quinta-feira, 12 de maio de 2011

Ampliar os pisos salariais para melhorar a inclusão social e ajudar a acabar com a miséria no País, como é promessa da presidente Dilma

Governador de Goiás, Marconi Perillo, anuncia piso estadual para 2012

Por Ricardo Patah, presidente nacional da UGT

Na plenária da UGT-Goías, no último dia 10, tivemos a honra de receber o governador Marconi Perillo que aceitou a proposta da UGT de realizar levantamentos até o fim deste ano para implantar o piso estadual de Goiás, para o próximo ano. É uma prática adotada por Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, que protege as categorias sem uma representação sindical e estimula, ao mesmo tempo, as que têm representação sindical a negociar pisos salariais em novos patamares.

Além disso, os pisos estaduais compensam junto aos setores mais desprotegidos da sociedade a defasagem dos recentes reajustes do salário mínimo, dando dignidade e melhorando a qualidade de vida de amplos setores.

Com a promessa do governador Marconi Perillo, Goiás viverá também essa realidade, num ano em que o governo Dilma poderá confirmar, na prática, suas promessas de campanha de acelerar a erradicação da miséria no Brasil.

A UGT continua sua negociação com os demais Estados da federação que ainda não têm o piso estadual. Buscando sensibilizar os governantes para se criar açoes de Estado para melhorar a distribuição de riqueza e proteger os setores mais fragilizados, por não terem ainda uma representação forte, no acesso ao salário e a renda.

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Proposta de desoneração da Fiesp reduz impostos apenas para indústria

Depois de assistir ao domínio do setor de serviços na proposição de ideias para desoneração da folha de pagamentos, a indústria finalmente encaminhou uma proposta ao governo federal - e não se preocupou em evitar polêmica. Entregue na última sexta-feira a Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, a proposta desenvolvida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) é simples: a contribuição patronal de 20% do salário do empregado ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) deve ser zerada, apenas para a indústria de transformação, e, para que a Previdência não fique sem a receita, a Fiesp sugere aumento de impostos para todos os setores da economia, à exceção da indústria.

Elaborado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, chefiado por José Ricardo Roriz Coelho, o estudo sugere a elevação da alíquota da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que é recolhida pelo governo federal sobre o faturamento das empresas. Atualmente a alíquota para recolhimento da Cofins varia conforme o sistema usado pela empresa para pagamento do Imposto de Renda (IR). Na regra geral, empresas que pagam IR pelo sistema do lucro real pagam Cofins de 7,6% sobre o faturamento. As empresas que recolhem IR pelo lucro presumido arcam com uma Cofins de 3%. A proposta da Fiesp é elevar as alíquotas da Cofins para 8,33% e 3,21%, respectivamente, para todos os setores, à exceção da indústria.

Assim, avalia a Fiesp, seria possível que os demais setores da economia compensassem a arrecadação de R$ 20,3 bilhões obtida pela contribuição da indústria com os 20% sobre a folha, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a Fiesp, para cada ponto percentual de encargo sobre a folha que é reduzido, os investimentos da indústria aumentam 0,78 ponto percentual. Assim, ao baratear a contratação de pessoal, a desoneração integral dos 20% para o INSS poderia ampliar os investimentos da indústria de transformação em 15,3 pontos.

"É a indústria o setor que mais paga impostos no país", diz Roriz Coelho, autor do levantamento encaminhado ao governo, "nada mais natural, portanto, que seja a indústria a mais beneficiada nas discussões em torno da desoneração dos encargos sobre a folha de pagamento". Segundo a Fiesp, a indústria de transformação contribui com 36,7% dos impostos arrecadados pelo setor público, mais que o dobro que os 16% recolhidos pelo comércio e os 13,4% pagos pelo setor financeiro.

Para Luigi Nese, presidente da Confederação Nacional dos Serviços (CNS), a proposta encaminhada pela Fiesp "é, no mínimo, imoral". "Fiquei chocado quando vi uma proposta que sugere ao governo desonerar um setor e onerar todos os outros", diz Nese.

