quarta-feira, 3 de março de 2010

A UGT tem como meta, para 2010, iniciar a Revolução na Educação

País só cumpre 33% de metas de educação

Relatório mostra que ainda há alta repetência, a taxa de universitários é baixa e o acesso à educação infantil está longe do proposto. Estudo de pesquisadores de universidades federais abrange o período de 2001 a 2008, incluindo dois anos de governo FHC e seis de Lula.

Enquanto petistas e tucanos fazem alarde dos seus feitos na educação, um dos levantamentos mais abrangentes já realizados sobre a última década revela que os avanços na área foram insuficientes. Apenas 33% das 294 metas do Plano Nacional de Educação, criado por lei em 2001, foram cumpridas.
Relatório obtido pela Folha, feito sob encomenda para o Ministério da Educação, aponta alta repetência, baixa taxa de universitários -apesar dos programas criados nos últimos anos- e acesso à educação infantil longe do proposto.
O estudo, que abrange o período de 2001 a 2008, foi feito por pesquisadores de universidades federais, com apoio do Inep (instituto de pesquisa ligado ao MEC).
O plano foi criado com o objetivo de implantar uma política de Estado para a educação que sobrevivesse às mudanças de governo. As metas presentes nele são de responsabilidade dos três entes federados, mas municípios têm mais atribuição pela educação infantil e fundamental; Estados, pelo ensino médio; e a União, pela articulação de políticas.
O estudo traz indicadores relativos ao período de 2001 a 2008 -dois anos de governo FHC e seis de Lula. Para muitas metas, não há nem sequer indicador que permita o acompanhamento da execução.
Em outros casos, em que há indicadores claros, há um longo caminho pela frente. A educação infantil é um exemplo.
O plano previa que 50% das crianças de 0 a 3 anos estivessem matriculadas em creches até 2010. É o que a faxineira Adriana França dos Reis, 32, desejava para sua filha, que chegou aos quatro anos sem conseguir vaga. "Quanto mais cedo ela entrar na escola, sei que mais longe ela vai chegar", diz. Segundo o IBGE, só 18,1% das crianças de até três anos estavam em creches em 2008.
Já o ensino fundamental foi quase universalizado e aumentou de oito para nove anos.
No ensino médio, o obstáculo é já no atendimento. Na faixa etária considerada adequada para a etapa (15 a 17 anos), 16% estão fora da escola. Na educação superior, o plano estabelecia uma meta de 30% dos jovens na universidade. Em 2008, o índice estava em 13,7%.
O objetivo número um na educação de jovens e adultos, a erradicação do analfabetismo, está longe de ser alcançado. O Brasil ainda tem 14 milhões de pessoas de 15 anos ou mais que não sabem escrever.
Para João Oliveira, professor da UFG (Universidade Federal de Goiás) e um dos responsáveis pela pesquisa, uma das principais causas dos problemas na execução do PNE foi o veto à meta que previa um aumento expressivo nos recursos destinados à educação: 7% do PIB em educação até 2010.
Prevista na proposta aprovada no Congresso, foi vetada por FHC, que terminou seu mandato com um investimento de 4,8%. A decisão do tucano foi duramente criticada por petistas, que, em 2007 (dado mais recente disponível), já no poder, tinham aumentado o percentual apenas para 5,1%.
Sem financiamento, diz Oliveira, o plano acabou perdendo força, pois impôs deveres aos governos sem viabilizar recursos para o cumprimento deles. (Folha)

