quarta-feira, 18 de maio de 2011

Investir, com urgência, na educação e na qualificação para ampliar a competitividade brasileira

Competitividade é gargalo na economia por falta de investimento em qualificação

Por Ricardo Patah, presidente nacional da UGT

Como brasileiros acompanhamos constrangidos a queda de seis posições do Brasil no ranking da competitividade mundial. Em um ano, o Brasil perdeu seis posições -só Grécia e África do Sul perderam mais- e foi passado por México, Peru, Itália, Filipinas, Turquia e Emirados Árabes, como relata hoje a Folha. É o quarto da América Latina, atrás também do Chile. As alegações oficiais são problemas na infraestrutura e ineficiência do governo. Estas desculpas genéricas escondem a falta de comprometimento dos empresários locais (com grande responsabilidade para os políticos de plantão) no investimento em qualificação. É aí que se configura o gargalo que afeta diretamente a competitividade brasileira. E temos ainda o problema de mantermos nossa economia a reboque das demais economias globais, a irresponsabilidade de muitos empresários brasileiros com os destinos do país, que se tornam mais ricos que as próprias empresas, gente que olha só para o próprio umbigo e não acrescenta ao seu dicionário reinvestir na própria empresa e no seu pessoal. O que garantiria ampliar a competitividade e ajudar o Brasil a fazer frente às demais empresas que têm, cada vez mais, padrão mundial.

Brasil cai para 44º em competitividade
País perde 6 posições em ranking que avalia ambiente de negócios; baixa produtividade e altos custos pesam. Infraestrutura ruim e ineficiência do governo são pontos fracos; EUA e Hong Kong lideram lista de 59 países.
Baixa produtividade e alto custo de vida se somaram a velhos problemas (como sobrecarga tributária e infraestrutura ruim) e derrubaram a posição do Brasil no ranking global de competitividade.
Em um ano, o Brasil perdeu seis posições -só Grécia e África do Sul perderam mais- e foi passado por México, Peru, Itália, Filipinas, Turquia e Emirados Árabes. É o quarto da América Latina, atrás também do Chile.
A oitava economia mundial ocupa o 44º lugar entre 59 países. Os EUA voltaram ao topo, dividido com Hong Kong (em 2010, haviam perdido para Cingapura).
O estudo, que mede o ambiente de negócios, foi feito pelo Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Administração, da Suíça, em parceria no Brasil com a Fundação Dom Cabral. Ele considera dados oficiais e entrevistas com empresários.
O Brasil se destacou positivamente em dois subfatores. O primeiro foi Mercado de Trabalho (geração de empregos), em que saiu do 33º para o 9º lugar, bem longe do 44º de 2007. O outro foi Investimento Internacional (do 42º para o 19ª), atraído pelo bom desempenho econômico do país e por seus juros altos.
"Mas os empregos gerados são em setores de baixa agregação de valor, que vão gerar pouco em relação ao PIB (Produto Interno Bruto). E os investimentos que entraram foram para fazer oferta ao mercado doméstico ou para ganhos financeiros, não em infraestrutura ou indústria de alto valor", afirma Carlos Arruda, da Dom Cabral.
Foi no subfator Produtividade e Eficiência que o Brasil mais caiu: do 28º para o 52º lugar, voltando ao patamar de 2007 (53º). No estudo, a produtividade considera o reflexo da alta do número de trabalhadores sobre o PIB.
CÂMBIO — Para Arruda, essa discrepância, aliada a um câmbio desfavorável à indústria, pode levar a um círculo vicioso.
A massa desqualificada consome cada vez mais -e com mais crédito a juros altos disponível.
"Com real valorizado e salário alto, fica muito caro produzir para o mercado doméstico; a importação é mais fácil. Daí haver fabricantes preferindo importar." À indústria brasileira restaria o nicho de baixo valor.
Para José Márcio Camargo, professor da PUC-RJ, uma força de trabalho pouco educada invariavelmente leva à baixa produtividade.
Ou seja, "se quiser ter um trabalho com elevado nível de produtividade, é preciso investir pesadamente em educação".
"Você incorpora trabalhador com baixa produtividade e tem de pagar muito porque o mercado está superaquecido. É a principal razão no trabalho pela qual o Brasil não pode crescer mais que 4,5% no longo prazo", afirma.
Além de produtividade e preço (custo de vida alto), as principais fraquezas seguem as mesmas: falta de eficiência do governo em todas as esferas (55ª posição) e infraestrutura ruim (51ª), segmento que inclui logística, tecnologia, ciência, educação, saúde e ambiente. A diferença entre a eficiência privada e a governamental é maior no Brasil: 26 posições.
Leis defasadas, carga tributária alta e burocracia excessiva seguem como travas.
"Coisas clássicas, que qualquer sistema tributário já resolveu há anos, nossas empresas ainda enfrentam. É mais capital de giro, custo e incerteza jurídica", afirma José Augusto Fernandes, diretor-executivo da CNI.
O Ministério do Desenvolvimento não comentou o estudo. Na semana passada, o governo criou a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, presidida pelo empresário Jorge Gerdau. (Folha)