No início do ano, a CNS apresentou ao governo uma proposta de isenção da alíquota de 20% destinada ao INSS cobrada sobre a folha, que seria substituída por uma Contribuição sobre Movimentação Financeira (CMF). Esta seria cobrada de todos os setores, por meio de uma alíquota de 0,82% sobre a movimentação financeira envolvendo o pagamento de salários. Em apresentação ao Grupo de Avanço da Competitividade (GAC), em Brasília, na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, cobrou da indústria uma proposta própria. "Precisamos ter diversas propostas para comparar", disse Mantega, segundo fontes ligadas à indústria e aos serviços presentes no encontro.

"Qual é o sentido de um setor que representa apenas 16% do PIB, e gera menos empregos que serviços e comércio, ganhe um incentivo que deverá ser pago por todos os outros?", pergunta Nese.

Para Roriz Coelho, a ideia do segmento de serviços, de "reavivar a antiga CPMF" é anacrônica. "O fim da CPMF, em 2007, foi uma conquista da sociedade. Por que agora teremos de voltar a pagar um imposto sobre movimentação financeira?", diz. Além disso, afirma, "todos sabemos que esse tipo de contribuição é mais abusiva para quem tem menos renda". (Valor)

País criou 2,86 milhões de vagas formais em 2010, diz Ministério

Crescimento em relação a 2009 foi de 6,94%, segundo dados da Rais.
Número de vagas supera o informado pelo Caged.

do Trabalho divulgou nesta quarta-feira (11) que o Brasil criou, em 2010, 2,861 milhões de empregos formais, ou seja, com carteira assinada, número recorde. O crescimento em relação a 2009 foi de 6,94%.

Os dados, que fazem parte da Relação Anual de Informações Sociais, superam a criação de vagas informada em janeiro para o mesmo ano. Naquele mês, o ministério informou que acriação de vagas no ano passado ficara em 2,52 milhões de postos formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

A Rais é considerada um raio-X mais preciso do mercado de trabalho formal que o Caged. Enquanto esse último envolve apenas os empregados contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), os chamados celetistas, a Rais traz também os dados dos trabalhadores estatutários, temporários e avulsos. (G1)

País pode lançar este ano no mercado externo títulos da dívida em real, diz secretário do Tesouro

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, voltou a dizer que o governo pode lançar no mercado financeiro internacional títulos da dívida externa em reais, e não em moeda estrangeira, ainda em 2011. Mas, segundo ele, tudo dependerá das condições da economia mundial. “A nossa política, no que concerne à dívida externa, permanece a mesma. São emissões qualitativas e feitas quando entendemos que as condições de mercado [internacional] são favoráveis”, disse.

Arno Augustin não quis anunciar uma data, porque, segundo ele, ao contrário dos leilões de títulos no mercado interno, não há um cronograma para a negociação de papéis no mercado externo. “Nada impede o lançamento de novos títulos da dívida externa. Nós poderemos vir a fazer lançamentos de títulos novamente ao longo deste ano, mas não há previsão de data. Não há nenhuma novidade sobre datas ou lançamentos previstos”, informou.

O secretário apresentou, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, os números relativos ao resultado do Tesouro Nacional e à evolução das transferências constitucionais feitas por meio dos fundos de Participação dos Estados, dos Municípios, e do Distrito Federal.

Ao lançar títulos no mercado internacional, o Brasil nem sempre tem a intenção de captar recursos. Às vezes, as operações servem para avaliar a receptividade dos investidores em relação aos papéis brasileiros e criar parâmetros para novas emissões do governo e de empresas. (Agencia Brasil)

Inflação do aluguel tem alta de 10,06% em 12 meses, diz FGV

Taxa acumulada é referente à primeira prévia de maio.
Alimentos seguem pressionando Índice de Preços ao Consumidor.

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), chamado de inflação do aluguel e usado para reajustar a maioria dos contratos imobiliários, acelerou para 0,70% na primeira prévia de maio, contra 0,55% no mesmo período do mês anterior, segundo informou, nesta quarta-feira (10), a Fundação Getulio Vargas (FGV). No ano, o indicador acumula alta de 3,61% e, em 12 meses, de 10,06%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que faz parte do IGP-M, registrou variação de 0,60%, diante de alta de 0,63% no mesmo período de abril. A taxa de variação do índice referente a bens finais recuou de 0,87% para 0,14%, com contribuição do subgrupo alimentos processados (de 1,05% para -1,04%). O índice referente a matérias-primas brutas ficou em 0,87%, contra 0,29% no mês anterior, com maior influência partindo de minério de ferro (de -0,72% para 8,57%), cana-de-açúcar (de 3,89% para 14,16%) e mandioca (de -6,81% para -1,65%).