CAE do Senado aprova isenção de IR para aposentados

Os idosos com idade a partir de 60 anos poderão se beneficiar de isenção do Imposto de Renda sobre rendimentos (aposentadorias e pensões) que recebem da Previdência Social. Hoje, a lei já prevê esse benefício para quem tem mais de 65 anos. A isenção seria concedida para rendimentos até R$ 1.434,59 por mês.
A redução da idade limite foi aprovada hoje pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O projeto de lei, apresentado pelo senador César Borges (BA), foi aprovado em caráter terminativo, ou seja, não precisará passar por votação no plenário, a menos que seja apresentado requerimento com esse objetivo. Mas a proposta ainda será analisada pela Câmara dos Deputados.
"O projeto é muito simples. É uma adequação da legislação fiscal ao que está no Estatuto do Idoso, que estabelece que é idoso quem tem mais de 60 anos, e não 65", disse César Borges. "Como a isenção já existe para quem tem mais de 65 anos não acredito que terá impacto na arrecadação", acrescentou.
O governo, no entanto, demonstrou preocupação com os efeitos do projeto sobre a arrecadação. O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou requerimento solicitando que, antes de ser votado na CAE, o projeto dos aposentados fosse examinado pela Comissão de Constituição e Justiça, mas o pedido foi rejeitado. O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) chegou pedir vista, o que interromperia a tramitação do projeto, mas voltou atrás depois de ouvir apelos de César Borges e de outros senadores. O próprio PMDB, maior partido da base do governo no Senado, ficou a favor da proposta.
O projeto foi relatado na CAE pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que apresentou duas emendas. Uma delas atualizou o limite de isenção aos parâmetros utilizados atualmente pela legislação do IR. No texto original, o limite de isenção era estabelecido em R$ 1.058, outra emenda foi de redação. (Estadao)

Câmara aprova em primeiro turno PEC que cria piso salarial para policiais civis e militares

A Câmara dos Deputados aprovou há pouco, em primeiro turno, proposta de emenda à Constituição (PEC) que institui piso salarial para servidores policiais civis e militares. De acordo com o texto aprovado, a remuneração dos servidores ativos, inativos e pensionistas integrantes das polícias Civil e Militar, incluindo os bombeiros militares será fixada em lei federal.

Pela proposta aprovada, até que a lei federal institua o piso nacional e o índice de revisão anual, o valor para o menor cargo ou graduação (soldado) será de R$ 3.500 e de R$ 7.000 para o menor posto ou patente militar (oficial). A proposta estabelece o prazo de 180 dias após a promulgação para o inicio da implantação do piso nacional.

A aprovação do piso nacional ocorreu após muita polêmica e discussão no plenário da Câmara. Muitos parlamentares chegaram a criticar o comportamento dos policiais de vários estados, que desde as primeiras horas de hoje (2) realizaram manifestações na Esplanada dos Ministérios e nas áreas próximas ao Congresso Nacional, inclusive atrapalhando o trânsito.

Depois de muitos discursos, com elogios aos policiais e criticas pela forma que foi conduzida a manifestação para pressionar os deputados a votarem a PEC, os parlamentares aprovaram uma emenda aglutinativa (reunião dos textos das PECs que tratam da questão salarial dos policiais) pela quase totalidade dos presentes.

Votaram favor 393 deputados e 2 se abstiveram. Os destaques que visam a alterar o texto aprovado devem ser apreciados amanhã (3). A discussão e a votação da PEC foi acompanhada pelos policiais que lotaram a galeria. Também as dependências externas do Congresso foram ocupadas pelos policiais.

A PEC precisa ainda ser votada em segundo turno pelos deputados. Depois será encaminhada para novas votações no Senado. (Agência Brasil)

Câmara aprova projeto de capitalização da Petrobras

A Câmara dos Deputados aprovou há pouco, em votação simbólica, o texto principal do projeto de lei que trata da capitalização da Petrobras para a exploração do petróleo e gás da camada pré-sal, ressalvadas as emendas e destaques que visam a alterar o texto. Na parte da tarde, os líderes partidários fecharam acordo para votar amanhã (3) as emendas e os destaques ao projeto.

O texto aprovado pelos deputados foi o substitutivo apresentado ao projeto original do governo pelo relator da matéria na comissão especial, deputado João Maia (PR-RN). Na comissão, o relator acolheu duas das 15 emendas apresentadas à proposta. Com isso, os autores das outras emendas poderão destacá-las para apreciação em plenário.

O projeto permite que a União possa vender à Petrobras, sem licitação, o direito de explorar as atividades de pesquisa e lavra de petróleo, de gás natural e de outros hidrocaboretos fluidos, até 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural em áreas ainda não concedidas no pré-sal. Autoriza, também, o governo a participar do aumento de capital da empresa com operações realizadas com títulos da dívida pública.