Criação de empregos em abril cresce duas vezes ante março
Depois de um resultado fraco em março, o número de vagas com carteira assinada registrou forte crescimento em abril.
Foram criados 272.225 empregos formais no mês passado, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho.
Em março, foram 92,6 mil. O ministro Carlos Lupi (Trabalho) prevê números ainda melhores em maio e diz que em 2011 serão criados 3 milhões de empregos.
O economista Rafael Bacciotti, da consultoria Tendências, discorda da projeção. Para ele, os dados do Caged vão refletir, nos próximos meses, as medidas tomadas pelo governo para conter a inflação.
Entre elas, estão o aumento da taxa básica de juros e a restrição ao crédito. A Tendências prevê a criação de 1,8 milhão de vagas no ano. De janeiro a abril, o Brasil já criou 880.717 postos de trabalho.
Apesar do bom resultado do mês passado, no confronto com abril de 2010 o total de vagas criadas caiu 10,7%.
Segundo o ministério, o mercado de trabalho cresceu em todos os setores e regiões.
O Sudeste foi responsável pelo maior número de empregos no mês passado, sendo que somente o Estado de São Paulo gerou 119.133 empregos.
Na outra ponta, o número recuou no Nordeste. Juntos, Sergipe, Pernambuco e Alagoas perderam quase 20 mil vagas que, segundo o ministro, estão ligadas ao fim da colheita de cana-de-açúcar. (Folha)

Volume de crédito com recursos da caderneta cresce 51% e poupança tem, pela primeira vez no ano, captação positiva

O volume de crédito imobiliário com recursos da caderneta cresceu 51% em março frente ao mesmo período do ano passado, bem como 21% na comparação com fevereiro deste ano. De acordo com dados da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), 37 mil unidades foram financiadas, uma alta de 29% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

O montante representa a melhor marca na história do sistema.Considerando os últimos 12 meses, o saldo de financiamentos atingiu R$ 62,2 bilhões, em alta de 63% em relação a igual período anterior. Foram realizadas 451 mil operações.

Captação líquida — Em março, pela primeira vez no ano, o volume de recursos depositados foi maior do que o sacado: no saldo, R$ 461 milhões. Segundo especialistas, isso se explica pela recomposição da renda livre dos trabalhadores após o término do período de pagamento das contas do início do ano.

O saldo das contas de poupança atingiu R$ 304,7 bilhões em março e superou em 17% o saldo do terceiro mês do ano passado. (O Globo)

Área comercial foi a que mais criou vagas em abril, mas profissional mais buscado continua sendo engenheiro, diz pesquisa

O mercado continua abrindo novas vagas em abril e, segundo especialistas, a tendência é que esse panorama de empregabilidade continue em alta. Levantamento mensal feito pela consultoria Ricardo Xavier Recursos Humanos aponta que, em abril deste ano, 2.098 novas oportunidades foram criadas contra 439 no mês anterior, número que representa um aumento de 26,46% no total de posições.

