terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Acelerar as alianças entre lideranças sindicais e partidos políticos

Começamos 2012 com o salário mínimo em R$ 622,00. Um crescimento nominal de 211% e um ganho real, acima da inflação, de 65,96%, entre 2002, quando o salário mínimo valia R$ 200,00 e agora, dez anos depois.

Resultado de ações paternalistas do governo ou de uma elite generosa?

Nem uma coisa nem outra.

Os avanços que conseguimos no salário mínimo e em várias outras questões sociais, políticas e econômicas resultaram, todas elas, da inclusão democrática das lideranças sindicais brasileiras.

Não é coincidência que esses avanços tenham sido precedidos pela eleição de um ex-metalúrgico e ex-sindicalista à presidência da República. Não foi por acaso que conseguimos o reconhecimento das centrais sindicais.

As lideranças sindicais brasileiras aprenderam a se articular a partir da resistência cívica à ditadura militar. Redemocratizado o País, ficou claro que só através das atuações consistentes dentro do Congresso Nacional que garantimos, por exemplo, um aumento real de 65,96% no salário mínimo e beneficiar de uma só tacada 48 milhões de trabalhadores sendo 13 milhões de aposentados e pensionistas.

É muito mais do que sonharia qualquer dirigente sindical de qualquer categoria profissional. Nesse período resolvemos ampliar nossa influência sindical para os partidos que perceberam a importância de nos incluir.

Fica cada vez mais claro no jogo democrático brasileiro que sem os votos e o envolvimento da base da pirâmide social, os partidos têm poucas chances de manter e/ou ampliar suas respectivas fatias de poder.

Como fica claro para os dirigentes sindicais que sem terem uma representação político partidária comprometida com os interesses da classe trabalhadora, fica também complicado acelerar os avanços de interesse estratégicos para suas categorias.

É por isso que alguns companheiros, companheiras e eu nos filiamos ao Partido Social Democrático (PSD). Acrescente-se à nossa decisão a possibilidade de interagirmos com independência, altivez e patriotismo com os companheiros e companheiras historicamente organizados em outras agremiações presentes no Congresso Nacional, nos anima a conclamar as lideranças sindicais a prestarem mais atenção à inclusão democrática, que só é possível através da aliança do movimento sindical com os partidos políticos.

Vamos levar para as lideranças políticas nacionais o que elas já têm como certo: a classe trabalhadora brasileira é a principal alavanca de mudança social, política e econômica.

É cada vez mais essencial que tenhamos o ponto de apoio, que será criado através da ampliação do leque de alianças entre militância sindical e as agremiações partidárias, para que mudemos, rapida e favoravelmente, nossas realidades sociais e econômicas.

Vamos, através dessas alianças entre lideranças sindicais e partidos políticos, responder às expectativas e consolidar os avanços sociais e econômicos, com distribuição de renda através de empregos com salários dignos e políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento com justiça social.

Expectativas de mudança que já chegaram a milhões de trabalhadores que conseguiram emprego com carteira assinada, salários mais dignos e a inclusão no mercado consumidor brasileiro, nos últimos dez anos.

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