Entre os destaques a serem votados amanhã estão três que pretendem incluir no texto a possibilidade dos atuais acionistas da Petrobras, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), aumentarem suas participações na estatal com a compra de novas ações com recursos também do FGTS. O relator chegou a admitir essa possibilidade em seu parecer na comissão, mas retirou o dispositivo do texto.

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que o governo admite negociar essa possibilidade do uso do FGTS para a capitalização da estatal, mas que será necessário negociar o percentual a ser usado pelos acionistas que adquiriram ações da Petrobras com recursos do fundo. (Agencia Brasil)

Atividade do varejo volta a se expandir em fevereiro, aponta Serasa

A atividade do comércio voltou a crescer em fevereiro, com um avanço de 0,2% na comparação com janeiro, quando o varejo sofreu retração de 0,6%, revelou a Serasa. Os dados contam com ajuste sazonal.

O indicador é mensurado com base no volume de consultas mensais realizadas por estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian. A amostra é composta por cerca de 6 mil empresas comerciais.

Todos os ramos varejistas analisados registraram crescimento em fevereiro em relação a janeiro, com exceção das lojas de Veículos, Motos e Peças, que tiveram um recuo de 0,7% no mês passado.

As lojas de Material de Construção foram o destaque de alta, com 3%. Trata-se do quarto mês consecutivo de crescimento do segmento, que já acumula variação positiva de 16,1% desde novembro, confirmando a trajetória de recuperação desse ramo que, explica a Serasa, foi o mais atingido pelos efeitos da crise mundial.

O segundo avanço mais significativo foi registrado pelo segmento Combustíveis e Lubrificantes, com expansão de 1,3%, em igual base comparativa. Já Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas tiveram alta de 0,9%.

Em fevereiro, na comparação com igual mês do ano passado, o movimento do varejo cresceu 10%. Este é o quarto mês consecutivo em que a taxa ficou na casa dos 10%. O motivo é a base fraca de comparação, uma vez que, entre novembro de 2008 e fevereiro de 2009, a crise afetava negativamente o consumo das famílias.

Nota-se ainda que a taxa do mês passado ficou próxima ao resultado obtido em janeiro nessa mesma base comparativa, de expansão de 10,2%.

Na comparação anual, o destaque de alta foi o ramo de Veículos, Motos e Peças, com um avanço de 21,2%, seguido por Móveis, Eletroeletrônicos e Informática, com alta de 19,4%. Por outro lado, Combustíveis e Lubrificantes registraram declínio de 2,5% em fevereiro, em comparação a igual mês de 2009.

No acumulado dos dois primeiros meses de 2010, a atividade do comércio registra crescimento de 10,1%, com destaque de alta para Veículos, Motos e Peças (21%) e Móveis, Eletroeletrônicos e Informática (20%). Mais uma vez, apenas o setor de Combustíveis e Lubrificantes apresentou queda, de 3,3%. (O GLOBO)

terça-feira, 2 de março de 2010

Está na hora de renegociar os valores do vale-refeição

Hora de reajustar o vale refeição

A defasagem dos valores dos vales refeição nos preocupa. Pois interfere, diretamente, na qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras, afetando sua saúde e disposição para o trabalho.

O reajuste do vale alimentação deveria ser automático por parte das empresas, que têm a obrigação de acompanhar, através de pesquisas informais, os custos das refeições de seus trabalhadores, no dia-a-dia de suas operações. Afinal, através do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), do Ministério do Trabalho, só existem vantagens em se investir na alimentação dos que reproduzem as riquezas da empresa.

Para os trabalhadores, uma alimentação equilibrada e saudável melhora suas condições nutricionais e a qualidade de vida, afeta positivamente a capacidade física, com aumento da resistência à fadiga e às doenças. Com um impacto direto na redução dos acidentes de trabalho.

Só por estes aspectos, os patrões mais conscientes deveriam ser os primeiros a acompanhar de perto os investimentos em alimentação.

