quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Temos ainda muito tempo para analisar as composições políticas para as próximas eleições, apesar de já estabelecermos, na Plenária, alguns critérios

Alemão analisa Primeira Plenária Nacional de Entidades Filiadas da UGT

(Postado por Enilson Simões de Moura, o Alemão) – A Plenária revelou um saudável processo de amadurecimento da União Geral dos Trabalhadores nos seus dois anos de vida. Pudemos exercitar nossas posições políticas até o limite do antagonismo mas sem nunca colocar em risco a unidade da central em torno dos seus princípios programáticos e, principalmente, em torno de sua bandeira a favor da ética e da cidadania. Neste sentido, foi exemplar e histórico a aprovação, por unanimidade, de moção contra a permanência de Sarney na presidência do Senado. Foi muito importante, também, não definirmos, ainda, uma posição a respeito dos candidatos nas próximas eleições. Mas da mesma forma foi de suma importância registrar que a UGT não se alinhará com o atual governo se mantiver esta aliança atual entre o PT e a banda podre do PMDB, representada por Sarney e aliados. A maturidade que se confirmou na Plenária nos ajudará a traçar as estratégias para o próximo ano e pelo que aprendemos com companheiros e companheiras do Brasil todo sabemos que a UGT contribuirá para acelerar os avanços sociais que fazem parte de seu programa, tendo a inclusão social, a aceleração da distribuição de renda e a geração de empregos de qualidade como nossas referências.

Redução do IPI sobre carros custou R$ 559 mi no 1º semestre

Ipea avalia que a desoneração do imposto foi capaz de limitar as perdas do mercado de trabalho na crise

Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do governo federal, estima que o custo da desoneração de IPI sobre automóveis no primeiro semestre de 2009 foi de R$ 559 milhões. Esse volume representa a diferença entre o volume de tributos que o governo deixou de arrecadar (R$ 1,817 bilhão) e a elevação de receita com outros tributos federais (R$ 1,258 bilhão). A lógica é que, à medida que a redução do IPI estimulou o avanço das vendas, cresceu a receita do governo com outros tributos que incidem sobre a cadeia produtiva. São eles o Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), o Imposto de Renda Retido na fonte (IRRF), Imposto sobre Importação (II) e o IPI que incide sobre a cadeia (excetuando-se, portanto o IPI de automóveis).

Para chegar a essa conclusão, o Ipea considera que a desoneração da indústria automobilística com o IPI foi responsável por 13,4% das vendas de automóveis e comerciais leves. Ou seja, das 1,422 milhão de unidades vendidas de janeiro a junho deste ano, 191 mil teriam sido garantidas pela redução do IPI. Essa estimativa foi feita a partir da "diferença entre as vendas previstas pelo modelo com os preços vigentes e as vendas com preços hipotéticos que vigorariam caso não tivesse havido a desoneração".

O estudo do Ipea observa ainda que, apesar da desoneração do IPI e a recuperação das vendas de automóveis, o emprego na cadeia automobilística manteve tendência de redução ao longo do primeiro semestre de 2009. Ainda assim, o órgão do governo avalia que a desoneração do IPI foi capaz de limitar as perdas do mercado de trabalho. Segundo o Ipea, a cada R$ 1 milhão de produção no setor são gerados cerca de 25 empregos diretos e indiretos na economia. Considerando-se que a redução do IPI pode ter garantido a produção adicional de algo entre 100 mil e 120 mil veículos nacionais; ao preço médio de R$ 20 mil (descontando-se impostos e margens de comércio e transporte), é possível concluir, segundo o estudo, que a medida fiscal foi capaz de manter entre 50 mil e 60 mil empregos na economia no primeiro semestre. (Leia mais no Estadão)

Fundo Garantidor já sustentou empréstimos de R$ 12,7 milhões

Banco do Brasil espera emprestar R$ 3,75 bilhões para micro e pequenas empresas nos próximos oito meses

Na primeira semana de funcionamento, o Fundo Garantidor de Operações (FGO) já assegurou o empréstimo de R$ 12,7 milhões em 465 operações com micro e pequenas empresas. A informação foi dada nesta terça-feira, 1, pelo vice-presidente de Crédito, Controladoria e Risco Global do Banco do Brasil, Ricardo Flores. Ao anunciar os dados, ele avaliou a nova operação como "vitoriosa".

O BB lançou o FGO em 19 de agosto. O objetivo da iniciativa é emprestar recursos com garantia contra a inadimplência e, assim, oferecer crédito com juros menores. Com esse seguro contra calotes - que garante à instituição financeira a cobertura de até 80% do empréstimo em caso de inadimplência -, o BB espera reduzir o juro entre 27% e 30% nos financiamentos para capital de giro e investimento desses clientes e pretende emprestar até R$ 3,75 bilhões para micro e pequenas nos próximos oito meses.