Para o consumidor — Na primeira prévia de maio, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,87%. No mesmo período de abril, a taxa ficara em 0,46%. Das sete classes de despesa que fazem parte do índice, seis tiveram aceleração de preços. A maior influência partiu do grupo de despesas com alimentação (de 0,28% para 0,75%). Os destaques ficaram com hortaliças e legumes (de 1,60% para 4,26%), panificados e biscoitos (de -0,36% para 0,80%) e laticínios (de 1,16% para 2,18%).

Também apresentaram acréscimos em suas taxas de variação os grupos vestuário (de 1,14% para 1,91%), saúde e cuidados pessoais (de 0,61% para 1,29%), transportes (de 1,12% para 1,78%), despesas diversas (de -0,04% para 0,48%) e habitação (de 0,30% para 0,51%). Os destaques partiram de roupas (de 1,41% para 2,06%), medicamentos em geral (de 0,72% para 3,69%), gasolina (de 2,20% para 6,25%), cigarro (de 0,00% para 1,13%) e tarifa de eletricidade residencial (de 0,03% para 1,61%).

Na contramão, subiram menos os preços relativos aos gastos com educação, leitura e recreação (de 0,40% para 0,38%). A maior influência foi exercida pelo item hotel, cuja taxa passou de 3,54% para 1,55%. (Seu Dinheiro, G1)

Lobão confirma redução do preço do combustível na BR Distribuidora

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou há pouco que o governo deve forçar uma redução de até 10% nos preços do combustível comercializado pela BR Distribuidora.

Segundo ele, a decisão poderá ser tomada assim que houver a “normalização completa” dos preços da gasolina e do etanol nos postos de combustível.

“Os preços já estão caindo nas bombas de gasolina e nos postos de combustível. A BR vai reduzir a gasolina entre 6% e 10%. A mesma coisa acontecerá com o etanol. Mas, além disso, outras distribuidoras já estão trabalhando nessa direção”, disse o ministro ao chegar a evento no Senado. (Valor)

Alckmin divide reajuste de professor em 4 anos
Aumento total é de 42,2%, sendo 13,8% em 2011; piso sobe para R$ 1.894. Este é o 1º reajuste unificado desde 2008; gestão Serra defendia aumento apenas com base no desempenho
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou ontem uma proposta de aumento de 42,2%, dividido em quatro anos, no salário-base dos professores de São Paulo. O reajuste, que inclui aposentados e pensionistas, ainda tem de ser aprovado na Assembleia Legislativa.
O reajuste deste ano (13,8%) será dado em 1º de julho. Com isso, o salário inicial para jornada de 40 horas vai de R$ 1.665 para R$ 1.894.
Esse é o primeiro reajuste estendido a toda a categoria desde 2008, quando foi concedido 5%. O governo José Serra, antecessor de Alckmin, defendia uma política de aumentos apenas com base no desempenho.
Apesar do reajuste unificado, Alckmin vai manter o bônus por desempenho (que leva em conta a nota das escolas em avaliação) e a valorização por mérito (que só engloba os docentes que vão melhor em uma prova).
O governador, porém, estuda alguns ajustes. O reajuste deste ano inclui e incorpora ao salário uma gratificação de R$ 92 recebida por docentes da ativa -o que faz com que o aumento de fato gire em torno de 8%.
A porcentagem já inclui a reposição da inflação dos últimos 12 meses, medida em abril pelo IPCA, de 6,51%.
Essa era a última gratificação que ainda não estava incorporada. As inclusões beneficiam principalmente aposentados, já que eles perdem o direito aos benefícios quando saem da ativa.
Funcionários da rede (como merendeira, secretário e bedel) também terão aumento dividido em quatro anos. O reajuste médio de 34% deste ano incorpora gratificação. Os reajustes devem custar R$ 824 milhões em 2011.
A presidente da Apeoesp (sindicato dos professores do Estado), Maria Izabel Azevedo Noronha, disse que a proposta é "um bom início de conversa", mas são necessárias mais medidas, como melhorias no plano de carreira.
Os professores reivindicavam reajuste de 36,74% neste ano para reposição de perdas desde 1998. Desde então, dizem, os reajustes dados não deram conta de repor toda a inflação do período.
O sindicato também quer que o reajuste seja retroativo a 1º de março (data-base).
Uma das metas da gestão atual é melhorar a posição da rede paulista em rankings internacionais. Para isso, ela recorreu a uma consultoria externa, que apontou a necessidade de reajustes para professores. A Secretaria da Educação, porém, diz que o aumento já era planejado. (Folha)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