Para a empresa, os investimentos em alimentação retornam com aumento de produtividade, com a melhoria de integração entre seus funcionários e a corporação, reduz os atrasos e faltas e a rotatividade e, para completar, o PAT permite a insenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação fornecida.

Até mesmo o governo tem ganhos com um trabalhador e trabalhadora bem alimentados, com a redução de despesas e investimentos na área da saúde, com o crescimento da atividade econômica e com o bem-estar social.

Mas, infelizmente, os patrões só agem se forem pressionados pelos sindicatos que representam seus trabalhadores. Por isso, a UGT vai orientar seus sindicatos filiados a retomar negociações específicas para renegociar os valores do vale refeição e do vale alimentação (usado para reforçar as compras do mês, nas empresas que não fornecem alimentação no local de trabalho).

É uma iniciativa a favor do Brasil, dos seus trabalhadores e trabalhadoras e tem o apoio de toda a sociedade. (Por Marcos Afonso de Oliveira)

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Pesquisa: vale-refeição só paga almoço até o meio do mês

Foram entrevistados 3.224 responsáveis por restaurantes em 23 cidades das cinco regiões do PaísEnviar por email Imprimir Comentar RSSAnúncios Google Viagens Trabalho.

Em São Paulo o vale-alimentação só dura até o meio do mês. Pesquisa realizada pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert) divulgada ontem mostra que o valor médio da refeição em São Paulo é de R$ 19, enquanto o benefício concedido por empresas para a alimentação dos funcionários é, em média, de R$ 10 por dia de trabalho.

A pesquisa entrevistou 3.224 responsáveis por restaurantes em 23 cidades das cinco regiões do País. Foram incluídos restaurantes filiados a pelo menos uma empresa operadora de benefícios e que trabalhem com pratos a la carte, prato feito, executivo ou refeições por peso. O resultado foi um preço médio nacional de R$ 18,20 para refeições que incluem prato principal, salada, uma bebida não alcoólica, sobremesa e cafezinho. O valor é 11% maior do que os R$ 16,30 encontrados por outra pesquisa da Assert realizada entre janeiro e fevereiro de 2009.

O levantamento confirma tendência demonstrada pelos números do IPCA do ano passado, que apontam a refeição fora do domicílio como uma das principais vilãs da inflação, encarecendo 9,05% e contribuindo com 0,37 ponto porcentual no índice anual de 4,31%.

Segundo a Assert, aproximadamente 6 milhões de trabalhadores recebem o benefício no Brasil, 80% deles têm remuneração abaixo de cinco salários mínimos.

O poder de compra do trabalhador no restaurante, no entanto, caiu nesse período. Segundo o presidente da Assert, Arthur Almeida, o valor médio do benefício não tem se alterado significativamente nos últimos anos, e se manteve em R$ 10. Se forem adotadas as médias de R$ 19 para a refeição e de R$ 10 para o vale, quem trabalha 20 dias por mês ainda precisa desembolsar R$ 180 por mês para se alimentar. "No ano passado, a prioridade, tanto dos trabalhadores quanto dos sindicatos nos acordos, era a manutenção do emprego. Houve pouco espaço para essa reivindicação", diz.

Aperto — Para quem ganha o vale, a briga para encaixar o preço da refeição no orçamento é diária. O webdesigner Bruno Alves, de 26 anos, trabalha na região da Avenida Paulista e recebe R$ 7 por dia para almoçar, valor insuficiente. "Dá pra almoçar só até o meio do mês. Gasto o dobro disso em cada almoço aqui na região", afirma ele.

A auxiliar administrativa Angélica Rodrigues, de 29 anos, recebe um vale maior, mas mesmo assim acha insuficiente. "Um prato com salada custa R$ 20, e meu vale é de R$ 14. Chega até o dia 20", conta. Sua estratégia para fazer o benefício render é migrar de restaurante, para opções mais baratas, conforme o mês avança. "Vou para um ali da rua de baixo, que sai mais em conta."

