, chegando a um novo recorde - disse o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.

Em 2008, o país registrou uma alta de 14,5% no montante arrecadado (em termos nominais) frente a 2007, para R$ 1,055 trilhão. Descontada a inflação, o aumento foi de 9%.

Este ano, houve uma queda de R$ 29,7 bilhões dos tributos arrecadados pela Receita Federal do Brasil (exceto o INSS), e alta de R$ 16,26 bilhões nos impostos arrecadados pelo INSS, R$ 1,55 bilhão de FGTS, R$ 8,61 bilhões de tributos estaduais e R$ 3,28 bilhões de tributos municipais.

Apenas o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - cuja redução foi uma das principais armas do governo no estímulo à economia após a crise - representou uma queda de R$ 10,26 bilhões nos tributos arrecadados - o maior recuo - , seguido pelo Imposto de Renda (R$ 7,66 bilhões) e Cofins (R$ 6,59 bilhões).

Os maiores crescimentos, por sua vez, foram dos impostos do INSS (R$ 16,26 bilhões), outros tributos estaduais (IPVA, ITCD, Taxas, com R$ 5,43 bilhões), tributos municipais (IPTU, ITBI, ISS, Taxas, com R$ 2,67 bilhões) e o ICMS (R$ 2,23 bilhões). (Leia mais em O Globo)