UGT mobilizada rumo ao 2o. Congresso Nacional, em julho

Governador Marconi Perillo participa de plenária da UGT-Goiás

O governador Marconi Perillo participou da abertura da Plenária Estadual da União Geral dos Trabalhadores – UGT–Goiás, no auditório do Hotel Sleep Inn, em Goiânia. O objetivo da reunião, que segue até amanhã com representantes dos 50 sindicatos filiados à regional goiana da UGT, é discutir as propostas que serão levadas ao 2º Congresso Nacional da UGT, em São Paulo, de 14 a 16 de julho.

O presidente da UGT-Goiás, Manoel do Bonfim Dias Sales, destacou que os sindicatos dos trabalhadores tiveram um bom relacionamento com Marconi Perillo nos governos anteriores e que esperam ser parceiros agora também. “Quero destacar que somos uma central que está preocupada com os trabalhadores, sim, mas também com o meio ambiente, a saúde, a educação, a segurança pública e a inclusão social. Nós queremos ser parceiros do Governo no desenvolvimento de políticas públicas, pois temos projetos e capacidade para isso. A UGT, senhor governador, está à disposição para discutir o melhor. Vamos mostrar para a sociedade que o movimento sindical evoluiu e deixou de ser galo de briga para ser parceiro”, disse Bonfim.

De acordo com o presidente da UGT nacional, Ricardo Patah, a central nasceu com o propósito de trabalhar junto, de ser parceira para criar cidadania para o País. Patah também aproveitou o encontro para solicitar a Marconi Perillo a criação do piso estadual. “Trouxemos uma proposta para o senhor, governador. Queremos trazer para Goiás o piso estadual para possibilitarmos a distribuição de renda”, afirmou.

Marconi Perillo enfatizou em seu discurso que a relação dele com os trabalhadores é antiga e respeitosa, pautada no diálogo, na proximidade e nos resultados conquistados ao longo do tempo. Marconi destacou que a presença dele no evento sinaliza definitivamente o interesse do Governo de dialogar e buscar uma séria de avanços com as centrais sindicais, estreitando, cada vez mais, a relação com os trabalhadores.

“Estou aqui para apresentar minha saudação fraterna e reafirmar a disposição de participar da luta dos trabalhadores.” Em relação ao pedido da criação do piso estadual, Marconi afirmou que gostaria muito de ter “copiado o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, que criou o piso estadual de R$ 600”, mas a situação que encontrou as finanças do Estado não permitiu. “O cenário hoje é de contenção de gastos e racionalidade. Mas espero me reunir com a UGT até o final do ano para traçarmos propostas para 2012. E uma dessas propostas será o piso estadual”, concluiu.

A UGT, que tem como pilares a cidadania, a ética e a inovação, é a terceira maior central sindical do Brasil. Com três anos e meio de existência, a UGT congrega atualmente cerca de mil sindicatos de trabalhadores. A regional goiana da UGT é a segunda maior central sindical do Estado, com 50 sindicatos filiados. (Fonte do rss)

Cadastro positivo é aprovado na Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira a medida provisória que cria o cadastro positivo, um banco de dados que reunirá informações sobre os consumidores. De acordo com o texto, os dados de consumidores (pessoas físicas e jurídicas) poderão ser incluídos no cadastro positivo por meio de uma única autorização e constarão da base de dados durante prazo máximo de 15 anos. O texto foi aprovado simbolicamente, com o apoio no mérito de todos os partidos, com exceção do PSOL, mas precisa ser votado pelo Senado.