- Com base nesse cenário, a disputa por talentos se acirrará cada vez mais - avisa João Xavier, diretor geral da empresa.

A pesquisa também levantou as dez áreas que mais abriram posições no mês passado. Assim como no mês de março, a que apresentou maior destaque no período foi a comercial, representando 13,3% das oportunidades geradas. Na sequência, os setores que mais ofereceram oportunidades foram o de engenharia, com 7,9%; financeiro, com 5,4%; industrial, com 5,2%; administrativo, com 5%; tecnologia da informação, com 4,6%; e recursos humanos e marketing, com 3,8% cada.

De acordo com Xavier, os dados da pesquisa reforçam o bom momento do cenário econômico brasileiro:

- O mercado está aquecido, mas a falta de mão de obra pode frear o crescimento do país. Os profissionais devem aproveitar para aprimorar conhecimentos e se especializarem.

No mês passado, a graduação mais solicitada pelo mercado de trabalho continuou sendo engenharia (19,18%), como aconteceu em março deste ano. Em seguida, aparecem os profissionais de administração (12,15%), ciências contábeis (5,73%); economia (3,77%), propaganda/ publicidade e marketing (3,65%); direito (2,27%); psicologia (1,54%); análise de sistemas (1,50%); tecnologia da informação (1,11%) e comunicação social (1,04%).

Da mesma forma que nos meses anteriores, as empresas nacionais lideraram as contratações no mercado em abril, com 79,22% das vagas. Já as multinacionais ofertaram 20,78% das posições no período.

O estudo da Ricardo Xavier Recursos Humanos abrange as seguintes localidades: São Paulo (capital e Grande SP), Campinas (interior de SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS) e Salvador (BA). Dentre elas, as que mais abriram vagas em abril foram: São Paulo (42,28%), Campinas (17,45%), Porto Alegre (12,01%), Salvador (11,01%), Rio de Janeiro (10,96%) e Belo Horizonte (6,29%).(O Globo)

terça-feira, 17 de maio de 2011

UGT acompanha de perto debate em torno da desoneração da folha de salários

Banco pode pagar conta da desoneração

Governo quer desonerar folha de salários e, para compensar, criar um imposto sobre faturamento, principalmente do setor financeiro.

O governo está próximo de fechar sua proposta de desoneração da folha de pagamentos. A hipótese mais forte na área técnica, que ainda precisa passar pelo crivo da presidente Dilma Rousseff, é aliviar a tributação nos salários mas, para não comprometer a Previdência, criar uma nova contribuição sobre o faturamento. Uma das hipóteses sobre a mesa é que essa nova taxação seja diferenciada por setores. Os bancos pagariam mais. Já a indústria e o setor exportador pagariam menos. O objetivo, com essa diferenciação, é dar mais competitividade aos produtos brasileiros.

No governo passado, o governo chegou a propor um corte da contribuição patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cobrada sobre a folha salarial, de 20% para 14% de forma gradual. Agora, está em exame a possibilidade de cortar essa alíquota para 10%, e de uma só vez.

Nesse caso, a perda de receitas seria da ordem de R$ 50 bilhões.

A hipótese de onerar mais o faturamento, porém, conta com a resistência da indústria. Isso porque, nesse desenho, a nova tributação seria cobrada a cada etapa de produção. Assim, quanto mais elaborado for um produto, mais imposto ele pagará. Os técnicos reconhecem que a proposta tem esse inconveniente, e dizem que ele será levado em consideração na definição do formato final da proposta.

Os industriais defendem que a nova contribuição seja cobrada não sobre o faturamento, e sim sobre o valor agregado. Nesse desenho, o imposto pago a cada etapa de produção é descontado na etapa seguinte. Para os técnicos da área econômica, essa fórmula também tem um ponto contra: ela gera créditos de difícil recuperação. Um exportador, por exemplo, não pagará o imposto quando mandar o produto para o exterior. Assim, não terá como compensar a tributação paga nas etapas anteriores.