Para um cliente realizar um empréstimo com a cobertura do Fundo, é pagar uma taxa equivalente a 0,2% do valor do financiamento ao ano para o capital de giro e 0,1% para investimento.

O FGO nasceu com R$ 595 milhões de patrimônio, sendo R$ 580 milhões do Tesouro Nacional e R$ 15 milhões do BB. Apesar de ter sido anunciada como uma grande iniciativa para destravar o crédito para pequenas empresas, a iniciativa só conta, até agora com o apoio do BB. Nenhuma outra instituição financeira de porte aderiu ao Fundo. (Leia mais no Estadão)

Banco do Brasil amplia oferta de crédito em R$ 36,7 bilhões

Medida vai beneficiar pessoas físicas, micro e pequenas empresas, produtores rurais e municípios

O Banco do Brasil anunciou nesta terça-feira, 1, a ampliação do limite de crédito de diversos clientes, num total de R$ 36,7 bilhões. A medida vai beneficiar pessoas físicas, micro e pequenas empresas, produtores rurais e municípios. Essa foi a terceira iniciativa do banco federal em ampliar a oferta de empréstimos a seus clientes, medida alinhada à política do governo federal de reduzir os efeitos da crise financeira sobre a economia

Para a pessoa física, 1,2 milhão de clientes terá ampliação do limite de crédito pré-aprovado em R$ 12,7 bilhões. Esse aumento vai beneficiar, principalmente, a linha de crédito destinada à compra de material de construção.

Para as micro e pequenas empresas, a ampliação da oferta de financiamentos somou R$ 13,9 bilhões, medida que vai beneficiar 240 mil clientes, principalmente nas operações para o financiamento de investimentos.

No segmento rural, 10,6 mil produtores terão limite pré-aprovado adicional de R$ 1,4 bilhão, destinado, sobretudo, ao financiamento do estoque da safra colhida recentemente.

Por fim, 4 mil prefeituras terão R$ 3,1 bilhões para o financiamento de intervenções viárias (Provias) e para o Programa "Caminho da Escola" destinado à compra de veículos para transporte de estudantes. (Leia mais no Estadão)

Desmatamento da Amazônia é o menor já visto, diz governo

Dados confirmam projeção de que taxa de 2009 será a menor em 20 anos, afirma Minc. Satélites do Inpe revelam que, só em julho, derrubada de árvores foi equivalente a mais da metade da área da cidade de São Paulo.

Embora os satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais) tenham registrado o abate de árvores numa extensão equivalente a mais da metade da cidade de São Paulo em julho, o desmatamento acumulado na Amazônia em 12 meses foi o menor desde 2004, quando começou a funcionar o sistema mais rápido de detecção do ritmo das motosserras.
Esse primeiro dado é de um sistema chamado Deter, menos preciso que outro, o Prodes, que calcula efetivamente a taxa de desmatamento e é divulgado anualmente -o resultado do Prodes só sai no final do ano, mas a coleta dos dados vai de agosto de um ano a julho do outro. Os números de ontem confirmam a projeção de que o abate de árvores em 2009 será o menor da série histórica.
"O Prodes vai mostrar um desmatamento provavelmente entre 8.500 km2 e 9.000 km2. Falo isso baseado em projeções anteriores. Vai ser o menor desmatamento dos últimos 20 anos. Tenho certeza absoluta disso", afirmou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
O Inpe mede o avanço da devastação da floresta desde 1988. Nesse período, a menor taxa foi medida em 91 e superou 11 mil quilômetros quadrados. A expectativa é que o desmatamento neste ano fique abaixo de 9,5 mil km2, ou seis vezes a cidade de São Paulo.
O ministro atribuiu a queda do desmatamento às ações de repressão. Só neste ano, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) bloqueou a produção em mais de 2,6 mil quilômetros quadrados desmatados ilegalmente e aplicou mais de R$ 1 bilhão em multas. "Da queda do desmatamento, 90% foram por causa de pancada", disse.
Minc defendeu o desenvolvimento sustentável como solução para a Amazônia. "Desmatamento zero ficou como o desenvolvimento sustentável e camiseta do Che Guevara. Todo mundo usa ou é a favor, sem saber direito o significado. Mas quando ajo contra o boi pirata, querem cortar o meu pescoço." (Leia mais na Folha)

MICROCRÉDITO – BANCO DO POVO REDUZ JUROS PARA 0,7% AO MÊS
O Banco do Povo Paulista (BPP), programa estadual de microcrédito, anuncia hoje a redução de juros, de 1% para 0,7% ao mês, para empréstimos concedidos a pequenas empresas e empreendedores de baixa renda. É o primeiro corte desde 98, quando o banco foi criado. O atendimento do banco será ampliado até o fim do ano para mais 48 municípios, além dos 425 já atendidos. (Folha de São Paulo)

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