Já Adilson Queibre, de 25 anos, que trabalha em uma financeira e recebe R$ 16,88, consegue ainda levar um troco por dia após o almoço. "Sempre peço os pratos mais baratos, que custam R$ 12, tomo um refrigerante e gasto uns R$ 15", diz ele.

Dentre as categorias de trabalhadores, os bancários são os que recebem benefícios mais próximos da média: em todo o Brasil o valor é R$ 16,88 por dia. "Para o interior o valor é suficiente, mas para regiões como a Avenida Paulista, não", afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino.

"Consideramos esse o modo mais democrático de conceder a refeição. Nos acordos, priorizamos os reajustes de vale-alimentação e refeição ao salarial. Se eles aumentam, o bancário tem mais dinheiro para outras coisas", diz. A última revisão do valor, em setembro passado, foi de 6%.

Comerciários têm benefício garantido apenas de domingos e feriados, apesar de empresas de grande porte, geralmente, o concederem para todos os dias de trabalho. "Varia entre R$ 12 e R$ 21", afirma o presidente do sindicato da categoria, Ricardo Pattah. "Neste ano, para a convenção coletiva, vamos tentar caminhar rumo ao vale todo dia." Ele acrescenta que o vale-alimentação é a segunda reivindicação, atrás apenas de cesta básica, nas consultas a filiados.

Dentre os metalúrgicos a situação é diferente: o sindicato não negocia em convenção pois grande parte das empresas tem refeitórios. Caso contrário, o valor do benefício é avaliado pela própria empresa, com base nos preços de refeições na região.

Gripe suína: campanha contra vírus H1N1 vacinará 90 milhões de pessoas no país, diz Temporão

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta segunda-feira que 90 milhões de brasileiros deverão ser vacinados contra a influenza A (H1N1) - gripe suína - em dois meses. A campanha de vacinação começa no dia 8 de março. ( Tire suas dúvidas sobre a gripe suína )

- Esta será a maior campanha do mundo. Estou confiante de que faremos a diferença este ano - declarou o ministro, durante o seminário complexo industrial da saúde, em São Paulo.

" É um longo caminho porque é uma doença complexa. (Mas), em 5 anos poderemos ter uma vacina "

Temporão afirmou também que os ministérios da Saúde e de Ciência e Tecnologia trabalham em busca de uma vacina contra a dengue.

- É um longo caminho porque é uma doença complexa. (Mas), em 5 anos poderemos ter uma vacina - disse.

Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou que adultos entre 30 e 39 anos poderão receber a vacina. Esse grupo estava fora da campanha nacional de imunização, que começa dia 8 de março. Além dos adultos saudáveis dessa faixa etária, o ministério vai vacinar profissionais de saúde, crianças de 6 meses a 2 anos incompletos, pessoas com problemas crônicos de saúde, povos indígenas, mulheres grávidas e jovens entre 20 e 29 anos.

Ao todo, serão 36 mil postos de vacinação em todo o país. A primeira etapa, quando os profissionais de saúde e os índios serão imunizados, acontece entre os dias 8 e 19 de março. O último grupo a ser vacinado é população que tem de 30 a 39 anos. A imunização será entre os dias 10 e 21 de maio. (O GLOBO)

Caixa recupera R$ 2,4 bilhões em créditos em 2009. Valor é 38% maior do que em 2008

A Caixa Econômica Federal recuperou em 2009 cerca de R$ 2,4 bilhões de créditos em inadimplência de suas carteiras comerciais e habitacionais por meio de liquidação e renegociação de dívidas. O desempenho é 38% maior em relação aos valores atingidos em 2008 e é apontado como conseqüência da implantação de diversas modificações no modelo de cobrança, promovidas ao longo do ano passado.

Um das ações teve início em junho de 2009, quando a Caixa reforçou sua atuação em telecobrança para a carteira de créditos com poucos dias de atraso, abrangendo clientes dos segmentos Pessoa Física e Microempresa. A telecobrança passou a ser feita por empresa especializada, com equipe capacitada em realizar contatos e prestar atendimento aos clientes.