Em 2010, o Congresso aprovou projeto de lei que criava esse cadastro, mas a proposta foi vetada integralmente pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que editou no mesmo dia do veto a MP votada nesta terça-feira. Na proposta, o governo deu novo formato ao cadastro, com maior clareza às regras e mais segurança aos consumidores.

O banco de dados poderá ter informações sobre financiamentos e também serviços continuados, como pagamento de água, luz e telefone fixo. Os dados sobre telefonia móvel ficarão de fora, porque o setor não tem um sistema organizado e são comuns erros em contas e cobranças feitas dos clientes.

O Poder Executivo ainda terá de regulamentar a forma como as informações devem ser armazenadas e compartilhadas no cadastro. Determina ainda que o banco de dados, a fonte das informações e quem consultá-lo serão "responsáveis pelos danos materiais e morais que causarem ao cadastrado". O relator do texto, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), alterou a MP, para incluir a obrigatoriedade de os gestores de bancos de dados identificarem as pessoas e os equipamentos usados para o armazenamento de informações.

Segundo Quintão, desse modo será possível rastrear a origem e o destino de todos os dados anotados no histórico de crédito das pessoas. O projeto também estabelece que o gestor do banco poderá limitar, em até três vezes ao ano, o acesso gratuito da pessoa a seus dados no cadastro positivo. Quando a pessoa comunicar que foi incluída uma informação errada no cadastro, o gestor terá até sete dias para corrigi-la. (O Globo)

Senador insiste na troca do fator previdenciário pelo limite de idade

Em audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, o senador Paulo Paim (PT-RS) voltou a insistir no fim do fator previdenciário e disse que a exigência de limites mínimos de idade para que o trabalhador se aposente compensaria a extinção do instrumento.

O fator previdenciário incentiva o contribuinte a deixar a aposentadoria para depois. Isso porque o instrumento leva em conta o tempo de contribuição do trabalhador, sua idade e a expectativa de vida. Pela proposta de Paim, apenas a idade e o tempo de contribuição seriam suficientes como critério para a aposentadoria.

O senador sugere que as mulheres possam se aposentar aos 55 anos e após os 30 anos de contribuição, enquanto os homens se aposentariam aos 60 anos e após 35 anos de contribuição. Para o senador, o fator “confisca até metade do salário no ato da aposentadoria e prejudica principalmente as mulheres". “Minha proposta oferece uma alternativa ao fator previdenciário”, afirmou Paim, de acordo com a Agência Senado.

Uma alternativa é o que o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, quer. No mês passado, em entrevista ao programa “Bom dia ministro”, Alves defendeu uma alternativa ao fator, classificou-o como “maldito para a maioria da população”, mas afirmou que é preciso fazer a substituição com cuidado, uma vez que o instrumento traz cerca de R$ 10 bilhões à Previdência. (Fonte UOL/Infomoney)

Estado não é obrigado a dar licença-maternidade de seis meses, decide STJ

Ao analisar o recurso de uma servidora pública de Belo Horizonte, a Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que as servidoras públicas não têm direito automático ao aumento da licença-maternidade de 120 para 180 dias.

O colegiado argumentou que a lei determina que os entes da administração pública direta, indireta ou fundacional estão autorizados a liberarem a licença, mas não têm obrigação de fazê-lo.

No recurso, a servidora contestava decisão do município que lhe negou a prorrogação da licença. A defesa da servidora alegou que o termo “autorizada”, presente na lei, não dá à administração pública o direito de negar o benefício.
O relator do recurso, ministro Arnaldo Esteves Lima, entendeu que o argumento da servidora é inaceitável de acordo com a Constituição Federal, que determina que os entes da federação têm autonomia administrativa. Para o ministro, cada qual tem o direito de estabelecer os respectivos regimes jurídicos aplicáveis a seus servidores públicos. (Correio Braziliense)

Proposta de desoneração da folha de pagamento pode sair neste semestre

O governo promete encaminhar ao Congresso, até o fim do primeiro semestre, proposta sobre a desoneração da folha de pagamentos. 'É um desafio construir um consenso, mas estamos buscando', disse Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda.