A dificuldade do governo em pagar créditos tributários gerados na exportação e nos investimentos é um problema considerado grave pelo Ministério da Fazenda, que elegeu a aceleração dos pagamentos como um dos eixos da reforma tributária. Trata-se de uma medida que aumentará a competitividade das empresas. Ela independe das complicadas negociações no Congresso Nacional que envolvem os outros pontos da reforma. O único empecilho a essa medida é a falta de caixa.

A desoneração da folha salarial é um tema prioritário para o governo. A intenção do secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, encarregado de formular as propostas técnicas, é encaminhar a proposta ao Legislativo ainda no primeiro semestre. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirma que a desoneração sai este ano.

Transferir a principal fonte de arrecadação da Previdência para o faturamento tem uma vantagem: essas são bases mais amplas de recolhimento, o que poderá garantir receitas mais elevadas ao longo do tempo. Com os ganhos de produtividade da economia, o faturamento ou o valor agregado tendem a crescer mais rápido que a geração de emprego. (Estado)

MP que cria cadastro positivo deve ser votada até o dia 1º

A medida provisória que cria o cadastro positivo tranca a pauta do Plenário do Senado. E, por isso, deve ser votada até o dia 1º de junho, caso contrário, perderá a validade.
A MP 518/10, transformada em lei de conversão PLV 12/11, estabelece que as informações de pessoas físicas e jurídicas que estão em dia com suas contas possam ser incluídas em um cadastro. A ideia é subsidiar a concessão de crédito, a realização de venda a prazo ou de outras transações comerciais que impliquem risco.
Para que as entidades responsáveis pelo cadastro possam incluir o consumidor ou a empresa na lista dos bons pagadores, elas precisam da autorização expressa do cliente. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o cadastro positivo deverá incentivar a troca lícita de informações pertinentes ao crédito e as transações comerciais.
Para o relator da matéria na Câmara, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), a MP deverá no prazo de dois anos diminuir o custo financeiro para o tomador de empréstimo. Ele disse, segundo a a Agência Senado, que medida semelhante adotada no México reduziu em até 30% o custo do crédito.
Obrigações — De acordo com a MP, os consumidores que se cadastrarem em banco de dados positivos têm o direito de acessar gratuitamente, a qualquer tempo, as informações sobre ele, inclusive o seu histórico, cabendo ao gestor manter sistemas seguros, por meio eletrônico ou telefone, de consulta. Além disso, a qualquer momento, ele pode pedir o cancelamento do cadastro.
O consumidor também pode solicitar impugnação de qualquer informação sobre ele erroneamente anotada em banco de dados e ter sua imediata correção ou cancelamento e comunicação aos bancos de dados com os quais aquele compartilhou a informação, bem como ele pode conhecer os principais elementos e critérios considerados para a análise de risco, resguardado o segredo empresarial.
Os cadastrados também devem ser informados previamente sobre o armazenamento, a identidade do gestor do banco de dados, o objetivo do tratamento dos dados pessoais e os destinatários dos dados, em caso de compartilhamento. Eles podem solicitar a revisão de decisão realizada exclusivamente por meios automatizados e ter os seus dados pessoais utilizados somente de acordo com a finalidade para a qual eles foram coletados.
MPs trancam a pauta — Além da medida provisória sobre o cadastro positivo, outra também tranca a pauta do Senado, a MP 515/10. A medida trata da concessão de crédito extraordinário de R$ 26,6 bilhões a ministérios e órgãos do Executivo. (Infomoney)

BC altera regras para devolução de cheques

Erros de preenchimento ou assinatura incorreta deverão preceder a falta de fundos como motivo alegado pelos bancos para a devolução, evitando que o nome do cidadão fique 'sujo'

O Banco Central alterou as regras para a devolução de cheques. A partir de agora, erros de preenchimento ou assinatura incorreta deverão preceder a falta de fundos como motivo alegado pelos bancos. As instituições financeiras, portanto, só poderão efetuar a devolução alegando falta de fundos ou conta encerrada quando não houver qualquer outro motivo. Isso porque quando este meio de pagamento é devolvido por falta de fundos (2ª apresentação) ou de conta encerrada o cliente tem seu nome incluído no cadastro de emitentes de cheques sem fundo.