Segundo o vice-presidente de Pessoa Física da Caixa, Fabio Lenza, a fase da telecobrança é muito importante para evitar que a situação de atraso dos contratos se agrave. "Muitas vezes o cliente precisa apenas ser lembrado para realizar o pagamento da prestação", avalia Lenza.

A Caixa também encerrou o ano de 2009 sendo responsável por 8,8% do crédito ofertado pelo Sistema Financeiro Nacional, frente aos 6,5% de participação em 2008. O saldo da carteira de crédito da Caixa alcançou R$ 124,4 bilhões, um incremento de 55,3% em relação ao registrado em 2008. No mesmo período o mercado teve um crescimento de 14,9% no estoque de crédito.

A expansão da carteira de crédito ocorreu com a elevação em sua qualidade. Ampliou-se a participação dos créditos classificados de AA a B (baixo risco de crédito) de 69,8%, em 2008, para 78,7%, em 2009. Em igual período, a inadimplência (atrasos superiores a 90 dias) reduziu-se de 2,4% para 2,2% e o percentual de provisão com relação ao saldo da carteira de crédito caiu 1,5 p onto percentual, baixando de 8,6% para 7,1%, indicando a melhoria da qualidade da carteira.

O saldo da carteira comercial alcançou R$ 44,9 bilhões, um aumento de 55,7% frente a dezembro de 2008. O segmento de Pessoas Jurídicas obteve saldo de R$ 23,5 bilhões e o de Pessoa Física, R$ 21,4 bilhões, crescimento de 55,8% e 55,7%, respectivamente, em relação a 2008.

Em Habitação, a Caixa bateu recorde histórico de contratações. Nos doze meses, os recursos concedidos chegaram a R$ 47,3 bilhões e a R$ 49,3 bilhões, se considerados os R$ 1,4 bilhão em repasses e os R$ 573 milhões realizados por meio de consórcio, aumento de 105,2% frente a 2008. O saldo da carteira habitacional registrou R$ 70,5 bilhões em 2009, valor 56,5% maior do que o ano anterior. (O Globo)

Datafolha: apenas 14% aprovam atuação do Congresso

Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira pelo jornal "Folha de S. Paulo" mostra que apenas 14% aprovam a atuação do Congresso Nacional, palco de uma série de escândalos no ano passado. Na última pesquisa, realizada em dezembro de 2009, o percentual do eleitorado que considerava o desempenho dos parlamentares como "ótimo ou bom" era de 15%. Há um ano, chegava a 16%.

De acordo com o levantamento, 39% acham o trabalho do Congresso "regular", percentual que se manteve estável desde março de 2009. Já uma fatia de 39% do eleitorado avalia como "ruim ou péssima" a atuação dos parlamentares. Esse percentual, que era de 37% há um ano, havia subido para 40% na pesquisa anterior.

A sondagem mostra ainda que, dos entrevistados que simpatizam com o PSDB, apenas 7% consideram ótimo ou bom o desempenho do Congresso, enquanto 56% dizem que é "ruim ou "péssimo". Dos que preferem o PT, segundo a pesquisa, 17% acreditam que é "ótimo ou bom", e 35%, "ruim ou péssimo".

Segundo o Datafolha, a melhor avaliação foi dos entrevistados que têm preferência pelo PMDB, partido dos presidentes do Senado, José Sarney (AP), e da Câmara, Michel Temer (SP). Entre eles, 20% dizem que o desempenho dos parlamentares é "ótimo ou bom", e 37%, "ruim ou péssimo".

O Datafolha ouviu 2.623 pessoas acima de 16 anos nas cinco regiões do país, entre os dias 24 e 25 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para mesmo.

Diferença entre Dilma e Serra cai para quatro pontos — Já pesquisa Datafolha divulgada no domingo mostra que a distância entre a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), caiu de 14 para apenas quatro pontos percentuais desde dezembro. De acordo com a sondagem, Dilma pulou de 23% das intenções de voto, em dezembro passado, para 28%. Já Serra, que ainda não confirmou sua candidatura, caiu de 37% para 32% no mesmo período.