Ele afirmou também que a intenção do governo, ao tentar aprovar a Reforma Tributária 'fatiada' para entrar em vigor ano que vem, não é 'aumentar ou reduzir' a carga de impostos paga pelos brasileiros. 'A carga tributária poderá aumentar, cair ou ficar neutra. Para nós, ela deve ser do tamanho necessário para prover o Estado de suas necessidades', disse ele.

Em debate na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, o secretário afirmou que 'a carga aumentou nos últimos tempos, em grande parte, pelo aumento do tamanho da economia formal, da regularização de setores informais.'

Barbosa admitiu que existe 'uma tributação elevada' sobre a folha salarial das empresas. Segundo ele, a tributação patronal sobre a folha de pagamentos no Brasil oscila entre 34,3% a 39,8%. Os tributos incidentes são a contribuição previdenciária (20%), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), com alíquota de 8%; seguro acidente de trabalho, variando entre 0,5% a 6%; contribuição ao Sistema S (2,5%); Sebrae (0,6%); Incra (0,2%) e salário educação (2,5%).

Proposta de emenda constitucional já prevê a redução da alíquota previdenciária patronal (o empregado recolhe 8% do salário), de 20% para 14%. Isso envolveria a compensação pela União ao INSS.

Barbosa repetiu que a União precisa ter compensação, pois não pode perder cerca de R$ 100 bilhões dessa receita anual. 'Nossa preocupação é preservar a Previdência Social, que não é do governo, mas dos trabalhadores brasileiros', esclareceu o secretário.

Ele comentou ainda que o governo está vendo 'uma boa pré-disposição' dos governos regionais em acabar com a chamada 'guerra fiscal', redução de impostos dados por Estados e municípios para atração de investimentos. Isso animaria o Palácio do Planalto a tentar, mais uma vez, aprovar mudanças mais profundas no sistema tributário brasileiro. (G1)

Inflação pode 'agravar' negociações salariais, diz BC

Aldo Mendes diz acreditar que o pior da inflação já ficou em abril.
IPCA é referência para o reajuste de salário de algumas categorias.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, disse nesta terça-feira (10) que a tradicional “a queda de braço” entre empregados e patrões por negociações salariais, que normalmente acontece no segundo semestre do ano para algumas categorias profissionais expressivas, será “agravada” este ano pela aceleração da inflação acumulada.

A inflação acumulada pelo IPCA em 12 meses - que ficou em 6,51% na medição terminada em abril e ultrapassou o teto da meta estabelecida pelo governo - serve para indexar alguns desses salários e, de acordo com Mendes, pode complicar mais as negociações.

O IPCA – inflação oficial que acumulou variação de 6,51% em 12 meses terminado em abril, extrapolando assim o teto da meta do governo – serve de referência para alguns reajustes de salário. "De fato isso torna um pouco mais complexo o quadro quando você tem uma inflação acumulada mais alta", afirmou.

Por outro lado, avalia Mendes, a tendência de recuo da inflação presente daqui em diante, poderá ajudar a equilibrar essa queda de braço, já que pode servir de argumento para que os sindicatos patronais negociem reajustes menores que o total da inflação passada.

“O que nós vamos assistir é, de fato, uma tradicional queda de braço, eventualmente agravada se tiver a inflação para trás mais alta. Minimizada, por outro lado, se nós temos inflação corrente mais baixa, o que pode dar argumento para o lado patronal dizer ‘olha, eu estou concorrendo no mercado, como eu vou conseguir repassar tudo isso depois?’. Não será fácil, todo ano é momento de alguma tensão em alguns setores, mas existem esses dois fatores que estarão na mesa”, disse Mendes.

'Pior já passou' — O diretor do BC disse ainda acreditar que o pior da inflação ficou em abril, quando subiu 0,77%, e deverá apresentar taxas menores a partir de maio. "Nossa expectativa é de que o pior momento da inflação provavelmente ficou em abril, a gente vai ver índices mais baixos daqui para a frente", afirmou Mendes, que atribui à queda da inflação a fatores sazonais e a um comportamento "mais favorável" dos preços das commodities. (G1)