Reajuste de 4,5% na Tabela do Imposto de
Renda não esconde defasagem de 50% em 15 anos
Ricardo
Patah, presidente nacional da UGT
Os
trabalhadores continuam a ter suas rendas transferidas para os cofres públicos.
Além das taxas de inflação que continuam preocupantes, o que dificultou e muito
as negociações salariais no ano passado, temos agora que conviver com um
reajuste irrisório de 4,5% na tabela do Imposto de Renda que mantém,
lamentavelmente, uma defasagem de 50% nos últimos 15 anos. É uma situação
preocupante pois ao se taxar salário (que não é renda), a defasagem mantida ano
após ano prejudica os ganhos da classe trabalhadora brasileira. A UGT
continuará a protestar contra essa defasagem e a mobilizar suas bases para que
se faça justiça ao se eliminar a defasagem da tabela do Imposto de Renda.
Nova tabela do Imposto de Renda passa a
valer desde 2/01
Começou
a valer nesta segunda-feira (2) o reajuste de 4,5% da tabela do Imposto de
Renda Retido na Fonte. A correção, abaixo da inflação, que ficará em torno de
6,5% este ano, dará um alívio temporário ao bolso dos trabalhadores
brasileiros.
A
tributação dos salários é feita em cinco faixas, que serão todas reajustadas, o
que diminui o valor final do imposto que fica retido a partir de janeiro.
Novas
faixas A faixa do salário que fica isenta do IR passa dos atuais R$ 1.566,61
para R$ 1.637,11. A alíquota mais alta, de 27,5%, passa a ser aplicada sobre a
parcela do salário que supera R$ 4.087,65. Atualmente, atinge o ganho acima de
R$ 3.911,63.
O
reajuste anual da tabela do IR em 4,5% será aplicado até 2014. O porcentual
corresponde ao centro da meta de inflação definida pelo governo. Em 2011, no
entanto, o índice oficial de preços deve ficar próximo de 6,5%.
Mais
imposto Como o próprio governo prevê uma inflação acumulada acima de 4,5% em
2012, muitos trabalhadores passarão a pagar mais imposto assim que tiverem seus
salários reajustados no próximo ano, em relação ao que pagaram em 2011.
O
imposto retido na fonte depende ainda do abatimento mensal por dependente, que
sobe de R$ 157,47 para R$ 164,56 em 2012. O valor também varia de acordo com a
contribuição para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que terá seu
reajuste definido em janeiro. A correção da tabela deve representar uma
renúncia fiscal de quase R$ 2,5 bilhões em 2012, segundo estimativas da Receita
Federal.
De
acordo com sindicatos, a correção abaixo da inflação implica, no entanto, em
uma arrecadação maior para o governo. Estima-se uma defasagem acima de 50% na
tabela do IR nos últimos 15 anos. (Fonte: Paraíba Agora)
Entrada
de dólar no país em 2011 é a 2ª maior da história
Saldo cambial ficou em US$ 65 bilhões, só
abaixo dos US$ 87 bilhões de 2007. Exportações em alta e enxurrada de recursos
para o mercado financeiro foram os responsáveis pelo resultado obtido.
O
aumento nas exportações brasileiras e a enxurrada de recursos para o mercado
financeiro no primeiro trimestre do ano passado fez o saldo cambial alcançar o
segundo maior patamar da história em 2011.
A
diferença positiva entre a quantidade de dólares que entrou no Brasil e o
montante que deixou o país foi de US$ 65,27 bilhões no ano passado, abaixo
apenas do registrado em 2007, de US$ 87,45 bilhões.
O
resultado foi impulsionado pelas vendas de produtos ao exterior. A diferença
entre exportações e importações foi positiva em US$ 43,95 bilhões.
Já a
diferença entre a entrada e saída de recursos para o setor financeiro foi de
US$ 21,32 bilhões, reflexo do grande fluxo registrado no primeiro trimestre do
ano passado, antes do agravamento da crise europeia e de medidas do governo
federal que encareceram esses investimentos.
Somente
até março, esse valor era positivo em US$ 31,35 bilhões.
No
término daquele mês, preocupado com o dólar cada vez mais baixo, o governo
instituiu a cobrança de IOF em empréstimos no exterior.
Em
agosto, passou a taxar investimentos em derivativos, que são as operações para
evitar prejuízos ou obter ganhos com a variação futura de moedas e produtos com
cotações no mercado.
As
medidas ajudaram a esfriar o ingresso da moeda.
2012
-- Especialistas acreditam que o saldo cambial alto não será repetido neste
ano por conta da crise econômica, que afetará tanto a conta comercial quanto a
financeira.
A
estimativa é de redução nas exportações, resultado da desaceleração global e da
queda no preço de commodities. Além disso, as turbulências afugentam
investidores, e a entrada de recursos para o mercado financeiro deve continuar
caindo.
Para
o diretor-presidente da NGO Corretora, Sidnei Nehme, o saldo deste ano deverá
ser ainda positivo, mas pequeno. "Será um ano muito mais complicado do que
2011 porque vamos ter que pagar a fatura da crise. Vejo um ano difícil para o
fluxo cambial, o que naturalmente terá reflexo na taxa de câmbio e no aumento
do dólar", afirmou. (Folha)
Chuvas em MG: 66 cidades em emergência e 8
mortes
Temporais
voltaram a atingir várias regiões de Minas Gerais nesta quarta-feira, com a
destruição de casas, o alagamento de cidades inteiras e mais mortes
confirmadas.
Quatorze
novos municípios decretaram situação de emergência - medida que desburocratiza
a obtenção de verbas públicas para reconstrução -, elevando para 66 o total de
cidades neste estado em Minas. A Defesa Civil confirmou a morte de oito pessoas
desde o início do período chuvoso.
No
total, 119 municípios foram atingidos em Minas, afetando cerca de 2,1 milhões
de pessoas. Destas, 9.864 pessoas estão desalojadas (em casa de amigos e
parentes) e 436 estão desabrigadas (em abrigos e hotéis). Pelo menos 183 pontes
foram destruídas ou danificadas. (O Globo)
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