O crescimento de Dilma fez a oposição entrar em estado de alerta . Os tucanos temem que isso reforce as especulações de que Serra poderia trocar a acirrada disputa nacional por uma reeleição mais tranquila em São Paulo. Outra preocupação para a oposição é a redução da diferença entre ele e Dilma no Sudeste, de 22 para 14 pontos. Com isso, aumentam também as pressões para que o governador de Minas, Aécio Neves, aceite ser vice na chapa de Serra. (O Globo)

Lula presta solidariedade a Bachelet em breve visita ao Chile

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve reunido, no início da noite desta segunda-feira, com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, em Santiago.
Lula mudou sua agenda ao longo do dia e resolveu seguir viagem de Montevidéu, onde compareceu à posse do presidente José Mujica, rumo a Santiago, para se encontrar brevemente com Bachelet no aeroporto da capital chilena.
O presidente expressou sua "solidariedade com o povo chileno, com (a presidente) Michelle (Bachelet)" e também ofereceu suas "condolências com os familiares das vítimas do terremoto".
Lula retorna ainda hoje ao Brasil e deve chegar por volta das 23 horas em São Paulo, onde cumpre agenda oficial amanhã, segundo a assessoria do Palácio do Planalto.
O Brasil deverá enviar profissionais de saúde, hospitais de campanha e estruturas para montar pontes móveis para atender às vítimas do terremoto de 8,8 graus que atingiu o Chile no último sábado.
Bachelet disse que o número de mortos deve aumentar. Oficialmente, o governo chileno confirma que o terremoto matou 723 pessoas até o momento, mas ainda há desaparecidos e feridos.
O país enfrenta ainda confrontos envolvendo saqueadores e as forças de segurança. As autoridades chilenas mobilizaram as Forças Armadas para conter a onda de saques, que já levaram à prisão ao menos 160 pessoas.
Desde ontem, por determinação de um decreto de Bachelet, está em vigor o toque de recolher na região de Concepción, segunda maior cidade do Chile, a 400 quilômetros de Santiago. O local, que tem cerca de 500 mil habitantes, foi um dos mais atingidos pelo sismo.
De acordo com o governo chileno, aproximadamente 1,5 milhão de casas foram danificadas e 2 milhões de pessoas foram afetadas pelo tremor. Há pessoas que estão nas ruas porque perderam suas casas. O medo também afasta alguns chilenos de suas residências, pois tremores secundários continuam ocorrendo.
Bachelet apelou para que a população mantenha a confiança no governo porque todos os esforços estão sendo feitos. Segundo ela, as autoridades federais, estaduais e municipais se uniram em busca da execução de medidas para evitar o agravamento da situação.
"Estamos fazendo tudo que precisa ser feito, em casos mais urgentes, para que, logo que possível, a situação global seja normalizada", disse a presidente chilena.
O mandato de Bachelet termina no próximo dia 11, quando Sebastián Piñera assumirá o posto. Os dois já se reuniram para discutir as providências que deverão ser tomadas em relação às consequências do terremoto.

Governo prevê parceria de empresas públicas e privadas em banda larga

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou hoje, que o Plano Nacional de Banda Larga, cuja meta é universalizar o acesso à internet rápida no país, está na dependência de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na qual serão discutidas soluções para alguns problemas levantados na última reunião.
"Acho que está tudo bem. A pretensão é a de fazer uma joint venture entre as empresas públicas e privadas para que possamos cobrir as áreas que lamentavelmente não têm ainda internet." A reunião com o presidente está prevista para a próxima semana,
A existência de pontos de atendimento para os jovens usarem a banda larga gratuita é um dos detalhes que serão discutidos mais adiante, informou Costa. De acordo com ele, a internet chegará aos pontos públicos, embora seja "praticamente impossível" pensar em internet gratuita para todos.
"Isso nenhum país conseguiu fazer até agora. Não tem estrutura que aguente uma carga dessa natureza. O que se pretende é fazer com que a internet esteja disponível nos principais pontos de acesso, atendendo nas escolas, entidades, associações comunitárias e universidades". (Agência Brasil)