Com isso, busca-se evitar situações como a de um cidadão que tem o talão roubado e cheques emitidos com assinaturas falsas e, depois, devoluções alegando falta de fundos, o que "suja" o seu nome no cadastro.

A circular do BC publicada nesta segunda-feira também adiou para as localidades de difícil acesso a entrada em vigor do sistema de compensação de cheques por meio de imagem digitalizada em 60 dias. Nas demais praças, o prazo será 20 de maio. Quando em vigor, o sistema de compensação vai permitir o desbloqueio do cheque em até dois dias, no máximo (1 dia para cheques superiores a R$ 300 e 2 dias para cheques inferiores a R$ 300) em qualquer lugar do País. (Estado)

Alimentos e Habitação influenciam alta da inflação na segunda semana de maio

A inflação medida pelo IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) acelerou e encerrou a segunda semana de maio em 1,09% - resultado 0,04 ponto percentual maior que o registrado na semana anterior, terminada no dia 7, que era de 1,05%.
O índice, calculado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) e divulgado nesta segunda-feira (16), aponta que dentre os sete grupos analisados, dois apresentaram inflação maior na última semana, frente a semana anterior, enquanto os demais apresentaram variações menores.
A inflação dos produtos e serviços que constituem os grupos Alimentação e Habitação foi a principal responsável pelo resultado geral do IPC-S. No primeiro caso, a taxa ficou em 1,52%, ante 1,26% da semana anterior, ao passo que no segundo caso, a inflação passou de 0,63% para 0,76%.
Em Alimentação, os destaques ficaram com hortaliças e legumes (de 5,77% para 7,89%), frutas (de 0,12% para 0,33%), laticínios (2,72% para 2,84%) e alimentos prontos e congelados (de 1,05% para 1,26%). No caso de Habitação, as principais influências para a variação do índice partiram da taxa de água e esgoto residencial (de 1,29% para 2,27%) e tarifa de eletricidade residencial (de 1,31% para 1,63%).
Outros grupos — Os grupos Transportes (1,94% para 1,56%), Vestuário (1,60% para 1,38%), Despesas Diversas (0,76% para 0,61%), Educação, Leitura e Recreação (0,35% para 0,26%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,06% para 1,04%) apresentaram movimento contrário no período.
As principais influências para os resultados dos grupos foram os seguintes itens: álcool combustível (5,63% para 0,09%), calçados (de 0,69% para 0,34%), cigarro (2,21% para 1,54%), hotel (1,32% para 0,83%) e medicamentos em geral (2,91% para 2,73%), nesta ordem. (UOL Economia)

Custo de vida para classe média sobe 2,79% no primeiro quadrimestre do ano, segundo Fecomercio de São Paulo

Viver na capital paulista ficou 2,79% mais caro para as famílias de classe média nos quatro primeiros meses deste ano. O aumento foi constatado pelo Índice de Custo de Vida da Classe Média (ICVM), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O ICVM mede a alta de preços de produtos e serviços consumidos por famílias com renda mensal entre cinco e 15 salários mínimos (de R$ 2.725 a R$ 8.175).

Só em abril, o ICVM variou 0,74%. O aumento, segundo a Fecomercio-SP, foi causado principalmente pela alta dos preços dos combustíveis. No mês passado, a gasolina subiu 6,62%. Já o etanol aumentou ainda mais: 10,36% em relação a março. Tudo isso pressionou os gastos das famílias de classe média com transportes. Em abril, a alta foi 1,51%.

Também houve aumento do gasto com habitação em abril. O preço dos produtos e serviços relacionados à moradia subiu 0,39%. Os gastos com condomínio, mudança e reparo, por exemplo, subiram 1,65%, 1,36% e 1,06% no mês, respectivamente.

Os gastos com saúde (1,31%), vestuário (0,73%) e alimentação (0,51%) aumentaram e colaboraram para a alta do ICVM em abril. Já os gastos com educação (0,05%) ficaram praticamente estáveis. (Agencia Brasil)